O escritor Marcelo Rubens Paiva, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Reprodução/X
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, receberam o escritor Marcelo Rubens Paiva na tarde desta quarta-feira (30), no Palácio do Planalto, em Brasília. O encontro celebrou o sucesso do filme Ainda Estou Aqui, baseado na obra homônima do autor, indicado ao Oscar 2025.
Autor do best-seller, ele teve sua obra adaptada para o cinema por Walter Salles Júnior. O longa foi venceu como Melhor Filme Internacional no Oscar 2025 e também foi indicado nas categorias de Melhor Filme, enquanto a atriz Fernanda Torres, intérprete de Eunice Paiva, recebeu indicação como Melhor Atriz.
“No dia da exibição do filme ‘Ainda Estou Aqui’, no Palácio do Alvorada, o Marcelo Rubens Paiva não pôde estar presente, mas hoje tivemos a honra de recebê-lo. Ele nos presenteou com todos os seus livros — inclusive o mais novo, recém-lançado. Marcelo é o autor da obra que inspirou o filme vencedor do primeiro Oscar brasileiro. Sua presença e sua escrita são parte fundamental do resgate da nossa memória e da nossa história”, escreveu Lula nas redes sociais.
Marcelo Rubens Paiva esteve em Brasília também para participar do evento Metrópoles Talks, realizado na terça-feira (29). Durante sua participação, o escritor comentou sobre a possibilidade de sua obra O Novo Agora também ser adaptada para o cinema, despertando interesse do público e da crítica.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também esteve presente na reunião no Palácio do Planalto. Segundo informações do governo, o encontro foi informal e não abordou temas políticos, já que Lula e Marcelo Rubens Paiva são “amigos de longa data”.
A pré-estreia de Ainda Estou Aqui aconteceu em fevereiro, no Cine Alvorada, sala de cinema do Palácio da Alvorada. Lula, Janja e diversos convidados assistiram ao filme, mas Marcelo não pôde participar na ocasião. Ele foi representado por João Francisco Paiva Avelino e João Henrique Paiva Avelino.
O prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos) – Reprodução/Redes Sociais
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) entrou com uma ação civil pública contra o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), e outros agentes públicos, solicitando o bloqueio de bens e a suspensão imediata de pagamentos referentes a um contrato de R$ 2,27 milhões firmado com a Faculdade de Direito de Sorocaba (Fadi).
A ação também pede a anulação do contrato, o ressarcimento aos cofres públicos e a condenação por improbidade administrativa.
De acordo com a promotoria, o contrato com a Fadi foi firmado com dispensa indevida de licitação, indícios de direcionamento e superfaturamento. A ação foi protocolada na Vara da Fazenda Pública e é assinada pela promotora Cristina Palma, com base na Constituição Federal, na Lei de Improbidade Administrativa e na Lei da Ação Civil Pública.
A investigação teve início após denúncia da vereadora Iara Bernardi (PT). Durante o inquérito, o MP chegou a recomendar à Prefeitura a suspensão dos pagamentos, mas a orientação foi ignorada pelos envolvidos, inclusive pelo prefeito.
Fadi diz desconhecer ação judicial
Em nota ao Portal Porque, o presidente da Fadi, César Augusto Ferraz dos Santos, afirmou que não tinha conhecimento da ação judicial. Segundo ele, havia apenas um inquérito em andamento, mas a fundação ainda não foi intimada oficialmente.
Faculdade de Direito de Sorocaba (Fadi) – Divulgação
Curso foi proposto antes de haver demanda formal da Prefeitura
A Prefeitura alegou que o contrato visava capacitar servidores da educação, justificando a dispensa de licitação com base na “notória especialização” da Fadi, citando reconhecimento no MEC, selo “OAB Recomenda” e ausência de cursos semelhantes na cidade.
Entretanto, a promotoria afirma que a proposta pedagógica foi enviada antes mesmo de haver uma demanda oficial da Secretaria de Educação (Sedu), sugerindo que a contratação já estava previamente decidida. O termo de referência teria sido criado apenas para formalizar a dispensa indevida.
