sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Detran-PR estabelece digitalização de processos de veículos por despachantes

Atualmente, cerca de 30 serviços podem ser realizados por meio de despachantes no Paraná. Entre as vantagens estão a realização do serviço em qualquer dia da semana e atendimento mais personalizado dos despachantes.
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Detran-PR estabelece digitalização de processos de veículos por despachantes
Foto: Albari Rosa/Arquivo AEN

O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) implementou mais uma medida de modernização dos trâmites referentes a veículos no Estado. Todos os documentos de processos feitos por despachantes deverão ser digitalizados e inseridos diretamente no sistema do Detran-PR, substituindo totalmente os documentos físicos.

A nova medida é resultado de uma Ordem de Serviço (nº 001/2025), publicada no Diário Oficial, e visa garantir agilidade e transparência nos serviços prestados à população. Os despachantes terão um prazo de 120 dias para se adequarem ao novo processo.

Outra novidade é que os despachantes serão responsáveis pelos mecanismos de proteção da documentação digitalizada, que já vigora para os processos físicos, ou seja, continuarão responsáveis pela posse dos documentos e pelo processo como um todo, oferecendo maior proteção tanto para os profissionais quanto para os cidadãos envolvidos nos serviços de trânsito. Isso inclui também os cuidados relativos à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Atualmente, cerca de 30 serviços podem ser realizados por meio de despachantes no Paraná, desde primeiro emplacamento, transferência de propriedade de veículos, segunda via do Certificado de Registro de Veículos (CRV), comunicação de venda, vistoria, emissão de certidões e baixa de veículos, entre outros.

São 1,2 mil despachantes habilitados regularmente junto ao Detran para exercício em diversos municípios do Estado, aproximando os serviços relativos ao trânsito para todas as regiões. É também uma forma de oferecer um atendimento mais personalizado às necessidades do cidadão, com o despachante podendo ir até o cliente para realizar uma vistoria, por exemplo.

Outra vantagem é que o serviço pode ser realizado em qualquer dia da semana. Em um feirão de vendas que ocorre em um sábado ou domingo, por exemplo, o despachante pode realizar todas as transferências no mesmo dia, reduzindo a burocracia e facilitando o processo tanto para o vendedor quanto para o comprador.

“Esta nova medida traz benefícios como a redução de custos com o armazenamento físico de documentos e maior segurança no tratamento das informações. Além disso, o sistema digitalizado permitirá que os processos sejam localizados de forma mais rápida”, explicou o diretor-presidente do Detran-PR, Adriano Furtado.

Ele apresentou os novos procedimentos nesta semana ao vice-governador Darci Piana e representantes do Sindicato dos Despachantes Documentalistas do Paraná (Sindepar) e do Conselho Regional dos Despachantes Documentalistas do Paraná (CRDD-PR).

“Este é um momento muito importante para a categoria dos despachantes, pois traz avanços significativos na prestação de seus serviços e possibilita um atendimento ainda mais qualificado para a população paranaense”, disse o presidente do CRDD-PR, Douglas Bienert.

Outra vantagem é a redução de tempo e de espaço. Hoje, todos os processos feitos pelos despachantes são mantidos em arquivos físicos pelo Detran-PR, pelo prazo mínimo de cinco anos.

Com a implementação da digitalização, além de acabar com a necessidade de armazenamento físico, o documento digital estará a poucos cliques no sistema, ao contrário do que ocorre atualmente, em que se pode levar até três dias para encontrar a cópia de um documento.

Os despachantes também serão beneficiados, sobretudo aqueles mais distantes das unidades do Detran, que não vão mais precisar se deslocar para entregar os documentos, o que reduz os gastos de transporte e otimiza tempo.

O presidente do Sindepar, Marcos dos Santos Junior, reforça os benefícios da digitalização. “Trará ainda mais agilidade aos processos na área de veículos. Sem dúvidas, este é um avanço importante e demonstra a preocupação do Detran-PR e dos despachantes paranaenses em aprimorarem seus procedimentos, visando melhor atender o cidadão paranaense”, ressaltou.

Fonte: Agência Estadual de Notícias (AEN)

Calendário do IPVA 2025: vencimento para veículos com final 1 e 2 é nesta sexta

Este é o prazo máximo tanto para efetuar o pagamento em parcela única com desconto de 6%, quanto para optar pelo parcelamento em cinco vezes sem juros. A nova data foi estabelecida no início da semana após a Secretaria de Estado da Fazenda e a Receita Estadual decidirem pelo adiamento dos prazos.

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IPVA
Foto: Ari Dias/AEN

Começa nesta sexta-feira (24) o calendário de pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2025 para veículos com final de placa 1 e 2. Este é o prazo máximo tanto para efetuar o pagamento em parcela única com desconto de 6%, quanto para optar pelo parcelamento em cinco vezes sem juros.

A nova data foi estabelecida no início da semana após a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e a Receita Estadual decidirem pelo adiamento dos prazos. O sistema de recolhimento do imposto passou por instabilidades na segunda-feira e, para garantir que nenhum motorista fosse prejudicado, optou-se por postergar o calendário. A plataforma já funciona normalmente.

