terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

BC destaca riscos com expectativa de inflação desancorada, economia sobreaquecida e câmbio depreciado

BC vê riscos à inflação por câmbio, economia aquecida e incertezas externas. Copom mantém alerta sobre expectativas desancoradas e cenário adverso

       Sede do Banco Central, em Brasília 22/02/2022 REUTERS/Adriano Machado (Foto: ADRIANO MACHADO)

Reuters - O Banco Central elencou a desancoragem das expectativas de inflação, o grau de sobreaquecimento da economia e o impacto de políticas econômicas sobre o câmbio como riscos relevantes para o debate de política monetária, mostrou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

No documento, a autarquia apontou que, ainda que parte dos riscos de alta para os preços à frente tenha se materializado, o Comitê julgou que eles seguem presentes.

"Um tema de risco recorrente no debate do Comitê tem sido a desancoragem das expectativas de inflação, inclusive para prazos longos", disse o BC no documento divulgado nesta terça-feira.

"Outro risco bastante presente é com relação ao grau de sobreaquecimento da economia, em particular, seus efeitos sobre a inflação de serviços... Há também um risco à alta da inflação relativo à condução de políticas econômicas interna e externa, com impacto primordial por meio da taxa de câmbio."

As explicações foram dadas após o Copom, na decisão da semana passada, ter feito alterações em seu balanço de riscos para a inflação, apesar de manter a visão de que há uma assimetria de alta para os preços à frente.

Na ata, o BC informou que a efetivação de determinadas políticas nos Estados Unidos pode pressionar os preços de ativos domésticos. O documento ponderou que pode haver pressão de baixa nos preços caso não se materialize o cenário de medidas prometidas pelo governo Donald Trump, que já se incorporaram em preços de ativos.

A autarquia apontou elevada incerteza sobre a política econômica norte-americana, citando dúvidas sobre possíveis estímulos fiscais, restrições na oferta de trabalho, introdução de tarifas à importação e reorientações da matriz energética, "o que pode impactar negativamente as condições financeiras e os fluxos de capital para economias emergentes".

Do lado dos riscos de baixa para a inflação, o BC disse na ata que alguns dos fatores já não se mostravam mais presentes, enquanto outros apareceram com mais força no debate.

"A possibilidade de uma desaceleração da atividade global ou de impactos mais fortes do que o esperado do aperto monetário sobre a desinflação global parece menos provável", apontou.

No entanto, o Comitê apontou a possibilidade de uma desaceleração mais forte da atividade no Brasil, algo que poderia gerar impactos desinflacionários. Mas ponderou que seu cenário-base já contempla uma desaceleração e que não há evidência de desaceleração abrupta.

Cenário adverso - O BC ainda avaliou que vetores inflacionários seguem adversos, como hiato do produto positivo (quando a economia opera acima de sua capacidade), depreciação cambial, inflação corrente mais elevada e expectativas de mercado mais desancoradas.

Na visão do Copom, ambientes com expectativas desancoradas aumentam o custo de desinflação em termos de atividade econômica.

Para a autarquia, esse cenário exige uma política monetária mais contracionista. A comunicação se diferencia da apresentada na reunião de dezembro, quando o BC se referia à necessidade de uma política de juros "ainda mais contracionista".

"Comitê acompanhou com atenção os movimentos do câmbio, que tem reagido, notadamente, às notícias fiscais domésticas, às notícias da política econômica norte-americana e ao diferencial de juros", disse.

Na última quarta-feira, o Copom decidiu seguir o ritmo de aperto nos juros já previsto ao elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, a 13,25% ao ano, em decisão unânime de sua diretoria, e manteve a orientação de mais uma alta equivalente em março, deixando os passos seguintes em aberto.

O BC ressaltou que as projeções de seu cenário de referência apontam que a inflação acumulada em doze meses permanecerá acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos, configurando descumprimento do alvo em junho

No novo regime de metas, válido a partir deste ano, o alvo segue em 3%, com margem de 1,5 ponto percentual, mas sua medição deixou se ser no fim do ano calendário, passando a haver descumprimento se a inflação permanecer fora da tolerância por seis meses consecutivos.

