quinta-feira, 24 de julho de 2025

‘Vai para o xilindró sim senhor’, diz Lula sobre o ‘fujão’ Bolsonaro

Presidente critica duramente Bolsonaro e Eduardo por articulação com Trump e cobra punição judicial ao ex-mandatário

      Lula - 24/07/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Durante visita ao Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, nesta quinta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um pronunciamento incisivo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Lula classificou Bolsonaro como um “fujão” e ironizou sua postura após a derrota nas eleições de 2022. “Nem sei como aquele cara chegou a ser tenente do Exército, porque se borrou todo; perdeu as eleições e ficou dentro de casa chorando, chorando…”, declarou o presidente.

Lula destacou ainda que Bolsonaro tentou impedir sua posse por meio de articulações golpistas que, segundo ele, estão sendo apuradas pelas autoridades brasileiras: “Preparam um golpe, nós ficamos sabendo, a polícia investigou, eles mesmos se delataram, ele foi indiciado, o procurador-geral pediu a condenação dele e ele vai, sim senhor, se a Justiça decidir, com base nos autos do processo, vai para o xilindró”.

✱ Críticas a Eduardo Bolsonaro e relação com Trump - Lula também voltou a denunciar a atuação de Eduardo Bolsonaro junto ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que iniciou seu segundo mandato em 2025. O petista afirmou que o deputado atuou de forma irresponsável ao interceder por seu pai no exterior, em uma tentativa de obter apoio contra as investigações em curso no Brasil.

“O filho é deputado federal. O filho abandona o mandato de deputado, vai para os Estados Unidos e fica ‘ô Trump, solta meu pai, solta meu pai, ajuda meu pai, ajuda meu pai’. Coisa de moleque irresponsável, que na hora de falar merda na internet não tem responsabilidade”, afirmou Lula.

Segundo o presidente, esse tipo de atitude compromete a soberania nacional e afronta o respeito devido ao povo brasileiro. “Fez as merdas que fez, pague pelas merdas que fez e respeite os brasileiros”, enfatizou.

✱ “Não fugi, provei minha inocência” - No mesmo discurso, Lula relembrou o período em que esteve preso, por 580 dias, em Curitiba, e afirmou que jamais cogitou deixar o país ou buscar asilo em embaixadas, como muitos o aconselharam à época. “Quando inventaram as mazelas contra mim, quando inventaram as mentiras contra mim, massacraram não a mim, mas muita gente nesse país. [...] E eu dizia: ‘um cara que não morreu de fome até os cinco anos de idade e sobreviveu, não vai correr não. Vou provar minha inocência’”, relatou.

Ao destacar a diferença entre sua postura e a de Bolsonaro, Lula reafirmou que confia na Justiça brasileira, a qual considera independente, e reforçou que o ex-presidente deve ser responsabilizado por suas ações: “Obviamente que depende da Justiça, e no Brasil a Justiça é independente”.

Fonte: Brasil 247

Desaprovação ao governo Lula recua e aprovação sobe, aponta Ipespe

Aprovação do governo sobe a 43%, enquanto desaprovação recua a 51%; Nordeste lidera apoio ao presidente

       Lula com boné "o Brasil é dos brasileiros" (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

A mais recente pesquisa do Instituto Ipespe, divulgada nesta quinta-feira (24), revela uma melhora na percepção da população sobre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o Metrópoles, o levantamento aponta que 51% dos brasileiros desaprovam a atual gestão, uma queda de três pontos percentuais em relação aos 54% registrados em maio.

Por outro lado, a aprovação ao governo subiu de 40% para 43% no mesmo período, consolidando uma tendência de recuperação gradual da imagem da presidência junto à opinião pública. Os dados foram coletados entre os dias 19 e 22 de julho, com entrevistas realizadas com mais de 2 mil pessoas de 16 anos ou mais, em todas as regiões do país.

O Nordeste segue como o principal reduto de apoio ao presidente, com 53% de aprovação. Na outra ponta, a região Sul se mostra mais crítica, com apenas 36% de aprovação e expressivos 57% de desaprovação. No Norte, o percentual de aprovação é de 41%, seguido por 40% no Sudeste e 42% no Centro-Oeste.

A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e um intervalo de confiança de 95,45%. O instituto destaca que a variação pode ser maior dependendo do segmento demográfico analisado.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Bolsonaro fala à imprensa após ser autorizado a dar entrevistas, mas evita se alongar

“Vou ver com o advogado o que posso falar", disse Bolsonaro nesta quinta-feira

      Bolsonaro em Brasília, 18 de julho de 2025 (Foto: REUTERS/Mateus Bonomi)

Jair Bolsonaro voltou a dar declarações à imprensa nesta quinta-feira (24), mas evitou se aprofundar nas respostas. A retomada do contato com jornalistas ocorre após a autorização para conceder entrevistas, apesar das medidas cautelares que seguem em vigor contra ele.

