segunda-feira, 5 de maio de 2025

Após federação, União Brasil e PP podem sofrer debandada

Federação entre siglas do Centrão provoca crise interna e pode reforçar PL com dissidentes que temem perder controle local em 2026

         Ciro Nogueira (Foto: Andressa Anholete / Agência Senado)

Parlamentares do União Brasil e do Progressistas (PP) já se articulam para deixar seus partidos após a formalização da federação entre as duas siglas, ocorrida nesta semana. Segundo o Metrópoles, há incômodo de diversos congressistas diante do novo arranjo de forças imposto pela aliança.

Embora a federação represente uma espécie de fusão temporária, válida por pelo menos quatro anos, com unificação de decisões sobre recursos eleitorais e candidaturas, muitos parlamentares veem a iniciativa como uma ameaça à sua autonomia política, especialmente nos estados onde perderão influência para lideranças adversárias internas. O temor é que esses rivais passem a controlar a distribuição do fundo eleitoral e a definição das chapas nas eleições de 2026.

Sob condição de anonimato, parlamentares expressaram preocupação com a chamada “partilha” do país promovida entre as cúpulas dos dois partidos. Ficou estabelecido um mapa de comando político nos estados, com a federação sendo presidida pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara dos Deputados.

A nova estrutura prevê que a direção nacional da federação controle diretamente os três maiores colégios eleitorais do país — São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro — além do Distrito Federal, Maranhão, Paraíba, Sergipe e Tocantins. Nos demais estados, a liderança será dividida: o PP, comandado pelo senador Ciro Nogueira (PI), ficará com Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. Já o União Brasil, presidido por Antônio de Rueda, controlará as articulações no Ceará, Goiás, Amazonas, Bahia, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte e Rondônia.

A insatisfação já se reflete em movimentações nos bastidores. O PL, de Jair Bolsonaro, é o destino mais cogitado por eventuais dissidentes. A sigla bolsonarista pode ser fortalecida por essa debandada, principalmente com a abertura da janela partidária, período em que parlamentares podem trocar de partido sem perder o mandato.

Atualmente, União Brasil e PP somam juntos 109 deputados — 59 da primeira legenda e 50 da segunda —, além de 13 senadores. Com essa união, o novo megabloco do Centrão ultrapassa o PL na Câmara e passa a ter direito à maior fatia do fundo eleitoral, consolidando-se como uma força determinante nas alianças para a eleição presidencial e estaduais de 2026.

Enquanto a cúpula celebra a criação do novo bloco, o descontentamento de parte da base já começa a colocar em xeque a estabilidade da federação. As próximas semanas serão decisivas para medir o tamanho da crise interna e os efeitos práticos da estratégia que visava criar um gigante político no coração do Centrão.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Homem apontado como líder de plano de ataque em show de Lady Gaga é liberado após pagar fiança

Detido por porte ilegal de arma no RS, suspeito foi autuado em flagrante e solto

       Lady Gaga em show no Rio (Foto: Kevin Mazur/WireImage/Getty Images )

Um homem investigado por liderar um plano de ataque a bomba durante o show da cantora Lady Gaga, realizado no último sábado (3) em Copacabana, no Rio de Janeiro, foi liberado após pagar fiança no Rio Grande do Sul. Segundo informações divulgadas pela CNN Brasil, ele foi preso em flagrante por porte ilegal de arma durante a “Operação Fake Monster”, conduzida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em parceria com o Ministério da Justiça.

A operação teve como objetivo impedir um atentado coordenado que envolveria o uso de explosivos improvisados, como coquetéis molotov. Os investigadores afirmam que o grupo envolvido planejava o ataque como parte de um “desafio coletivo”, buscando visibilidade em redes sociais.

No total, 13 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso. Em solo gaúcho, as ações ocorreram nas cidades de São Sebastião do Caí e Novo Hamburgo, com o apoio de diversas delegacias regionais e especializadas.

Em um dos endereços no RS, o homem apontado como líder do grupo foi preso por porte ilegal de arma de fogo. Apesar da gravidade das acusações e da autuação em flagrante, ele foi liberado após pagamento de fiança, o que gerou repercussão entre os investigadores.

Paralelamente, um adolescente foi apreendido no Rio de Janeiro. Além da ligação com o plano criminoso, ele também é investigado por armazenamento de pornografia infantil. Segundo a Polícia Civil, os dois suspeitos faziam parte de um grupo extremista que utilizava redes sociais para recrutar jovens e disseminar conteúdos violentos, como crimes de ódio, apologia à automutilação, pedofilia e discursos de intolerância.

De acordo com a Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil do Rio, o monitoramento da atuação desse grupo começou após o mapeamento de comunidades online com perfil radicalizado, nas quais adolescentes interagiam em torno de desafios perigosos e criminosos. O objetivo declarado dos integrantes era obter notoriedade nas redes.

