segunda-feira, 21 de julho de 2025

Aliados de Tarcísio tentam conter desgaste após fala sobre 'eleições livres'

Para aliados, Tarcísio teria criticado a exclusão de Jair Bolsonaro da disputa presidencial de 2026, sem questionar o sistema eletrônico de votação

     Tarcísio de Freitas (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Aliados do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), saíram em sua defesa após repercussão negativa de uma fala feita por ele na última sexta-feira (18), quando comentou a ação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro (PL). As informações são da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.

Na ocasião, Tarcísio afirmou, em suas redes sociais para afirmar que“não haverá pacificação enquanto não encontrarmos o caminho do equilíbrio. Não haverá paz social sem paz política, sem visão de longo prazo, sem eleições livres, justas e competitivas. A sucessão de erros que estamos vendo acontecer afasta o Brasil do seu caminho”.

A declaração foi interpretada por setores do governo federal e por dirigentes do PT como uma insinuação de que o sistema eleitoral brasileiro não seria confiável — um discurso que ecoa a retórica bolsonarista e que, inclusive, está no centro da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado atribuída a Jair Bolsonaro e diversos aliados próximos.

Entretanto, segundo a reportagem, pessoas próximas ao governador relataram que sua intenção não foi colocar em xeque a integridade do processo eleitoral. Segundo esses interlocutores, Tarcísio teria buscado apenas criticar a exclusão de Bolsonaro da disputa presidencial de 2026, sem fazer qualquer questionamento sobre a legitimidade do sistema eletrônico de votação. “Ele segue confiando no sistema eleitoral”, garantiram os aliados.

A manifestação do governador aconteceu um dia após a Justiça impor novas medidas restritivas a Bolsonaro, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica, no âmbito do inquérito que apura a existência de uma organização criminosa dedicada a fraudar documentos e planejar um golpe de Estado. Além de já estar inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente agora corre risco de ser preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

O episódio gerou especial estranhamento porque, em março deste ano, o próprio Tarcísio fez contundentes elogios à Justiça Eleitoral brasileira e ao sistema de votação eletrônica durante um evento público. Na ocasião, ele classificou o modelo como uma “referência para o mundo”.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo

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