Em conversa com empresários brasileiros, Gabriel Escobar admitiu, no entanto, não saber da disposição da Casa Branca para adiar a medida
Durante encontro com empresários do setor mineral, realizado no Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Gabriel Escobar, afirmou que, neste momento, a alternativa mais realista para evitar prejuízos ao Brasil seria conseguir postergar a entrada em vigor do tarifaço anunciado por Washington.
Segundo a coluna do jornalista Valdo Cruz do g1, Escobar disse que o tempo para uma resposta é escasso porque não houve reabertura das negociações entre os dois governos. Por isso, afirmou que o mais prudente seria buscar a postergação da medida.
Ao ser questionado por representantes do setor mineral se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estaria disposto a adiar o início do tarifaço, Escobar respondeu que essa é uma visão dos diplomatas, mas declarou não saber se há essa disposição por parte da Casa Branca. Neste momento, o governo brasileiro também trabalha com a expectativa de ao menos conseguir um adiamento da medida.
Escobar, que atualmente é o principal representante da diplomacia norte-americana no Brasil — já que a embaixada está sem embaixador —, sugeriu ainda que o governo brasileiro poderia colocar à mesa de negociações o acesso dos EUA a minerais críticos e terras raras.
A proposta foi bem recebida pelos empresários e, segundo relato, será levada ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. A mediação foi feita pelo presidente do Ibram, Raul Jungmann.
No entanto, nesta quinta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que não pretende entregar minerais críticos nem terras raras aos Estados Unidos.
O Brasil possui reservas relevantes de ao menos quatro dos 51 minerais considerados prioritários para os EUA: cobre, lítio, silício e as chamadas terras raras, insumos estratégicos para a transição energética e a indústria de alta tecnologia.
Fonte: Brasil 247 com informações do G1
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