Com isso, todos os proprietários tiveram alguns dias a mais para pagar o IPVA 2025. Assim, o cronograma está disposto da seguinte forma, de acordo com o final da placa do veículo:

● Finais 1 e 2: 24/01/2025

● Finais 3 e 4: 27/01/2025

● Finais 5 e 6: 28/01/2025

● Finais 7 e 8: 29/01/2025

● Finais 9 e 0: 30/01/2025

O novo calendário, porém, não altera as datas de vencimento das demais parcelas, de fevereiro a maio. Nesse caso, os prazos divulgados anteriormente continuam os mesmos.

São eles:

● Finais 1 e 2: 20/02, 20/03, 22/04, 20/05

● Finais 3 e 4: 21/02, 21/03, 23/04, 21/05

● Finais 5 e 6: 24/02, 24/03, 24/04, 22/05

● Finais 7 e 8: 25/02, 25/03, 25/04, 23/05

● Finais 9 e 0: 26/02, 26/03, 28/04, 26/05

COMO PAGAR – Os contribuintes do Paraná devem gerar as guias de recolhimento (GR-PR) para pagamento por meio dos canais oficiais. Elas devem ser emitidas pelo Portal do IPVA ou o Portal de Pagamentos de Tributos.

Também é possível emitir as guias pelo aplicativo serviços Rápidos, da Receita Estadual, disponível para iOS e Android.

O pagamento em cota única garante 6% de desconto sobre o valor total do imposto. Também é possível parcelar o IPVA 2025 em cinco vezes sem juros diretamente pela plataforma.

CUIDADO COM GOLPES – Além disso, a Receita Estadual reforça mais uma vez os cuidados com golpes envolvendo o IPVA. O pedido é para que os paranaenses redobrem os cuidados na hora de fazer o pagamento, já que a quantidade de páginas fraudulentas também aumenta nesta época do ano.

A recomendação é que o contribuinte acesse diretamente os canais oficiais, evitando clicar em links enviados por e-mail ou mensagens. Também é aconselhado evitar plataformas de buscas, já que muitos sites falsos se aproveitam de ferramentas de impulsionamento para aparecerem nos primeiros resultados. Ao acessar uma página, o ideal é sempre garantir que ele termine com a extensão “.pr.gov.br”.

Outra dica importante é sempre conferir o destinatário do pagamento, seja pela guia quanto no pagamento via pix. No caso, a informação que deve constar é sempre “Governo do Paraná Secretaria de Estado da Fazenda”.

IPVA 2025 – IPVA é a segunda maior fonte de arrecadação do Estado, atrás apenas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). No Paraná, a alíquota é de 3,5% sobre o valor venal de carros e motos em geral, e de 1% para ônibus, caminhões, veículos de aluguel, utilitários de carga ou movidos a gás natural veicular (GNV).

Para 2025, a Receita Estadual lançou um total de R$ 6,78 bilhões sobre uma frota tributável de mais de 4 milhões de veículos. Pela legislação, metade do valor arrecadado com o imposto é repassado aos municípios de emplacamento e o restante é usado pelo Estado para o financiamento de obras e custeio de atividades das áreas de saúde, educação e segurança pública.

A inadimplência com o tributo impede a emissão do Certificado e Licenciamento do Registro do Veículo (CRLV), documento de uso obrigatório para circulação. Trafegar sem ele implica em multa pelas autoridades de trânsito e na retenção do veículo até a regularização da pendência.

O não pagamento do IPVA também impossibilita a transferência de propriedade do veículo, além de restringir a obtenção de Certidão Negativa de Tributos junto à Receita Estadual.

Fonte: Agência Estadual de Notícias (AEN)

Trump acelera política anti-imigração e prende mais de 500 imigrantes em menos de uma semana de governo

Gestão republicana endurece medidas e gera críticas internacionais por violações a direitos humanos

Imigrantes na fronteira dos EUA (Foto: Reuters)

Desde a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, na segunda-feira (20), o governo afirmou ter detido 538 imigrantes em situação irregular, muitos deles descritos como criminosos. A Casa Branca anunciou os números por meio da rede social X (antigo Twitter), destacando que centenas de detidos já foram deportados em aviões militares. A informação é da AFP e foi repercutida pela Folha de S. Paulo.

Apesar do tom duro da administração, não está claro se todos os detidos foram condenados por crimes ou se incluem apenas acusados. Os casos destacados pelo governo incluem um dominicano condenado por abuso sexual de menor e um equatoriano sentenciado por estupro. No entanto, a falta de transparência sobre a natureza das prisões e a legalidade das deportações gerou reações de organizações internacionais.

Trump fez da retórica anti-imigração uma de suas principais bandeiras de campanha e, nos primeiros dias de mandato, colocou em prática medidas controversas. Entre elas, estão a suspensão da concessão automática de cidadania a filhos de imigrantes nascidos nos EUA e a declaração de "emergência nacional" na fronteira com o México. Ambas as iniciativas são questionadas por especialistas legais. A suspensão da cidadania contraria a 14ª Emenda da Constituição dos EUA, que garante a cidadania a todos os nascidos em solo americano. Já a restrição à entrada de refugiados viola o Código Federal, que assegura o direito de qualquer estrangeiro de solicitar asilo.