Para as avaliações à frente, o BC disse que acompanhará o ritmo da atividade econômica, "fundamental na determinação da inflação", o repasse do câmbio para os preços e as expectativas de mercado.

Na ata, a autoridade monetária afirmou que o mercado de crédito se manteve pujante, mas os financiamentos bancários têm apresentado alguma inflexão. Em outro sentido, o mercado de títulos privados segue mais forte que o esperado, apontou.

O Copom ainda reafirmou que a percepção dos agentes econômicos sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida pública seguiu impactando de forma relevante os preços de ativos, defendendo uma harmonização entre as políticas fiscal e monetária.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Cármen Lúcia diz que TSE já começa a preparar as eleições de 2026

As eleições presidenciais de 2026 serão presididas pelo ministro Kassio Nunes Marques, atual vice-presidente do TSE

     Cármen Lúcia e Kassio Nunes Marques (Foto: Abr)

Agência Brasil – A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, disse nesta segunda-feira (3) que a Justiça Eleitoral já começou os preparativos para as eleições presidenciais de 2026.

As declarações da ministra foram feitas durante a sessão solene de abertura dos trabalhos da Justiça Eleitoral em 2025.

Durante seu discurso, Carmen Lúcia adiantou que o TSE já começou os preparativos para as eleições presidenciais de 2026 e do próximo pleito municipal, que será realizado em 2028.

"Para garantia de eleições livres e democráticas no Brasil, este Tribunal Superior Eleitoral trabalha ininterruptamente. Para as eleições de 2026, as providências já começaram a ser implementadas na sequência imediata ao término das eleições. Para a eleição de 2028, uma série de providências já precisou ser iniciada, como a questão do cálculo de eleitores e quantas urnas precisam", afirmou.

A presidente do TSE também voltou a defender o regime democrático no país e disse que a liberdade e a justiça só podem ser garantidas com a democracia.

"A Justiça Eleitoral continuará a atuar com rigor, serenidade, com imparcialidade e comprometida com a democracia, garantindo as liberdades de eleitoras e eleitores. Que tenhamos um ótimo período de perseverança no caminho da construção democrática", completou.

As eleições presidenciais de 2026 serão presididas pelo ministro Kassio Nunes Marques, atual vice-presidente do TSE e ministro do STF. O mandato de Cármen Lúcia terminará em agosto do ano que vem. Kassio foi indicado ao STF pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

STJ julga nesta terça-feira tese sobre 'racismo reverso'

Caso envolve homem negro acusado de injúria racial contra branco. Defensoria Pública da União cita impossibilidade de existir “racismo reverso”

(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) julga nesta terça-feira (4) um caso polêmico que reacende o debate sobre a possibilidade de uma pessoa branca ser vítima de racismo. A 6ª Turma da Corte analisará um recurso apresentado por um homem negro contra sua condenação por injúria racial, que ele contesta com o argumento de que o chamado "racismo reverso" não tem respaldo na legislação brasileira. A sessão, presidida pelo ministro relator Og Fernandes, está prevista para começar às 14h.

O caso, segundo a CNN Brasil, ocorreu em Coruripe, Alagoas. O homem negro foi denunciado pelo Ministério Público de Alagoas (MP-AL) por injúria racial contra um italiano branco, marido de sua tia. A acusação alega que ele teria enviado mensagens ao europeu chamando-o de "branco, europeu e escravagista". Segundo a defesa, representada pelo Instituto do Negro de Alagoas, a discussão foi motivada por desavenças comerciais entre os dois, envolvendo supostos serviços prestados sem remuneração e um acordo não cumprido sobre a posse de um terreno.

A polêmica central do julgamento está na interpretação da Lei nº 14.532/23, que equipara injúria racial ao crime de racismo. O Ministério Público defende que a tipificação do crime independe da história de discriminação sofrida pelo grupo ao qual pertence a vítima. Já a Defensoria Pública da União (DPU) publicou uma nota técnica, em julho de 2024, contestando a possibilidade jurídica de "racismo reverso".