Contrato com valor inflado e sem justificativas plausíveis, diz MP
Segundo o MP-SP, a Fadi não possuía histórico em cursos técnicos para gestão pública ou educação municipal, nem corpo docente compatível com a proposta. Dos cinco professores indicados, três não tinham vínculo com a instituição. A promotoria também destaca que a Fadi não obteve o selo “OAB Recomenda” na edição 2022-2025, período vigente do contrato — o que derruba uma das justificativas da Prefeitura.
A Esamc, também localizada em Sorocaba e com selo OAB e nota 4 no MEC, apresentou uma proposta semelhante por R$ 983,2 mil — menos da metade do valor fechado com a Fadi. Para o MP, a contratação por preço global apenas serviu para inflar os custos do curso.
A ação do Ministério Público foi movida contra o Município e os seguintes envolvidos:
Rodrigo Manga – prefeito de Sorocaba;
Márcio Bortolli Carrara – ex-secretário de Educação;
Luciana Mendes da Fonseca – secretária de Administração;
Dante Soares Catuzzo Junior – ex-presidente da Fadi;
Marlene Manoel da Silva Leite – ex-secretária de Educação;
Clayton César Marciel Lustosa – atual secretário de Educação;
César Augusto Ferraz dos Santos – presidente da Fundação Educacional Sorocabana;
Faculdade de Direito de Sorocaba (Fadi) – instituição contratada.
Todos são acusados de simular uma contratação com intenção deliberada de burlar a licitação, violando os princípios da moralidade administrativa.
O MP requer:
Suspensão imediata dos pagamentos do contrato;
Bloqueio de bens dos envolvidos até o limite do valor pago;
Ressarcimento integral do valor gasto;
Perda das funções públicas, suspensão dos direitos políticos por 12 anos e multa civil.
Terceiro escândalo na Educação de Sorocaba
Este é o terceiro caso envolvendo a Secretaria de Educação de Sorocaba que resulta em ação judicial, segundo o MP. A promotoria alerta para um padrão de irregularidades no uso de verbas públicas da educação, que tem impactado negativamente a qualidade dos serviços prestados à população, como falta de vagas em creches, estruturas precárias e ausência de auxiliares para a educação inclusiva.
“Tal situação tem gerado creches sucateadas e malconservadas, unidades superlotadas, inúmeras ações na Justiça buscando auxiliares de sala para educação inclusiva, buscas por vaga em creches, ou seja, demandas que demonstram o mal-uso do dinheiro público da educação, que, pelos contratos milionários atacados, percebe-se que não deveria ocorrer. A educação poderia ser de qualidade e para todos”, concluiu a promotora Cristina Palma.
Mesmo diante dos escândalos em sua gestão, a estratégia nas redes sociais para maquiar os problemas tem funcionado. Com 263 mil votos na reeleição (73,75% dos válidos) em 2024, Manga conquistou sorocabanos anunciando ônibus gratuitos para estudantes e computadores públicos por meio de vídeos que viralizaram nas redes sociais.
O lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS – Reprodução
Apontado como figura-chave no esquema bilionário de fraudes em descontos de mensalidades sobre aposentados, o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, está no centro de uma nova investigação por lavagem de dinheiro. Ele é sócio de uma empresa sediada nas Ilhas Virgens Britânicas que comprou, em apenas dois meses, quatro imóveis no Brasil avaliados em R$ 11 milhões. Com informações do Metrópoles.
As aquisições aconteceram entre junho e julho de 2024, no auge da chamada “farra dos descontos do INSS”, revelada pelo portal Metrópoles. Os bens foram comprados pela empresa Camilo & Antunes Limited, da qual o bolsonarista é sócio ao lado de Ricardo Lobo Cavalcanti de Albuquerque.
Segundo relatório da Polícia Federal (PF), as compras apresentam “fortes indícios de lavagem de dinheiro”. A PF destaca o uso de uma empresa offshore sediada em um paraíso fiscal e a proximidade temporal das aquisições com o avanço do esquema criminoso.
Gilberto Waller Júnior, o novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – Reprodução
O governo federal nomeou nesta quarta-feira (30) o procurador federal Gilberto Waller Júnior como novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A nomeação ocorre em meio a um escândalo envolvendo fraudes bilionárias na Previdência Social.
A decisão foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e publicada em edição extra do Diário Oficial da União, por meio da ministra-chefe substituta da Casa Civil, Miriam Belchior.
