Ministro da Fazenda rebateu críticas de Bolsonaro: "congelou a tabela do IR por quatro anos. Que moral ele tem para falar em aumento de imposto?"
Durante o lançamento do Plano Safra para a Agricultura Familiar 2025/2026 nesta segunda-feira (30), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aproveitou seu discurso para rebater as críticas do ex-presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais e reforçar o compromisso do governo Lula com a justiça tributária.
Haddad ironizou o adversário político e apontou a hipocrisia de suas críticas: "Ele ficou os quatro anos, mais os três anteriores, sem reajustar a tabela do Imposto de Renda", afirmou. "Que moral ele tem para falar em aumento de imposto?". Segundo o ministro, a omissão do governo anterior obrigava trabalhadores com reajustes salariais abaixo da inflação a pagar imposto mesmo sem aumento real de renda.
☆ Alvo de ataques, Lula é defendido por Haddad - Além da crítica fiscal, Haddad também reagiu à ofensiva de Bolsonaro contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o ministro, o ex-presidente tenta desviar a atenção do fracasso de seus atos políticos e mente deliberadamente: "Talvez tenha acordado chateado pelo fracasso do evento na Avenida Paulista ontem e resolveu atacá-lo... hoje veio mais uma vez fazer uma coisa que 'raramente' ele faz, que é mentir", ironizou.
Haddad resgatou ainda o período em que foi advogado de Lula durante as investigações da Lava Jato: "O senhor nunca pediu favor, anistia, perdão. Pediu justiça. Esse [Bolsonaro] nem foi julgado ainda e já está pedindo perdão, anistia, já está correndo, como sempre corre, do debate".
☆ Alívio fiscal para milhões, cobrança para poucos - Haddad destacou o avanço da nova política de tributação do governo federal, que, segundo ele, vai beneficiar 25 milhões de famílias com isenção ou redução do IR, enquanto apenas 140 mil brasileiros com renda anual acima de R$ 1 milhão passarão a contribuir mais.
"Vamos cobrar o mínimo, de 10%. Se o cara já paga 2%, vai pagar mais 8%. A mesma alíquota que paga um policial militar, um bombeiro, uma professora de escola pública", disse. "E está essa gritaria toda por conta disso?"
Para o ministro, as "brechas" que favorecem os mais ricos não podem mais persistir. "Vamos fechar todas as brechas que são criadas por jabutis. No Brasil, o jabuti é órfão de pai e mãe. Ninguém assume a paternidade. Ele aparece numa lei para favorecer um grande empresário. Para tirar esse jabuti do ordenamento jurídico é um parto", declarou.
☆ Compromisso com a justiça social - Haddad também exaltou os resultados econômicos do governo Lula, contrapondo-os ao cenário herdado da gestão Bolsonaro: "O senhor herdou desse senhor 33 milhões de pessoas passando fome e em dois anos e meio reduziu a menos de ¼ essa população". Segundo ele, a atual administração registra "a menor taxa de desemprego da história, com a melhor distribuição de renda da história, a menor taxa de jovens nem-nem da história, com a inflação em queda, o dólar em queda e o PIB em alta".
Ao encerrar seu discurso, o ministro reafirmou o projeto político que guia o atual governo: "Estamos lutando pela dignidade do trabalhador, que paga suas contas, que nem escolhe pagar, porque é descontado na fonte pelo empregador. Vamos continuar fazendo justiça social. Podem gritar, podem falar. Mas temos que fazer justiça no Brasil".
Fonte: Brasil 247
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