No documento, o Grupo de Trabalho de Políticas Etnorraciais da DPU argumenta que a Lei de Racismo (nº 7.716/89) visa proteger grupos histórica e estruturalmente discriminados e que não seria possível enquadrar indivíduos brancos dentro desse conceito. “A potencial adoção da tese do ‘racismo reverso’ pelo Poder Judiciário nega que as práticas discriminatórias, segregacionistas e violentas da sociedade brasileira sempre tiveram como foco grupos étnicos-raciais específicos, a exemplo da população negra e dos povos originários”, reforça a nota.

"A lei n*. 7.716/89 (Lei de Racismo) tem como objetivo proteger grupos sociais historicamente discriminados em razão de sua própria existência, não sendo possível a inclusão de pessoas pertencentes a coletividades historicamente hegemônicas e privilegiadas como sujeito passivo de tais delitos”, explica o Grupo de Trabalho de Políticas Etnorraciais da DPU.

Fonte: Brasil 247 com CNN Brasil

PT defende “chacoalhão” no governo e mobilização das bases

Dirigentes do partido avaliam a necessidade de propor novos projetos e aumentar a defesa do governo diante dos ataques da oposição

     (Foto: Alessandro Dantas)

O Partido dos Trabalhadores (PT) avalia internamente que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisa de um “chacoalhão” para atender às expectativas da população e recuperar a popularidade. A avaliação é de que, além da reformulação na comunicação, o governo federal precisa propor novos projetos. As informações são do jornalista Gustavo Uribe, da CNN Brasil.

Segundo dirigentes do partido, durante a primeira metade do mandato, Lula apenas ampliou e resgatou programas antigos. Nesse sentido, faltariam programas novos que pudessem servir de marcas para a sua terceira gestão e voltar a dar esperança para a população brasileira.

Além disso, os petistas também defendem uma mobilização maior das bases e da equipe ministerial diante da ofensiva da oposição contra o governo. A ideia é aumentar o enfrentamento contra a direita ao longo de 2025, adotando a estratégia do “nós contra eles”. A entrada de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, na Secretaria-Geral da Presidência, tem como um de seus objetivos aumentar essa defesa da gestão.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Governo Lula levanta dados sobre brasileiros que trabalham na escala 6x1

Atualmente, não existem informações precisas sobre quantas pessoas trabalham nessa escala



O Ministério do Emprego e Trabalho está levantando dados sobre os brasileiros que trabalham na escala 6x1. Segundo a CNN Brasil, as informações estão sendo compiladas e devem ser divulgadas na metade do ano. A iniciativa vem após a grande repercussão de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim desse regime de trabalho, de autoria da deputada Erika Hilton (Psol-SP).

As informações sobre o emprego formal no Brasil, que constam no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), não abrangem a realidade de quem trabalha na escala 6x1, já que não levantam a quantidade de dias trabalhados, mas a jornada semanal em horas.

Dados da Rais 2023 apontam que 33,5 milhões de brasileiros trabalham de 41 a 44 horas semanais. É possível deduzir que são eles quem estão dentro da escala 6×1, considerando a jornada prevista na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 8 horas trabalhadas por dia. No entanto, a informação é vaga, uma vez que um trabalhador pode ter contrato de 30 horas e trabalhar cinco horas por dia de segunda à sábado.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Deputado do PSOL confronta Gonet sobre denúncia a Bolsonaro; PGR desconversa

 

deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) falando em microfone, sério, sem olhar para a câmera
O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) – Divulgação


Na abertura do ano legislativo, nesta segunda-feira (3), o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) abordou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, em busca de informações sobre a possível denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe.

Durante o evento no Congresso Nacional, Alencar notou que Gonet não acompanhou o Hino Nacional e fez uma brincadeira dizendo que ele é tão discreto que não abre a boca sequer para cantar.

procurador-geral da República, Paulo Gonet, olhando para o lado, falando e rindo

O procurador-geral da República, Paulo Gonet – Reprodução

Bem-humorado, o procurador respondeu: “Se eu cantasse, seria um atentado aos símbolos nacionais. Sou ultradesafinado”. Quanto à possibilidade de denúncia contra Bolsonaro, Gonet limitou-se a dizer: “Vamos ver”.