À imprensa, o ex-presidente afirmou, na sede de seu partido, o PL, em Brasília-DF: “Vou ver com o advogado o que posso falar". A declaração foi divulgada pelo portal Metrópoles.

Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse não ter dúvida de que o ex-presidente violou a proibição de utilizar as redes sociais, mas que o episódio foi pontual e não seria o bastante para decretar a prisão preventiva.

Moraes apontou para publicação do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro na rede social Facebook, feita momentos depois de uma ida do ex-presidente ao Congresso, onde Bolsonaro mostrou a tornozeleira eletrônica que foi obrigado a usar e deu declarações à imprensa.

Moraes advertiu que "se houver novo descumprimento, a conversão será imediata" das cautelares em prisão preventiva.

Fonte: Brasil 247

Anistia haverá de ser resistida por homens públicos responsáveis, diz Rodrigo Pacheco

Senador reforçou que as instituições brasileiras “funcionam” e reagiram aos ataques antidemocráticos

       Rodrigo Pacheco (Foto: Lula Marques / Agência Brasil)

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado, criticou, nesta quinta-feira (24), os pedidos por uma anistia ampla aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro. Durante evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no interior de Minas Gerais, Pacheco afirmou que a proposta será resistida por “homens públicos responsáveis”.

"Os mesmos que negam a democracia hoje pretendem, repito, uma 'anistia ampla, geral e irrestrita', que haverá de ser resistida por cada um de nós, homens públicos responsáveis", declarou Pacheco.

A fala ocorre em meio à articulação de setores da oposição, que têm pressionado pela anistia como uma das pautas centrais para o segundo semestre legislativo.

Em discurso, o senador reforçou que as instituições brasileiras “funcionam” e reagiram aos ataques antidemocráticos em 2022 e 2023, citando o papel de universidades, sindicatos, partidos e movimentos sociais na defesa da democracia.

Fonte: Brasil 247

Réu no 8 de janeiro, delegado da PF chora no STF e culpa PMDF por omissão

Delegado também disse que foi surpreendido pela ausência de Anderson Torres, então secretário de Segurança Pública, que havia viajado para o exterior

       Delegado de Polícia Federal Fernando de Souza Oliveira (Foto: Reprodução)

O delegado da Polícia Federal Fernando de Souza Oliveira chorou ao prestar depoimento nesta quinta-feira (24), em audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), e negou qualquer participação no plano golpista que culminou nos atos de 8 de janeiro de 2023. Réu no processo, Oliveira é acusado de ter se omitido enquanto exercia o cargo de secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, órgão diretamente envolvido na resposta institucional ao ataque que depredou as sedes dos Três Poderes.

“Jamais arriscaria a minha vida profissional, a minha família, em prol de qualquer ação de qualquer pessoa que não conheço”, disse, emocionado, interrompendo a fala por diversas vezes. “Não conheço qualquer militar ou político.”

No início do depoimento, transmitido ao vivo pelos canais do STF, Oliveira buscou rebater a principal acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR): a de que teria sido omisso diante da escalada golpista. Segundo ele, houve uma ruptura por parte da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que ignorou o planejamento elaborado no Plano de Ação Integrada (PAI) — documento elaborado para proteger a Esplanada dos Ministérios.

“Não sei por que a PM não cumpriu nada que foi estabelecido no PAI”, afirmou.

De acordo com o delegado, ele próprio inspecionou, no dia 8 de janeiro, as barreiras montadas na Esplanada por volta do horário do almoço e foi tranquilizado pelo comando da PM sobre a suficiência da operação. Quando os atos violentos começaram, Oliveira afirmou ter assumido de imediato o gabinete de crise, pedido reforço e acionado o governador Ibaneis Rocha.

“Peço desesperadamente que sejam colocadas todas as tropas no Supremo Tribunal Federal e no Palácio do Planalto, porque já estavam entrando no Congresso, e eu queria ali salvar os prédios dos outros poderes”, relatou.

Ele também disse que foi surpreendido pela ausência de Anderson Torres, então secretário de Segurança Pública, que havia viajado para o exterior mesmo ciente da possibilidade de distúrbios no domingo. “Questionei sobre a viagem. Ele disse que confiava na PMDF e no plano, que julgou perfeito.”

Acusações da PGR vão além da omissão

Fernando Oliveira integra o chamado “núcleo 2” da suposta trama golpista, formado por servidores de alto escalão que teriam gerenciado ações para reverter o resultado das eleições de 2022 e manter Jair Bolsonaro no poder. Ele responde a cinco crimes: organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. As penas, somadas, podem ultrapassar 30 anos de prisão.

Além da conduta nos atos do 8 de janeiro, a PGR acusa o delegado de, quando ocupava cargo no Ministério da Justiça, ter ordenado a produção de relatórios para tentar vincular o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva ao crime organizado. Oliveira nega. Disse que entrou no ministério ainda sob gestão de André Mendonça, hoje ministro do STF, e que foi escolhido por seu perfil técnico.