“Eles buscavam não apenas causar pânico, mas também alimentar um ciclo de validação entre si, promovendo violência como forma de aceitação no grupo”, informou um agente da Ssinte sob condição de anonimato.

Durante a operação, foram apreendidos computadores, celulares e outros dispositivos eletrônicos que agora passam por perícia. O conteúdo encontrado nesses equipamentos poderá ajudar a identificar novos integrantes da organização, além de mapear a estrutura de atuação e as conexões com outros grupos extremistas.

Apesar do susto, o show de Lady Gaga ocorreu sem incidentes, reunindo mais de um milhão de pessoas na Praia de Copacabana e sendo considerado um dos maiores eventos musicais da artista.

As investigações seguem em andamento, e a Polícia Civil não descarta novas prisões. O Ministério da Justiça destacou que a cooperação entre estados foi fundamental para frustrar a ação e evitar uma tragédia de grandes proporções.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

domingo, 4 de maio de 2025

Rogério Correia pede busca e apreensão de armas de fogo de deputado bolsonarista que levou fuzil à Câmara

Representação a aponta violação das normas da Câmara após parlamentar do PL levar fuzil e pistola para o Congresso

        Rogério Correia (Foto: Kayo Magalhaes / Agência Câmara)

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) apresentou neste sábado (3/5) uma representação com pedido de urgência para que sejam apreendidas armas de fogo em posse do deputado Delegado Caveira (PL-PA), especialmente armamentos de uso restrito supostamente armazenados no gabinete dele na Câmara dos Deputados.

O pedido de Correia é baseado em um episódio ocorrido nesta semana, quando o parlamentar do PL levou um fuzil calibre 5.56mm e uma pistola calibre .40 às dependências da Casa, exibindo as armas a visitantes e assessores, segundo a denúncia.

No vídeo amplamente compartilhado nas redes sociais, Delegado Caveira aparece ao lado do vereador bolsonarista Zezinho Lima (PL-PA), empunhando armas de fogo. A legenda afirma: “Somos armamentistas. Defendemos o porte de arma para o cidadão de bem. Ele, no Congresso Nacional, e eu, na Câmara Municipal de Belém”.

Rogério Correia afirma que “o porte de armas de fogo de uso restrito nas dependências da Câmara, além de violar as normas de segurança da Casa, configura afronta à Mesa e todos os Deputados, sendo incompatível com o regular funcionamento da Casa Legislativa sob a égide do Estado Democrático de Direito”.

A representação ressalta que o uso de armamento dentro da Câmara só pode ocorrer mediante autorização expressa da Polícia Legislativa, o que, segundo o petista, não ocorreu. “Contudo, o ingresso de armas nas dependências da Câmara, especialmente armas de guerra, está condicionado ao acautelamento prévio das armas junto ao Departamento de Polícia Legislativa”, destacou o deputado no documento.

Além do pedido de busca e apreensão, Correia solicitou a comunicação imediata dos fatos à Corregedoria Parlamentar, a abertura de processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, e o envio do caso à Procuradoria-Geral da República (PGR), para apuração de possível crime.

O episódio é considerado inédito na história da Câmara dos Deputados, que conta com detectores de metal e protocolos rígidos de segurança, não acionados neste caso. Delegado Caveira é policial civil licenciado, categoria que possui porte de arma, mas está sujeita a limitações quanto ao porte ostensivo em ambientes públicos e institucionais. A Câmara dos Deputados ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

Fonte: Brasil 247

Liana Cirne Lins após ameaça de bomba no show de Lady Gaga: ‘o bolsonarismo tem um legado que é sombrio e mortal’

De acordo com a parlamentar, 'que também é jurista, a extrema-direita adota discurso de ódio e tenta disfarçar como liberdade de expressão'

        Liana Cirne Lins (Foto: Reprodução)

Jurista e professora de Direito Processual, a vereadora do Recife (PE) Liana Cirne Lins publicou neste domingo (4) uma mensagem, com o objetivo de alertar a população brasileira e autoridades do Judiciário, após ser constatada uma ameaça de bomba neste sábado (3) no show da cantora Lady Gaga, município do Rio de Janeiro.

“O discurso de ódio, que a extrema-direita tenta disfarçar como ‘liberdade de expressão’, é mortal. O plano de atentado terrorista com bombas no show da Lady Gaga, no Rio de Janeiro, motivado unicamente pelo ódio à comunidade LGBT, evidencia o legado sombrio do bolsonarismo”, escreveu a parlamentar na rede social X.

Policiais prenderam um homem foi preso no Rio Grande do Sul por porte ilegal de arma e um adolescente no Rio por armazenar imagens de exploração sexual infantil. Pelo menos 9 pessoas foram alvo de busca e apreensão em Campo Novo do Parecis (MT); Rio, Duque de Caxias e Niterói (RJ); São Sebastião do Caí (RS); e Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista (SP).