Nomeação no INSS acontece após operação da PF contra fraudes
A mudança na presidência do INSS ocorre após a Polícia Federal deflagrar, na semana passada, uma operação que revelou um esquema bilionário de fraudes em aposentadorias e pensões. A investigação identificou o uso de associações de fachada, envolvimento de servidores públicos, pagamento de propinas e documentos falsificados.
Segundo a PF, o prejuízo aos cofres públicos, entre 2019 e 2024, ultrapassa R$ 6,3 bilhões. O então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi exonerado do cargo após a operação. Além dele, outros cinco servidores da cúpula do instituto foram afastados, e seis pessoas ligadas às entidades investigadas foram presas.
A investigação revelou que milhares de beneficiários do INSS foram incluídos em associações sem consentimento, com descontos indevidos aplicados diretamente nos benefícios previdenciários.
Quem é Gilberto Waller Júnior, novo presidente do INSS
Com 25 anos de atuação no serviço público, Gilberto Waller Júnior é formado em Ciências Jurídicas e Sociais, com pós-graduação em Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro. Iniciou a carreira como procurador do INSS em 1998.
Waller já foi corregedor-geral do INSS (2001–2004), subprocurador-geral (2007–2008) e ocupou cargos relevantes na Controladoria-Geral da União (CGU), incluindo os de ouvidor-geral da União (2016–2019) e corregedor-geral da União (2019–2023).
Antes de assumir a presidência do INSS, atuava como corregedor da Procuradoria-Geral Federal, vinculada à Advocacia-Geral da União (AGU).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em pronunciamento em rádios e TV – Divulgação
No pronunciamento do Dia do Trabalho, realizado nesta quarta-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que irá promover o debate sobre o fim da jornada de trabalho no regime 6×1 — modelo em que o trabalhador atua por seis dias consecutivos e descansa apenas um. A medida, segundo o petista, visa garantir mais qualidade de vida e equilíbrio entre trabalho e bem-estar.
“Vamos aprofundar o debate sobre a redução da jornada de trabalho vigente no país, em que o trabalhador e a trabalhadora passam seis dias no serviço e têm apenas um dia de descanso. A chamada jornada 6 por 1.Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras”, declarou ele, em cadeia nacional de rádio e televisão.
Durante o discurso, Lula também ressaltou que o governo enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil mensais. Quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7 mil também terá redução na carga tributária.
“Enviamos ao Congresso Nacional o Projeto de Lei que zera o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. E quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil também será beneficiado pagando menos do que paga hoje. Agora é assim: quem ganha menos, não paga. E quem ganha muito paga o valor justo”, reforçou.
Lula critica fraudes no INSS e promete ressarcimento a aposentados
O presidente denunciou um esquema de fraudes no INSS envolvendo descontos ilegais na folha de pagamento de aposentados e pensionistas. De acordo com Lula, a operação, conduzida pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal, desarticulou um esquema ativo desde 2019:
“Na última semana, o nosso governo, por meio da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal, desmontou um esquema criminoso de cobrança indevida contra aposentados e pensionistas, que vinha operando desde 2019. Determinei à Advocacia-Geral da União que as associações que praticaram cobranças ilegais sejam processadas e obrigadas a ressarcir as pessoas que foram lesadas”.
A seção de Vigilância Ambiental e Combate a endemias, da 16ª Regional de Saúde de Apucarana, realizou na manhã desta quarta-feira, mais uma capacitação técnica voltada ao combate da dengue. O evento, reuniu representantes das secretarias municipais de saúde dos 17 municípios da regional.
Anelise Sassá Brizola e Leopoldo Rossi, conduziram a capacitação com parte teóricas e práticas. O evento foi mais focado no combate ao mosquito da dengue com o uso de bombas costais e o emprego da metodologia de borrificação residual intradomiciliar. A técnica consiste numa estratégia que cria uma barreira química, buscando eliminar os mosquitos causadores da dengue.
Anelise Sassá explica que a operação destes equipamentos é de competência dos municípios, que dispõem de apoio logístico, insumos e equipamentos do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e das regionais de saúde.
Leopoldo Rossi conduziu a parte prática da capacitação com utilização de bomba costal. Ele explicou aos representantes das secretarias municipais de saúde que, os locais prioritários para a aplicação do inseticida que combate o Aedes Aegypti são prédios públicos de alta circulação de pessoas.