Também justificou a mudança para Brasília por razões pessoais: o casal tentava ter filhos e buscava acesso a melhores tratamentos de fertilidade.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

16ª RS vai ampliar oferta de soros para casos de acidentes com animais peçonhentos

 

        Foto: Divulgação 

Em reunião convocada e realizada na manhã desta quinta-feira (24), no Auditório Araucárias, na 16ª Regional de Saúde de Apucarana, representantes dos 17 municípios da região trataram sobre o registro de muitos casos de acidentes com escorpiões, serpentes, Aranhas, lagartas, abelhas e outros. O tema também entrou em pauta, devido ao acidente com um escorpião amarelo que resultou em óbito de uma criança em Cambará, na semana passada.

O diretor da RS, Lucas Leugi, manifestou sua preocupação com o registro de muitos casos, principalmente com escorpiões, serpentes e aranhas nas cidades da região. De janeiro a julho deste ano foram notificados em Apucarana 11 acidentes com escorpiões, 12 com aranhas e 7 com serpentes; já em Arapongas foram 9 acidentes com escorpiões; e em Jandaia do Sul, 10 casos com escorpiões.

“Felizmente, não tivemos óbitos na região de Apucarana, mas é preciso que todas as equipes da saúde pública dos municípios estejam orientadas e treinadas para atuar com rapidez em situações deste tipo”, alertou Lucas Leugi.


O diretor da RS disse que, atualmente, estes tipos de soros são disponibilizados em Apucarana, Arapongas, Kaloré e São Pedro do Ivaí. “A partir de agora, vamos ampliar a oferta para mais pontos de atendimento, levando as doses de soros para cidades que ficam mais distantes, tais como Grandes Rios, Borrazópolis e Faxinal, entre outras”, cita Lucas Leugi.

Ele acrescenta que todas cidades terão que dispor de geladeiras científicas, além de técnicos treinados para atuar nestes casos. “Um documento está sendo formatado para ser avaliado por todos os municípios e, na sequência, ser oficializada a adesão”, assinala.

Com relação aos casos de acidentes com escorpiões, Cacilda Maria do Prado, da Seção de Vigilância Epidemiológica, explicou aos representantes das secretarias municipais de saúde que a gravidade depende da espécie e da quantidade de veneno injetada. As infestações por esse animal peçonhento estão se tornando cada vez mais frequentes nas cidades e os casos mais graves são do escorpião amarelo.

A picada do escorpião ocorre quando a pessoa entra em contato acidental com o animal, que se sente ameaçado – escorpiões não atacam, apenas se defendem. A picada é dolorosa e pode ser acompanhada por outros sintomas.

As infestações tornaram-se mais frequentes devido à expansão das áreas urbanas, ao desmatamento e ao aumento da produção de lixo sem o devido descarte adequado.

O soro antiescorpiônico, desenvolvido para tratar envenenamentos causados por picadas de escorpiões, é disponibilizado em hospitais de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) e também em Unidades Básicas de Saúde de alguns municípios. Na maioria dos casos, não há necessidade de utilizar o antiveneno, mas a recomendação é sempre procurar rapidamente para uma avaliação e encaminhamento a um hospital de referência, principalmente no caso de crianças.

A grande maioria dos acidentes com escorpião não apresenta gravidade significativa. Os acidentados geralmente experimentam dor imediata, vermelhidão e inchaço devido ao acúmulo de líquido, piloereção (pelos em pé) e sudorese (suor), que desaparecem rapidamente. Em crianças pequenas, os sintomas podem ser mais intensos e as consequências mais graves.

É importante destacar que todos os escorpiões são venenosos. Os riscos associados aos acidentes aumentam conforme a quantidade de veneno injetada e a nocividade do veneno de cada espécie para o corpo humano. O efeito da picada é imediato. Em caso de picada por escorpião, a recomendação é procurar imediatamente o hospital de referência mais próximo. Se possível, levar o animal ou uma foto para identificação da espécie. Limpar o local da picada com água e sabão pode ajudar, desde que não atrase a ida ao serviço de saúde.

Como prevenir as picadas de escorpião?

Com alguns cuidados, você previna acidentes em cidades onde há escorpiões:

• Use telas em ralos de chão, pias e tanques;

• Vede as frestas nas paredes e debaixo de portas;

• Afaste camas e berços das paredes;

• Mantenha jardins e quintais livres de entulhos, folhas secas e lixo;

• Empacote o lixo em sacos plásticos bem fechados para evitar baratas;

• Não coloque a mão em buracos, embaixo de pedras ou em troncos apodrecidos;

• Use luvas e botas durante atividades que representem risco.