Casos de terrorismo vêm chamando atenção de autoridades brasileiras nos últimos anos. Em 2024, Francisco Wanderley Luiz foi responsável por duas explosões que aconteceram nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF). Ele acabou morrendo vítima do próprio ato de terrorismo. O bolsonarista era filiado ao PL, partido de Jair Bolsonaro, que é réu no inquérito do plano golpista e pode ser preso.

Em 2022 houve uma denúncia de bomba em um caminhão-tanque nas proximidades do Aeroporto de Brasília. George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues foram condenados.

George foi preso em 24 de dezembro do ano passado, no mesmo dia da tentativa do atentado à bomba. Ele foi condenado, inicialmente a 9 anos e 4 meses de prisão, em regime fechado, mais multa. Conforme pena fixada pela 8ª Vara Criminal de Brasília, a pena subiu para para 9 anos e 8 meses e 7 dias de reclusão, mantido o regime fechado, mais o pagamento de multa.

Alan tinha sido condenado a uma pena de 5 anos e 4 meses de prisão, além de multa. A condenação ficou em 5 anos, mais multa, após decisão do Judiciário de Brasília.
Fonte: Brasil 247

Gleisi diz que fim da escala 6x1 será uma das prioridades do governo Lula no Congresso

“Com diálogo e decisão política, é possível avançar”, disse a ministra

        Ministra Gleisi Hoffmann 10/03/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou que o fim da escala 6x1 será uma das prioridades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional. Em pronunciamento à nação na última quarta-feira (30), Lula defendeu o debate sobre a redução da jornada de trabalho e disse que “está na hora do Brasil dar esse passo”.

Segundo Gleisi, o projeto que prevê o fim da escala 6x1 será encaminhado às comissões pertinentes para ampliar o debate público. “A redução da jornada dos trabalhadores e trabalhadoras no Brasil será uma de nossas prioridades junto ao Congresso Nacional. O debate sobre o fim da escala 6x1, que limita a vida além do trabalho, será encaminhado junto às comissões pertinentes, para envolvermos a sociedade e todos os setores abrangidos pelo tema”, disse.

A ministra completou afirmando que é possível avançar com a proposta através do diálogo. “Queremos ouvir a todos(as)! Com diálogo e decisão política, é possível avançar sim. Mais empregos, desenvolvimento e mais justiça para os trabalhadores(as) é o que precisamos promover”, concluiu.

O fim da escala de trabalho 6x1 por uma das principais reivindicações das centrais sindicais durante as manifestações do Dia do Trabalhador, na última quinta-feira (1º). A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a mudança na jornada de trabalho foi apresentada pela deputada Erika Hilton (Psol-SP) e ganhou força após repercutir nas redes sociais. A PEC foi protocolada na Câmara dos Deputados no início do ano.

 

Fonte: Brasil 247

Visita de representante do governo Trump visa cooperação internacional e não sanções contra Moraes

Anunciada por Eduardo Bolsonaro como uma missão de sanções, a visita de David Gamble já havia sido organizada pelo governo brasileiro

       Alexandre de Moraes (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

A viagem de David Gamble, coordenador do escritório de sanções do Departamento de Estado dos Estados Unidos, ao Brasil, tem gerado controvérsias no cenário político brasileiro. Embora tenha sido divulgada pelo deputado licenciado Eduardo Bolsonaro como uma missão para discutir possíveis sanções contra autoridades brasileiras, como o ministro Alexandre de Moraes, a verdadeira razão da viagem é bem diferente. Segundo a coluna do jornalista Jamil Chade, do UOL,, a viagem já havia sido organizada pelo próprio governo brasileiro e está inserida em um acordo de cooperação entre os dois países no combate ao crime organizado.

Desde a última sexta-feira, Bolsonaro tem feito declarações sobre o intuito da viagem de Gamble, alegando que o coordenador de sanções viria ao Brasil para discutir medidas que a administração Trump estaria considerando adotar contra o Brasil. Contudo, a informação não revela o papel da missão, que na verdade faz parte de uma agenda oficial de colaboração internacional.

Além de encontros com representantes do governo brasileiro, incluindo o Itamaraty e o Ministério da Justiça, Gamble também terá uma agenda com outros órgãos federais. A viagem é parte de um esforço conjunto para ampliar o combate ao crime organizado, especialmente em relação ao tráfico de drogas e atividades do PCC, uma das gangues criminosas mais influentes. No mês de abril, outra missão semelhante foi realizada pelos Estados Unidos, e no mesmo período, a polícia americana anunciou a prisão de 18 brasileiros, supostamente envolvidos com atividades do PCC em território americano.

Recentemente, a Polícia Federal também assinou um acordo com os Estados Unidos para fortalecer a luta contra o crime organizado, com foco na troca de informações entre as duas nações. O próprio governo de Donald Trump destacou essa parceria como um avanço na cooperação internacional contra o crime.