“Neste contexto se incluem terminais rodoviários, escolas, postos de saúde, UPA, hospitais, faculdades, universidades e lar de idosos”, informou Rossi, acrescentando que o inseticida aplicado nestes locais tem uma duração mínima de 60 dias.
O diretor da 16 ª Regional de Saúde, Lucas Leugi, que o secretário de estado da saúde, Beto Preto, está disponibilizando mais equipamentos e recursos aos municípios – no combate à dengue -, por meio do Programa de Fortalecimento das Ações de Vigilância em Saúde, o “Pró Vigia”.
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF. Foto: Rafael Ribeiro/CBF
Nos últimos meses, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) virou alvo de uma tempestade política que vai muito além dos gramados. A entidade esportiva está no meio de uma cruzada liderada por parlamentares de direita e extrema-direita, que questionam desde contratos institucionais até as cores do uniforme da Seleção Brasileira.
O estopim dos ataques foi a revelação de um contrato entre a CBF e o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), que controla a CBF Academy e tem entre seus sócios o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um dos magistrados mais atacados por bolsonaristas.
A informação, publicada pela revista Piauí, serviu de combustível para uma série de ações políticas contra a entidade. Na ocasião, a matéria denunciou como Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, contou com apoio de Mendes para se perpetuar no principal cargo do futebol brasileiro.
“Esse, talvez, seja um dos casos mais vergonhosos de conflito explícito de interesse, que exigiria a óbvia suspeição”, afirmou o senador Eduardo Girão (Novo-CE), um dos principais articuladores de uma possível CPI mista para investigar a entidade.
A ofensiva contra a Confederação se materializou em diversas frentes:
– Projeto de CPI mista apresentado por Eduardo Girão e pelo deputado Coronel Meira (PL-CE);
– Pedido de audiência pública do deputado Sargento Gonçalves (PL-RN) para apurar possível fraude no acordo judicial que manteve Ednaldo na presidência;
– Projetos de lei dos deputados Zé Trovão (PL-SC) e Coronel Meira (PL-PE) para proibir seleções de usar cores diferentes das bandeiras nacionais;
– Ação do vereador Marcos Dias (Podemos-RJ) no MPT para investigar assédio na CBF.
A polêmica sobre a possível nova camisa vermelha da seleção brasileira também virou munição política. O senador Carlos Portinho (PL-RJ) chegou a relacionar a escolha cromática ao fato do PCdoB ter sido autor da ação no STF que reconduziu Ednaldo ao cargo: “Tomaram tudo e até a CBF? Pagando dívida com o PCdoB?”.
Em nota, a CBF afirmou que as imagens que viralizaram nas redes sociais sobre a camisa não são oficiais e reafirmou que os padrões tradicionais serão mantidos. A entidade nega qualquer conotação política na escolha de uniformes e ressalta que nunca se manifestou contra o uso da camisa amarela em protestos de direita.
Internamente, a CBF avalia que está sendo arrastada para um embate político maior, que tem como alvo principal o STF. A entidade discute estratégias jurídicas para se defender das investidas, mas reconhece dificuldades para se blindar completamente, especialmente nas ações judiciais no Rio de Janeiro, onde o atual presidente já foi afastado uma vez.
O pedido de audiência pública na Câmara coloca em dúvida as condições cognitivas do coronel Nunes, ex-presidente interino da CBF, para assinar o acordo que encerrou questionamentos ao mandato de Ednaldo no STF. Um laudo médico da própria CBF atestava que Nunes tinha “quadros de tontura e ataxia com piora recente do déficit cognitivo”.
Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, era o principal articulador de um complexo esquema de descontos irregulares. Foto: reprodução
Antônio Carlos Camilo Antunes, mais conhecido como “Careca do INSS”, é um empresário que tem sido apontado pela Polícia Federal como uma das figuras centrais nas fraudes envolvendo aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com investigações da PF, Antunes foi responsável por repassar mais de R$ 53 milhões a entidades associativas e servidores públicos envolvidos no esquema de fraudes, que teve como alvo o desconto irregular de contribuições dos aposentados.