Fonte: Assessoria de imprensa

Jornada Pedagógica reforça a capacitação, planejamento e valorização dos educadores

Formação reúne mais de 1.200 profissionais e marca o início do segundo semestre letivo na rede municipal de Apucarana


Apucarana está deixando tudo pronto para a retomada das aulas para o segundo semestre, que recomeçam no próximo dia 28 na rede municipal de ensino. Os educadores estão passando por dois dias de capacitação, reforçando o compromisso da atual gestão com o aperfeiçoamento e a valorização profissional. A 2ª Jornada Pedagógica foi aberta nesta quinta-feira e a programação inclui palestras, formações e uma capacitação sobre a Lei Lucas, com o SAMU.

O evento conta com a presença de 1.200 profissionais da educação e a abertura foi prestigiada por diversas autoridades, como o prefeito Rodolfo Mota e o secretário estadual do Trabalho, Qualificação e Renda, Paulo Rogério do Carmo, e a secretária de Educação, Ana Paula do Carmo Donato. A Jornada Pedagógica acontece no Clube de Campo Água Azul e marca o planejamento para a retomada das aulas.

Rodolfo Mota salientou que Apucarana é referência em educação e que, para manter essa posição de destaque, é essencial a união e o trabalho em equipe. “A missão do educador é a missão de todos nós. Quando trabalhamos juntos, todos ganham: alunos, professores, a comunidade e a cidade”, afirmou. O prefeito também enalteceu a profissão e apresentou ao público duas educadoras que marcaram sua infância, ilustrando a importância das memórias afetivas construídas na escola.

O prefeito mencionou ainda que a atual gestão herdou dívidas de INSS acumuladas por mais de 10 anos, ultrapassando somente na Educação os R$100 milhões, e que está ajudando a articular uma mudança na Constituição para viabilizar o parcelamento. Mesmo diante das dificuldades, Mota confirmou investimentos para o segundo semestre, como a entrega das mochilas e regatas, que completam os itens do uniforme escolar.

A secretária de Educação e diretora-presidente da AME, professora Ana Paula, avaliou os primeiros 101 dias letivos como desafiadores, mas positivos. “Foram dias de muita adaptação e planejamento. O nosso foco foi otimizar o tempo dos professores”, ressaltou, agradecendo o empenho dos educadores e o apoio da equipe.

O secretário de Estado do Trabalho elogiou a organização da jornada e reforçou a importância de dividir responsabilidades com os pais. “As famílias muitas vezes depositam toda a expectativa nos professores. É preciso somar as dores, dar boas condições a quem educa e garantir que Apucarana continue sendo referência no Brasil”, afirmou Do Carmo.

A palestra de abertura foi “Do Balbucio à Leitura: Construindo a Fluência Leitora da Creche ao 5º Ano”, com Brunela Santos, que é educadora infantil, pedagoga e bióloga, com especialização em psicopedagogia clínica e institucional. Amanhã (25), o destaque será a formação sobre a Lei Lucas, ministrada pelo SAMU, reforçando o compromisso da rede com a segurança e o preparo em situações de emergência.

Também estiveram presentes no evento os vereadores Danylo Acioli, presidente da Câmara Municipal, Adan Lenharo e Eliana Rocha, que reforçaram o apoio do Legislativo às iniciativas de valorização dos educadores e a necessidade de criar uma rede de proteção e cuidado dos profissionais.



Fonte: Prefeitura de Apucarana

Lula pede a PT e PSB aliança estratégica para fortalecer base no Senado em 2026

Presidente quer articulação unificada nas eleições e alerta para avanço da direita na Casa onde tramitam pedidos de impeachment contra ministros do STF

   Lula após almoço no Palácio do Planalto com lideranças do PSB (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou as cúpulas do PT e do PSB a construírem uma estratégia conjunta para as eleições legislativas de 2026, com foco especial no fortalecimento da base aliada no Senado. As informações são da Folha de S. Paulo.

O pedido foi feito durante um almoço nesta quarta-feira (23), no Palácio do Planalto, com lideranças dos dois partidos. Pelo PSB, participaram o presidente da sigla, João Campos, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, e o líder da bancada na Câmara, Pedro Campos (PE). O PT foi representado pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

Durante a conversa, Lula enfatizou a importância de uma atuação coordenada para ampliar o número de parlamentares da base no Congresso Nacional, especialmente no Senado, onde a influência do bolsonarismo segue crescente e se tornou uma preocupação central do Planalto. Um dos motivos é o uso político da Casa Alta como palco de pressões contra o Judiciário, incluindo a tramitação de processos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A proposta do presidente é que PT, PSB e outros partidos aliados articulem candidaturas competitivas e unificadas nos estados, evitando disputas internas e a fragmentação do eleitorado de esquerda. Segundo os presentes no encontro, o objetivo é formar bancadas mais sólidas que garantam governabilidade e sustentação institucional no próximo mandato.