Apesar disso, o governo brasileiro tem demonstrado desconfiança em relação às declarações de Eduardo Bolsonaro sobre a visita e procurou o Departamento de Estado dos EUA para esclarecer se a agenda de Gamble se estenderia a questões além do combate ao crime, como as sanções mencionadas pelo deputado. Até o momento, o Departamento de Estado não se pronunciou sobre o assunto, assim como a Embaixada dos EUA no Brasil, que também manteve silêncio sobre as alegações de Bolsonaro.

Nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro tem tentado articular uma ação contra autoridades brasileiras dentro do Congresso, aproveitando a proximidade com figuras mais radicais do trumpismo. A aposta dos bolsonaristas é que o governo Trump adote uma postura similar àquela adotada contra o procurador-geral do Tribunal Penal Internacional, uma medida que ganhou repercussão no início do governo Trump.

Em Brasília, o governo federal mantém uma postura cautelosa e se dedica a preservar o diálogo com os Estados Unidos em áreas de possíveis divergências, como imigração e comércio. O Brasil tem adotado uma postura moderada nas reuniões da ONU e da OMC, buscando evitar que questões políticas internas do Brasil, como as impulsionadas por Eduardo Bolsonaro, interfiram nas relações bilaterais.

O governo brasileiro se prepara para reagir, caso uma sanção contra Alexandre de Moraes seja efetivamente imposta, considerando que isso representaria um ataque às instituições do país. Nesse cenário, Bolsonaro, enquanto isso, se dedica a fomentar a narrativa de uma suposta ditadura no Brasil, procurando alinhar-se com os setores mais radicais do Congresso americano. Suas visitas são frequentemente acompanhadas por Paulo Figueiredo, neto do ex-ditador João Figueiredo, estreitando laços com figuras controversas dentro do cenário político dos EUA.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Itamaraty busca esclarecimentos sobre expulsão de 18 mil estrangeiros em Portugal

Ordem do governo interino de Portugal ocorre a poucos dias das eleições parlamentares de 18 de maio

      Mauro Vieira (Foto: Pedro França/Agência Senado)

A Embaixada do Brasil em Portugal está em contato com autoridades locais para entender os detalhes da ordem do governo interino português, que no último sábado, 3, determinou a expulsão de cerca de 18 mil estrangeiros. A decisão foi tomada às vésperas das eleições legislativas marcadas para 18 de maio. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o Ministério das Relações Exteriores informou que a missão diplomática acompanha de perto o caso e mantém diálogo constante com as autoridades portuguesas. “A Embaixada do Brasil em Portugal está acompanhando de perto o tema, em contato direto com as autoridades locais”, afirmou a pasta.

O anúncio foi feito pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que revelou que o governo português, liderado pela Aliança Democrática de centro-direita, começará a emitir notificações para que aproximadamente 4,5 mil estrangeiros saiam voluntariamente do país dentro de um prazo de 20 dias. A medida é parte de um endurecimento nas regras de imigração que se tornou um dos principais pilares da campanha do governo, que busca garantir a reeleição nas próximas eleições.

Essa ação ocorre em um contexto de crescente polarização política em Portugal, que terá uma eleição geral antecipada no dia 18 de maio, após a renúncia do governo minoritário do Partido Social Democrata (PSD), do primeiro-ministro Luis Montenegro, após a perda de um voto de confiança no Parlamento. A ascensão de partidos de extrema direita, como o que ocupa a terceira posição nas eleições de 2024, também reflete a onda populista que se espalha pela Europa.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Globo dá chilique contra possível camisa vermelha da seleção

Editorial alarmista critica uniforme não oficial e revela mais preocupação com disputa política do que com a história e a identidade nacional

      (Foto: Reprodução )

Enquanto a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) segue sem técnico definido para comandar a seleção na Copa de 2026, um debate inusitado tomou as manchetes e inflamou as redes sociais: a possibilidade de a equipe brasileira adotar uma camisa vermelha como uniforme reserva. A reação mais barulhenta veio do jornal O Globo, que publicou um editorial alarmista sobre o assunto, ignorando que a cor vermelha tem vínculo direto com a história do país — o próprio nome “Brasil” deriva do pau-brasil, madeira de tom avermelhado que foi o primeiro alvo da espoliação econômica pela Europa.

A discussão surgiu após reportagem do site Footy Headlines, especializado em vazamentos de uniformes, informar que a Nike, fornecedora de material esportivo da CBF, estaria planejando a introdução da camisa vermelha para a próxima Copa. A resposta imediata foi o chilique editorial da Globo, que tratou a mudança como uma afronta às “tradições nacionais”. O jornal da família Marinho adotou um tom moralista ao criticar o novo uniforme, ignorando o simbolismo cultural e histórico da cor vermelha no imaginário nacional. Com isso, mostrou-se mais preocupado com os reflexos políticos de um suposto “vermelho petista” do que com o futebol propriamente dito.

