Documento que servirá de base para a nova gestão do PT, sob o comando de Edinho Silva, será aprovado neste domingo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou presença no encerramento do Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), neste domingo (3). O evento, que teve início na sexta-feira (1), marca a posse da nova direção do partido e a definição das estratégias políticas para os próximos anos. As informações são do g1.
A reunião, que ocorre em meio às articulações para as eleições de 2026, resulta na aprovação de um documento que servirá de base para a nova gestão do PT, agora sob comando de Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP), eleito em julho para um mandato de quatro anos à frente da legenda. Lula, que apoiou Edinho na disputa interna, participa do ato de posse neste domingo.
Além de Edinho, também serão empossados outros dirigentes da sigla, entre eles o ex-ministro José Dirceu, que retorna à direção nacional do PT após um longo período afastado. Segundo afirmou Edinho ao portal g1, Dirceu ocupará uma das vagas reservadas à corrente interna Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária na composição do diretório.
Dirceu, que voltou a ser elegível em outubro de 2024 por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), vem sendo saudado com entusiasmo pelas bases petistas e já articula uma possível candidatura à Câmara dos Deputados em 2026.
Durante o encontro, os delegados debateram o conteúdo de um documento que delineia a linha de atuação do PT para o próximo período. O texto reconhece que a eleição presidencial de 2026 será uma das mais desafiadoras da história recente e propõe uma aliança que vá além do campo político tradicional.
“Além de fazer a mais ampla aliança democrática possível, de partidos e organizações sociais, precisamos constituir um vasto movimento popular, que vá além do campo político e incorpore milhões de pessoas comuns que acreditam na liberdade e na democracia”, afirma um dos trechos.
O partido sinaliza, ainda, a intenção de se aproximar de parcelas da população que tradicionalmente não integram a esquerda. O texto orienta a militância a manter vínculos com setores católicos e a aprofundar o diálogo com o eleitorado evangélico, segmento que, em grande medida, tem aderido a candidatos da direita.
Outro ponto de destaque é a cobrança para que o PT participe de forma mais incisiva do debate sobre segurança pública. O documento reconhece os esforços do governo Lula, mas ressalta que “o problema continua em aberto e parece exigir uma nova abordagem”.
O documento a ser aprovado também inclui críticas contundentes às recentes decisões do governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump. A gestão norte-americana anunciou, nesta semana, a imposição de uma tarifa de 50% sobre a importação de produtos brasileiros e tomou medidas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
O texto também acusa membros da família Bolsonaro de atuarem em favor do chamado “tarifaço” norte-americano. Ao mesmo tempo, o documento manifesta repúdio ao que o partido classifica como “genocídio” na Faixa de Gaza, reiterando sua posição contrária à escalada da violência na região.
Fonte: Brasil 247 com informações do G1
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