O diagnóstico traçado no almoço mostrou cenários opostos em regiões distintas do país. No Sul e Sudeste, há carência de nomes com potencial eleitoral competitivo; já no Nordeste, há excesso de bons quadros em partidos distintos, o que pode provocar divisões prejudiciais entre candidatos do mesmo campo político.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

“Justiça é cega, mas não é tola”, diz Moraes em decisão sobre Bolsonaro

Ministro do STF reconheceu violação de cautelares pelo ex-presidente, mas considerou episódio como ato isolado e evitou decretar prisão preventiva

    Alexandre de Moraes (Foto: Gustavo Moreno / STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta-feira (24) que "a Justiça é cega, mas não é tola", ao decidir não decretar a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apesar de reconhecer o descumprimento de medidas cautelares impostas pela Corte. A frase foi destacada na decisão em que Moraes advertiu Bolsonaro por usar, ainda que de forma indireta, as redes sociais — o que está proibido por ordem judicial. As informações são do g1.

“Como diversas vezes salientei na Presidência do Tribunal Superior Eleitoral, a Justiça é cega, mas não é tola”, escreveu o ministro, ao alertar que não serão tolerados “subterfúgios para a manutenção da prática de atividades criminosas”.

Segundo o magistrado, houve de fato uma violação das medidas cautelares, já que um vídeo do ex-presidente foi transmitido nas redes sociais de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no mesmo padrão de comunicação em rede já usado em outras ocasiões investigadas.

“Efetivamente, não há dúvidas de que houve descumprimento da medida cautelar imposta, uma vez que as redes sociais do investigado Eduardo Nantes Bolsonaro foram utilizadas à favor de Jair Messias Bolsonaro dentro do ilícito modus operandi já descrito”, afirmou Moraes.

Apesar do reconhecimento da infração, o ministro considerou o episódio uma “irregularidade isolada”, com base na ausência de reincidência e nos argumentos da defesa, que negou intenção deliberada de burlar a decisão. Com isso, Moraes decidiu manter as cautelares em vigor e apenas advertir o ex-presidente. No entanto, fez um alerta direto: um novo descumprimento levará à prisão preventiva imediata.

“Deixo de converter as medidas cautelares em prisão preventiva, advertindo ao réu, entretanto, que, se houver novo descumprimento, a conversão será imediata”, escreveu o ministro.

Bolsonaro foi alvo de novas medidas cautelares na última sexta-feira (18), incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de usar redes sociais — direta ou indiretamente — e de se comunicar com outros investigados. No entanto, no dia 21, ele participou de um evento na Câmara dos Deputados, e imagens da ocasião foram compartilhadas por aliados.

A defesa alegou que Bolsonaro não solicitou a publicação do vídeo, tampouco sabia que a gravação seria usada nas redes sociais. Também sustentou que não houve violação intencional da medida cautelar.

Na decisão, Moraes reforçou que não está proibido que o ex-presidente conceda entrevistas ou participe de eventos públicos, mas destacou que o uso estratégico desses momentos para alimentar redes coordenadas por terceiros configura violação da ordem judicial.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Renan Filho desmente vídeo de Michelle Bolsonaro no Acre: 'tem ponte sim. Foi o Lula que fez' (vídeo)

Ministro dos Transportes desmente vídeo de Michelle e Márcio Bittar em Cruzeiro do Sul e expõe abandono da infraestrutura no Acre durante governo Bolsonaro

Renan Filho e Michelle Bolsonaro (Foto: Reprodução/X/@RenanFilho_)

Em resposta a um vídeo divulgado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e pelo senador Márcio Bittar (União-AC), o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), usou as redes sociais para rebater afirmações falsas sobre a infraestrutura no município acreano de Cruzeiro do Sul. Na publicação feita por Michelle ao lado do senador, ela afirma que “não tem uma ponte” ligando a cidade ao restante do estado, ignorando a existência da chamada Ponte da União — obra concluída com recursos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Michelle, Cruzeiro do Sul é uma cidade localizada no extremo oeste do Acre, ligada pela BR-364. Lá tem ponte sim, é a ponte da União. Essa ponte que existe foi construída por quem? Pelo presidente Lula”, afirmou Renan. Segundo o ministro, o governo federal fez o convênio, repassou os recursos e a obra foi entregue pelo Ministério dos Transportes, em parceria com o governo estadual.

No vídeo divulgado por Michelle, ela aparece às margens de um rio e tenta comover os seguidores com a suposta ausência de uma estrutura de travessia. “Imagina vocês terem que atravessar todos os dias esse rio para levar crianças ao hospital, nas escolas ou até para trabalhar. Tudo isso sabe por quê? Porque não tem uma ponte para fazer a ligação”, disse a ex-primeira-dama. Márcio Bittar, por sua vez, responsabilizou ONGs e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, por supostos entraves à construção da ponte.