O estatuto da entidade determina que os uniformes da seleção devem seguir as cores da bandeira brasileira: verde, amarelo, azul ou branco. Em 2023, no entanto, a própria CBF rompeu essa paleta ao lançar uma camisa preta em amistoso contra Guiné, como gesto contra o racismo — uma exceção considerada legítima. O vermelho, por sua vez, embora ainda não utilizado oficialmente, tem respaldo na história nacional, o que enfraquece o argumento de que seria um desvio “escandaloso”.

Para muitos, a camisa amarela foi sequestrada pelo bolsonarismo, transformando-se em símbolo político durante os últimos anos. Mas essa apropriação é ilegítima: “A camisa não pertence a nenhum grupo político, e sim aos brasileiros”, como lembrou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez questão de vesti-la durante os jogos da Copa de 2022. O verdadeiro desafio, agora, é resgatar seu valor simbólico sem ceder ao uso ideológico.

Fonte: Brasil 247

Noblat manda Bolsonaro ao inferno após ele expor suas vísceras para atrair compaixão

Ex-presidente divulga imagem da própria cirurgia e jornalista o acusa de manipular sofrimento para benefício político

     Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/X/@jairbolsonaro)

O jornalista Ricardo Noblat, em texto publicado no Metrópoles, se mostrou indignado com Jair Bolsonaro (PL). O motivo foi a divulgação, por Bolsonaro, de uma imagem de seu abdômen aberto, registrada durante a cirurgia de desobstrução intestinal à qual foi submetido há três semanas. Na legenda da foto, o ex-presidente alegou que pretendia mostrar "como estavam as alças intestinais após o acesso à cavidade abdominal e liberação parcial das aderências”.

Para Noblat, no entanto, a publicação não passa de uma encenação com objetivos políticos. “Vá para o inferno, Bolsonaro. E não faça por lá o que fez por aqui”, disparou o jornalista, num artigo contundente em que acusa o ex-presidente de tentar despertar compaixão por meio da exposição grotesca.

◉ "A exposição da desgraça para despertar piedade" - No texto, Noblat acusa Bolsonaro de usar a dor e a doença como forma de enganar seguidores e se apresentar como mártir. “A exposição da desgraça para despertar piedade, martirizar-se e enganar os trouxas”, escreveu. E vai além, chamando Bolsonaro de “repulsivo”, “nojento” e “sem escrúpulos”.

O jornalista relembra ainda o histórico político de Bolsonaro, ressaltando que ele “associou-se a um vírus que matou mais de 600 mil pessoas” e tentou “dar um golpe de Estado para abolir a democracia restaurada há apenas 40 anos”.

◉ Sem anistia, sem piedade - Na crítica, Noblat também contesta o apelo do ex-presidente por uma “anistia ampla, geral e irrestrita”, que supostamente não seria para ele, mas para os que, segundo sua versão, foram “usados pela esquerda” nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Noblat rejeita essa narrativa: “como inocentes? Todos bolsonaristas, eles estavam acampados à porta do QG do Exército. Clamavam por um golpe militar. Dali saíram para tomar de assalto as sedes dos três poderes da República".

◉ "Abusa da sorte" - No mesmo artigo, o jornalista destaca que Bolsonaro já passou por seis cirurgias, todas utilizadas politicamente para reforçar uma imagem de resistência e invencibilidade. “As seis operações foram aproveitadas por Bolsonaro para construir a imagem de um homem sofrido, capaz de morrer pelo Brasil, mas que não morre porque é invencível, além de imbrochável”, ironizou.

A crítica termina com um recado direto, sem qualquer resquício de conciliação: “sem anistia para ele. Sem prisão domiciliar, muito menos à beira-mar, como a de Fernando Collor. Que vá para o inferno. E que não demore muito a ir".

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Investigado por plano de ataque a Lady Gaga pretendia matar criança em transmissão ao vivo

Polícia Civil do RJ encontrou ameaças explícitas durante operação contra grupo extremista que promovia ódio, violência e abuso infantil na internet

Público enfrenta fila para acesso ao local do show da Lady Gaga na praia de Copacabana, Rio de Janeiro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Durante o cumprimento de mandados da Operação Fake Monster, realizada neste sábado (3), a Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou um plano ainda mais macabro do que o inicialmente descoberto: um dos investigados pretendia assassinar uma criança em tempo real por meio de uma transmissão ao vivo nas redes sociais, informa Mirelle Pinheiro, do Metrópoles.

O suspeito, localizado no município de Macaé, no interior fluminense, integrava uma célula extremista que atuava de forma coordenada em fóruns digitais e redes sociais. Segundo os investigadores, o grupo se especializava na disseminação de conteúdos de ódio, radicalização de adolescentes e incitação à violência contra minorias, incluindo a comunidade LGBTQIA+, jovens e crianças.

