Deputada bolsonarista segue presa em Roma após condenação no STF por ataque hacker contra o CNJ e enfrenta outros processos no Brasil
O Tribunal de Apelação de Roma, na Itália, marcou para quarta-feira (13) a audiência que ouvirá a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) no processo que avalia sua extradição.A parlamentar foi detida em 29 de julho na capital italiana, após passar dois meses foragida no país europeu, e cumpre pena de dez anos de prisão imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por coordenar um ataque hacker contra o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Após a prisão, Zambelli foi interrogada pelas autoridades italianas e optou por responder ao processo de extradição, que pode levar de um ano e meio a dois anos, em vez de retornar voluntariamente ao Brasil. Caberá ao tribunal italiano analisar as acusações e decidir se a parlamentar será enviada de volta ao país. Até a conclusão do caso, ela permanecerá presa na penitenciária feminina Germana Stefanini, no Complexo de Rebibbia, em Roma.
Quando viajou para a Itália, Zambelli afirmou que era “intocável” em território italiano e sustentou que, por ter cidadania do país, não poderia ser extraditada. Pouco antes de ser presa, publicou um vídeo em um perfil reserva no Instagram dizendo viver como “exilada política” na Europa.
Além do processo pelo ataque hacker, a deputada responde no STF por perseguição armada durante as eleições de 2022. O caso ganhou repercussão após imagens mostrarem Zambelli sacando uma arma e apontando para um homem em uma rua de São Paulo. Ela alegou ter sido agredida, versão descartada pela investigação. No início deste mês, o ministro Gilmar Mendes determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) inclua esse inquérito no pedido de extradição.
Zambelli também enfrenta um processo de cassação de mandato na Câmara dos Deputados, que deve ser votado ainda neste semestre. A fase de instrução probatória já está em andamento e prevê a oitiva da parlamentar, por videoconferência, e de testemunhas. Ainda não há data definida para as reuniões.
Fonte: Brasil 247
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