
O papa Francisco, falecido nesta segunda-feira, 21 de abril de 2025, aos 88 anos, cultivou uma relação intensa e simbólica com o Brasil ao longo de seu pontificado. O país com a maior população católica do mundo foi o destino de sua primeira viagem internacional como líder da Igreja, dando início a uma conexão duradoura, reforçada por posicionamentos firmes em defesa dos mais pobres e por sua aproximação com lideranças políticas como Luiz Inácio Lula da Silva.
Primeira viagem: Jornada Mundial da Juventude
Em julho de 2013, apenas quatro meses após ser eleito, Francisco escolheu o Brasil como seu primeiro destino apostólico. No Rio de Janeiro, participou da 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), reunindo milhões de jovens de todo o mundo. Durante a visita, esteve no Santuário de Nossa Senhora Aparecida e destacou a importância da fé popular e da inclusão social. Sua simplicidade, empatia e discursos em defesa dos marginalizados marcaram profundamente os brasileiros.
Voz ativa em defesa da Amazônia e dos pobres
Ao longo dos anos, o papa Francisco demonstrou especial atenção às questões brasileiras. Denunciou a desigualdade social, alertou para os perigos da devastação ambiental e reforçou seu apoio aos povos indígenas e à preservação da Amazônia — temas centrais em seu pontificado. Nomeou como cardeal dom Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, consolidando a presença da Igreja no debate ambiental global.