Renan, no entanto, mostrou que a ponte existe e foi feita durante o governo atual, além de anunciar novos projetos no local. “Estamos contratando um novo projeto para essa ponte a qual você se refere. Quem faz uma, Michelle, faz duas. Agora, quem nunca fez nada, fica difícil. O estranho é que o Bolsonaro passou quatro anos no governo e não fez nada lá”, criticou o ministro.

Rodovias sucateadas e investimentos minguados - Além de desmentir a ex-primeira-dama, Renan apresentou dados sobre a degradação das estradas acreanas no governo Bolsonaro. Em 2016, 39% das rodovias do estado eram classificadas como ruins. Ao final do governo anterior, esse número havia saltado para 72%. Já os trechos considerados em boas condições caíram de 32% para apenas 13%.

Desde o início do governo Lula, Renan afirma que esse quadro começou a mudar. “O 'bom' cresceu de 13% para 42%, e o 'ruim' ou 'péssimo' caiu de 72% para 35%”, apontou. Ele também comparou os valores investidos: em 2022, último ano de Bolsonaro, o Acre recebeu R$ 89 milhões em recursos para infraestrutura de transportes. Em 2023, com Lula, o volume subiu para R$ 274 milhões, e em 2024 já alcança R$ 543 milhões.

Por fim, o ministro ironizou a ex-primeira-dama: “Michelle, quando você for fazer esses comentários sobre infraestrutura, liga para o Tarcísio. Ele foi ministro aqui. Ele sabe o que ele fez com o Acre — exatamente o que eu mostrei —, ele e o Bolsonaro. Não é justo tentar fazer esse tipo de vídeo tentando enganar as pessoas”, concluiu Renan.

Fonte: Brasil 247

Com alta do IOF, arrecadação federal atinge recorde histórico e chega a R$ 234,5 bilhões em junho

É o maior valor para junho desde 1995; crescimento foi de 6,6% na comparação anual

      Notas de real (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A arrecadação do governo federal alcançou R$ 234,5 bilhões em junho deste ano, informou a Receita Federal nesta quinta-feira (24). O valor representa um crescimento real de 6,6% em relação ao mesmo mês de 2024, quando o montante arrecadado foi de R$ 220 bilhões, já corrigido pela inflação. As informações são do g1.

De acordo com a Receita, trata-se da maior arrecadação já registrada para meses de junho desde o início da série histórica, em 1995. O resultado foi impulsionado, principalmente, pelo aumento temporário do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), adotado pelo governo em meados de maio.

“O IOF apresentou uma arrecadação de R$ 8,02 bilhões, representando crescimento real de 38,83%. Esse desempenho pode ser justificado pelas operações relativas à saída de moeda estrangeira e pelas operações de crédito destinadas a pessoas jurídicas, especialmente em decorrência de alterações na legislação do tributo”, informou o órgão.

A medida provisória que elevou o IOF foi derrubada pelo Congresso Nacional em 27 de junho, mas voltou a vigorar — em quase sua totalidade — a partir de 16 de julho, após decisão do Supremo Tribunal Federal.

No acumulado do primeiro semestre de 2025, a arrecadação federal atingiu R$ 1,42 trilhão em valores nominais. Com a correção pela inflação, o valor chega a R$ 1,44 trilhão, o que representa um crescimento real de 4,4% frente ao mesmo período de 2024 (R$ 1,38 trilhão). Também nesse caso, o resultado é o maior já registrado para um primeiro semestre desde o início da série histórica.

Outras fontes de arrecadação - Além do aumento no IOF, a Receita Federal destacou que outras medidas adotadas pelo governo federal vêm contribuindo para o desempenho da arrecadação. Entre elas estão:

Tributação de fundos exclusivos e de aplicações no exterior (offshores);
▸Mudanças na tributação de incentivos fiscais concedidos por estados (subvenções);
▸Retomada da tributação de combustíveis;
▸Tributação sobre apostas esportivas online (bets);
▸Criação de imposto sobre encomendas internacionais, como as compras de baixo valor (a chamada “taxa das blusinhas”);
▸Reoneração gradual da folha de pagamentos;
Fim dos benefícios fiscais para o setor de eventos (Perse).


Meta fiscal - A alta na arrecadação está diretamente ligada à tentativa do governo de cumprir a meta fiscal de 2025, prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. A meta é zerar o déficit primário das contas públicas neste ano, com margem de tolerância de até 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) — cerca de R$ 31 bilhões.

Além disso, a regra permite excluir do cálculo da meta fiscal os R$ 44,1 bilhões referentes ao pagamento de precatórios, que são dívidas da União reconhecidas pela Justiça.

Para 2026, a meta é alcançar um superávit primário de 0,25% do PIB, com a mesma margem de tolerância e possibilidade de exclusão dos precatórios.