A declaração do PGR mantém a expectativa sobre os desdobramentos do inquérito, que pode ter impacto no cenário político nacional.

Valores Democráticos

Também nesta segunda-feira (3), Gonet disse que a Procuradoria-Geral da República (PGR) está preparada para cumprir seu papel constitucional na defesa do regime democrático no Brasil.

A declaração foi feita durante a sessão solene do Supremo Tribunal Federal (STF) que marcou a abertura dos trabalhos da Corte em 2025.

“Este será um ano com pautas de sobressaído interesse aos valores democráticos. Assim como essa Corte, a Procuradoria-Geral da República também está pronta para cumprir seu papel”, disse o PGR em seu discurso.

Fonte: DCM

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Barroso mantém Nunes Marques na relatoria da Overclean

A operação apura desvios de recursos públicos por meio de emendas parlamentares

Ministro do STF Kassio Nunes Marques (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, manteve o ministro Kassio Nunes Marques como relator do inquérito da Operação Overclean.

A decisão segue o parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que não viu fundamentos legais que justificassem a transferência do caso ao ministro Flávio Dino, relator de processos semelhantes na Corte. A operação apura desvios de recursos públicos por meio de emendas parlamentares.

"Conforme indicado nos esclarecimentos prestados pelo Ministério Público Federal, não há razão jurídica ou íntima correlação fática que justifique a distribuição deste feito por prevenção ao ministro Flávio Dino. Não há, no atual estágio das apurações, identidade de partes ou de origens que justifique a vinculação deste procedimento criminal com as investigações determinadas pelo ministro Flávio Dino", escreveu Barroso.

A Polícia Federal (PF) havia solicitado à Corte que a apuração ficasse nas mãos de Dino, por considerar que as evidências obtidas nos inquéritos que já estão sob a relatoria do magistrado poderiam “representar uma base essencial para a Operação Overclean, assim como os elementos coletados na Bahia podem desempenhar um papel crucial na ampliação das apurações em âmbito nacional sobre o uso indevido de emendas parlamentares".

A operação apura irregularidades em processos licitatórios, desvio de verbas públicas, além de corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, o esquema envolveu o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), na Coordenadoria Estadual da Bahia (CESTBA), e outros órgãos públicos.

Fonte: Brasil 247

"Brasil está menos pobre e com mais renda", diz Lula ao Congresso

Presidente enviou mensagem em abertura do ano legislativo

      Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um balanço positivo dos dois anos de seu governo, em mensagem enviada ao Congresso Nacional nesta segunda-feira (3), na sessão de abertura dos trabalhos legislativos.

A solenidade foi conduzida pelo novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), eleito para o cargo no último sábado, e contou com as presenças do também novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Roberto Barroso, além de ministros do governo federal, como Rui Costa (Casa Civil), representando Lula. O plenário contou com presença expressiva de parlamentares.

O envio da mensagem, em todos os anos, é um rito tradicional da retomada dos trabalhos do Congresso. O documento com mais de 600 páginas traz um relato detalhado da situação econômica, social e política do país, na visão do Poder Executivo.

"Estamos comemorando os menores índices de pobreza da série histórica. A extrema pobreza caiu para 4,4%, ficando pela primeira vez abaixo de 5%. Nesses dois anos, o Brasil ficou menos pobre e menos desigual, com aumento dos salários, maior renda do trabalho e distribuição de renda mais justa. Cuidamos também para que oportunidades e direitos fossem ampliados", diz Lula no trecho de abertura da mensagem presidencial, lida pelo primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, Carlos Veras (PT-PE).

"Quando assumimos a presidência, o Brasil estava de novo no Mapa da Fome, com 33 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar. Em apenas dois anos, 24,4 milhões de brasileiros ficaram livres do pesadelo da fome. Chegaremos a 2026 tendo retirado o país, mais uma vez, do Mapa da Fome", diz outro ponto do texto.

