terça-feira, 19 de agosto de 2025

PF faz operação contra antigo ministério de Damares por fraude de R$ 3,8 milhões


A senadora Damares Alves (Republicanos-DF). Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram na manhã desta terça (19) a Operação Kibali, voltada a investigar fraudes em licitação, peculato e associação criminosa em contratos do antigo MInistério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). A pasta era comandada por Damares Alves (Republicanos-DF), atualmente senadora, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os contratos sob investigação foram firmados com o Instituto de Desenvolvimento Social e Humano do Brasil (INDSH) para a contratação de cursos de formação profissional destinados a mulheres e adolescentes, com valores que somam R$ 3,8 milhões.

Em nota, Damares alegou que a apuração teve início a partir de uma auditoria solicitada por ela à CGU em fevereiro de 2022, após identificar indícios de irregularidades durante análises e mapeamento de riscos realizados pelo ministério.

“A referida apuração foi provocada pela então ministra, que solicitou auditoria da Controladoria Geral da União, em 11 de fevereiro de 2022, por meio de ofício”, disse a senadora.

Damares Alves, então ministra dos Direitos Humanos, e Jair Bolsonaro, então presidente, em 2020. Foto: Alan Santos/PR

O relatório produzido pela CGU, divulgado pela senadora, foi elaborado com base em informações fornecidas pela Assessoria de Controle Interno do MMFDH. O documento detalha as suspeitas de irregularidades nos contratos e serve como base para as investigações da PF.

Na operação desta terça, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão na zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo a corporação, a investigação se iniciou a partir de documentos enviados pela CGU que indicavam possíveis fraudes em dois termos contratuais firmados entre o antigo ministério e o INDSH.

As suspeitas envolvem cursos de informática, design gráfico e informática básica. Até o momento, não há comprovação de que as aulas tenham sido efetivamente ministradas, reforçando a hipótese de desvio de recursos públicos.

Fonte: DCM

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