segunda-feira, 21 de julho de 2025

Moraes proíbe transmissão e retransmissão de entrevistas de Bolsonaro nas redes sociais

Decisão foi tomada pois o ministro entendeu que o ex-mandatário e Eduardo Bolsonaro atuaram em conjunto com autoridades dos EUA para inibir a ação do STF

      Ex-presidente Jair Bolsonaro 1807/2025 (Foto: REUTERS/Mateus Bonomi)

(Reuters) - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu, em decisão publicada nesta segunda-feira, a transmissão e retransmissão de entrevistas dadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.

"A medida cautelar de proibição de utilização de redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros, imposta a Jair Messias Bolsonaro inclui, obviamente, as transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer das plataformas das redes sociais de terceiros, não podendo o investigado se valer desses meios para burlar a medida, sob pena de imediata revogação e decretação da prisão", escreveu Moraes em sua decisão.

Na sexta-feira, Moraes proibiu Bolsonaro de usar as redes sociais, assim como o obrigou a usar uma tornozeleira eletrônica e a se recolher em casa durante a noite nos dias de semana e por todo o dia nos fins de semana. Também proibiu o ex-presidente de conversar com o filho e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e de conversar com embaixadores e se aproximar de embaixadas.

A decisão foi tomada pois Moraes entendeu que Bolsonaro e Eduardo atuaram em conjunto com autoridades dos Estados Unidos para inibir a ação do STF.

Antes da divulgação da decisão de Moraes, o ex-presidente cancelou nesta segunda uma entrevista marcada para o portal Metrópoles, que seria transmitida ao vivo no YouTube.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Após tarifaço de Trump, pecuaristas dos EUA querem banir carne do Brasil

Entidade ligada ao agronegócio dos EUA apoia tarifa de Trump e acusa Brasil de riscos sanitários; governo rebate e defende status internacional do país

     Frigorífico no Mato Grosso do Sul (Foto: Reprodução (TV Morena))

Enquanto o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, eleva a retórica protecionista com a imposição de tarifas a diversos parceiros comerciais, um setor específico do agronegócio americano expressa apoio entusiástico: os pecuaristas. A Associação Nacional dos Pecuaristas dos Estados Unidos (NCBA, na sigla em inglês) declarou apoio irrestrito à proposta da Casa Branca de aplicar uma tarifa de 50% sobre a carne bovina brasileira e chegou a defender a suspensão total das importações do produto.

“A Associação Nacional de Pecuaristas dos Estados Unidos (NCBA) apoia firmemente o plano do presidente Trump de impor ao Brasil com uma tarifa de 50%”, afirmou a entidade à CNN. O grupo representa a indústria de carne bovina norte-americana desde 1898 e sustenta que, há anos, pleiteia a interrupção definitiva da entrada do produto brasileiro nos Estados Unidos.

No comunicado, a associação declarou que “uma tarifa de 50% é um bom começo, mas precisamos suspender as importações de carne bovina do Brasil para que possamos conduzir uma auditoria completa”. A NCBA ainda lançou duras críticas à cadeia produtiva brasileira, classificando como “abismal” a falta de responsabilidade sanitária dos criadores nacionais. A principal preocupação recai sobre os registros de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como “doença da vaca louca”. “A falha do Brasil em reportar casos atípicos de EEB e seu histórico de febre aftosa são uma grande preocupação para os produtores de gado dos EUA”, alegou a entidade.

O Ministério da Agricultura reagiu às acusações com uma nota técnica, esclarecendo que o Brasil nunca registrou um “caso clássico” da doença da vaca louca – que ocorre pela ingestão de rações contaminadas, a exemplo dos surtos que afetaram países europeus há algumas décadas. Segundo a pasta, o país teve apenas seis episódios considerados “atípicos”, causados por mutações espontâneas em animais idosos, sem relação com a alimentação.

“Assim, o Brasil mantém o reconhecimento pela OMSA como país de risco insignificante para a doença desde 2012”, destacou o ministério, referindo-se ao status conferido pela Organização Mundial de Saúde Animal.