A porta-voz da ONU para direitos humanos, Ravina Shamdasani, criticou publicamente as ações na sexta-feira (24). "Todos os Estados têm o direito de exercer sua jurisdição em suas fronteiras internacionais, [mas] devem fazê-lo em conformidade com suas obrigações".

A administração republicana também começou a desmantelar iniciativas criadas pelo governo Joe Biden para reduzir a imigração ilegal. Um memorando interno revelou que agentes do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE) receberam poder para deportar imigrantes que haviam obtido vistos temporários por meio de dois programas específicos.

Esses programas permitiam que cidadãos de países como Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela residissem nos EUA por até dois anos ou utilizassem um aplicativo, o CBP One, para formalizar pedidos de asilo antes de cruzarem a fronteira. Desde 2023, cerca de 1,4 milhão de migrantes ingressaram no país por essas vias. Trump, no entanto, acredita que esses programas nunca foram legais.

Repercussões e processos judiciais - As novas medidas de Trump foram rapidamente desafiadas na Justiça. A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) entrou com um processo contra o governo, argumentando que as ações violam a legislação federal. A organização destacou o impacto negativo das mudanças para milhares de famílias e a necessidade de uma revisão urgente das políticas.

Em paralelo, Ras Baraka, prefeito de Newark, Nova Jersey, acusou agentes do ICE de invadir um estabelecimento local e deter moradores sem apresentar uma ordem judicial.

Enquanto isso, o Congresso, sob controle republicano, aprovou uma lei que amplia a prisão preventiva de estrangeiros suspeitos de crimes, endurecendo ainda mais o tratamento dado a imigrantes.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Certidão de óbito de Rubens Paiva é corrigida e aponta responsabilidade do Estado na ditadura

Documento reconhece morte violenta causada pelo regime militar

Certidão de óbito de Rubens Paiva retificada emitida pelo Cartório da Sé em São Paulo (Foto: Reprodução)

A certidão de óbito de Rubens Paiva, ex-deputado federal desaparecido durante a ditadura militar brasileira, foi oficialmente corrigida para reconhecer que sua morte foi causada de forma violenta pelo Estado brasileiro no contexto da repressão política. A alteração atende a uma determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), emitida em dezembro de 2024, que obriga os cartórios a revisarem documentos de pessoas mortas e desaparecidas políticas. A informação foi revelada pela TV Globo e confirmada pela Folha de S. Paulo.

Na nova versão, o documento descreve a causa da morte como "não natural; violenta; causada pelo Estado brasileiro no contexto da perseguição sistemática à população identificada como dissidente política do regime ditatorial instaurado em 1964". Até então, a certidão emitida pelo cartório da Sé, em São Paulo, limitava-se a declarar que Rubens Paiva estava desaparecido desde 1971, sem qualquer menção às circunstâncias ou à responsabilidade do regime militar.

A correção representa um marco na luta pela memória e pela verdade, tema central na obra cinematográfica "Ainda estou aqui", dirigida por Walter Salles e baseada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho do ex-deputado. O filme, protagonizado por Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro, retrata a história de Eunice Paiva, mãe de Marcelo, e a busca da família por respostas após o desaparecimento de Rubens Paiva.

O longa brasileiro tem ganhado destaque internacional. Na quinta-feira (23), Fernanda Torres foi indicada ao Oscar de melhor atriz pelo papel no filme, que também concorre nas categorias de melhor filme e melhor filme internacional. A indicação reforça a relevância do tema abordado e mantém viva a memória das vítimas da ditadura militar, além de reacender debates sobre justiça e reparação histórica.

Fonte: Brasil 247 com informações da TV Globo e Folha de S. Paulo

Decisão de Dino fez Rei do Lixo fretar avião às pressas para Brasília

A operação Overclean se consolida como uma peça-chave para desvendar lacunas nas investigações conduzidas pelo ministro Flávio Dino
Flávio Dino (Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF)

A operação Overclean se consolida como uma peça-chave para desvendar lacunas nas investigações conduzidas pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), relacionadas à liberação de emendas parlamentares. Segundo apuração publicada pelo portal Metrópoles, enquanto Dino prioriza a análise de critérios de transparência e rastreabilidade dessas emendas, a Overclean expõe como os recursos foram utilizados, desviados e vinculados a fraudes em contratos e obras públicas.

A integração entre os casos foi defendida pela Polícia Federal (PF) ao solicitar que a relatoria da operação permanecesse sob a responsabilidade de Flávio Dino. No centro das ações está a decisão de Dino de estabelecer critérios rigorosos para a liberação das emendas, o que teria levado grupos criminosos a ajustarem suas estratégias. Uma dessas reações foi monitorada pela PF e resultou na apreensão de mais de R$ 1,5 milhão em espécie e documentos que apontam para um esquema bilionário de corrupção.

◎ O papel de Marcos Moura e o fretamento emergencial

Uma das principais figuras na investigação é Marcos Moura, conhecido como o “Rei do Lixo”, acusado de articular um fretamento de última hora de uma aeronave privada logo após a liberação das emendas parlamentares com os novos critérios de transparência. Segundo o depoimento do piloto do avião, o voo foi organizado de forma emergencial. “Recebi a ligação de Marcos Moura, solicitando o serviço com urgência, ajustando todos os detalhes de logística em menos de 24 horas. Não me informaram o motivo específico, apenas que era uma viagem crucial”, revelou.