De acordo com as autoridades, o material encontrado nos dispositivos eletrônicos do investigado continha postagens com ameaças diretas de assassinato infantil, além de evidências da participação no planejamento de um atentado ao show da cantora Lady Gaga. O evento, de alta visibilidade, foi um dos alvos de um chamado “desafio coletivo”, estratégia usada pelo grupo para atrair notoriedade nas redes sociais.

Além da incitação ao crime, os conteúdos analisados revelaram uma rede digital estruturada para fomentar práticas de automutilação, compartilhar pornografia infantil e instruir sobre a fabricação de armas improvisadas, como coquetéis molotov. A polícia apontou que o grupo promovia abertamente ideologias de ódio, com publicações de apologia ao nazismo, racismo e homofobia.

Ao todo, a operação resultou no cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão em nove cidades de quatro estados. Em outra frente da operação, um homem foi preso no Rio Grande do Sul, identificado como o principal articulador do grupo extremista. Já no Rio de Janeiro, um adolescente foi apreendido por armazenar material de abuso sexual infantil.

Mesmo com a ameaça identificada ao espetáculo da artista norte-americana, a ação policial foi conduzida com sigilo absoluto. O evento ocorreu sem intercorrências e sem que o público fosse exposto a qualquer risco.

Os envolvidos na operação Fake Monster podem responder por uma série de crimes graves, como terrorismo, incitação ao crime, apologia à violência, pedofilia e formação de organização criminosa. A análise do material apreendido continua em andamento, e novas ações não estão descartadas pelas autoridades.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

A estratégia do deputado que desejou morte de Lula e chamou Gleisi de prostitua para não ter o mandato cassado

 

O deputado bolsonarista Gilvan da Federal – Foto: Reprodução

O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) tentará reduzir o tempo de suspensão de seu mandato após ser alvo de uma representação da Mesa Diretora da Câmara. O pedido, assinado pelo presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), solicita seis meses de afastamento por dois motivos.

O primeiro diz respeito às ofensas proferidas pelo parlamentar bolsonarista contra a ministra Gleisi Hoffmann (PT). Durante uma audiência com o ministro Ricardo Lewandowski, o deputado citou apelidos da planilha da Odebrecht e, ao mencionar a ministra, afirmou que ela “deveria ser uma prostituta do caramba”.

A Mesa Diretora classificou as declarações como “insinuações abertamente ultrajantes” e destacou que o comportamento do deputado poderia levar à cassação. O requerimento foi acordado em reunião de líderes realizada no dia 30 de abril e já foi protocolado no Conselho de Ética. Aliados próximos confirmam que Gilvan já foi informado de que não passará sem punição.

Gilvan aposta em uma estratégia para amenizar a penalidade. A ideia é se antecipar ao julgamento e apresentar argumentos que reduzam a suspensão de seis para três meses. Segundo interlocutores, ele reconhece que a punição será inevitável, mas busca evitar um afastamento prolongado que possa prejudicar sua base eleitoral. A articulação nos bastidores visa manter sua presença política mesmo durante o período de afastamento.

O segundo motivo do pedido de punição foi o embate com o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), ocorrido na terça-feira (2). Na ocasião, os dois trocaram ofensas durante sessão da Comissão de Segurança Pública – a mesma em que Gilvan atacou Gleisi Hoffmann.


O deputado também tentará alegar que o episódio foi isolado e motivado pelo acirramento dos debates políticos. No entanto, a repercussão negativa e o histórico de confrontos anteriores podem pesar contra ele. A decisão do Conselho de Ética deve ser tomada nas próximas semanas.

Vale lembrar que Gilvan da Federal é o mesmo que desejou a morte de Lula (PT). O deputado disse que gostaria que o presidente fosse “para os quintos dos infernos”.

Fonte: DCM

(Vídeo) Polícia Civil frustra plano de ataque com bomba em show de Lady Gaga no Rio

Operação Fake Monster prende suspeito, apreende adolescente e revela esquema que recrutava jovens para ações violentas e discurso de ódio

Um plano de ataque com bomba durante o show da cantora Lady Gaga, realizado neste sábado (3), em Copacabana, no Rio de Janeiro, foi frustrado por uma ação conjunta da Polícia Civil do estado e do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A investigação levou à prisão de um homem no Rio Grande do Sul e à apreensão de um adolescente no Rio, além do cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão em quatro estados.
A chamada “Operação Fake Monster” mirou um grupo que promovia discurso de ódio nas redes sociais e articulava ataques violentos, com foco especial em crianças, adolescentes e no público LGBTIA+. Segundo os investigadores, os envolvidos tratavam os ataques como parte de um “desafio coletivo” com o objetivo de obter visibilidade digital e notoriedade em plataformas online.