Fonte: Brasil2 47 com informações da CNN 

Temendo prisão, Bolsonaro recua e agora diz que não pode negociar com Trump: 'não tenho os contatos'

Ex-mandatário agora afirma que não tem contato com autoridades dos EUA e que Eduardo Bolsonaro "não pode falar em nome do governo brasileiro"

      Trump e Bolsonaro na Flórida, EUA - 07/03/2020 (Foto: REUTERS/Tom Brenner)

Jair Bolsonaro (PL) negou, nesta segunda-feira (21), qualquer envolvimento com o tarifaço de 50% contra produtos brasileiros anunciado pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além de rechaçar a responsabilidade de seu grupo político e a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, no episódio. "Isso é lá do governo Trump. Não tem nada a ver com a gente. Querem colar na gente os 50%. Mentira", disse o ex-mandatário em entrevista à jornalista Andréia Sadi, do G1. "Não tenho contato com autoridades americanas", afirmou.

A tarifa de 50% sobre produtos brasileiros foi anunciada por Trump com menção direta a Jair Bolsonaro. O presidente estadunidense qualificou como "vergonha internacional" os processos que o ex-mandatário responde no Supremo Tribunal Federal, incluindo um por tentativa de golpe de Estado. Mesmo assim, o ex-presidente manteve elogios ao líder republicano, a quem disse admirar. Em uma postagem anterior à entrevista, Bolsonaro chegou a afirmar que "com anistia, haverá paz para a economia".

"Eu não vou falar o que eu acho para o Trump. Eu tenho profunda gratidão e respeito por ele (...) Tivemos um excelente relacionamento. Ele queria taxar o aço e o alumínio em 2019. Eu conversei com ele e ele não taxou. Esse governo Lula até hoje não buscou contato com o Trump", disse Bolsonaro.

Na entrevista, Bolsonaro também rebateu declarações feitas pelo próprio filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que dias antes havia se apresentado como responsável pelas negociações com os Estados Unidos visando à imposição de sanções contra autoridades brasileiras.

"Ele não pode falar em nome do governo do Brasil. O Eduardo não pode falar em nome do governo brasileiro", afirmou o ex-mandatário, acrescentando ter pedido ao filho que "segurasse" as declarações e "medisse as palavras". Mesmo assim, defendeu a atuação do parlamentar como sendo a de "um cara responsável". Indagado se Eduardo deveria retornar ao Brasil – sua licença na Câmara terminou no domingo (20) –, o ex-mandatário desconversou. "Eu não acho nada. Ele é maior de idade, pessoa responsável, tem vergonha na cara, está fazendo um trabalho pela nossa liberdade."

Apesar de tentar se desvincular da medida, Bolsonaro reconheceu que a tarifa anunciada por Trump causará prejuízos significativos à economia brasileira. "Qualquer pessoa sabe que isso tem um impacto enorme para a economia brasileira", afirmou, antes de sugerir uma solução direta: "Tem que ir lá conversar com o Trump, ouvir as condições dele."

Pesquisa divulgada pela Quaest no dia 15 mostra que 72% dos brasileiros são contra o tarifaço e 79% acreditam que a medida terá impactos negativos em suas vidas. Para o diretor da Quaest, Felipe Nunes, o episódio "jogou o eleitor de centro para o colo de Lula", que agora aparece à frente de Bolsonaro em um eventual segundo turno em 2026 – antes, ambos estavam tecnicamente empatados.

Na mesma entrevista, Bolsonaro comentou a apreensão de US$ 14 mil feita pela Polícia Federal (PF) em sua residência na última sexta-feira (18), minimizando a importância do montante. "Você acha que 14 mil dólares é muita coisa? Eu tenho um bom recurso no banco. No momento, tive lá R$ 17 milhões lá atrás, do Pix (...) Então, perto do que eu tenho no banco, em dinheiro que está no banco, não é quase nada esses US$ 14 mil", declarou.

Ele também comentou o conteúdo de um pen drive apreendido pela PF em um banheiro da residência que, segundo a perícia realizada pela PF, não continha elementos relevantes para a investigação. "Ouvi dizer que tinha música gospel e foto de família."

