
Um estudo publicado na Nature Human Behaviour apontou que adotar a semana de trabalho de quatro dias pode trazer benefícios significativos para a saúde e produtividade dos funcionários. A pesquisa analisou dados de quase 3 mil profissionais em 141 empresas de países como EUA, Reino Unido, Canadá e Austrália. As companhias testaram a escala 4×3 — quatro dias de trabalho e três de folga — sem redução salarial.
As empresas passaram por uma consultoria prévia para reorganizar processos e eliminar desperdícios, como reuniões desnecessárias. Após seis meses, os resultados mostraram redução de burnout, melhora na saúde mental e física, e aumento na satisfação profissional. Supervisores relataram ganhos ainda maiores, e mais de 90% das empresas decidiram manter o novo modelo de jornada após o fim do experimento.
A pesquisa foi liderada pela socióloga Wen Fan, do Boston College, com apoio da ONG 4 Day Week Global, que também atua no Brasil. A mudança foi bem-sucedida mesmo em ambientes presenciais, híbridos ou remotos. O estudo indica que os benefícios não estão ligados a um perfil específico de trabalhador, mas sim ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
No Brasil, o tema é debatido no Congresso, onde uma PEC tenta reduzir a jornada semanal para 36 horas. Porém, a proposta enfrenta resistência: 70% dos deputados são contra o fim da escala 6×1, segundo a Quaest. Ainda assim, os dados reforçam que uma jornada mais enxuta, com organização adequada, pode trazer ganhos para empresas e trabalhadores.
Fonte: DCM
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