No dia 3 de dezembro de 2024, Alex Rezende Parente e Lucas Lobão, também investigados por lavagem de dinheiro e corrupção, embarcaram em Salvador com três malas e duas mochilas contendo R$ 1,5 milhão em espécie. De acordo com a PF, o montante seria utilizado para influenciar parlamentares a “flexibilizarem” os critérios de transparência determinados por Flávio Dino.

◎ Ação da PF e apreensões

A apreensão ocorreu no Aeroporto Internacional de Brasília, onde agentes confiscaram, além do dinheiro em espécie, uma planilha detalhando contratos suspeitos que somam mais de R$ 200 milhões. Um dos documentos cita explicitamente “MM”, possivelmente uma referência a Marcos Moura.

Durante os depoimentos, Alex Parente alegou que o dinheiro era proveniente de vendas acumuladas em um cofre empresarial, enquanto Lucas Lobão afirmou não ter conhecimento sobre o valor transportado. As versões conflitantes reforçaram as suspeitas da PF.

◎ Cronologia dos acontecimentos

2 de dezembro de 2024 — Liberação de emendas com novos critérios

    ● O ministro Flávio Dino aprova a liberação de emendas parlamentares após a implementação de critérios rigorosos de transparência e rastreabilidade.

3 de dezembro de 2024 — Ação da PF e apreensão

    ● A Polícia Federal apreende R$ 1,5 milhão em espécie, além de uma planilha com contratos suspeitos no valor de R$ 200 milhões.

23 de dezembro de 2024 — Suspensão de emendas

    ● Dino suspende o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas devido à falta de transparência nos repasses denunciada pelo PSOL. Ele determina ainda a abertura de auditoria pela Controladoria-Geral da União (CGU) e a instauração de inquérito pela PF.

◎ Implicações e próximos passos

A operação Overclean destaca a complexidade e o alcance dos esquemas de corrupção envolvendo recursos públicos. A integração das investigações conduzidas pelo STF e pela PF promete esclarecer a participação de lideranças políticas e empresariais, como Marcos Moura, em desvios bilionários. A decisão sobre a relatoria do caso segue sob análise, com expectativas de que Dino continue liderando as investigações para garantir avanços no combate à corrupção.

Fonte: Brasil 247

Ex-aliada confirma ordens de Anderson Torres para blitze contra eleitores de Lula: 'todo mundo na rua'

PF aponta tentativa de Anderson Torres de influenciar resultados no Nordeste durante o segundo turno de 2022

Anderson Torres na CPMI dos Atos Golpistas (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado )

A ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar, revelou em depoimento à Polícia Federal (PF) que o então ministro Anderson Torres ordenou mudanças no planejamento de segurança para o segundo turno da eleição presidencial de 2022. As declarações, obtidas por Aguirre Talento, do UOL, reforçam as suspeitas de interferência eleitoral em favor de Jair Bolsonaro (PL). Torres, segundo Marília, determinou o aumento ostensivo de policiamento em locais estratégicos, especialmente na Bahia, estado onde o presidente Lula (PT) teve forte desempenho eleitoral.

No relatório final da investigação enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF indiciou Anderson Torres pelo crime de restringir ou dificultar o voto de eleitores, apontando atos de violência política nas ordens de aumentar o efetivo policial em áreas próximas às sessões eleitorais. A investigação concluiu que as ações careciam de fundamento técnico e tinham como base notícias falsas sobre crimes eleitorais.

Ordens polêmicas e tentativa de mudança no planejamento - Marília, delegada de carreira da PF, relatou que Torres realizou uma reunião após o primeiro turno da eleição com integrantes do ministério e diretores da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Durante o encontro, o ministro determinou o aumento do efetivo nas ruas para o segundo turno. “E aí o ministro falou, não, mas tem que aumentar o efetivo, tem que ser 100%, eu quero todo mundo na rua”, declarou Marília à PF.

Ainda segundo o depoimento, Torres criticou o planejamento da PF, que concentrava a maior parte das equipes nas capitais, e pediu a elaboração de um novo plano, focado em áreas específicas. Em um dos momentos destacados, Torres solicitou informações detalhadas sobre a distribuição de agentes na Bahia.

Suspeitas de interferência eleitoral no Nordeste - As ações determinadas por Torres levantaram suspeitas na corporação, uma vez que a Polícia Federal não realiza policiamento ostensivo. A PF classificou as ordens como tentativa de direcionar o trabalho das forças policiais para intimidar eleitores em regiões onde Bolsonaro enfrentava rejeição significativa. A Bahia, estado prioritário no planejamento do ministro, era um dos maiores redutos eleitorais de Lula.

Além disso, Marília revelou que Torres chegou a visitar a Superintendência da PF na Bahia antes do segundo turno e pediu diretamente a ela cópias de documentos sobre o planejamento no estado. "Teve várias testemunhas sobre isso. Eu não vejo lógica de fazer isso sem uma determinação do ministro", enfatizou a ex-diretora.