A investigação também apontou que Antunes fez uma doação de R$ 1 à campanha de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. A defesa do empresário, no entanto, refuta as acusações e afirma que a inocência de Antunes será comprovada, alegando que os fatos apresentados não condizem com a realidade.
O lobista, conhecido pela ligação com o sistema de fraudes no INSS, foi identificado como o “epicentro da corrupção ativa” nas investigações. O papel de Antunes era o de intermediário financeiro, recebendo valores das entidades que praticavam os descontos irregulares e repassando-os a servidores de alto escalão do INSS.
Ele movimentava grandes quantias de dinheiro por meio de pelo menos 22 empresas registradas em seu nome, atuando em setores variados como consultoria, call center e comércio varejista. Além disso, os investigadores identificaram que ele realizava os repasses de forma extremamente rápida, o que dificultava o rastreamento dos valores.
Segundo a PF, o “Careca do INSS” mantinha, sob nome de terceiros, diversos carros de luxo para esconder o patrimônio incompatível com seu cargo. Veja a lista de carros de Antunes:
Porsche Boxster 2018
Porsche Taycan 2022
BMW 330E 2022/2023
Hyundai Azera 3.0 V6 2014/2015
Porsche 911 CAR GTS 2024
Porsche Macan/S 2022
Jaguar LD Limited 2023/2024
VW/Golf GT1 AC 2019
Audi A3 SB Híbrido 2022/2023
Porsche Taycan 2020/2021
BMW Z4 SDrive2.3I 2010/2011
PF diz que “Careca do INSS” recebeu R$ 53,5 milhões de entidades. Foto: reprodução
Entre os envolvidos no esquema estão figuras de destaque dentro do INSS, como Virgílio Filho, ex-procurador-geral do órgão, André Fidelis e Alexandre Guimarães, ex-diretores do INSS. De acordo com as investigações, Antunes repassou R$ 9,3 milhões para esses servidores. O ex-procurador-geral Virgílio Filho, por exemplo, recebeu R$ 7,5 milhões por meio de uma das empresas de Antunes, a Ambec.
Já o ex-diretor de benefícios, André Fidelis, teria recebido R$ 1,5 milhão por meio de seu filho, também advogado. O esquema de corrupção se estendeu ainda para a esposa de Virgílio Filho, que, segundo a PF, teria recebido R$ 7,5 milhões, além de um Porsche Taycan 2022 que foi transferido a ela.
A operação “Sem Desconto”, deflagrada pela PF para combater o esquema de fraudes, revela que Antunes utilizava suas empresas para fornecer serviços de consultoria a entidades que realizavam descontos indevidos nas aposentadorias e pensões.
Além de sua participação direta nas fraudes, a investigação da Polícia Federal destacou que Antunes usava diversas estratégias para ocultar o verdadeiro destino dos valores, incluindo a movimentação de grandes somas de dinheiro em curtos períodos e a criação de empresas de fachada para dificultar o rastreamento.
Thiago Medina e Gilson Machado Filho, vereadores bolsonaristas de Recife. Foto: reprodução
O vereador de Recife Gilson Filho (PL), filho do ex-ministro do Turismo no governo Bolsonaro Gilson Machado Neto, publicou em suas redes sociais um vídeo fazendo piadas sobre o dedo mindinho amputado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As imagens, gravadas no plenário da Câmara Municipal do Recife durante sessão na última terça-feira (29), mostram o parlamentar ao lado do colega Thiago Medina (PL) questionando de forma jocosa o vereador Felipe Alecrim (Novo) sobre o “paradeiro” do dedo do presidente, com insinuações de cunho sexual.
“Eu nunca vi, até hoje, alguém levar uma facada fake. Agora, perder o dedinho para se aposentar…” iniciou em sua insinuação. “Eu já vi”, respondeu prontamente Medina.
Na sequência, a dupla questiona, com tom jocoso, “onde foi parar o dedo que Lula perdeu”. Como dois alunos do ensino fundamental, Gilson e Thiago abordam Alecrim: “Onde é que está o dedo que Lula perdeu?”. O vereador do Novo entendeu o que eles queriam dizer com a piada, também riu, mas evitou responder.
