segunda-feira, 23 de junho de 2025

Segunda-feira não é vilã no mundo todo: conheça onde o terror começa no domingo

 

Pessoa indo trabalhar. Foto: Divulgação
Em muitos países ocidentais, a segunda-feira é frequentemente associada ao fim do descanso e ao retorno à rotina de trabalho — o que gerou, ao longo do tempo, um certo “ódio às segundas-feiras”, imortalizado em memes, músicas e expressões populares. Mas em parte do mundo, especialmente em países de maioria muçulmana, a dinâmica semanal é diferente: nesses locais, a semana útil começa no domingo, e o dia tradicional de descanso é a sexta-feira.

Esse modelo é comum em países como Arábia Saudita, Irã, Afeganistão, Omã, Catar, Iêmen, Kuwait e em partes dos Emirados Árabes Unidos. Nestes lugares, a sexta-feira é reservada à oração coletiva, ao convívio familiar e ao descanso, por ser o dia sagrado no islamismo. Em alguns casos, o sábado também é incluído como dia de folga, tornando o final de semana equivalente ao ocidental, apenas deslocado.

Com isso, nesses países, o domingo é o que a segunda-feira representa para os brasileiros: o início do expediente, o retorno à rotina. É o “domingo útil” que concentra o peso emocional e a dificuldade de transição entre lazer e trabalho. Logo, o tão temido sentimento de “fim de folga” — motivo do desprezo à segunda-feira no Ocidente — existe, mas em outro dia da semana.

Esse contraste cultural mostra que o “ódio à segunda-feira” não é exatamente sobre o dia em si, mas sim sobre o fim do descanso, seja ele qual for. A repulsa à segunda-feira, portanto, seria exportável: em Riade, Teerã ou Cabul, é o domingo que ocupa esse lugar simbólico — o de vilão da preguiça global.

Fonte: DCM

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