Na mensagem, Lula falou sobre reafirmação da democracia e aproximação entre as instituições da República. "Nestes dois anos de governo, reafirmamos nosso compromisso com a democracia, o respeito às instituições e a relação harmoniosa entre os Poderes. Reafirmamos também o compromisso de promoção do desenvolvimento econômico com a inclusão social", observou.

"A economia cresce mais, com mais investimentos, consumo, exportações e inovação. A indústria e o agronegócio estão mais fortes. A produtividade aumentou e o desemprego caiu. Em 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 3,2%, quatro vezes acima da projeção do mercado. Para 2024, a projeção atual aponta para um crescimento de 3,5%, um dos maiores do mundo", prosseguiu o presidente.

O texto de apresentação da mensagem foca em um balanço de gestão, com descrição de números sobre programas econômicos e sociais do governo federal.

Para 2025, a mensagem destaca o protagonismo internacional do Brasil, por conta dos eventos que serão sediados no país, como a Cúpula dos Brics, em julho, no Rio de Janeiro, e a 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém. Pela primeira vez, a Amazônia sediará as discussões sobre questões ambientais em nível global.

Em outro trecho, cita avanços em acordos comerciais. "Com a volta do Brasil ao cenário internacional, abrimos mais de 300 novos mercados para nossos produtos no exterior. E o mais importante: concluímos as negociações para o acordo Mercosul-União Europeia, depois de 25 anos de tratativas".

Lula também destacou uma relação produtiva com o Congresso no ano passado. "Aprovamos o dobro de projetos prioritários, em comparação com 2023. O conjunto de medidas fiscais e a regulamentação da reforma tributária são exemplos que ilustram a relação construtiva entre Executivo e Legislativo", disse o presidente.

"Em 2025, continuaremos a pautar nossa gestão pelo compromisso com o equilíbrio fiscal. Isso está expresso na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), assim como no conjunto de medidas fiscais enviadas em novembro de 2024 ao Congresso Nacional, que permitirão economizar R$ 70 bilhões em 2025 e 2026", acrescentou.

Fonte: Brasil 247

Moraes rejeita pedido feito pelo PSOL e Tarcísio de Freitas continua fora de inquérito sobre o golpe

Segundo a PGR, não houve elementos que indicassem a participação do governador em uma reunião com a presença de Jair Bolsonaro

Tarcísio de Freitas (à esq.) e Alexandre de Moraes (Foto: Agência Brasil I Reuters)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu arquivar nesta segunda-feira (3) o pedido para incluir o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. A Procuradoria afirmou não haver elementos que indicassem a participação do ex-ministro na reunião.

A bancada feminista do PSOL na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) fez o pedido, com base em um possível encontro de Tarcísio com Jair Bolsonaro (PL) no Palácio do Alvorada, em Brasília (DF). A conversa teria ocorrido em 19 de novembro de 2022, com a presença de Filipe Martins, então assessor especial da Presidência.

No inquérito sobre o plano golpista, a Polícia Federal indiciou mais de 30 pessoas, incluindo Bolsonaro e alguns de seus ex-ministros, como Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional - GSI), Paulo Sérgio Oliveira (Defesa) e Braga Netto (Defesa). A Procuradoria Geral da República (PGR) analisa as investigações recebidas pela PF e, se optar pela denúncia, encaminhará as informações para julgamento no STF.

Fonte: Brasil 247

Greve da Receita Federal ameaça planos de arrecadação do governo

O Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal demanda reajuste salarial pela inflação desde 2016

     Moedas de real (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)

BRASÍLIA (Reuters) - A greve da Receita Federal por reajuste salarial está emperrando os esforços do governo para aumentar a arrecadação por meio de transações tributárias, afirmou o sindicato dos servidores, com quase 15 bilhões de reais pendentes no ano passado devido à paralisação.

O Sindifisco Nacional (Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal) disse à Reuters que os recursos não serão destinados aos cofres públicos até que a greve seja resolvida.

O sindicato demanda reajuste salarial pela inflação desde 2016, período em que o avanço acumulado do IPCA superou 50%.

No entanto, o Ministério da Gestão destacou que já havia fechado acordo com os servidores no início do ano passado, quando regulamentou um programa de bônus que aumentou a remuneração total para cargos no topo da carreira para até 42.700 reais mensais.

