Presidente da ABDI critica elite empresarial, vê fim das ilusões com aliados e afirma que confronto político vai escalar após tarifaço dos EUA
O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, reagiu com dureza à nova ofensiva do governo dos Estados Unidos contra o Brasil. Em publicação nas redes sociais nesta terça-feira (5), Cappelli afirmou que a decisão de Donald Trump de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros representa uma interferência direta no processo político nacional e marca, segundo ele, o início da disputa eleitoral de 2026.
“Trump deflagrou o processo eleitoral de 2026 no Brasil. E deixou claro que vai interferir no processo”, escreveu Cappelli, associando a nova postura da Casa Branca a uma tentativa de desestabilização do atual governo. Para ele, o cenário internacional e interno exige uma reorganização do campo progressista: “O tempo mudou radicalmente. Em quatro anos de IA tudo muda. O Império em declínio não assistirá 8 anos de governo Lula.”
Além do tarifaço, o governo americano revogou os vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal e do procurador-geral da República, acusando o Brasil de violar direitos fundamentais e perseguir adversários políticos.
Cappelli também direcionou críticas à elite econômica brasileira, após o novo presidente da FIESP responsabilizar o governo Lula pelas sanções norte-americanas. “A declaração do novo presidente da FIESP culpando Lula pelo tarifaço deixou a elite nua. Empresários nacionalistas? A associação a interesses internacionais é explícita. O preconceito ideológico está acima de qualquer interesse financeiro”, afirmou.
Em tom de mobilização, o presidente da ABDI defendeu que a resposta do governo e de sua base deve ser nas ruas e na política econômica: “A luta vai escalar. A hora é de arrumar o exército pra batalha. E marchar abraçado ao povo. Insistir nas pautas do fim da escala 6 x 1 e radicalizar na isenção do Imposto de Renda até 5 mil e no aumento para os ricos. Nós vamos ganhar com o povo.”
Segundo Cappelli, o momento exige rupturas dentro do próprio campo governista: “Nutrir ilusões com a elite é perda de tempo. Hora de ver quem é quem. Pseudo aliados devem ser jogados ao mar. Um exército menor e mais coeso vale muito mais que uma tropa grande cheia de traidores.”
A publicação termina com um chamado à militância: “2026 já chegou. Se preparem. Hora do Bom Combate.”
Fonte: Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário