O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez ameaças aos representantes do Congresso nesta sexta-feira (25) ao sugerir que os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-MG), poderiam sofrer sanções do governo dos Estados Unidos caso não aprovem projetos de interesse da extrema-direita brasileira. As ameaças foram feitas durante entrevista ao programa “Oeste com Elas”, da revista de extrema-direita Oeste, no YouTube.
O parlamentar, que fugiu para os EUA em março, relacionou diretamente a possível aprovação do projeto de anistia aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro com as recentes medidas comerciais anunciadas por Donald Trump contra o Brasil.
“Relembro aqui que quando Rodrigo Pacheco [ex-presidente do Senado] perdeu visto, foi porque não pautou nenhuma das dezenas de pedidos de impeachment na sua mesa. Fez parte desse aparato que sustentou regime brasileiro”, afirmou Eduardo.
Eduardo foi explícito ao mencionar os atuais presidentes do Legislativo: “Davi Alcolumbre, ele não está nesse estágio ainda, mas certamente está no foco do governo americano. Tem possibilidade de não ser sancionado, não acontecer nada com visto dele, se não der respaldo ao regime. E também Hugo Motta, porque na Câmara dos Deputados, tem a novidade da lei da anistia”.
O terceiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou claro que considera a anistia aos golpistas e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes como condições para evitar medidas mais duras dos EUA: “Se o Brasil não conseguir pautar anistia, se Brasil não conseguir, ainda que num segundo passo, o impeachment do Alexandre de Moraes, a coisa ficará ruim”.
As declarações do parlamentar fazem referência à Lei Magnitsky, mecanismo estadunidense que permite sanções contra estrangeiros acusados de violações de direitos humanos. Essa legislação tem sido apontada por bolsonaristas como possível base para punições contra autoridades brasileiras que consideram adversárias.
Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura militar e aliado de Eduardo nos EUA, reforçou as ameaças: “Pelo que sei, foram preservados por enquanto, inclusive a pedido do Eduardo Bolsonaro. Todos terão a oportunidade de fazer a coisa certa e uma última chance de escolher o lado do Brasil ou o lado do Alexandre”.
Fonte: DCM
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