quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Moraes agenda acareação entre Cid e ex-assessor de Bolsonaro no STF


Marcelo Costa Câmara e Mauro Cid, réus pela tentativa de golpe de Estado. Foto: reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (6) a realização de uma acareação entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e o coronel da reserva Marcelo Costa Câmara, ex-assessor especial da Presidência. O encontro está marcado para a próxima quarta-feira (13), às 11h30, na sede do STF, e tem como objetivo esclarecer contradições nos depoimentos dos dois réus sobre o monitoramento do ministro após as eleições de 2022.

A decisão atende a um pedido da defesa de Câmara, que alega ter sido “usado” por Cid em um suposto esquema de inteligência paralela.

Durante seu interrogatório, o coronel negou qualquer envolvimento em planos golpistas e afirmou que as informações repassadas sobre os deslocamentos de Moraes tinham como único objetivo ajustes na agenda de Bolsonaro e uma tentativa de aproximação com o ministro.

As contradições no caso

Marcelo Câmara, preso preventivamente desde maio, é apontado pela Polícia Federal como coordenador de um núcleo que monitorou Moraes entre outubro e dezembro de 2022. Em seu depoimento, no entanto, ele afirmou que “se sentiu usado” por Mauro Cid, sugerindo que os dados sobre os passos do ministro podem ter sido utilizados para outros fins sem seu conhecimento.

“Não era a minha intenção. Nosso objetivo ao receber essas solicitações do Cid era de ajustes de agenda e porque queríamos uma aproximação com o ministro”, declarou Câmara ao STF. O coronel negou qualquer ligação com a minuta do golpe ou com o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que teria como alvo autoridades como Moraes, o presidente Lula (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB).

Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Fellipe Sampaio/STF

Apesar das alegações, as investigações da PF revelaram mensagens comprometedoras entre Câmara e Cid, incluindo uma em que o coronel detalha a rota que Moraes faria para a cerimônia de diplomação de Lula em 12 de dezembro de 2022. Em outra conversa, no dia 15 do mesmo mês, Câmara se refere à posse de Lula como “posse do ladrão” ao informar os movimentos do ministro.

Questionado sobre as mensagens, recuperadas pela PF após terem sido apagadas, Câmara insistiu que não se tratava de monitoramento ilegal. “Se alguém quiser falar que o que eu fiz foi monitoramento, acho que é um erro. Mas ainda assim não foi feito para cometer nenhuma ilegalidade”, afirmou.

O coronel, no entanto, não soube explicar com clareza a origem das informações sobre Moraes. Segundo ele, não havia um “informante” fixo, e os dados seriam deduzidos com base em eventos públicos e no trabalho dos cerimoniais.

“Muitas vezes eu não conseguia a informação. É muito comum cerimonial, agenda e segurança estarem juntos. A gente começa a conhecer, mas não significa que aquele cara era um informante”, argumentou.

Câmara também foi questionado sobre uma mensagem em que comenta que uma minuta “não seguiu porque poderia não ter amparo jurídico”. Ele alegou que se referia a uma reportagem sobre o assunto e não ao documento em si, reforçando que nunca teve acesso a qualquer plano golpista.

Fonte: DCM

Braga Netto pede soltura após prisão domiciliar de Bolsonaro, mas Moraes nega


     O general Walter Braga Netto, ex-ministro de Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou mais um pedido de soltura apresentado pela defesa do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro do governo Bolsonaro. Réu por tentativa de golpe de Estado, ele está preso preventivamente desde dezembro de 2024, sob a acusação de ter atuado para atrapalhar as investigações em curso.

A solicitação mais recente, protocolada no dia 29 de julho, foi negada por Moraes com base em parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que também se manifestou contra soltura.

Os advogados do general argumentaram que o ex-presidente Jair Bolsonaro, também réu no mesmo processo, recebeu medidas cautelares alternativas à prisão e, por isso, ele deveria ter tratamento semelhante com base no princípio da isonomia.

Moraes afirmou que as circunstâncias dos dois casos são distintas e que “os fundamentos para a manutenção da custódia cautelar são específicos às condutas do requerente”. Segundo o ministro, há indícios claros de participação direta de Braga Netto na tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, o que justifica sua permanência em prisão preventiva.