A vereadora Liana Cirne (PT) foi quem denunciou o caso ao compartilhar o vídeo original postado pelo próprio Gilson Filho. “Tive o desprazer de ver um vídeo de vereadores aqui do Recife rindo do acidente de trabalho que decepou o dedo de Lula”, afirmou a petista. “O mais curioso é que entre eles tem um que adora posar de cristão exemplar, mas acha que ser de esquerda nos desqualifica da fé. Coerência mandou lembranças”.
Lula perdeu o dedo mindinho da mão esquerda em 1964, quando trabalhava como torneiro mecânico na metalúrgica Independência, no bairro Vila Carioca, em São Paulo. O membro precisou ser amputado após acidente com uma prensa.
O próprio presidente já narrou o ocorrido em entrevistas: “Eu era um peão. Cheguei ao hospital com o macacão fedendo a graxa às 3h da manhã. O médico olhou para minha cara e disse: ‘Pra que esse peãozinho quer esse dedo? Vou logo tirar’. E tirou o cotozinho. Podia ter deixado o cotó para eu poder coçar o nariz”, disse em entrevista ao Jô Soares, em tom descontraído.
Esta não é a primeira vez que a amputação do dedo de Lula vira alvo de piadas. Em outubro de 2022, durante o segundo turno das eleições presidenciais, as buscas por “como Lula perdeu o dedo” dispararam no Google, demonstrando o interesse público pelo episódio que marcou a vida do ex-sindicalista.
Sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no Rio de Janeiro. Foto: Lucas Figueiredo/CBF
O governo Lula questionou a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) sobre os rumores da camisa 2 da seleção brasileira ser vermelha. Integrantes do alto escalão do Palácio do Planalto conversaram com interlocutores de Ednaldo Rodrigues, presidente da confederação, nesta terça (29).
Segundo a coluna de Igor Gadelha no Metrópoles, ministros e parlamentares ligados ao governo questionaram se a cor, de fato, poderia ser utilizada. Aliados de Lula dizem que o petista não tem “o menor interesse” em mudar o uniforme para vermelho, mesmo que a cor seja tradicionalmente associada ao PT.
A escolha da cor vermelha tem gerado revolta, principalmente de bolsonaristas, por ser a mesma usada por entidades de esquerda. O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso Nacional, também reclamou da ideia publicamente, dizendo que “qualquer cor diferente do verde, amarelo, branco e azul não se justifica”.
O rumor do uniforme vermelho surgiu do site especializado em artigos esportivos Footy Headlines. A CBF não confirmou se essa será realmente a cor das peças e que ainda não definiu as camisas para a Copa do Mundo de 2026 com a Nike, fornecedora do material.
Ministra da Secretaria de Relações Institucionais afirmou que base parlamentar é "fator primordial" para governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI)
A ministra-chefe da SRI do presidente Lula, Gleisi Hoffmann, afirmou que estpera continuar contando com o apoio da base no Congresso, após União Brasil e PP formarem uma federação e dirigentes do grupo prometerem fazer oposição ao governo.
"Queremos continuar contando com essa base parlamentar. É um fator primordial. Eles têm de se explicar em relação a contradições, os problemas deles com eles, mais do que deles conosco. Queremos os votos deles no Congresso", disse a ministra em entrevista à Globo News nesta quarta-feira (30).
Na terça (29), União Brasil e PP formalizaramm federação e se tornaram a maior força do Congresso, contando com 123 parlamentares.
Ministra das Relações Institucionais afirmou ainda que o governo não tem qualquer receio e vai até o fim nas investigações
Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI)
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, disse nesta quarta-feira (30) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeará um novo presidente do INSS após Alessandro Stefanutto ser afastado do cargo. A Polícia Federal investiga fraudes de até R$ 6,3 bilhões no Instituto Nacional do Seguro Social. Entidades vinculadas à prestação do serviço referente a aposentadorias faziam descontos não autorizados por aposentados. As investigações apontaram que as fraudes no INSS ocorreram entre 2019 e 2022.
De acordo com a titular da SRI, o governo federal não tem qualquer receio das investigações. “O governo vai aprofundar a investigação e chegar na origem. Se houver CPI, a oposição é que tem que se preocupar. O governo vai até o fim na investigação”, afirmou Gleisi durante entrevista à Globo News.