"Tendo em vista que já houve acordo em 2024, não há previsão de novas negociações com a categoria", afirmou o ministério.

De acordo com o Sindifisco Nacional, 14,6 bilhões de reais em transações tributárias estavam em fase final de conclusão no final do ano passado, mas permanecem travados devido à greve iniciada no fim de novembro.

O montante supera os 13 bilhões de reais que o governo arrecadou em todo o ano de 2024 com uma mudança na tributação de fundos de investimento fechados, uma medida que enfrentou dificuldades para ser aprovada no Congresso e que buscava reduzir benefícios para os mais ricos.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que conta fortemente com o aumento da arrecadação para melhorar as contas públicas, projetou 31 bilhões de reais em transações tributárias no projeto de lei orçamentária deste ano, que ainda precisa de aprovação do Congresso.

A meta tem sido encarada com ceticismo, uma vez que uma projeção de igual valor foi feita para 2024, mas o governo terminou o ano arrecadando apenas uma fração do total -- 5,4 bilhões de reais.

O cenário aprofunda as incertezas fiscais em um momento de aumento dos riscos externos devido às políticas comerciais de Donald Trump e de desaceleração do crescimento econômico doméstico sob a política monetária restritiva.

"Os auditores fiscais têm pressa para retornarem ao trabalho, pois são evidentes os impactos na economia brasileira e não queremos que mais externalidades negativas ocorram," disse o presidente do sindicato, Dão Real.

"Mas esperamos mais empenho do Ministério da Fazenda para pressionar o Ministério da Gestão e da Inovação a cumprir o que foi acordado com o Sindifisco Nacional e negociar a recomposição das perdas acumuladas."

O Ministério da Fazenda não respondeu a um pedido imediato de comentário, enquanto a Receita Federal afirmou que não comentaria a greve.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

VÍDEO – Lula “leva a sério” candidatura de Gusttavo Lima, diz ministro

 

O presidente Lula e o cantor bolsonarista Gusttavo Lima. Foto: Reprodução
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o presidente Lula “leva a sério” a candidatura do cantor bolsonarista Gusttavo Lima. Em conversa com jornalistas, ele ainda comentou os resultados da pesquisa Quaest divulgada nesta segunda (3).

“Eu levo a sério a candidatura de todo mundo. Tem que se filiar a um partido, participar da política. Não faço chacota de qualquer candidatura, até de candidato a presidente inelegível a gente leva a sério”, afirmou Padilha.

O levantamento mostrou que o artista deve ser o principal adversário do presidente em 2026. Segundo o Quaest, o sertanejo tem 35% das intenções de voto, enquanto Lula aparece com 41% num eventual segundo turno.

“Agora, a nossa maior seriedade é no esforço de colocar o Brasil no rumo, como nós estamos fazendo, e o presidente vai chegar muito forte em 2026, pronto para defender o governo”, prosseguiu o ministro.


A pesquisa ainda mostrou que Lula vence todos os adversários da oposição no primeiro e segundo turno da disputa pela presidência em 2026, derrotando os bolsonaristas Gusttavo Lima, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Pablo Marçal (PRTB) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

“Zero surpresa o presidente Lula ser favorito em pesquisa eleitoral. Só não sabe disso quem não está compreendendo o processo eleitoral no Brasil. Tenho certeza que o presidente Lula vai chegar com muita saúde, muito apetite e muito forte em 2026 para continuar defendendo esse projeto”, completou Padilha.

Fonte: DCM

Bolsonaro reclama de “traições” e aliados brigam após eleição na Câmara

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
O ex-presidente Jair Bolsonaro têm reclamado de “traições” de parlamentares aliados após a votação para a presidência da Câmara dos Deputados. Ele apoia a candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) e o bolsonarista Marcel Van Hattem (Novo-RS) recebeu 33 votos.

Segundo a coluna de Paulo Cappelli no Metrópoles, Bolsonaro acredita que a maioria dos votos obtidos por Van Hattem seja resultado de “deserções” do PL, já que o Novo tem apenas quatro parlamentares na legislatura atual. A eleição para o comando da Câmara tem o sistema de votação secreta.