Walter Braga Netto e Jair Bolsonaro. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A decisão também destacou que não cabe aplicar automaticamente o mesmo tipo de medida cautelar a diferentes réus, mesmo que estejam envolvidos no mesmo processo. Moraes apontou que as ações atribuídas ao general exigem uma resposta do que a aplicada a Bolsonaro.

A PGR, por sua vez, sustentou que cada acusado deve ser tratado de acordo com as peculiaridades de sua conduta e com o grau de risco envolvido. “Não há dever, por parte do juízo, de dispensar exato tratamento a todos os envolvidos”, afirmou o parecer do órgão.

A simples comparação entre medidas impostas a diferentes réus, segundo a procuradoria, não é suficiente para alterar a decisão já vigente.

Fonte: DCM

Em meio à crise entre os Poderes, PL leva "pacote da paz" ao STF, que reage: "Vivem num mundo fora do esquadro"

PL propõe anistia aos golpistas do 8 de janeiro e mudança no foro privilegiado. Ministros do STF rechaçam tentativa de blindar Jair Bolsonaro

Estátua da Justiça em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal em Brasília e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes | REUTERS/Adriano Machado)

Integrantes do PL, partido comandado por Valdemar Costa Neto e que abriga Jair Bolsonaro, procuraram ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para apresentar um plano político apelidado de “pacote da paz”. A proposta incluía dois pontos principais: anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 e a reformulação do foro privilegiado, com o objetivo de tirar do STF a competência inicial para julgar autoridades.

Segundo reportagem da jornalista Andréia Sadi, do g1, a articulação partiu do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, do líder da legenda na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, e do senador Rogério Marinho. O grupo levou pessoalmente a proposta a ministros do Supremo, alegando que era necessário “desafogar” a Corte e descentralizar o julgamento de parlamentares, encaminhando os processos primeiro para Tribunais Regionais Federais (TRFs), depois para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), antes de chegarem ao STF.

A recepção dos magistrados, no entanto, foi negativa. De acordo com a apuração, um dos ministros reagiu com irritação e afirmou: “vocês estão vivendo num mundo fora do esquadro”. A frase resume a percepção de que a proposta não se sustentaria nem juridicamente, nem politicamente. Apesar da resistência explícita dos integrantes da Corte, os parlamentares do PL insistem na defesa do projeto e deixaram claro que não pretendem recuar.

Atualmente, o foro por prerrogativa de função assegura que crimes cometidos por determinadas autoridades — como presidente da República, deputados, senadores e ministros do STF — no exercício do cargo, sejam julgados diretamente em tribunais superiores. O entendimento mais recente da própria Corte estabelece que, mesmo após o fim do mandato, se o crime estiver relacionado à função, o processo deve continuar tramitando no Supremo.

A investida da legenda ocorre em meio ao agravamento da situação jurídica de Jair Bolsonaro (PL), que passou a cumprir prisão domiciliar após decisão do ministro Alexandre de Moraes na segunda-feira (4). O magistrado também determinou que o ex-mandatário fosse proibido de receber visitas e recolheu seus celulares, em razão de nova violação de medidas cautelares.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Bolsonaristas se acorrentam no Congresso para obstruir a agenda legislativa: 'só saio daqui morto' (vídeo)

Lideranças pró-governo interpretam protestos no Congresso como tentativa de golpe, após a prisão domiciliar de Bolsonaro; Magno Malta viraliza

   Magno Malta em protesto pró-Bolsonaro no Congresso Nacional (Foto: Reprodução/Vídeo via X)

Bolsonaristas seguem impedindo os trabalhos na Câmara e no Senado na tentativa de garantir a absolvição de Jair Bolsonaro, réu na trama golpista e preso em regime domiciliar, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Senadores bolsonaristas chegaram a se acorrentar no Congresso. Eles prometem obstruir a pauta legislativa, após a decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro.

