Empresário George Washington de Oliveira Souza tentou explodir caminhão-tanque em Brasília. Foto: Reprodução
George Washington de Oliveira Sousa, condenado por terrorismo após tentar explodir um caminhão-tanque nas imediações do aeroporto de Brasília em dezembro de 2022, está foragido. A informação consta de registros oficiais da Justiça do Distrito Federal. Desde junho de 2025, após ser autorizado a viajar a Belém para “assuntos profissionais”, o paradeiro do extremista é oficialmente desconhecido.
O atentado, ocorrido às vésperas da posse do presidente Lula, foi parte de uma ofensiva golpista articulada por militantes bolsonaristas. George Washington, que possuía um arsenal de armas e explosivos, admitiu que pretendia causar um colapso institucional que justificasse a decretação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem). O plano falhou, mas o réu foi condenado e, depois de cumprir parte da pena, progrediu para o regime aberto.
Sob as regras do novo regime, passou a viver na casa de uma idosa de 74 anos que sequer o conhecia, e conseguiu emprego como auxiliar administrativo em um laboratório médico. Em junho, recebeu autorização judicial para viajar ao Pará. A cidade de Belém, destino da viagem, será sede da COP30 em 2025 — e, desde então, George não retornou, sendo declarado em “local incerto e não sabido”.

A trajetória do condenado levanta suspeitas. Ele é apontado como próximo a políticos bolsonaristas, criadores de conteúdo armamentistas e até militares da ativa. Em depoimento, afirmou ter contato com um “importante general” durante o período das articulações golpistas.
A ausência de informações oficiais sobre os mecanismos de controle da pena — e sobre o destino exato do foragido — gerou novas críticas ao sistema. A possibilidade de que George esteja no exterior não é descartada por investigadores.
O nome de George Washington pode entrar em alerta internacional, com eventual acionamento da Interpol, caso se confirme tentativa de evasão internacional. Até o momento, a Justiça não emitiu nota oficial detalhando as providências em curso.
Fonte: DCM
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