Setor de serviços lidera geração de vagas; taxa de desemprego atinge 7%, a menor para o período desde 2012
O mercado de trabalho brasileiro registrou a criação de 654.503 postos com carteira assinada entre janeiro e março de 2025, conforme dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. No acumulado dos últimos 12 meses, o país contabiliza 1,6 milhão de novas vagas formais.
Em março, o saldo positivo foi de 71.500 empregos, resultado de 2,23 milhões de admissões e 2,16 milhões de desligamentos. Com isso, o estoque de trabalhadores com carteira assinada atingiu 47,857 milhões, o maior já registrado na série histórica.
A taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2025 foi de 7%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, também divulgada nesta quarta-feira. Apesar de representar um aumento em relação ao trimestre anterior (6,2%), esse é o menor índice para o período de janeiro a março desde o início da série histórica em 2012.
◉ Desempenho setorial
O setor de serviços foi o principal responsável pela geração de empregos no trimestre, com 362.800 novas vagas. A indústria criou 153.800 postos, com destaque para o abate e fabricação de produtos de carne (14.517 vagas), especialmente no abate de aves (+6.505), processamento industrial do fumo (+10.835) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (+9.539). A construção civil adicionou 100 mil empregos, enquanto a agropecuária contribuiu com 51 mil. O comércio foi o único setor com saldo negativo, registrando a perda de 13.600 postos no trimestre.
◉ Resultados regionais
São Paulo liderou a criação de empregos formais em março, com 34.800 novas vagas, seguido por Minas Gerais (18.100) e Santa Catarina (9.800). No acumulado do trimestre, São Paulo também encabeça a lista, com 209.600 postos, seguido por Minas Gerais (75.800) e Rio Grande do Sul (66.400).
Quatro das cinco regiões brasileiras apresentaram saldo positivo em março: Sudeste (+48 mil), Sul (+24.500), Centro-Oeste (+6.900) e Norte (+5.100). O Nordeste foi a única região com desempenho negativo, perdendo 13.100 postos no mês.
◉ Rendimento médio
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi de R$ 3.410 no primeiro trimestre de 2025, representando um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 4% na comparação anual.
Fonte: Brasil 247
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