O senador Magno Malta (PL-ES) disse que só se retiraria do plenário "morto", conforme vídeo divulgado nas redes sociais nesta quarta-feira (6). Confira:


A ofensiva da extrema direita foi rechaçada pela ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

Além disso, de acordo com a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN), as instituições devem reagir com firmeza: "As instituições não podem se curvar perante mandantes golpistas e seus cúmplices e devem ser cada vez mais firmes na defesa inegociável da democracia. Sem Anistia!"

Fonte: Brasil 247

Gleisi critica obstrução da oposição no Congresso: ‘querem o país refém do Bolsonaro’

Ministra das Relações Institucionais acusa oposição de travar pautas de interesse público para pressionar por anistia a Jair Bolsonaro

       Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/SRI)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), acusou aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro de prejudicar o país ao usar o Congresso Nacional como instrumento de pressão contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). A crítica foi feita por meio de publicação nas redes sociais, nesta quarta-feira (6), em resposta à obstrução promovida por parlamentares da oposição.

Congressistas contrários ao governo federal iniciaram, na terça-feira (5), uma ofensiva para paralisar votações nas duas Casas Legislativas. A tática tem como objetivo forçar os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a se posicionarem contra a decisão do STF que impôs prisão domiciliar a Jair Bolsonaro. Os oposicionistas também exigem que sejam adotadas medidas institucionais em reação ao Supremo.

Gleisi reagiu duramente à movimentação da oposição, classificando-a como uma tentativa de chantagem política em defesa de interesses pessoais. “O povo brasileiro não pode carregar nas costas o peso de Jair Bolsonaro. Primeiro, conspirou com um governo estrangeiro, fazendo o presidente dos EUA impor pesadas taxas às exportações brasileiras, comprometendo nossos empregos, empresas e a economia do Brasil em troca de pressão para sua anistia. Agora, seus apoiadores no Congresso Nacional, com o mesmo objetivo, impedem votações importantes para os trabalhadores e as famílias do Brasil: isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, PEC da Segurança, isenção da conta de luz pra quem consome até 80 kW, só para ficar em alguns exemplos”, criticou.

A ministra defendeu o funcionamento regular das instituições e criticou o uso do Legislativo como mecanismo de barganha. “Este país tem Constituição, leis, poderes independentes e um povo altivo. Não pode ficar refém de Bolsonaro”, completou.

 

Fonte: Brasil 247

Cresce irritação de Motta e Alcolumbre com ocupação bolsonarista no Congresso e ameaças de Eduardo Bolsonaro

Presidentes do Senado e da Câmara consideram que a tentativa de impor a agenda legislativa por meio de pressões e ameaças é inaceitável

      Hugo Motta e Davi Alcolumbre (Foto: Andressa Anholete/Agência Senado)

Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), demonstraram forte insatisfação com o grupo de parlamentares bolsonaristas que ocupou as mesas diretoras das duas Casas do Congresso Nacional nesta terça-feira (5). Os manifestantes afirmaram que só deixariam o local após a inclusão na pauta de votação do projeto que concede anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Segundo interlocutores dos presidentes das duas Casas ouvidos pelo jornalista Valdo Cruz, do g1, a indignação de Alcolumbre e Motta aumentou depois que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reforçou as ameaças. Em entrevista à jornalista Bela Megale, de O Globo, o filho de Jair Bolsonaro (PL) declarou que, caso não sejam pautados o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a anistia aos golpistas do 8 de janeiro de 2023, os presidentes das Casas correm o risco de sofrer "sanções" por parte do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Eduardo, que deixou o Brasil, tem articulado uma série de sanções contra o Brasil junto a autoridades do governo estadunidense.

Ainda conforme a reportagem, Alcolumbre e Motta consideram que a tentativa de impor a agenda legislativa por meio de pressões e ameaças é inaceitável. De acordo com aliados próximos, ambos classificaram a ocupação das mesas como um ato “arbitrário” e uma afronta direta à autoridade institucional do Congresso. “Não será pela base da força que eles vão fazer o Congresso funcionar a favor deles. É com negociação e com votos”, afirmou um interlocutor dos dois presidentes.

A avaliação interna é de que a oposição bolsonarista não possui votos suficientes para aprovar tais pautas — e que, portanto, precisa convencer outros setores do parlamento para avançar com suas demandas. “Eles não têm maioria e tentam governar pelo constrangimento”, teria resumido outro aliado.