O prefeito Rodolfo Mota sancionou a Lei Municipal nº 056/2025, que institui o Programa Especial de Recuperação Fiscal (Refis 2025). A partir da próxima segunda-feira, 5 de maio, a Prefeitura de Apucarana começa a atender contribuintes interessados em regularizar seus débitos com o Município, oferecendo descontos de até 100% em multas e juros, para pagamento em até 4 parcelas. Também será possível renegociar dívidas para quitação de 5 a 36 vezes, tendo descontos gradativos de juros e multa entre 40% e 70%.
Os atendimentos para negociação de dívidas não ajuizadas começam já na segunda-feira (05/05). A partir de quarta-feira (07/05), a Prefeitura também passa a negociar dívidas que já estão ajuizadas. “Uma oportunidade inédita que permitirá que muitos cidadãos regularizem suas pendências financeiras de forma mais acessível”, frisa o prefeito
Rodolfo Mota, pontuando que o programa é para aquelas dívidas que estão no fórum ou que não estão no fórum. “Qualquer que seja a origem da sua pendência, do seu problema com a Prefeitura, esse é o momento”, afirma Rodolfo Mota, solicitando que os contribuintes procurem o Refis. “Nossos servidores estão capacitados para tirar todas as dúvidas e orientar para a melhor negociação”, diz o prefeito, ressaltando que os recursos recuperados serão investidos em obras e políticas públicas para a própria população nas áreas da Educação, Saúde, Esporte, Assistência Social, Segurança Pública, Indústria, Comércio, Emprego, entre outras.
De acordo com o secretário municipal da Fazenda, professor Rogério Ribeiro, o atendimento presencial acontecerá no térreo da Prefeitura. O contribuinte poderá retirar a senha de acordo com a ordem de chegada ou programar o atendimento para a data que for mais conveniente através de agendamento pelo site da prefeitura.
Ribeiro afirma que toda a estrutura está sendo pensada, com o objetivo de dar celeridade. “Temos oito guichês para atendimento de forma ágil e eficiente, mas dependendo da demanda pode ser insuficiente. Por isso, haverá a opção do agendamento, pelo qual a pessoa terá a possibilidade de marcar o dia e o horário. O que a gente quer é que o cidadão não fique muito tempo esperando para ser atendido”, explica o secretário, afirmando que o agendamento poderá ser feito online, por meio de um link que será disponibilizado no site da Prefeitura.
O secretário reitera que este é um Refis inédito, pois apresenta várias novidades. Uma delas é que o parcelamento é para qualquer tipo de dívida que a pessoa tenha com o Município. “O programa abrange a renegociação de diversas taxas e impostos, como IPTU, ISS, taxa de coleta de lixo, Alvará de Licença, taxa de iluminação pública, entre outros. Os contribuintes terão um prazo de 60 dias, de 5 de maio a 4 de julho, para aderirem ao programa, que abrange dívidas vencidas até 31 de dezembro de 2024”, esclarece.
De acordo com a lei de autoria do Executivo e que foi aprovada pela Câmara de Vereadores, a negociação só poderá ser feita pelo titular da dívida. “É imprescindível, no caso da pessoa física, apresentar o comprovante de endereço e o CPF. O atendente identifica a dívida no sistema e a pessoa então escolhe qual é a condição vai vantajosa: se é pagar à vista, parcelar em 4 vezes, 12, 18, 24 ou até em 36 vezes”, afirma Ribeiro, observando que o contribuinte poderá também consultar – antes do atendimento presencial - o montante da dívida pelo site da Prefeitura, por meio do serviço atende.net.
DÍVIDAS AJUÍZADAS – A partir de quarta-feira (07/05), começarão também os atendimentos para as dívidas que já foram ajuizadas. “Uma novidade neste Refis é a possibilidade da justiça gratuita, em que o contribuinte que se enquadrar nas regras para ser beneficiado, não precisará pagar honorário advocatício, nem as custas processuais.
Será parcelado somente o imposto devido”, explica o secretário de Fazenda. No caso da Dívida Ativa já ajuizada, haverá trâmites que acontecerão em outros locais, como no Fórum e no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). A assistência da justiça gratuita deverá ser solicitada junto ao CRAS mais próximo. Os detalhes desta ação serão comunicados na semana que vem, bem como sobre os mutirões de atendimento fiscal nos bairros, visando ampliar o alcance social da iniciativa.