Os votos de Van Hattem geraram um racha entre parlamentares que se dizem “intransigentes” com o Centrão e uma ala que busca diálogo com o centro.

Os deputados federais Hugo Motta (Republicanos-PB) e Marcel Van Hattem (Novo-SP). Foto: Reprodução

Motta foi eleito presidente da Câmara no último sábado (1º) e ficará no posto até 2027. Ele é o mais jovem a ocupar o posto e obteve 444 votos no total, contando com o apoio de 18 partidos, que incluem do PL ao PT, sigla do presidente Lula.

A votação gerou brigas públicas nas redes. Ricardo Salles (Novo-SP) celebrou os votos recebidos por Van Hattem e afirmou que eles “representam os valores da direita liberal conservadora”. Mario Frias (PL-SP) afirmou que ele e outros parlamentares criaram um “teatro” para “desgastar Bolsonaro” e garantir votos em 2026.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, afirma que houve uma “divisão da direita” na votação e criticou Van Hattem e os que votaram nele: “A troco de quê? De dar palanque para vocês tentarem se turbinar para as próximas eleições?”.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

Lula aprova aposentadoria aos 55 anos; saiba quem pode ser beneficiado

 

Lula, presidente do Brasil. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Os assalariados brasileiros expostos a condições de risco no ambiente de trabalho lidam com a possibilidade de se aposentar aos 55 anos de idade. Aprovada pelo governo Lula (PT) em 2024, a implementação do Projeto de Lei 42/2023 depende da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família (CPASF) da Câmara dos Deputados para ser oficializada.

O projeto tende a dar novas regras à aposentadoria especial, tornando o sistema previdenciário mais justo e acessível para aqueles que enfrentaram perigos à saúde durante sua vida profissional, segundo a revista Isto É.

A aposentadoria especial é um benefício concedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a trabalhadores que atuam em ambientes insalubres ou perigosos, como exposição a agentes químicos, físicos ou biológicos. O objetivo é garantir mais qualidade de vida e bem-estar para esses profissionais, que muitas vezes têm sua saúde comprometida devido às condições de trabalho.

☉ Quem poderá se aposentar aos 55 anos?

Para ter direito à aposentadoria especial aos 55 anos em 2025, é necessário comprovar pelo menos 15 anos de contribuição ao INSS em atividades expostas a “agentes nocivos”. Entre as profissões que se enquadram nessa categoria estão:

– Técnicos de enfermagem;
– Motoristas de ônibus;
– Operadores de câmara frigorífica;
– Eletricistas;
– Vigilantes ou seguranças armados;
– Soldadores, entre outros.

Além disso, o trabalhador precisa apresentar documentos que comprovem a exposição a riscos, como o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) e o Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT).

Prédio da Previdência Social e do INSS. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

☉ Outras modalidades da aposentadoria especial

Além da aposentadoria aos 55 anos, existem outras modalidades para quem trabalhou em condições de risco:

– 58 anos de idade com 20 anos de contribuição;
– 60 anos de idade com 25 anos de contribuição.

Essas opções permitem que o trabalhador escolha a melhor alternativa de acordo com seu tempo de contribuição e idade.

☉ Como solicitar a aposentadoria especial?

O pedido pode ser feito de forma online pelo portal “MEU INSS”, seguindo os passos abaixo:

1. Acesse o site e selecione a opção “Aposentadoria por Tempo de Contribuição”;
2. Anexe os documentos necessários, como RG, CPF, Carteira de Trabalho, PPP e LTCAT;
3. Envie a solicitação e acompanhe o andamento pela plataforma.

É fundamental que o trabalhador tenha toda a documentação em mãos para agilizar o processo e evitar transtornos.

Fonte: DCM

VÍDEO – Bolsonaristas sentem o golpe e criam boné em resposta a aliados de Lula

 

O deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ) com boné em resposta aos governistas. Foto: reprodução

A abertura do ano legislativo no Congresso Nacional, nesta segunda-feira (3), foi marcada por uma troca de provocações entre parlamentares do governo Lula e da oposição, com bonés personalizados virando o centro das atenções.