As apurações revelaram que o grupo tentava recrutar participantes, inclusive menores de idade, para realizar ações coordenadas com uso de coquetéis molotov e explosivos improvisados. As mensagens compartilhadas pelos integrantes incentivavam a violência como forma de pertencimento a uma comunidade virtual marcada por extremismo e ideologias criminosas.

A operação foi coordenada por agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da 19ª DP (Tijuca) e pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), órgão ligado ao Ministério da Justiça.

Durante a ação, os policiais prenderam em flagrante o homem apontado como líder do grupo, que foi detido por porte ilegal de arma de fogo no Rio Grande do Sul. Já o adolescente foi apreendido no Rio de Janeiro por armazenamento de pornografia infantil. Segundo as autoridades, ambos já vinham sendo monitorados pelas equipes de inteligência.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços localizados nos municípios do Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias e Macaé, no estado do Rio; Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista, em São Paulo; São Sebastião do Caí, no Rio Grande do Sul; e Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso. Os policiais recolheram dispositivos eletrônicos e materiais diversos que agora serão periciados.

De acordo com os investigadores, os alvos da operação mantinham atuação ativa em plataformas digitais, onde promoviam a radicalização de adolescentes, incentivando práticas de automutilação, pedofilia e atos violentos. Os conteúdos circulavam em grupos fechados e fóruns virtuais, com linguagem de desafio e estímulo à ação conjunta.

A polícia não divulgou detalhes sobre o nível de avanço do plano para o show de Lady Gaga, nem confirmou se havia ameaça real e iminente ao evento, que mobilizou grande público na orla carioca. Ainda assim, a operação foi considerada exitosa por interromper uma cadeia de articulação criminosa com alto potencial lesivo.

As investigações continuam, e a Polícia Civil pretende identificar outros possíveis envolvidos. O material apreendido deve auxiliar na ampliação das diligências e no mapeamento da atuação dessa rede de aliciamento e crimes virtuais. O Ministério da Justiça reforçou que está empenhado no combate a crimes cibernéticos, especialmente aqueles que envolvem a exploração de crianças e adolescentes e a incitação à violência.

Fonte: Agenda do Poder

Com 2,1 milhões de fãs presentes, Lady Gaga supera Madonna, mas Rod Stewart segue no topo; veja maiores públicos de shows em Copacabana

No réveillon de 1994, público atribuído ao cantor britânico ficou entre 3,5 milhões e 4,2 milhões de pessoas; ele entrou no Guinness Book como protagonista do maior show gratuito da história

O show de Lady Gaga na noite de sábado (3), em Copacabana, entrou para a história dos grandes espetáculos realizados na praia mais famosa do Rio de Janeiro. Segundo estimativa da Riotur, 2,1 milhões de pessoas acompanharam a apresentação gratuita da popstar estadunidense, superando o público de Madonna em 2024 e dos Rolling Stones em 2006, ambos com cerca de 1,6 milhão de espectadores.

Apesar da multidão recorde de Gaga, o título de maior público já registrado em um show internacional em Copacabana ainda pertence ao cantor britânico Rod Stewart. Em 1994, o astro atraiu entre 3,5 milhões e 4,2 milhões de pessoas durante o réveillon, número que o levou a entrar no Guinness Book como protagonista do maior show gratuito da história. Há, porém, questionamentos sobre essa contagem, já que parte significativa da plateia estaria na praia apenas para acompanhar a virada do ano, sem necessariamente ter assistido ao show.

Lady Gaga, por sua vez, entregou um espetáculo completo com elementos da turnê de seu novo disco Mayhem, envolvendo figurinos elaborados, coreografias impactantes, estrutura cênica grandiosa e um discurso emocionado dedicado ao público brasileiro. O evento marcou sua primeira apresentação no Brasil desde 2012 e coroou o reencontro com os fãs com números impressionantes.

Confira abaixo os maiores shows internacionais realizados em Copacabana antes de Gaga:

Rod Stewart (1994)

O cantor britânico fez história ao se apresentar no réveillon de 1994, com um público estimado em até 4,2 milhões de pessoas. Stewart interpretou clássicos como “Maggie may”, “Baby jane” e “Stay with me”. Em entrevista ao programa Fantástico, em 2023, relembrou o feito e contou um episódio curioso: foi expulso do Copacabana Palace após jogar futebol dentro do quarto.

Lenny Kravitz (2005)

Celebrando os 440 anos da cidade do Rio de Janeiro, o cantor estadunidense reuniu entre 300 mil e 600 mil pessoas na praia. A apresentação foi marcada pela recepção calorosa do público em sua estreia no Brasil.