Como resposta imediata, tanto Alcolumbre quanto Motta decidiram suspender as sessões legislativas do dia e convocaram reuniões de líderes partidários — o presidente do Senado fez apelo público por “serenidade e bom senso”, enquanto Motta confirmou a convocação de sessão de líderes para esta quarta-feira (6). Em meio ao clima de tensão, Hugo Motta também fez declarações públicas na Paraíba, sua base eleitoral, conclamando os parlamentares a respeitarem as decisões judiciais e, se necessário, recorrerem delas pelos meios legais.

Para conter possíveis novas invasões, as entradas dos plenários do Senado e da Câmara foram reforçadas com seguranças, permitindo acesso apenas a parlamentares devidamente identificados. A medida busca evitar que o ato se repita nos próximos dias e acirre ainda mais o ambiente no Congresso.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1 e do jornal O Globo

Moraes autoriza visitas de familiares a Bolsonaro durante prisão domiciliar

Ministro do STF libera entrada de filhos, netos e cunhadas do ex-mandatário sem aviso prévio, mas mantém restrições como proibição de celulares

Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução | ABR)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta-feira (6) que familiares próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizem visitas durante o cumprimento de sua prisão domiciliar.

Segundo o Metrópoles, no despacho assinado pela manhã, Moraes liberou a entrada de filhos, netos, netas e cunhadas na residência do ex-mandatário, sem necessidade de comunicação prévia às autoridades. Apesar disso, o ministro destacou que seguem válidas todas as medidas restritivas já impostas anteriormente.

Entre as determinações em vigor estão a proibição expressa do uso de telefones celulares no interior do imóvel e a vedação à realização de registros audiovisuais, como vídeos e fotos. Tais condições já haviam sido fixadas na decisão de Moraes datada de segunda-feira (4).

Com a nova autorização, a rotina de visitas no entorno do ex-presidente torna-se mais flexível, mas continua sob vigilância jurídica rigorosa, em meio aos desdobramentos do processo que levou à sua atual condição de reclusão domiciliar.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Alcolumbre avalia como 'ilegal' bloqueio do Congresso por bolsonaristas

Mobilização bolsonarista no Congresso gera crise política e expõe isolamento do bolsonarismo fora das redes sociais

        Davi Alcolumbre (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), enfrentou uma terça-feira (5) turbulenta. Em meio ao luto pela perda de um familiar, ele ainda teve de lidar com uma crise política provocada por parlamentares bolsonaristas, que bloquearam os plenários do Senado e da Câmara dos Deputados numa tentativa de chantagear os presidentes das duas Casas. Em uma reunião, segundo a coluna Radar, da revista Veja, Alcolumbre qualificou a ação bolsonarista como ”ilegal”.

A ação coordenada de aliados de Jair Bolsonaro (PL) impediu que as sessões parlamentares ocorressem normalmente, prejudicando o andamento de debates e votações de interesse do país. Como condição para liberar o acesso às Casas, os bolsonaristas apresentaram duas exigências: no Senado, que Alcolumbre aceitasse abrir um processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal; na Câmara, que o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) colocasse em votação, de imediato, um projeto de anistia ao bolsonarismo.

Durante uma reunião no Senado, Alcolumbre classificou a iniciativa como "ilegal, arbitrária e antidemocrática". Parlamentares sugeriram alternativas para enfrentar a tentativa de captura do Legislativo. "Há ferramenta e método para obstrução. A bandalha não é uma delas", afirmou um senador à reportagem,sob condição de anonimato.

Ambos os presidentes das Casas, Alcolumbre e Motta, resistiram às pressões, mesmo após já terem sido alvo de ameaças vindas do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que insinuou sanções por parte do governo dos Estados Unidos. O grupo bolsonarista acampou no Congresso durante a noite, numa tentativa de engajar sua base nas redes sociais, que, no entanto, não se traduziu em mobilizações de rua pela libertação de Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar por decisão judicial.

Em resposta à ocupação, Davi Alcolumbre divulgou nota defendendo o diálogo institucional. Hugo Motta também adotou tom conciliador. Os dois se reunirão nesta quarta-feira com outros parlamentares para discutir possíveis saídas para a crise.

No Senado, cogitou-se a transferência das sessões para o Auditório Petrônio Portella, como forma de contornar o bloqueio bolsonarista — ideia que, inicialmente, não contou com o apoio de Alcolumbre. Na Câmara, alternativas semelhantes também estão em avaliação. Ainda segundo a reportagem, até o momento, não há indicações concretas de que a crise será solucionada com ações imediatas.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

Medidas de enfrentamento ao tarifaço serão enviadas a Lula nesta quarta, diz Haddad

Medidas devem priorizar pequenos produtores e serão enviadas ao Planalto ainda hoje; governo aposta em MP para minimizar impactos econômico

      Fernando Haddad (Foto: Washington Costa/MF)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira (6) que as medidas de proteção aos setores afetados pelas novas tarifas impostas pelos Estados Unidos devem ser enviadas ao Palácio do Planalto ainda nas próximas horas. A iniciativa é uma resposta ao decreto assinado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que impôs uma tarifa de 50% sobre parte das exportações brasileiras.

"[As medidas de proteção dos setores] saem hoje aqui da Fazenda", afirmou Haddad. "Ontem, tivemos uma reunião com o presidente para detalhar o plano. Tem um relatório que vai chegar do MDIC nos relatando empresa por empresa, o presidente pediu, mas o ato em si não depende desse documento porque é um ato mais genérico. Só na regulamentação e aplicação da lei que vamos ter que fazer uma análise mais setorial, CNPJ a CNPJ", disse.

Segundo o ministro, a proposta será submetida ao aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e deve ser formalizada por meio de uma Medida Provisória. O foco principal, de acordo com Haddad, é proteger os pequenos exportadores, que têm menos margem de manobra para redirecionar seus produtos a outros mercados.

"Vamos ter o plano muito detalhado para começar a atender, sobretudo, aqueles que são pequenos e não têm alternativas à exportação para os EUA, que é a preocupação maior do presidente: o pequeno produtor", disse.

Entre as medidas, está prevista a criação de linhas de crédito com juros subsidiados, voltadas a empresas diretamente atingidas pela alta tarifária. Embora não tenha confirmado novas iniciativas, Haddad indicou que está em estudo um programa de proteção ao emprego, similar ao adotado durante a pandemia da Covid-19.

O objetivo do pacote, segundo o ministro, é também abrir caminho para um processo de reaproximação entre os dois países. "Queremos normalizar as relações diplomáticas com os EUA", afirmou.

A tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras entrou em vigor nesta quarta-feira (6), conforme decreto publicado pela Casa Branca. Apesar de prever exceções — como suco de laranja, petróleo, fertilizantes, aeronaves e veículos —, a medida atinge aproximadamente 35,9% das exportações brasileiras aos Estados Unidos, de acordo com estimativa do vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB).

Empresários de diversos setores já calculam os prejuízos e têm recorrido ao governo federal em busca de medidas de compensação. Algumas empresas avaliam alternativas como redirecionar a produção a outros mercados ou ao consumo interno, mas reconhecem que a adaptação pode levar tempo e exigir perdas financeiras.

A medida norte-americana foi justificada por Washington como resposta a supostas violações de direitos e ameaças à liberdade de expressão no Brasil, em especial envolvendo decisões do Supremo Tribunal Federal. O governo dos EUA classificou o Brasil como uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”.

O anúncio formalizou o percentual citado por Trump em carta enviada ao presidente Lula no início do mês e menciona que as ações brasileiras “prejudicam empresas americanas e os direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos”.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO: Repórter cala bolsonaristas com pergunta certeira no Congresso


Os deputados Cabo Gilberto (PL-PB), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Hélio Lopes (PL-RJ) e Rodrigo Dazaeli (PL-MT). Foto: Reprodução

O protesto com esparadrapos na boca protagonizado por parlamentares bolsonaristas na Câmara virou motivo de piada nas redes, mas também foi marcado por um momento jornalístico exemplar. O repórter Humberto Sampaio, do portal BNews, ao invés de dar palco para a encenação bolsonarista, fez uma única pergunta objetiva que desestruturou o grupo.