Dois dias após ministros e aliados petistas usarem bonés azuis com a frase “O Brasil é dos brasileiros”, deputados bolsonaristas apareceram na sessão com bonés verde-amarelos estampando “Comida barata de novo/Bolsonaro 2026”.

A ação foi liderada pelo novo líder do PL, Sóstones Cavalcante (RJ), que prometeu “guerra” ao governo. No sábado (1º), durante a eleição para as presidências da Câmara e do Senado, ministros de Lula e parlamentares petistas usaram os bonés azuis criticados pelos bolsonaristas.

A ideia partiu do novo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira, e foi interpretada como uma resposta ao icônico boné vermelho de Donald Trump, que carrega a frase “Make America Great Again” (Faça a América grande novamente, em tradução livre).

O acessório foi usado por figuras como o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o ministro da Educação, Camilo Santana. Padilha defendeu o boné em um vídeo nas redes sociais, afirmando que ele “exalta o povo brasileiro” e rejeitando acusações de que seria uma ofensa a Trump.

“Vivi para ver um boné, este boné, que exalta o Brasil, ser acusado por pretensos patriotas de ser uma ofensa a um dirigente de outro país”, disse.

“O Brasil é dos brasileiros”, diz frase em boné usado por aliados de Lula no Congresso. Foto: reprodução

A oposição não demorou a reagir. Na sessão de abertura do ano legislativo, deputados do PL apareceram com bonés verde-amarelos com a frase “Comida barata de novo/Bolsonaro 2026”.

O boné faz referência ao slogan “Comida barata de novo”, usado por Jair Bolsonaro durante seu governo, e também sinaliza o apoio à possível candidatura do ex-presidente em 2026.

No sábado, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, foi um dos primeiros a criticar os bonés azuis, acusando os ministros de Lula de usarem acessórios contra o presidente dos EUA. “Ministros de Lula usam boné anti-Trump no Congresso brasileiro. Ideia foi validada pelo secretário de comunicação de Lula”, escreveu o parlamentar no X, antigo Twitter.

Já os apoiadores do governo defenderam o boné azul como um símbolo de soberania nacional. Randolfe Rodrigues, líder do governo no Senado, afirmou que a frase estampada no adereço representa a defesa da independência e da riqueza do país.

Fonte: DCM

Protestos irrompem na Alemanha contra propostas anti-imigração dos conservadores em aliança com a extrema direita

No entanto, o líder dos conservadores e favorito nas eleições, Friedrich Merz disse que não irá colaborar com a AfD

Pessoas marcham durante um protesto contra os planos de migração do líder do partido CDU e principal candidato a chanceler, Friedrich Merz, e do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), em Berlim, Alemanha, 2 de fevereiro de 2025 (Foto: REUTERS/Annegret Hilse)

Protestos tomaram as ruas de várias cidades da Alemanha no domingo (2) contra uma proposta apresentada no parlamento para endurecer o controle migratório do país.

A proposta não vinculativa, aprovada pelos partidos União Democrata-Cristã (CDU) e União Social-Cristã (CSU), recebeu apoio da extrema direita, representada pelo partido Alternativa para a Alemanha (AfD).

Cerca de 200 mil pessoas se reuniram na capital, Berlim, enquanto 15 mil protestaram em Saarbrucken e 14 mil em Kiel contra a iniciativa anti-imigração irregular, segundo informações da agência Anadolu.

No sábado, dezenas de milhares de pessoas também tomaram as ruas de outras cidades alemãs, como Hamburgo, Stuttgart e Leipzig.

Friedrich Merz, líder dos conservadores e cotado para se tornar o próximo chanceler da Alemanha após as eleições nacionais marcadas para 23 de fevereiro, apoiou o projeto de lei.

No entanto, ele afirmou nesta segunda-feira (3) que nunca irá colaborar com a AfD.

"Podemos garantir uma coisa: não colaboraremos com o partido que se autodenomina Alternativa para a Alemanha, nem antes nem depois. Nunca", declarou no congresso da CDU. 

Fonte: Brasil2 47 com agências