Detido por porte ilegal de arma no RS, suspeito foi autuado em flagrante e solto
Um homem investigado por liderar um plano de ataque a bomba durante o show da cantora Lady Gaga, realizado no último sábado (3) em Copacabana, no Rio de Janeiro, foi liberado após pagar fiança no Rio Grande do Sul. Segundo informações divulgadas pela CNN Brasil, ele foi preso em flagrante por porte ilegal de arma durante a “Operação Fake Monster”, conduzida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em parceria com o Ministério da Justiça.
A operação teve como objetivo impedir um atentado coordenado que envolveria o uso de explosivos improvisados, como coquetéis molotov. Os investigadores afirmam que o grupo envolvido planejava o ataque como parte de um “desafio coletivo”, buscando visibilidade em redes sociais.
No total, 13 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso. Em solo gaúcho, as ações ocorreram nas cidades de São Sebastião do Caí e Novo Hamburgo, com o apoio de diversas delegacias regionais e especializadas.
Em um dos endereços no RS, o homem apontado como líder do grupo foi preso por porte ilegal de arma de fogo. Apesar da gravidade das acusações e da autuação em flagrante, ele foi liberado após pagamento de fiança, o que gerou repercussão entre os investigadores.
Paralelamente, um adolescente foi apreendido no Rio de Janeiro. Além da ligação com o plano criminoso, ele também é investigado por armazenamento de pornografia infantil. Segundo a Polícia Civil, os dois suspeitos faziam parte de um grupo extremista que utilizava redes sociais para recrutar jovens e disseminar conteúdos violentos, como crimes de ódio, apologia à automutilação, pedofilia e discursos de intolerância.
De acordo com a Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil do Rio, o monitoramento da atuação desse grupo começou após o mapeamento de comunidades online com perfil radicalizado, nas quais adolescentes interagiam em torno de desafios perigosos e criminosos. O objetivo declarado dos integrantes era obter notoriedade nas redes.
“Eles buscavam não apenas causar pânico, mas também alimentar um ciclo de validação entre si, promovendo violência como forma de aceitação no grupo”, informou um agente da Ssinte sob condição de anonimato.
Durante a operação, foram apreendidos computadores, celulares e outros dispositivos eletrônicos que agora passam por perícia. O conteúdo encontrado nesses equipamentos poderá ajudar a identificar novos integrantes da organização, além de mapear a estrutura de atuação e as conexões com outros grupos extremistas.
Apesar do susto, o show de Lady Gaga ocorreu sem incidentes, reunindo mais de um milhão de pessoas na Praia de Copacabana e sendo considerado um dos maiores eventos musicais da artista.
As investigações seguem em andamento, e a Polícia Civil não descarta novas prisões. O Ministério da Justiça destacou que a cooperação entre estados foi fundamental para frustrar a ação e evitar uma tragédia de grandes proporções.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil