Ministra destaca telefonema entre Lula e Xi Jinping, que tratou de clima, comércio e cooperação estratégica, como exemplo de diplomacia equilibrada
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou nesta terça-feira (12) que o diálogo direto entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da China, Xi Jinping, demonstra que “dois grandes países podem manter uma relação equilibrada e de mútuo respeito, em benefício de todos”. A declaração foi publicada nas redes sociais e destacou que, nas últimas décadas, a China se consolidou como o maior parceiro comercial do Brasil e fonte de investimentos estratégicos, sem imposições ou ingerência nos assuntos internos.
Gleisi ressaltou ainda que Brasil e China “trabalham juntos pelo respeito ao multilateralismo para ‘construir juntos um mundo mais justo e um planeta mais sustentável’, como ressaltou Xi Jinping no telefonema”. Para ela, essa visão sintetiza o espírito do BRICS e de outras iniciativas multilaterais que ganham relevância no cenário internacional.
☆ Clima, paz e comércio no centro da pauta
Segundo informações divulgadas pelo próprio presidente Lula, a conversa com Xi Jinping ocorreu na noite de segunda-feira (11) e durou cerca de uma hora. Na ligação, ambos trocaram impressões sobre a guerra na Ucrânia e defenderam o papel do G20 e do BRICS na promoção do multilateralismo e na construção de soluções pacíficas para conflitos globais.
A pauta ambiental também teve destaque. Lula afirmou ter reiterado “a importância que a China terá para o sucesso da COP 30 e no combate à mudança do clima”. Xi Jinping, de acordo com o presidente brasileiro, garantiu que o país asiático enviará uma delegação de alto nível para Belém, sede da conferência climática em 2025, e que trabalhará em conjunto com o Brasil para assegurar resultados concretos no evento.
☆ Expansão da cooperação estratégica
A relação econômica e tecnológica esteve entre os pontos centrais da ligação. Lula citou avanços na integração dos programas de desenvolvimento de ambos os países e o compromisso de ampliar a cooperação para áreas como saúde, petróleo e gás, economia digital e satélites. Ele também frisou a disposição de buscar novas oportunidades de negócios, fortalecendo os fluxos de comércio e investimento.
☆ Contexto geopolítico
O diálogo ocorre em um momento em que o cenário global exige maior articulação entre países em desenvolvimento. A aproximação Brasil-China, ancorada em parcerias em energia, tecnologia e meio ambiente, reforça a influência conjunta no sistema internacional e a agenda de cooperação Sul-Sul. Com a China já consolidada como principal parceiro comercial do Brasil, a ênfase em novos setores estratégicos amplia as perspectivas de crescimento, inovação e desenvolvimento sustentável.
Fonte: Brasil 247
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