Rolling Stones (2006)

Mick Jagger e sua lendária banda lotaram Copacabana com um show gratuito que reuniu cerca de 1,5 milhão de pessoas. O palco, ligado por uma passarela ao Copacabana Palace — onde os músicos estavam hospedados —, se tornou cenário de um dos concertos mais emblemáticos da cidade, com hits como “Start me up” e “Satisfaction”.

Stevie Wonder (2012)

Ao lado de Gilberto Gil, Stevie Wonder celebrou o Natal em grande estilo no Rio. O show, que teve duração superior a quatro horas, mesclou clássicos internacionais, canções brasileiras e músicas natalinas. Embora os organizadores esperassem 500 mil pessoas, não houve divulgação oficial do público final.

Madonna (2024)

Em abril do ano passado, Madonna encerrou a turnê The Celebration Tour com um megashow para 1,6 milhão de pessoas em Copacabana, o maior de sua carreira. A apresentação contou com participações cênicas de Anitta e Pabllo Vittar e selou o retorno triunfal da artista ao Brasil após 12 anos de ausência.

Com o marco atingido por Lady Gaga neste fim de semana, a praia de Copacabana reafirma sua posição como um dos maiores palcos a céu aberto do mundo, palco de encontros históricos entre astros da música internacional e o calor do público brasileiro. E, mais uma vez, as areias cariocas foram testemunhas de um espetáculo que vai entrar para a memória coletiva.

Fonte: Agenda do Poder

Ministério da Saúde abre mais de 3 mil vagas no Mais Médicos para reforçar atendimento básico no SUS

Edital prioriza regiões vulneráveis e indígenas; inscrições começam em 5 de maio e seguem até o dia 8, com foco em ampliar a cobertura da atenção primária

      Mais Médicos (Foto: Alejandro Zambrana/MS)

O Ministério da Saúde anunciou, na sexta-feira (2/5), um novo edital do Programa Mais Médicos, com o objetivo de expandir o atendimento na atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa, divulgada pelo portal do governo federal, prevê a abertura de 3.174 vagas, sendo 3.066 distribuídas entre 1.620 municípios de todo o país e 108 destinadas aos 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), reforçando a presença médica em regiões de difícil acesso e alta vulnerabilidade social.

As inscrições estarão abertas de 5 a 8 de maio, e o programa contempla três perfis de profissionais: médicos com registro no Brasil, brasileiros formados no exterior e médicos estrangeiros habilitados. Para esses dois últimos grupos, a participação no Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) é obrigatória, garantindo preparação específica para os desafios enfrentados nas áreas mais remotas.

"Existe uma importante conexão entre o Mais Médicos, o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, e o nosso esforço contínuo em acelerar o atendimento especializado no SUS, que é uma das principais preocupações da nossa gestão", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. "A atuação integrada desses profissionais, pelo prontuário eletrônico e os fluxos que vão reduzir o tempo de espera do paciente, vai facilitar o acesso à média e alta complexidade para todos os cidadãos”, completou.

Os profissionais do programa passam a integrar as equipes da Estratégia de Saúde da Família, garantindo acompanhamento contínuo da população. As consultas, exames e encaminhamentos são registrados no Prontuário Eletrônico (e-SUS APS), permitindo a integração entre atenção básica e serviços de maior complexidade.

Segundo o estudo Demografia Médica 2025, lançado em 30 de abril, ainda há grande desigualdade na distribuição de médicos pelo país. O novo edital do Mais Médicos leva esses dados em consideração para alocar profissionais onde há mais escassez. A maior parte das vagas (75,1%) será direcionada a municípios de pequeno porte, seguidos pelos de médio (11,1%) e grande porte (13,8%).

Para o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço, o programa segue cumprindo sua missão de levar atendimento às populações mais necessitadas. “Mais uma vez, o Mais Médicos está cumprindo seu papel de prover profissionais para as áreas mais remotas e de maior vulnerabilidade, ao mesmo tempo em que possibilita ofertas de formação para os médicos, que vão desde a especialização em Medicina de Família e Comunidade até o mestrado e doutorado em Saúde da Família”, destacou. “Isso significa um melhor cuidado para a população e profissionais mais qualificados para a atenção primária à saúde.”

Atualmente, cerca de 24,9 mil médicos atuam pelo programa em 4,2 mil municípios, abrangendo 77% do território nacional. Entre essas localidades, 1,7 mil apresentam altos índices de vulnerabilidade social. Em dezembro de 2024, o Mais Médicos alcançou um marco importante, com 601 profissionais ativos nos DSEIs — o maior número já registrado nessas regiões.

Além do novo edital, o Ministério da Saúde também implementou em março um cadastro reserva, possibilitando maior agilidade na reposição de profissionais. Com isso, 2.450 municípios e oito DSEIs que participaram de editais anteriores puderam manifestar interesse em manter ou ampliar suas equipes. O mecanismo visa garantir que a assistência médica chegue de forma contínua e eficaz às populações que mais dependem do SUS.

Fonte: Brasil 247