Entre as medidas anunciadas para aumentar a arrecadação e tentar cumprir essas metas estão:

Aumento da alíquota sobre as bets, de 12% para 18% da receita líquida (GGR);
▸Elevação da alíquota do imposto sobre os juros sobre capital próprio (JCP), de 15% para 20%;
▸Criação de tributação de 5% sobre títulos incentivados, como LCI e LCA;
▸Atualização das regras de tributação de criptoativos;
Aumento da CSLL para fintechs, que passarão a ser tributadas como instituições financeiras, com alíquotas de 15% ou 20% (antes pagavam 9%).

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Encarregado dos EUA sugere adiar missão empresarial brasileira que tentará negociar tarifa de Trump

Gabriel Escobar alerta que agosto é período de férias nos EUA e diz que setembro seria mais adequado para negociar o tarifaço de 50%
     Gabriel Escobar (Foto: Felipe Menezes - U.S. Embassy Brasilia)

Em visita ao Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) na quarta-feira (23), o Encarregado de Negócios e embaixador interino dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, recomendou que a missão empresarial brasileira aos EUA seja adiada, informa o Estado de S. Paulo. Segundo ele, a escolha do mês de agosto não é a mais estratégica, já que se trata de um período tradicional de férias no país norte-americano. A sugestão do diplomata é que a comitiva viaje em setembro ou outubro, quando haveria maior possibilidade de diálogo com o setor público e privado dos Estados Unidos.

O Ibram sediou a reunião solicitada por Escobar, com a presença de seu presidente, Raul Jungmann, e do vice-presidente, Fernando Azevedo. O encontro ocorreu em Brasília e teve como pauta central a missão comercial que será conduzida por representantes das mineradoras brasileiras, com o objetivo de discutir o tarifaço de 50% imposto pelo presidente Donald Trump, que deve entrar em vigor em 1º de agosto.

“Já tínhamos essa intenção, e o vice-presidente apoiou a ideia do setor privado brasileiro conversar com o setor privado nos EUA e, havendo disposição, também com o Congresso e o governo norte-americano”, afirmou Raul Jungmann, em declaração feita no início da semana.

☆ Interesse dos EUA nos minerais críticos do Brasil - Segundo nota divulgada pelo Instituto Brasileiro de Mineração, Gabriel Escobar demonstrou especial interesse na chamada Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos, atualmente em desenvolvimento pelo governo brasileiro. O embaixador também se mostrou atento a projetos legislativos que tratam da regulamentação e incentivo à exploração desses recursos estratégicos, considerados fundamentais para a transição energética e segurança industrial.

A reunião evidenciou o desejo dos EUA em estreitar os laços com o setor mineral brasileiro, diante da crescente disputa global por matérias-primas como lítio, níquel e terras raras. O governo norte-americano busca diversificar suas fontes de suprimento desses minerais e enxerga o Brasil como parceiro estratégico.

☆ Comitiva pode incluir outros setores - Embora a missão tenha sido articulada inicialmente pelas mineradoras, existe a possibilidade de ampliação da delegação com empresários de outros segmentos da economia brasileira. A proposta foi endossada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB).

Diante da sugestão de Escobar, o Ibram deverá reavaliar a data da viagem com seus associados. A eventual postergação, no entanto, implicaria que a tarifa de 50% já estaria em vigor no momento da visita, o que pode limitar a margem de negociação da comitiva. Ainda assim, a expectativa é que o diálogo com autoridades e representantes do setor privado norte-americano seja mais efetivo após o período de recesso de verão nos EUA.

Fonte: Brasil 24'7 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Lula sanciona lei que garante 30% de participação feminina nos conselhos das estatais

De autoria da deputada federal Tábata Amaral (PSB-SP), o texto foi celebrado ao lado da ministra da Gestão, Esther Dweck, e outras autoridades

    Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira (23), em cerimônia no Palácio do Planalto, o Projeto de Lei nº 1.246/2021, que estabelece uma cota mínima obrigatória de 30% de mulheres nos conselhos de administração de empresas públicas e sociedades de economia mista. A medida representa um avanço inédito na promoção da equidade de gênero no setor público brasileiro. As informações são da Agência Gov.

De autoria da deputada federal Tábata Amaral (PSB-SP), o texto foi celebrado ao lado da ministra da Gestão, Esther Dweck, e outras autoridades. A nova legislação se insere em uma série de medidas estruturantes conduzidas pelo governo federal para ampliar a diversidade nos espaços de poder e se alinha a padrões internacionais de governança inclusiva. A implementação será feita de forma escalonada: 10% de mulheres logo após a entrada em vigor da lei, 20% na segunda eleição e 30% na terceira. Caso não cumpra as metas, o conselho de administração da estatal será impedido de deliberar qualquer matéria.

A ministra Esther Dweck destacou o simbolismo do projeto e os impactos práticos da presença feminina nas decisões estratégicas do Estado. “A gente percebe que toda vez que há uma união da sociedade com o Executivo e o Legislativo, as pautas avançam”, afirmou. Ela ressaltou ainda que o MGI tem trabalhado para ampliar a diversidade de forma ampla, desde o ingresso de novos servidores, com ações afirmativas no Concurso Público Nacional Unificado, até as indicações para os conselhos das estatais.

