segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Estratégia ou coincidência? STF julgará Bolsonaro perto do 7 de Setembro

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante julgamento no STF sobre a trama golpista. Foto: Reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou o início do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) para 2 de setembro, com previsão de término no dia 12 – período que inclui o feriado de 7 de Setembro, quando aliados do ex-presidente planejam manifestações em todo o país.

A proximidade das datas deve aumentar a tensão entre o bolsonarismo e a Corte, mas, segundo interlocutores de Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, e do relator Alexandre de Moraes, o fator “segurança” não influenciou o calendário, conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.

A prioridade dos ministros é concluir o processo antes de outubro, para que o destino jurídico de Bolsonaro — considerado, nos bastidores, como muito provavelmente a condenação — seja definido com um ano de antecedência da eleição presidencial de 2026.

Moraes e Cristiano Zanin, ministros do STF, estavam entre possíveis alvos de grupo de extermínio, diz
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes. Foto: Reprodução
Embora Bolsonaro já esteja inelegível por decisões do Tribunal Superior Eleitoral, aliados acreditam que esses julgamentos podem ser revertidos quando Kassio Nunes Marques, indicado por ele, assumir a presidência do TSE em agosto de 2026. A vice-presidência também ficará com outro ministro indicado pelo ex-presidente, André Mendonça.

Com a condenação criminal, esse caminho seria fechado no Supremo — e não no TSE. O cronograma divulgado na sexta-feira (15) também coloca o julgamento de Bolsonaro antes da troca de comando do STF: a decisão final deve sair até 12 de setembro, ainda sob presidência de Luís Roberto Barroso, que passa o cargo a Edson Fachin no dia 29.

Nos bastidores, ministros dizem que coincidir com o 7 de Setembro ou com a troca na presidência do STF foi apenas um efeito colateral. O objetivo central é concluir o processo rapidamente, para que o Supremo tenha tempo de sustentar sua decisão institucionalmente e permitir que o clima político “assente a poeira” bem antes de 2026.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

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