Ao longo da entrevista, Bolsonaro voltou a defender anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e criticou possíveis interferências do Supremo Tribunal Federal no tema. "Olha o Congresso: pela Constituição, anistia é algo privativo do Parlamento. Agora, quando começa a discutir anistia, alguém do Supremo fala 'se aprovar, nós vamos declarar inconstitucional'. Acabou a conversa."

Por fim, o ex-mandatário afirmou que pretende participar de reuniões da bancada do PL no Congresso. As medidas restritivas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, não o impedem de frequentar o Parlamento.

Fonte: Brasil 247 com informaÇÕES DO g1

Casimiro é “cancelado” por bolsonaristas após piadas sobre tornozeleira

 

O influenciador Casimiro Miguel. Foto: reprodução
O influenciador Casimiro Miguel, dono do canal CazéTV, virou alvo de seguidores de Jair Bolsonaro (PL) desde o último sábado (19), quando o humorista Marcelo Adnet fez uma esquete rindo do ex-presidente. No dia anterior, o capitão foi alvo de uma operação da Polícia Federal e agora é obrigado a usar tornozeleira eletrônica, entre outras medidas preventivas determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Encontramos um pendrive no banheiro do Cazé, que vai revelar quem é a verdadeira dona da CazéTV”, disse Adnet no quadro. A sequência de piadas incluiu ainda menções à tornozeleira eletrônica e a uma suposta repórter “impedida de se manifestar” por estar monitorada judicialmente.

Veja o vídeo:





“Reaja, Brasil”, escreveu um influencer bolsonarista com mais de 20 mil seguidores no X, incentivando que todos cancelem suas inscrições no canal de transmissão esportiva no YouTube. “Não alimente mídias que dão palco à esquerda e ajudam a manter esse sistema no poder”, motivou.

Outros bolsonaristas incentivaram o cancelamento do influenciador com tags como “#CazéTVLixo”, em comparação a canais como a TV Globo.

Confira a repercussão:




Enquanto os bolsonaristas reclamam das piadas feitas na CazéTV, outros usuários do X tiraram ainda mais sarro com o seguidores da extrema-direita.

“Muito engraçado como vocês ficam perdidos entre defender o Léo Lins e chorar com piadas que afetam o mito de vocês”, ironizou um usuário. Já o humorista Rodrigo Magal, conhecido como Magalzão, desafiou outro ídolo dos radicais, o presidente dos Estados Unidos: “Trump derrube a CazéTV e volte a transmitir futebol no SBT se tu é o brabo mesmo”.

Fonte: DCM

Com implantação do Programa Bolsa Atleta de meio milhão de reais, Apucarana avança no fortalecimento do esporte

O programa será composto por 60 bolsas no valor de R$ 600 mensais cada uma, divididas entre 30 atletas de modalidades coletivas e 30 de modalidades individuais

A Prefeitura de Apucarana, por meio da Secretaria Municipal de Esportes, anunciou nesta segunda-feira (21/07) a criação do Programa Bolsa Atleta, com investimento de aproximadamente meio milhão de reais por ano, com o objetivo de incentivar e apoiar os talentos esportivos locais. O programa será composto por 60 bolsas no valor de R$ 600 mensais cada uma, divididas entre 30 atletas de modalidades coletivas e 30 de modalidades individuais. Os beneficiados deverão ter idades entre 10 e 17 anos. O pagamento será efetuado por meio do Fundo Municipal de Esportes.

“Muitas vezes, o atleta possui grande talento, mas precisa abandonar o esporte por falta de recursos para adquirir os equipamentos necessários, como tênis, quimonos ou suplementos. O Programa Bolsa Atleta surge para apoiar esses jovens, permitindo que continuem seus treinos e participem de competições”, destacou o prefeito Rodolfo Mota.

O secretário municipal de Esportes, Bruno Marchi, informou que as inscrições para o programa ocorrerão de forma online no final do mês de agosto. Segundo ele, a concessão das bolsas dependerá do cumprimento de alguns critérios, como frequência escolar, assiduidade nos treinos e participação em campeonatos municipais e regionais. “O objetivo é apoiar aqueles que se dedicam ao esporte e buscam representar nossa cidade nas competições”, afirmou.

“Tenho acompanhado regularmente as competições e conversado com os pais dos atletas. Em diversas ocasiões, ouvi relatos de mães que mencionaram que seus filhos estavam representando associações e até outros municípios, uma vez que Apucarana não oferecia nenhum incentivo aos esportistas. Com isso, estávamos perdendo nossos talentos para outras cidades”, acrescentou Bruno Marchi.

O vereador Moisés Tavares, líder do prefeito na Câmara Municipal, parabenizou a iniciativa. “Quando jovens praticam esporte nos campos ou quadras de seus bairros, o que mais desejam é que um olheiro descubra seu talento. O melhor olheiro, nesse caso, é o poder público. A Prefeitura de Apucarana está de parabéns por lançar o Programa Bolsa Atleta”, disse o vereador.

A coletiva de imprensa realizada no salão nobre da prefeitura contou também com a presença do vice-prefeito Marcos da Vila Reis, da primeira-dama Karine Mota, dos vereadores Wellington Gentil, Luciano Facchiano, Eliana Rocha e Adan Lenharo, além do diretor da Secretaria Municipal de Esportes, Pedro Valim, e diversos secretários e superintendentes municipais.


Fonte: Prefeitura de Apucarana

Governadores bolsonaristas articulam cargo estadual para Eduardo Bolsonaro

Articulação visa nomear o parlamentar como secretário estadual, sem depender diretamente do mandato na Câmara dos Deputados

    Eduardo Bolsonaro (Foto: Reprodução )

Governadores alinhados ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) iniciaram articulações para encontrar uma saída política que permita ao parlamentar manter-se em evidência mesmo longe do Congresso. De acordo com a CNN Brasil, a proposta discutida com interlocutores de Eduardo é nomeá-lo como secretário estadual, possibilitando-lhe exercer funções políticas sem depender diretamente do mandato na Câmara dos Deputados.

A estratégia permitiria que Eduardo Bolsonaro permanecesse morando nos Estados Unidos, onde já está há meses, atuando de forma remota junto ao governo do presidente estadunidense, Donald Trump, visando impor sanções a autoridades brasileiras para impedir o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no âmbito do inquérito que apura uma suposta trama de golpe de Estado. Ele também teria a função de estabelecer canais com outras lideranças internacionais, a exemplo do presidente argentino Javier Milei, com quem mantém proximidade política.

Segundo a reportagem, Santa Catarina, administrada pelo governador Jorginho Mello (PL), é um dos estados que demonstraram interesse nessa articulação. Mello é um dos principais aliados do clã Bolsonaro e vê na proposta uma oportunidade de fortalecer os laços com o governo dos EUA, além de manter o nome da família Bolsonaro no debate político mesmo fora do parlamento.

Paralelamente, há movimentações dentro da própria Câmara dos Deputados para flexibilizar as regras de funcionamento do mandato parlamentar. Em junho, o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) apresentou uma proposta de alteração no regimento interno da Casa. A ideia é permitir que, em situações excepcionais, um deputado possa exercer o mandato mesmo residindo no exterior.

Além disso, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), deve apresentar uma estratégia que permita aos parlamentares tirarem licença por até 240 dias sem remuneração, em casos de interesse particular. A medida também abriria caminho para que Eduardo Bolsonaro mantivesse sua influência política sem perder formalmente o mandato.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Bolsonarista manda agredir homem com camisa da Palestina em ato flopado na Paulista

 

O bolsonarista Vitor Chimatti tenta agredir um homem com a camiseta da Palestina durante um ato bolsonarista pró-Trump. Foto: Divulgação

Por Fabrício Rinaldi

Durante um ato bolsonarista pró-Trump, realizado neste domingo (20), na Avenida Paulista, em São Paulo, o militante de extrema-direita Vitor Chimatti protagonizou uma cena de violência política. Com bandeiras do Brasil e de Israel nas mãos, Chimatti e um grupo de apoiadores atacaram verbal e fisicamente um homem que passava pelo local vestindo uma camiseta da Palestina.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que Chimatti agride o rapaz e incita os presentes à hostilizarem. O episódio ocorre em meio a um contexto de crescente tensão internacional sobre a genocídio praticado por Israel na Faixa de Gaza, que já resultou em dezenas de milhares de mortos, incluindo crianças, mulheres e civis indefesos.

A manifestação, marcada por baixíssima adesão, rapidamente foi ofuscada pelo episódio de violência e pelas contradições gritantes dos próprios manifestantes. Alguns dos presentes exibiam bandeiras de Israel em nome do “cristianismo”, embora a maioria da população israelense é judaica e não reconhece Jesus como Messias, crença central do cristianismo.


◆ Reincidência de violência política

Vitor Chimatti não é um desconhecido nesse tipo de conduta. Em outro episódio recente, ele apontou o jornalista Fabrício Rinaldi em meio a uma manifestação bolsonarista, identificando-o como um profissional de esquerda e incitando a multidão contra ele. O jornalista, que apenas entrevistava o advogado de um político bolsonarista, correu risco real de linchamento.

O histórico de Chimatti inclui boletim de ocorrência por condutas semelhantes, e a participação em outros episódios que demonstram o avanço da violência política e da radicalização de militantes da extrema-direita no Brasil.

◆ Democracia em risco

A normalização de episódios como o deste domingo é mais um alerta sobre os riscos à democracia e à liberdade de expressão no país. A incitação ao ódio, o estímulo à violência e a intolerância política precisam ser investigados com rigor. A responsabilização de indivíduos que agem como Chimatti é essencial para impedir a escalada da violência política no Brasil.

Após as discussões, aconteceu a intervenção da Guarda Civil Municipal que usou gás de pimenta sem qualquer outra tentativa de ação ou responsabilização dos envolvidos.

Fonte: DCM

Câmara adota estratégia de “banho-maria” para caso Eduardo Bolsonaro

A ideia é replicar o caso de Chiquinho Brazão e evitar tomar uma decisão definitiva para cassar o mandato do deputado

      Eduardo Bolsonaro (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados não tem pressa para resolver a situação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Segundo informações da CNN Brasil, a intenção dos dirigentes da Casa é empurrar o caso até o limite possível, evitando tomar uma decisão definitiva enquanto houver margem para manter o mandato do parlamentar.

De acordo com fontes ouvidas pela emissora, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não pretende priorizar mudanças no regimento, como quer a oposição, nem tampouco acelerar a tramitação de qualquer medida que leve à cassação de Eduardo. O deputado deixou o Brasil para articular sanções junto ao governo dos Estados Unidos como forma de tentar evitar a prisão de seu pai, Jair Bolsonaro (PL).

A estratégia, segundo interlocutores, é replicar o modelo adotado no caso do ex-deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco. Apesar de ter sido cassado pelo Conselho de Ética, Brazão manteve o cargo até abril deste ano, quando teve o mandato encerrado pela Mesa Diretora por faltas, com base no artigo que determina a perda de mandato por ausência em um terço das sessões ordinárias.

No caso de Eduardo Bolsonaro, a avaliação interna é de que, com a contagem de faltas justificadas, sessões não deliberativas e possibilidade de votações remotas, o mandato poderia ser mantido até o fim do ano.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Aliados de Tarcísio tentam conter desgaste após fala sobre 'eleições livres'

Para aliados, Tarcísio teria criticado a exclusão de Jair Bolsonaro da disputa presidencial de 2026, sem questionar o sistema eletrônico de votação

     Tarcísio de Freitas (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Aliados do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), saíram em sua defesa após repercussão negativa de uma fala feita por ele na última sexta-feira (18), quando comentou a ação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro (PL). As informações são da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.

Na ocasião, Tarcísio afirmou, em suas redes sociais para afirmar que“não haverá pacificação enquanto não encontrarmos o caminho do equilíbrio. Não haverá paz social sem paz política, sem visão de longo prazo, sem eleições livres, justas e competitivas. A sucessão de erros que estamos vendo acontecer afasta o Brasil do seu caminho”.

A declaração foi interpretada por setores do governo federal e por dirigentes do PT como uma insinuação de que o sistema eleitoral brasileiro não seria confiável — um discurso que ecoa a retórica bolsonarista e que, inclusive, está no centro da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado atribuída a Jair Bolsonaro e diversos aliados próximos.

Entretanto, segundo a reportagem, pessoas próximas ao governador relataram que sua intenção não foi colocar em xeque a integridade do processo eleitoral. Segundo esses interlocutores, Tarcísio teria buscado apenas criticar a exclusão de Bolsonaro da disputa presidencial de 2026, sem fazer qualquer questionamento sobre a legitimidade do sistema eletrônico de votação. “Ele segue confiando no sistema eleitoral”, garantiram os aliados.

A manifestação do governador aconteceu um dia após a Justiça impor novas medidas restritivas a Bolsonaro, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica, no âmbito do inquérito que apura a existência de uma organização criminosa dedicada a fraudar documentos e planejar um golpe de Estado. Além de já estar inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente agora corre risco de ser preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

O episódio gerou especial estranhamento porque, em março deste ano, o próprio Tarcísio fez contundentes elogios à Justiça Eleitoral brasileira e ao sistema de votação eletrônica durante um evento público. Na ocasião, ele classificou o modelo como uma “referência para o mundo”.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo

APUCARANA: Aniversariantes do mês são homenageados e reconhecidos pela dedicação ao serviço público

Servidores compartilham histórias de vida e trajetória de trabalho em café da manhã com o prefeito Rodolfo Mota, e o vice, Marcos da Vila Reis


A Prefeitura de Apucarana realizou um café da manhã especial em homenagem aos aniversariantes do mês de julho. O prefeito Rodolfo Mota recebeu funcionários com mais de 55 anos, que representaram os cerca de 300 servidores que comemoram aniversário neste mês. O encontro foi marcado por reconhecimento, histórias de vida e de trabalho no serviço público.

O prefeito – que estava acompanhado do vice, Marcos da Vila Reis – conversou com cada um e destacou a importância de reconhecer o esforço dos servidores. “Não prospera quem não sabe honrar e agradecer. Esse momento é para dizer muito obrigado a cada um de vocês”, frisou. Rodolfo Mota contou ter ouvido relatos de funcionários com décadas de serviço que nunca haviam estado no gabinete do prefeito e reforçou que sua gestão quer mudar isso, aproximando-se de quem cuida da cidade no dia a dia.

O prefeito Rodolfo Mota reitera que a celebração valoriza quem, na prática, faz a cidade acontecer. Participaram servidores de diversas áreas da administração municipal, como fiscal tributário, assistente administrativo, operário, desenhista, motorista, preparador de cadáveres, instrutor de esportes, agente comunitário de saúde, auxiliar de enfermagem, dentista, superintendente de finanças, técnico de segurança do trabalho, auxiliar de serviços gerais e professor. Estavam presentes funcionários com tempo de serviço recente, de 3 anos, até veteranos com mais de 38 anos de dedicação ao município.

Mota aproveitou a conversa para citar ações de sua gestão, como a retomada das festas juninas nas escolas municipais. De acordo com ele, são eventos que fortalecem laços entre alunos, famílias e a comunidade escolar. Também falou sobre mudanças no pátio de máquinas da Prefeitura, como o retorno de procedimentos básicos, como a manutenção dos veículos, a troca de óleo, pneus e licenciamento em dia.

Ao final da confraternização, cada aniversariante recebeu um certificado de agradecimento, como forma simbólica de reconhecimento ao trabalho realizado. “Vocês representam todos os servidores que cuidam da nossa cidade. Esta homenagem é um gesto simples, mas cheio de gratidão”, afirmou o prefeito. Também houve um momento de oração, conduzido pela secretária de Assistência Social, Fabíola Carrero.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

 

Pen drive encontrado em banheiro da casa de Bolsonaro é irrelevante, diz PF

Perícia da PF conclui que conteúdo do dispositivo não tem relevância para inquérito sobre coação à Justiça no STF

      Jair Bolsonaro à mesa (Foto: Carlos Moura / Ag. Senado)

A Polícia Federal finalizou a análise do pen drive apreendido no banheiro da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. De acordo com o g1, fontes com conhecimento da investigação afirmaram que o conteúdo do dispositivo foi considerado irrelevante para o inquérito em curso.

O pen drive foi encontrado durante uma operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da investigação que apura possíveis tentativas de coação ao sistema de Justiça brasileiro. Além de Bolsonaro, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, também é alvo do inquérito. O material foi enviado ao laboratório da Polícia Federal para perícia, mas acabou descartado como elemento útil à investigação. As informações são do g1.

Na última sexta-feira (18), Bolsonaro foi questionado sobre o item e negou qualquer conhecimento sobre o dispositivo eletrônico. “Olha, uma pessoa pediu para ir ao banheiro, eu apontei o banheiro, e voltou com um pen drive na mão. Nunca abri um pen drive na minha vida. Eu não tenho nem laptop em casa para mexer com pen drive. A gente fica preocupado com isso”, declarou.

No momento em que foi localizado, o pen drive chegou a ser tratado como uma potencial peça relevante no inquérito que investiga crimes contra o Estado Democrático de Direito. Durante a mesma operação, a PF também apreendeu quantias em dinheiro – US$ 14 mil e R$ 8 mil – além de uma cópia impressa de uma ação judicial apresentada nos Estados Unidos pela plataforma de vídeos Rumble. A ação tem como alvo o ministro Alexandre de Moraes, sob a alegação de censura. O documento é apoiado pelo Trump Media & Technology Group, empresa associada ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Fonte: Brasil 247 com informação do G1

Psol pede impeachment de Tarcísio por apoio a Trump e tentativa de favorecer Bolsonaro

Governador de São Paulo é acusado de violar soberania nacional e de tentar interferir no STF para facilitar fuga de Bolsonaro aos EUA

Tarcísio de Freitas (Foto: Reprodução )

Deputados estaduais do Psol protocolaram nesta segunda-feira (21) um pedido de impeachment contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sob a acusação de crimes de responsabilidade. A denúncia, apresentada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), sustenta que o chefe do Executivo paulista violou a soberania nacional ao apoiar publicamente ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra instituições brasileiras e ao tentar facilitar a ida de Jair Bolsonaro aos EUA.

Assinado por Carlos Giannazi, Ediane Maria, Guilherme Cortez, Mônica Seixas das Pretas e Paula da Bancada Feminista, o documento detalha uma série de ações do governador que, segundo os parlamentares, excedem suas competências constitucionais e afrontam princípios fundamentais da República. Entre elas, o endosso público à carta de Trump exigindo o fim do julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) e a tentativa de interceder junto à Corte para liberar o passaporte do ex-presidente.

“Enquanto o Brasil sofre um ataque econômico e institucional sem precedentes, o governador de São Paulo se comporta como um agente a serviço de um projeto autoritário estrangeiro, que busca enfraquecer a soberania brasileira, fragilizar a democracia e subjugar a nossa economia”, declarou o deputado Guilherme Cortez, líder da bancada do Psol na Alesp.

✱ Apoio público a Trump em meio a sanções ao Brasil - De acordo com os parlamentares, a postura do governador diante da vitória eleitoral de Donald Trump e durante sua posse foi marcada por manifestações de exaltação e submissão política. Tarcísio chegou a usar o slogan da campanha do republicano, “Make America Great Again”, e compartilhou vídeos celebrando sua posse. Mesmo após Trump anunciar tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros — medida que afeta diretamente a economia paulista, maior exportadora para os EUA — o governador optou por atacar o governo federal e silenciar diante da decisão do mandatário americano.

✱ Tentativa de interferência no STF e favorecimento de fuga - Outro ponto central do pedido de impeachment é a articulação de Tarcísio junto ao STF para tentar liberar o passaporte de Bolsonaro, alegando que o ex-presidente deveria negociar pessoalmente com Trump a suspensão das tarifas. A justificativa foi classificada como “esdrúxula” por ministros da Corte, segundo relatos da imprensa.

A bancada do Psol argumenta que essa conduta configura tentativa de obstrução da Justiça, além de possível colaboração para uma fuga internacional, diante das investigações em curso contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

✱ Crimes apontados na denúncia - A denúncia, fundamentada na Lei 1.079/1950, lista uma série de possíveis crimes de responsabilidade cometidos por Tarcísio:

Atentado contra a existência da União ao apoiar ações hostis de governo estrangeiro;
Comprometimento da independência dos Poderes ao interferir em decisões do STF;
Ato contra a segurança interna por favorecer investigado por ameaça ao Estado Democrático de Direito;
Violação à probidade administrativa por priorizar interesses políticos pessoais em detrimento dos institucionais;
Descumprimento de decisão judicial ao tentar reverter medida de apreensão de passaporte imposta pelo STF.

O pedido solicita o imediato processamento do impeachment, com a instauração de tribunal misto presidido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A sanção requerida inclui a perda do cargo e a inabilitação de Tarcísio para funções públicas por até cinco anos.

Fonte: Brasil 247

Alvo de Trump, Brasil entra na lista de países com rejeição crescente aos EUA

 

Lula e Donald Trump. Foto: Reprodução


As recentes sanções impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil inseriram o país na crescente lista de nações em que a imagem dos EUA se deteriorou drasticamente. Com informações do Globo.

A decisão de aplicar uma tarifa de 50% a produtos brasileiros, vinculada à tentativa de interferência em processos judiciais contra Jair Bolsonaro (PL), ampliou a rejeição à postura americana — e, segundo pesquisas, também minou a confiança da população brasileira nos EUA.

O impacto do tarifaço já é mensurável: 72% dos brasileiros consideram errada a tentativa de condicionar tarifas ao andamento de ações contra o ex-presidente, segundo pesquisa Genial/Quaest. Para 79%, a medida afetará diretamente a vida cotidiana. Já 63% discordam da tese propagada por Trump de que há um desequilíbrio injusto na balança comercial entre os dois países.

Embora o novo levantamento da Quaest não tenha medido diretamente a imagem dos EUA, dados anteriores do próprio instituto e do Pew Research Center já apontavam queda no apreço dos brasileiros desde que Trump assumiu. Em junho, mesmo antes do tarifaço, o índice de favorabilidade dos EUA no Brasil caiu de 64% para 56%.

A tendência é global. Segundo o Pew, 14 das 25 nações pesquisadas entre 2019 e 2025 registraram piora na percepção sobre os EUA. Em países como México e Canadá, vizinhos diretos dos americanos, os números saltaram: no caso mexicano, de 56% para 68% dos que veem os EUA como ameaça; no canadense, de 20% para 59%.
Nacionalismo

No Brasil, a interferência de Trump ajudou a unir setores em torno do discurso da soberania nacional, agora apropriado pelo governo Lula. A estratégia inclui resgatar símbolos como a bandeira e as cores verde e amarela, com uso até de bonés com a frase “Meu partido é o Brasil”.

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PT lança novo boné com a frase ‘Meu partido é o Brasil’. Foto: Reprodução

A postura nacionalista busca reverter a série de desgastes em pesquisas recentes — e, segundo o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, fundador do Ipespe, tem surtido efeito. “Há uma tendência de erosão substancial da confiança nos EUA”, afirmou ele.

A Atlas/Bloomberg também detectou crescimento da rejeição pessoal a Trump no Brasil: sua imagem negativa subiu de 52% para 63,2% em apenas seis meses, especialmente após a carta em que o ex-presidente dos EUA vinculou tarifas à defesa de Bolsonaro.

A iniciativa, considerada por analistas como um erro tático, contribuiu para o fortalecimento político de Lula diante do eleitorado e para um novo isolamento da direita bolsonarista.

Na mesma sexta-feira (18) em que a Polícia Federal (PF) determinou o uso de tornozeleira eletrônica por Bolsonaro para evitar fuga, o governo Trump anunciou a suspensão dos vistos de ministros do STF. A medida foi amplamente criticada. “Um erro básico de misturar justificativa econômica com a questão judicial”, definiu Lavareda.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo