O isolamento de Jair Bolsonaro (PL), em prisão domiciliar há uma semana, alterou os planos da direita para a eleição presidencial de 2026, conforme informações da Folha.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, interrompeu viagens, reuniões e conversas telefônicas com lideranças políticas, comprometendo articulações que dependiam diretamente da palavra final do ex-presidente.
A limitação de visitas e comunicação fez com que aliados evitassem discutir sucessão presidencial neste momento, temendo parecer oportunistas. Michelle Bolsonaro, que inicialmente era a principal interlocutora, não tem influência política suficiente e deve focar em uma candidatura ao Senado pelo Distrito Federal. O filho, senador Flávio Bolsonaro, passou a concentrar as conversas estratégicas.

Entre os poucos que tiveram acesso a Bolsonaro nesta primeira semana estão Flávio, o presidente do PP, Ciro Nogueira, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Nogueira relatou preocupação com a saúde e o estado psicológico do ex-presidente, que ainda apresenta crises de soluço. Tarcísio evitou tratar de 2026, priorizando conversas sobre a prisão e possíveis formas de revertê-la.
A postura cautelosa de Tarcísio, que mantém boa relação com Moraes e busca evitar desgastes com o empresariado, o distancia do bolsonarismo mais radical, mas preserva um canal direto com Bolsonaro.
Apesar de dizer que pretende disputar a reeleição em São Paulo, seu nome continua cotado para a Presidência, caso haja alinhamento político com o ex-presidente.
No campo da direita, outros potenciais candidatos, como Ratinho Jr., Romeu Zema e Ronaldo Caiado, também foram alvo de críticas por não participarem de atos em apoio a Bolsonaro.
Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo
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