Segundo a ministra, os 58 assentos indicados diretamente pelo MGI para conselhos já possuem paridade de gênero. Considerando todas as indicações da União desde 2023, a participação feminina nos conselhos federais chegou a 27%. “A diversidade não é só uma questão de justiça social. Por óbvio, diversidade é ter a representação da sociedade brasileira nos espaços de poder, porque isso vai melhorar as políticas públicas, mas também há vários dados que demonstram que o aumento da diversidade melhora economicamente a vida das pessoas”, afirmou Dweck.

O texto aprovado também determina que, após atingir os 30% de participação feminina, ao menos 30% dessas cadeiras deverão ser ocupadas por mulheres negras ou com deficiência. A medida busca combater desigualdades múltiplas, promovendo uma inclusão mais representativa da sociedade brasileira.

A aprovação da lei é resultado de um conjunto de ações lideradas pelo MGI, como o Pacto pela Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I), que articula 35 estatais na construção de políticas inclusivas, e a criação da Rede de Universidades Corporativas das Empresas Estatais. Outro destaque é o programa de capacitação de conselheiras e conselheiros, desenvolvido em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).

Entre os exemplos práticos dessas mudanças está a Caixa Econômica Federal, que atualizou seu estatuto em maio deste ano para garantir que pelo menos um terço de sua Diretoria Executiva seja formada por mulheres até 2026 — uma decisão pioneira no setor.

A sanção do projeto de lei representa um marco histórico na gestão pública federal e sinaliza um compromisso concreto com a equidade de gênero nas decisões estratégicas do país. Com essa medida, o Brasil dá um passo relevante para se alinhar às melhores práticas de governança corporativa adotadas globalmente.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Gov

Senadores embarcam para os EUA em ofensiva contra tarifaço de Trump

Liderando o grupo, o senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, afirmou que o Brasil não pretende confrontar Washington

     Jaques Wagner (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Uma delegação composta por oito senadores brasileiros parte para os Estados Unidos no fim desta semana com a missão de negociar a suspensão do novo pacote tarifário anunciado pelo presidente norte-americano Donald Trump. O tarifaço, que prevê aumento de 50% nas tarifas de importação para todos os produtos brasileiros, deve entrar em vigor em 1º de agosto, caso a Casa Branca não reveja a medida. A informação é da Sputnik Brasil.

Liderando o grupo, o senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, afirmou que o Brasil não pretende confrontar Washington, mas sim estabelecer uma via de diálogo diplomático. “O Brasil está pronto para dialogar com os Estados Unidos, defendendo ao mesmo tempo sua soberania. Essa é justamente a missão que um grupo de oito senadores, incluindo eu, pretende cumprir durante a visita aos Estados Unidos no fim desta semana. Confiamos no sucesso dessas negociações, pois as relações diplomáticas entre os dois países já duram 206 anos”, declarou Wagner em publicação nas redes sociais.

Apesar do otimismo, o senador não detalhou quais temas estarão na pauta dos encontros com autoridades norte-americanas. A comitiva inclui parlamentares de diferentes partidos, entre eles Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Carlos Viana (Podemos-MG), Esperidião Amin (PP-SC), Fernando Farias (MDB-AL), Nelsinho Trad (PSD-MS), Rogério Carvalho (PT-SE) e Tereza Cristina (PP-MS).

A iniciativa diplomática ocorre em meio a um ambiente de tensão política e comercial entre Brasília e Washington. A imposição das tarifas por Trump reacendeu debates sobre o alinhamento entre os dois países e motivou críticas da ala mais radical da direita brasileira.

Um dos principais opositores à missão é o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Horas após a confirmação da viagem da comitiva, o parlamentar classificou a iniciativa como “vazia de legitimidade”. “Trata-se de um gesto de desrespeito à clareza da carta do presidente Trump, que foi explícito ao apontar os caminhos que o Brasil deve percorrer internamente para restaurar a normalidade democrática. Buscar interlocução sem que o país tenha feito sequer o gesto mínimo de retomar suas liberdades fundamentais, como garantir liberdade de expressão e cessar perseguições políticas, é vazio de legitimidade”, criticou.

Nos bastidores do Congresso, a movimentação tem gerado ruídos dentro da própria base conservadora. Segundo analistas políticos ouvidos pela Sputnik Brasil na semana anterior, o tarifaço imposto por Trump escancarou divisões entre diferentes grupos da direita brasileira e intensificou questionamentos sobre os rumos do bolsonarismo.

Com a aproximação do prazo final para a entrada em vigor das tarifas, a missão brasileira busca, mesmo sem garantias, preservar canais diplomáticos abertos e evitar impactos econômicos diretos para setores estratégicos da economia nacional.

Fonte: Brasil 247 com informações da Sputnik Brasil