A pergunta foi feita durante a coletiva improvisada pelos bolsonaristas na área externa do Congresso, onde senadores e deputados se apresentaram com esparadrapos na boca em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) e pediram o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Desde quando descumprir ordem judicial virou facultativo no Brasil?”, questionou o repórter, deixando as marionetes do “mito” com cara de tacho. “A gente tem assistido, nos últimos dias, a descumprimentos correntes, como foi o caso do Marcos do Val e do Bolsonaro.”

A pergunta, feita de forma calma e educada, expôs o vazio dos discursos que tentavam tratar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro como uma perseguição. Sem resposta direta, os parlamentares se atrapalharam e passaram a repetir chavões. Sampaio mostrou o que é fazer jornalismo de verdade: confrontar narrativas com fatos. A atitude do repórter viralizou nas redes e foi amplamente elogiada.


O grupo é composto pelos deputados Cabo Gilberto (PL-PB), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Rodrigo Dazaeli (PL-MT), Hélio Lopes (PL-RJ) e Coronel Chrisóstomo (PL-RO). Este último não participou da coletiva por questões de saúde.

Os bolsonaristas, além de chamarem Moraes de “ditador da toga”, o acusaram de instaurar um “estado policial” no Brasil e de abuso de autoridade e violação da Constituição ao, segundo eles, autorizar a prisão e restringir a liberdade de manifestação de parlamentares eleitos.

De acordo com o deputado Cabo Gilberto, que liderou a coletiva patética, o estopim para o pedido de impeachment foi a decisão de Moraes que teria autorizado a prisão dos cinco parlamentares após manifestações na Praça dos Três Poderes.

Fonte: DCM

Haddad diz que poderá discutir sanções contra Moraes com secretário do Tesouro dos EUA

Ministro da Fazenda diz que pode abordar sanção da Lei Magnitsky com Scott Bessent em reunião marcada para o dia 13: "esse tema está sob alçada dele"

      Fernando Haddad e Scott Bessent (Foto: Diogo Zacarias / MF)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (6) que pode tratar das sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, durante reunião com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, agendada para a próxima quarta-feira (13).

"Esse tema está sob alçada dele, pode ser que seja objeto de nossa conversa", declarou Haddad ao ser questionado sobre o impacto da aplicação da chamada Lei Magnitsky a Moraes, disse o ministro a jornalistas, de acordo com o g1.

A legislação em questão é utilizada pelos EUA para punir estrangeiros acusados de envolvimento em corrupção ou violações de direitos humanos. Na semana passada, o governo do presidente Donald Trump anunciou a sanção a Alexandre de Moraes com base nessa norma, medida que teve forte repercussão internacional.

Segundo Haddad, a conversa com Bessent ocorrerá inicialmente de forma virtual, mas há possibilidade de um encontro presencial em data futura: "Nada impede que um encontro presencial seja agendado", disse.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Bolsonarista Latino compra metade do cavalo de R$ 10 milhões de Gusttavo Lima; entenda

 Gusttavo Lima posa com o cavalo Oregon, da raça Friesian, e o cantor Latino – Foto: Reprodução

Os cantores bolsonaristas Latino e Gusttavo Lima se tornaram sócios na posse de um cavalo avaliado em R$ 10 milhões. Durante o 4º Leilão Haras Frange, realizado no Palácio Tangará, em São Paulo, Latino comprou metade do animal da raça Friesian, conhecido como Oregon. Segundo a organização do evento, ele pagará R$ 5 milhões por sua parte, divididos em 50 parcelas de R$ 100 mil. Com pelagem negra, crina longa e porte imponente, o cavalo é um dos mais cobiçados entre os criadores.

Com a compra, Latino entrou para o grupo de famosos que investem em cavalos de alto padrão. Entre eles está Zé Neto, da dupla com Cristiano, que arrematou a égua Whiz So Much por R$ 2,5 milhões no mesmo leilão. Já Wesley Safadão é dono do Streak Of Fling, da raça Quarto de Milha, cujos embriões chegaram a render R$ 1 milhão em um único evento, segundo a revista Globo Rural.

