O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão de Diego Dias Ventura, apontado como uma das lideranças do acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília antes dos ataques de 8 de janeiro. A decisão ocorre após o réu, já condenado a 14 anos de prisão, romper sua tornozeleira eletrônica em 1º de julho, mesmo dia em que foi sentenciado pela Primeira Turma do STF.
Diego Ventura, conhecido como “Diego da Direita Limpa Campos”, cumpria prisão domiciliar no Rio de Janeiro com medidas cautelares, incluindo comparecimento semanal à Justiça e proibição de deixar o estado. No entanto, a Secretaria de Administração Penitenciária fluminense informou que o dispositivo de monitoramento foi desligado em 2 de julho, levando Moraes a expedir ordem de prisão pela Polícia Federal.
Nas investigações, Ventura é identificado como uma das figuras centrais na organização do acampamento bolsonarista, ao lado de Ana Priscila Azevedo, também condenada a 17 anos.
Em vídeos nas redes sociais, ele aparece coordenando ações e arrecadações para manter o protesto. Segundo depoimentos à polícia, o réu admitiu ter permanecido 50 dias no acampamento e ingressado nos prédios do STF e do Planalto durante os ataques, registrando as ações.

Em sua decisão, Moraes destacou que as provas demonstram o “efetivo envolvimento na empreitada criminosa”, caracterizando uma “associação criminosa armada” que planejou e executou os ataques. O ministro ressaltou que, em crimes multitudinários como esse, os líderes devem responder de forma mais gravosa, mesmo sem a necessidade de comprovar autoria individual de danos específicos.
Diego Ventura foi preso inicialmente em julho de 2023, quando preparava um evento da Direita Brasileira em Campos dos Goytacazes (RJ). Sua condenação pelo STF em julho deste ano o inclui entre os principais organizadores dos atos que visavam destabilizar as instituições democráticas.
Fonte: DCM
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