sexta-feira, 25 de julho de 2025

Encarregado da embaixada dos EUA defende adiamento do tarifaço como 'solução mais viável'

Em conversa com empresários brasileiros, Gabriel Escobar admitiu, no entanto, não saber da disposição da Casa Branca para adiar a medida

     Gabriel Escobar (Foto: Felipe Menezes - U.S. Embassy Brasilia)

Durante encontro com empresários do setor mineral, realizado no Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Gabriel Escobar, afirmou que, neste momento, a alternativa mais realista para evitar prejuízos ao Brasil seria conseguir postergar a entrada em vigor do tarifaço anunciado por Washington.

Segundo a coluna do jornalista Valdo Cruz do g1, Escobar disse que o tempo para uma resposta é escasso porque não houve reabertura das negociações entre os dois governos. Por isso, afirmou que o mais prudente seria buscar a postergação da medida.

Ao ser questionado por representantes do setor mineral se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estaria disposto a adiar o início do tarifaço, Escobar respondeu que essa é uma visão dos diplomatas, mas declarou não saber se há essa disposição por parte da Casa Branca. Neste momento, o governo brasileiro também trabalha com a expectativa de ao menos conseguir um adiamento da medida.

Escobar, que atualmente é o principal representante da diplomacia norte-americana no Brasil — já que a embaixada está sem embaixador —, sugeriu ainda que o governo brasileiro poderia colocar à mesa de negociações o acesso dos EUA a minerais críticos e terras raras.

A proposta foi bem recebida pelos empresários e, segundo relato, será levada ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. A mediação foi feita pelo presidente do Ibram, Raul Jungmann.

No entanto, nesta quinta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que não pretende entregar minerais críticos nem terras raras aos Estados Unidos.

O Brasil possui reservas relevantes de ao menos quatro dos 51 minerais considerados prioritários para os EUA: cobre, lítio, silício e as chamadas terras raras, insumos estratégicos para a transição energética e a indústria de alta tecnologia.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

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