Simone Mendes também faz parte desse grupo e já declarou sua paixão pelos cavalos da raça Quarto de Milha. “Economizo na roupa para investir no cavalo. Eu invisto em cavalos, assim como em imóveis e outras coisa”, afirmou ela em entrevista.

Fonte: DCM

VÍDEO – Erika Hilton debocha de bolsonaristas com esparadrapo na boca: “Ridículo”


         Os deputados Cabo Gilberto Silva (PL-PB) e a Erika Hilton (PSOL-SP). Foto: Reprodução

A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) ironizou o protesto de parlamentares bolsonaristas que colocaram esparadrapos na boca no plenário, nesta terça-feira (5), durante uma manifestação em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ato foi organizado após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs prisão domiciliar a Bolsonaro, após o ex-capitão aparecer por videochamada em um ato que pedia o impeachment do próprio magistrado.

Durante o protesto, realizado na ausência do presidente interino da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), aliados de Bolsonaro ocuparam a mesa diretora e usaram o esparadrapo como crítica ao que chamam de “censura” e “perseguição política”.

Ao presenciar a cena, Erika reagiu com ironia: “Não é isso que Bolsonaro espera de vocês, hein”, disse ao ver o deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) participando do ato.

Ainda em tom de deboche, a parlamentar acrescentou: “Vocês podiam fazer esse favor”, sugerindo que mantivessem o “voto de silêncio”.

Em seguida, a psolista criticou o foco da oposição: “A pauta deles é só Bolsonaro, é só isso”. Ao notar que Cabo Gilberto seguia encenando como se estivesse impedido de falar, Erika riu e questionou: “Você não acha ridículo, não?”.

Assista abaixo:

Fonte: DCM

Globo demitiu Daniela Lima sabendo que ela sofria ameaças e usava carro blindado


       Daniela Lima

A demissão da jornalista Daniela Lima pela GloboNews, anunciada na segunda-feira (4/8), surpreendeu o público e acendeu um alerta sobre a segurança da profissional.

Em meio à onda de ameaças que enfrenta desde sua ascensão na CNN Brasil e posterior passagem pela GloboNews, Daniela foi dispensada pela emissora sem qualquer amparo, mesmo após episódios reiterados de perseguição virtual e riscos à integridade física.

Segundo a coluna de Fábia Oliveira, do Metrópoles, pessoas próximas relatam que a rotina de Daniela virou “do avesso” nos últimos anos.

Alvo de ataques constantes de bolsonaristas, ela foi forçada a adotar medidas extremas, como o uso permanente de carro blindado. “A vida dela é infernal, nunca vi nada igual”, contou uma fonte ligada à jornalista.

A demissão aconteceu em um contexto de acirramento político, e grupos da extrema-direita comemoraram abertamente sua saída. Daniela era acusada por bolsonaristas de proximidade com ministros do STF e criticada por sua cobertura incisiva do governo anterior.

Apesar disso, a emissora justificou a dispensa com o argumento genérico de “renovação do quadro”.

Nas redes, Daniela disse que deixa a GloboNews com “cabeça erguida” e “missão cumprida”, mas amigos sugerem que ela se afaste temporariamente da televisão. Alguns aconselham um ano sabático até o fim do ciclo eleitoral de 2026, diante do clima de hostilidade e dos riscos de novos episódios de violência.

A falta de proteção institucional à jornalista após a demissão gerou críticas entre colegas de profissão e entidades ligadas à liberdade de imprensa. O episódio expõe uma crescente vulnerabilidade de comunicadores em um ambiente político radicalizado, em que vozes dissonantes, como a de Daniela Lima, viram alvos — e, muitas vezes, ficam sozinhas para lidar com as consequências.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

Eduardo Bolsonaro pode ser preso pela Interpol se for à Europa

       O deputado Eduardo Bolsonaro – Foto: Reprodução


Eduardo Bolsonaro corre risco de ser preso pela Interpol se deixar os Estados Unidos rumo à Europa.

O deputado licenciado, investigado por envolvimento em articulações golpistas, disse que vai consultar a lista de difusão vermelha da Interpol antes de aceitar o convite para discursar no Parlamento Europeu. A preocupação é com uma eventual ordem de prisão emitida por Alexandre de Moraes.

O convite partiu do eurodeputado ultraconservador Dominik Tarczyński, da Polônia. Eduardo afirmou que a viagem está nos planos, mas depende de garantias jurídicas:

“Tenho que me assegurar de que não serei mais uma vítima do Moraes e verificar se a Interpol está ou não pedindo minha prisão”, disse ele em entrevista ao portal Metrópoles.


A fala revela o temor de repetir o destino da aliada Carla Zambelli, presa em um presídio feminino na Itália por descumprimento de decisões do STF. Eduardo não esconde a desconfiança em relação ao Judiciário brasileiro:

“Não vivemos mais um período de normalidade. Os tiranos brasileiros querem colocar na cadeia quem denuncia suas atrocidades”, afirmou.

A data da viagem ainda não foi definida. O parlamentar segue nos Estados Unidos, onde busca proteção internacional contra possíveis medidas do Supremo.

Fonte: DCM

Monica Bergamo aponta suposto 'isolamento' de Moraes após prisão de Bolsonaro

Jornalista avalia que prisão do ex-presidente poderá ser reconsiderada

          Alexandre de Moraes (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

A decisão do ministro Alexandre de Moraes de impor prisão domiciliar a Jair Bolsonaro (PL) provocou forte reação dentro do Supremo Tribunal Federal (STF) e pode vir a ser revista. A informação foi publicada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, que relata o suposto "incômodo crescente entre ministros da Corte diante do episódio".

Segundo a colunista, magistrados da Primeira Turma, responsável pelo julgamento do ex-presidente, e também ministros que não participam do caso, avaliaram que a decisão de Moraes foi exagerada, desnecessária e frágil do ponto de vista jurídico. A percepção é de que, ao adotar a medida extrema, o ministro acabou isolado e fragilizou politicamente o STF em um momento de tensão internacional, já que o tribunal vem sendo alvo de ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assumiu seu segundo mandato em 2025.

A análise interna é que Moraes criou um ruído em um cenário que até então era favorável ao Supremo. Antes da prisão, pesquisas indicavam que a maioria da população apoiava as respostas do STF às investidas de Trump contra o Brasil e à postura da família Bolsonaro em meio à crise provocada pelo tarifaço norte-americano. Empresários, diplomatas, advogados e analistas defendiam que o tribunal estava agindo de forma adequada diante das tentativas de pressão externa.

O ponto de maior contestação é a contradição entre decisões recentes de Moraes. Em despacho anterior, o ministro havia autorizado que Bolsonaro participasse de eventos e fizesse discursos, mas determinou sua prisão domiciliar após uma breve saudação do ex-presidente, transmitida por viva-voz pelo senador Flávio Bolsonaro, durante manifestação em Copacabana, no domingo (3). Na ocasião, Bolsonaro disse: “Boa tarde, Copacabana. Boa tarde, meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos”.

Do ponto de vista político, ministros do STF avaliam que a decisão quebrou o consenso que vinha se formando na opinião pública e em setores do empresariado e da imprensa. A medida de Moraes passou a ser criticada em editoriais de jornais e por analistas, que apontaram que a conta política da reação ao tarifaço de Trump poderia acabar recaindo sobre o próprio Supremo.

Apesar do desgaste, a expectativa nos bastidores do STF é que Moraes possa reconsiderar a decisão, embora ministros reconheçam que o magistrado raramente volta atrás e dificilmente segue ponderações de colegas. Caso isso não ocorra, a Primeira Turma poderia derrubar a medida, cenário visto como difícil, mas não impossível. Enquanto isso, a defesa de Bolsonaro já ingressou com recurso para tentar reverter a prisão domiciliar.

A reação negativa se intensificou na segunda-feira (4), quando começaram a surgir críticas públicas de empresários, economistas, cientistas políticos e ex-chanceleres, que antes apoiavam as medidas do STF contra Bolsonaro e Trump. Para integrantes da Corte, o episódio mostra como uma decisão isolada pode alterar rapidamente o cenário político e jurídico.

Fonte: Brasil 247 com informações da Foilha de S. Paulo