Reunião desta terça definirá se casos seguirão rito rápido ou ordinário, com possibilidade de prazos de até 50 dias
Deputados de oposição ocupam Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. O grupo prometeu nesta semana permanecer no local até que a Casa dê uma “resposta” à prisão e às demais sanções impostas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes a Jair Bolsonaro (Foto: Saulo Cruz/Agência Senado)
A Mesa Diretora e a Corregedoria Parlamentar da Câmara dos Deputados se reúnem nesta terça-feira (12) para definir se será prorrogado o prazo de análise das representações contra parlamentares envolvidos no motim que paralisou os trabalhos da Casa. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles.
O encontro, marcado para as 8h na residência oficial da presidência da Câmara, reunirá o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) e o corregedor Diego Coronel (PSD-BA). Na sexta-feira (8), Motta encaminhou à Corregedoria os pedidos de partidos para suspender os mandatos dos deputados que participaram dos tumultos. A decisão inicial seguiu o rito ordinário, que prevê cinco dias úteis para a defesa e até 45 dias para o parecer do corregedor — o que estenderia a tramitação para até 50 dias.
No entanto, os pedidos referem-se a suspensões cautelares, que exigem análise em prazo mais curto: 48 horas para manifestação do corregedor e encaminhamento ao Conselho de Ética até quarta-feira (13). Diego Coronel deverá avaliar cada caso individualmente para decidir se seguirá o procedimento acelerado ou o mais demorado. A expectativa é que nem todos os deputados recebam o mesmo tratamento processual.
⊛ Parlamentares sob risco de sanção
Entre os nomes citados nas representações estão Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG), Luciano Zucco (PL-SC), Allan Garcês (PP-MA), Caroline de Toni (PL-SC), Marco Feliciano (PL-SP), Domingos Sávio (PL-MG), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Zé Trovão (PL-SC), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Julia Zanatta (PL-SC), Marcos Pollon (PL-MS) e Paulo Bilynskyj (PL-SP).
⊛ Entenda o motim
O protesto foi organizado pela ala bolsonarista da Câmara em reação à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em 4 de agosto. Os deputados exigiam a votação imediata de três pautas: o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, a Proposta de Emenda à Constituição para o fim do foro privilegiado e o pedido de impeachment de Moraes.
Dois dias depois, em 6 de agosto, Hugo Motta convocou sessão e alertou que poderia aplicar suspensão de seis meses a quem mantivesse a obstrução.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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