Blitze rodoviárias e conexão com o plano de golpe - Os desdobramentos da investigação apontaram vínculos entre o plano de interferência eleitoral e as operações da PRF no Nordeste. A corporação é acusada de realizar blitze ostensivas no dia da votação para atrasar ou impedir o acesso de eleitores às urnas. O inquérito também destacou ligações entre a atuação policial nas rodovias e o suposto plano de golpe articulado por aliados de Bolsonaro.

Torres, em seu depoimento à PF, negou as acusações e afirmou que o novo planejamento foi elaborado sem seu conhecimento, por iniciativa de subordinados. Marília, por outro lado, rebateu a versão de seu ex-chefe e reafirmou que as ordens partiram diretamente dele. "Tanto é que ele foi à Bahia, e pediu para ser mandado o planejamento lá naquele momento para o superintendente", destacou.

Relatório final e possíveis desdobramentos - No relatório enviado ao STF, a PF concluiu que Anderson Torres “promoveu o direcionamento de forças policiais” de forma coordenada para atuar ostensivamente em áreas estratégicas, sem justificativa técnica, mas com claro objetivo eleitoral. A investigação ainda apontou que Torres utilizou recursos do orçamento federal para viabilizar suas ações.

A defesa de Torres afirmou que irá se manifestar somente após a análise do relatório final.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Trump defende corte de juros e diz entender mais de política monetária que membros do Fed

"Com os preços do petróleo caindo, exigirei que as taxas de juros caiam imediatamente, e elas também deveriam cair em todo o mundo", afirmou

Trump discursa via vídeo no Fórum Econômico Mundial, em Davos - 23/01/2025 (Foto: REUTERS/Yves Herman)

Reuters – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira querer que o Federal Reserve corte os juros, em um momento no qual o banco central norte-americano congelou a taxa básica por tempo indeterminado, e afirmou entender mais de política monetária do que os responsáveis por ela.

"Com os preços do petróleo caindo, exigirei que as taxas de juros caiam imediatamente, e elas também deveriam cair em todo o mundo", defendeu Trump nesta quinta-feira, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Em evento da Casa Branca após o comentário no fórum, Trump afirmou achar que entende "muito mais sobre taxa de juros do que eles, e acho que entendo muito mais do que aquele a cargo de tomar essa decisão”, em aparente referência ao presidente do Banco Central, Jerome Powell.

Em seu primeiro mandato, Trump foi o responsável pela indicação de Powell.

O comentário de Trump ocorre cinco dias antes da primeira reunião do Fed sob sua Presidência, marcada para os dias 28 e 29 de janeiro. Há uma ampla expectativa de que o Fed mantenha a taxa de juros. O Fed cortou pela última vez sua taxa em dezembro, em 25 pontos-base, levando-a para a banda de 4,25% a 4,5%.

Em 2024, o Fed baixou a taxa de juros em um ponto percentual, em meio a um cenário de abrandamento da pressão inflacionária e uma impressão, entre as autoridades do Fed, de que a política monetária deveria exercer menos restrições à economia. O encontro de dezembro do Fed também reduziu as expectativas de cortes em 2025, por causa de níveis de inflação mais altos e a previsão de um crescimento um pouco mais robusto nos EUA.

Várias autoridades do Fed, incluindo o próprio Powell, expressaram a necessidade de cautela na queda do juro, em razão da persistente inflação. As propostas de Trump foram levadas em consideração nas previsões emitidas no encontro de dezembro. Baixar os juros com a inflação acima da meta de 2% pode piorar a pressão sobre os preços.

“O panorama econômico permanece muito incerto, especialmente sobre as políticas fiscal, comercial, imigratória e regulatória potenciais”, afirmou o presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, na semana passada. “Assim, nossas decisões nas ações da política monetária futura seguirão embasadas na totalidade dos dados, na evolução do cenário econômico e nos riscos de atingir nossos dois mandatos.”

Segundo muitos economistas e investidores, a ameaça de Trump de impor tarifas em larga escala sobre parceiros comerciais dos Estados Unidos -- impostos de fato sobre as importações -- e a possível deportação de um grande número de imigrantes sem documentos podem reacender as pressões inflacionárias.

A dúvida para o Fed seria se o aumento de preços aconteceria de uma só vez ou teria uma vigência mais longa, exigindo assim taxas de juros mais altas.

Algumas autoridades do Fed acreditam que, em breve, haverá clareza suficiente para a redução das taxas. Citando dados recentes mais favoráveis quanto à pressão nos preços, o governador do Fed Christopher Waller disse à CNBC que "se continuarmos recebendo números como esses, é razoável pensar que cortes nas taxas podem possivelmente acontecer no primeiro semestre do ano".

Em geral, Trump foi crítico ao Fed pelo aumento da taxa de juros durante seus primeiros dois anos do mandato inicial, atacando duramente Powell. O mandato do dirigente vai até 2026. Antes de assumir o posto, Trump afirmou que não deseja removê-lo de suas funções, pois há também dúvidas quanto à legalidade de uma eventual mudança.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Imigrantes deixam lojas, plantações e prédios abandonados nos EUA e relatam perseguições: "desespero com deportação"

A tensão aumentou após o presidente autorizar operações policiais em igrejas, escolas e outros locais antes considerados seguros para imigrantes

Donald Trump (Foto: Reuters/Carlos Barria)

Na última segunda-feira (20), Donald Trump tomou posse como o 47º presidente dos Estados Unidos, iniciando seu mandato com ordens executivas que impactam diretamente a população imigrante. Entre as medidas, destacam-se o encerramento do aplicativo CBP One, voltado para imigrantes, e a deportação imediata de pessoas em situação de ilegalidade. A mudança tem gerado incerteza e medo entre a comunidade latina no país. A reportagem é do jornal O Globo.

A tensão aumentou após o presidente autorizar operações policiais em igrejas, escolas e outros locais antes considerados seguros para imigrantes indocumentados. Segundo reportagens de veículos americanos, cidades santuário também estão se mobilizando para lidar com essas ações repressivas.

● Impactos econômicos e sociais

A nova política já começa a afetar o cotidiano de diversas cidades. Vídeos publicados no TikTok, rede social que vive um renascimento nos Estados Unidos, mostram locais como restaurantes e canteiros de obras vazios. Muitos trabalhadores, temendo a deportação, optaram por não sair de casa.

Um criador de conteúdo identificado como "@migrantesmillonarios" compartilhou a realidade de um restaurante onde o único funcionário presente era o proprietário. “Quero que você veja isso. O restaurante está vazio, não há garçons, não vieram trabalhar. É a primeira vez que se veem estas coisas nos Estados Unidos e é porque as pessoas têm medo”, comentou em uma publicação.

O mesmo cenário se repete em canteiros de obras, que estão abandonados pela falta de mão de obra. “É muito triste quando a construção é interrompida, e isso se deve à falta de pessoal. Nós, migrantes, vamos fazer falta, acredite, eles vão sentir”, disse o criador de conteúdo em outro vídeo.

● "México abraça você"

Do lado mexicano, o governo se prepara para receber milhares de deportados. A iniciativa “México abraça você” busca tranquilizar os migrantes que deverão retornar ao país. Centros de acolhimento estão sendo organizados em cidades fronteiriças como Ciudad Juárez e Matamoros, com a promessa de oferecer suporte básico.

No entanto, o clima é de incerteza. Para muitos, deixar os Estados Unidos significa abandonar anos de trabalho duro e recomeçar do zero. Além disso, há preocupações de que as regras sejam endurecidas até mesmo para migrantes com green cards, ampliando o impacto das novas políticas.

● O dilema dos imigrantes indocumentados

A retórica de Trump contra os imigrantes indocumentados tem dividido opiniões no país. Muitos americanos apoiam as deportações, mas também reconhecem a importância da força de trabalho latina em setores fundamentais da economia, como construção civil e serviços.

Enquanto isso, trabalhadores como "@migrantesmillonarios" questionam o futuro. “Hoje ninguém veio trabalhar, está tudo sozinho. O que vai acontecer quando isso chegar a um mês? E não há ninguém para operar essas máquinas”, alertou.

O novo cenário reflete um início de mandato que promete ser marcado por tensões sociais e econômicas, com impactos diretos não apenas na comunidade latina, mas também na economia americana.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Haddad descarta redução de tributos para baratear alimentos e critica ‘boataria’ sobre subsídios

O Ministro da Fazenda reiterou que o governo está focado em medidas estruturais para estabilizar a economia e combater a inflação

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad 20/12/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou qualquer plano do governo para reduzir tributos com o objetivo de baratear alimentos. Segundo o ministro, a discussão sobre subsídios à cadeia alimentícia não está na pauta e não passa de “boataria” espalhada por especulações, aponta reportagem do jornal Valor Econômico.

Haddad reiterou que o governo está focado em medidas estruturais para estabilizar a economia e combater a inflação.

“Não há, em nenhum momento, uma discussão séria dentro do governo sobre reduzir tributos ou subsidiar alimentos. Essa ideia não existe, é fruto de especulações infundadas”, afirmou Haddad durante entrevista coletiva em Brasília. O ministro enfatizou que o governo está comprometido com soluções de longo prazo para os desafios econômicos, em vez de adotar medidas que poderiam ter impacto fiscal negativo sem resolver os problemas estruturais.

Haddad destacou que a prioridade do governo é a manutenção do compromisso com o ajuste fiscal e a responsabilidade nas contas públicas, sobretudo após a aprovação do novo arcabouço fiscal. Ele afirmou que iniciativas para conter a inflação, especialmente nos alimentos, estão centradas em políticas macroeconômicas e no incentivo à produção, e não em subsídios pontuais.

“Nós entendemos que a inflação de alimentos afeta diretamente a população mais vulnerável, mas as soluções precisam ser sustentáveis. Não vamos comprometer o ajuste fiscal com medidas que apenas mascaram o problema”, explicou o ministro.

Entre as medidas em estudo pelo governo, estão incentivos para a agricultura familiar, melhoria na logística de transporte e revisão de políticas de estocagem, que visam estabilizar os preços no longo prazo. O foco, segundo Haddad, é aumentar a eficiência da cadeia de produção e distribuição, reduzindo custos para os consumidores de forma estrutural.

O ministro também criticou o que chamou de tentativa de politização do debate sobre tributação e preços de alimentos. “Transformar essa questão em um discurso fácil pode gerar mais danos do que soluções. É preciso seriedade na formulação de políticas públicas”, declarou.

Em resposta, Haddad reforçou que o governo continuará avaliando formas de aliviar a pressão sobre os preços dos alimentos, mas sem comprometer a saúde financeira do país. “Nossa meta é atender às necessidades da população de forma justa e equilibrada, sempre com responsabilidade fiscal”, concluiu o ministro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor Econômico

Favorito para a presidência da Câmara, Hugo Motta seguiu o PT em 91% das votações desde o início do governo

Índice de apoio do deputado do Republicanos à pauta governista é superior ao de parlamentares historicamente aliados ao presidente e seu partido

Lula e Hugo Motta (Foto: Reprodução/X/@guimaraes13PT)

O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) é o principal nome para suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados. Segundo levantamento divulgado pela Folha de S. Paulo, Motta alinhou-se ao PT, do presidente Lula, em 91% das votações realizadas desde o início do governo atual. O índice de concordância supera até mesmo o do Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), adversário de Motta na disputa, que votou com o PT em 77% das vezes.

Apesar de ser do Psol, tradicional aliado do PT, Henrique Vieira apresenta um índice de alinhamento menor que o de Hugo Motta. Vieira concordou com o PT em 77% das votações, um percentual superior à média de sua bancada, que é de 72%, mas inferior ao de Motta. Sua posição em temas estratégicos, como a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal, foi em geral convergente com o governo, mas ele divergiu em questões pontuais, como a criação do Comitê de Modernização Fiscal.

Em algumas votações-chave, Vieira e o PT se alinharam contra Hugo Motta, como na rejeição da ampliação das reduções de alíquotas de impostos para operações imobiliárias e no apoio a medidas que retiravam despesas com ciência e tecnologia do teto de gastos.

A análise considerou votações de projetos de lei, resoluções, decretos, medidas provisórias e emendas à Constituição, entre outras. O resultado coloca Motta à frente de Erika Kokay (PT-DF), com 86% de concordância com seu próprio partido, e de outros aliados do governo, como Tabata Amaral (PSB-SP), que obteve 82%. Entre os 44 deputados do Republicanos, Motta é o quinto mais alinhado ao PT, com desempenho acima da média da legenda, que registra 83%.

Embora o Republicanos tenha apoiado Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022 e mantenha figuras de oposição como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a bancada tem demonstrado proximidade estratégica com o governo federal. A candidatura de Hugo Motta ganhou força após a desistência de Marcos Pereira, presidente do partido, em setembro de 2024, em uma articulação que envolveu membros do governo, incluindo o próprio presidente Lula.

A votação para a presidência da Câmara, marcada para 1º de fevereiro, já conta com o apoio de Antonio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União Brasil-BA), que retiraram suas candidaturas em favor de Motta. Sua capacidade de articulação e o histórico de alinhamento ao governo podem ser decisivos para consolidar seu favoritismo.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

"Simples" e "sujinha": a estética que Sidônio propõe para a comunicação presidencial

Ministro da Secom defende abordagem menos padronizada e engajamento direto da militância nas redes sociais

Lula (à esq.) e Sidônio Palmeira (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Em plenária virtual que reuniu cerca de 3,2 mil pessoas, incluindo deputados e militantes do Partido dos Trabalhadores (PT), o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, anunciou, nesta quinta-feira (23), mudanças importantes na comunicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas redes sociais. O evento, reportado pelo Globo, contou com a presença da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, do secretário Nacional de Comunicação, Jilmar Tatto, e do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias.

Durante a plenária, Sidônio enfatizou que o objetivo é adotar uma estética mais “simples”, “sujinha” e “soltinha”, em contraste com os conteúdos digitais atuais, muitas vezes descritos como “pasteurizados” e excessivamente padronizados. Segundo ele, a comunicação deve refletir a espontaneidade e a diversidade da militância e do povo brasileiro.

— Vamos mudar o formato de como o presidente se comunica nas redes. Ele tem um estilo próprio, fala com facilidade e está muito disposto a fazer diferente. Quer explicar, mostrar o que faz e divulgar as ações do governo. Para isso, é importante que vocês engajem, curtam e compartilhem tudo que for mensagem do governo — afirmou o ministro.

● Crítica à padronização e foco na emoção

Sidônio destacou que a beleza está na diversidade e no engajamento autêntico, apontando que a militância precisa se comunicar de forma natural e personalizada, sem se prender a um modelo rígido.

— A rede social gosta das coisas sujinhas, no bom sentido: aquele negócio mais soltinho, mais simples. É isso que precisamos buscar. A beleza está na diferença, na espontaneidade do povo. Comunicação não é só palavra; são gestos, olhares, entonação. Quem sabe fazer isso melhor que ninguém é o povo — ressaltou.

O ministro também analisou o desempenho da direita nas redes sociais, atribuindo parte de seu sucesso a uma estratégia coordenada e repetitiva. Ele defendeu que a esquerda pode adotar táticas semelhantes, mas com a verdade como alicerce.

— O que a direita faz que a gente não pode fazer, tirando a mentira e o ódio? Eles têm uma coisa: falam sempre do mesmo assunto, todos postam juntos, e isso gera crescimento. Podemos fazer isso de forma interessante, com a verdade.

● Convocação para a militância digital

Além de propor mudanças no estilo de comunicação, Sidônio convocou os militantes a serem ativos na defesa do governo nas redes e nos grupos sociais. Ele sugeriu que o foco seja em pautas diárias bem definidas e que as boas notícias sejam amplamente compartilhadas e discutidas.

— Se tem algo do governo, uma boa notícia, tem que curtir, comentar, compartilhar nos stories, passar no zap para os amigos, para as listas de transmissão, discutir na sua cidade. O que não faz sentido é comentar ou espalhar fake news.

A fala do ministro reflete o esforço do governo em fortalecer sua presença digital e ampliar o alcance das mensagens presidenciais, especialmente em um cenário político marcado por disputas intensas nas redes sociais.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Reunião ministerial desta sexta tem como foco medidas para baratear os alimentos

Presidente Lula cobra ações para enfrentar alta de preços e garantir comida acessível à população trabalhadora

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, em Brasília 25/10/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A alta no preço dos alimentos, que se tornou uma das principais preocupações do governo desde o início de 2024, volta ao centro das atenções em uma reunião ministerial marcada para esta sexta-feira. Segundo informações da BBC Brasil, o impacto direto no custo de vida das famílias brasileiras tem prejudicado a avaliação do governo, motivando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a intensificar esforços para reduzir os preços e assegurar comida acessível à população.

“Todo ministro sabe que o alimento está caro. É nossa tarefa garantir que o alimento chegue na mesa do povo brasileiro em condições compatíveis com o salário que ele ganha”, destacou Lula durante uma reunião ministerial anterior, em janeiro deste ano, realizada na Granja do Torto. O presidente enfatizou que, após um ano dedicado à reconstrução do país, a prioridade agora é trabalhar para diminuir o custo dos alimentos.

Devem participar do encontro desta sexta-feira os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar). Entre as pautas discutidas, estão medidas emergenciais para enfrentar a inflação de 2024, que acumulou alta de 4,83%, ultrapassando o teto da meta de 4,5%. O aumento nos preços de alimentos e bebidas, com alta acumulada de 7,69% no período, foi o maior responsável pelo índice.

● Fatores econômicos e climáticos agravam o problema

De acordo com análises apresentadas pelo Ministério da Fazenda, fatores como eventos climáticos extremos e a valorização da moeda norte-americana contribuíram para a elevação dos preços dos alimentos. Esses fatores impactaram diretamente itens voltados para exportação e produtos que dependem de insumos importados, como combustíveis, eletrônicos e alimentos.

O ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira, que assumiu o cargo recentemente, também destacou a necessidade de dialogar com a população sobre os esforços do governo para enfrentar o problema. “Alguns preços de alimentos estão mais altos, e isso se deve a vários fatores. O Ministério da Fazenda e outros setores do governo estão trabalhando intensamente nessa questão”, afirmou Palmeira.

● Plano Safra e novas estratégias para 2025

O governo aposta no Plano Safra como uma das principais ferramentas para ampliar a oferta de alimentos e reduzir os preços. Reuniões com empresários dos setores de fruticultura, proteína animal e indústria alimentícia também foram realizadas ao longo do ano passado para buscar soluções conjuntas.

Durante a campanha de 2022, Lula prometeu devolver itens como "picanha" e "cervejinha" à mesa das famílias brasileiras, simbolizando a esperança de uma vida mais digna e acessível. Agora, o governo enfrenta o desafio de transformar essa promessa em realidade, num cenário que exige criatividade, diálogo com os diversos setores da economia e ações integradas.

Fonte: Brasil 247

Câmbio foi um dos fatores cruciais para alta dos alimentos, avalia governo Lula

Integrantes do governo se reúnem nesta sexta para discutir medidas para baratear os preços

(Foto: Agência Brasil )

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um diagnóstico geral da alta dos preços dos alimentos e apontou o câmbio como um dos fatores primordiais do problema, informa a CNN Brasil. Nesta sexta-feira (24), Lula se reúne com ministros para discutir medidas para baixar os preços.

Segundo o diagnóstico feito pelo governo, a inflação dos alimentos está concentrada em alguns grupos específicos, como café, soja, carne e suco de laranja, que são exportáveis. Com a alta do dólar, que bateu a casa dos R$6, exportadores passaram a considerar mais atrativa a venda para o mercado externo, reduzindo a oferta local dos produtos.

No encontro desta sexta, serão analisadas propostas específicas para conter a alta dos preços. Integrantes do governo demonstram preocupação com a popularidade de Lula por conta dos impactos da inflação, e fazem um paralelo do cenário brasileiro com os Estados Unidos. Lá, a inflação foi considerada um dos principais fatores que contribuíram para a derrota do partido Democrata nas eleições de 2024.

A equipe econômica já avalia propostas apresentadas pelo setor varejista. Uma delas pedia uma mudança no modelo de validade dos alimentos, mas foi descartada pelo Planalto por conta da repercussão negativa.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil