quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Ministros do STF divergem de Moraes e querem levar julgamento de Bolsonaro ao plenário da Corte

Decisão de levar o caso à Primeira Turma gerou insatisfação entre magistrados, que defendem que o julgamento seja feito pelos 11 ministros da Corte

Estátua da Justiça em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal em Brasília e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes | REUTERS/Adriano Machado)

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão inconformados com a decisão do ministro Alexandre de Moraes de encaminhar o julgamento de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado à Primeira Turma da Corte. Para eles, o caso tem grande relevância e deveria ser analisado pelo plenário, com participação de todos os 11 ministros.“Não dá para julgar um ex-presidente desta forma”, afirmou um dos magistrados à coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

A principal argumentação contrária à decisão de Moraes é que os réus do 8 de janeiro foram julgados pelo colegiado completo, e o mesmo critério deveria ser aplicado a Bolsonaro. A Primeira Turma é composta por cinco ministros: além de Moraes, fazem parte Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. A previsão é de que todos votem pela condenação do ex-mandatário, garantindo uma decisão unânime.

Entre magistrados que não integram a Turma, a leitura é de que Moraes busca justamente evitar debates e divergências no plenário. Se o caso fosse julgado por todos os ministros, a condenação de Bolsonaro dificilmente seria evitada, mas não haveria unanimidade, expondo Moraes a possíveis contestações públicas.

Dois dos 11 ministros foram indicados por Bolsonaro: André Mendonça e Kassio Nunes Marques, ambos conhecidos por divergirem das posições do relator em casos semelhantes.

A diferença entre julgamento no plenário e na Primeira Turma ficou evidente no caso do primeiro réu do 8 de janeiro julgado, Aécio Lúcio Costa Pereira, condenado a 17 anos de prisão. Moraes propôs a pena máxima, enquanto Nunes Marques votou por uma pena de apenas 2 anos e seis meses, e Mendonça defendeu 7 anos e um mês. Houve ainda divergências de ministros como Luís Roberto Barroso, que fixou a pena em 11 anos e seis meses.

A sessão foi marcada por debates acalorados, incluindo um bate-boca entre Moraes e Mendonça sobre a tipificação dos crimes.

Ainda segundo a reoirtagem, a assessoria do STF informou que o regimento da Corte foi alterado no fim de 2023, determinando que processos penais sejam julgados pelas Turmas do Supremo, exceto em casos envolvendo presidentes da República, da Câmara ou do Senado no exercício do cargo. Por essa razão, os réus do 8 de janeiro foram julgados antes pelo plenário, e Bolsonaro será avaliado pela Turma.

Contudo, a regra não torna obrigatório que o caso do ex-presidente siga esse caminho. Moraes tem autonomia para decidir, e os ministros da Primeira Turma ainda podem levar o caso ao plenário caso considerem necessário. Os advogados de Bolsonaro já preparam recurso para questionar a decisão e exigir que o julgamento ocorra com todos os ministros do STF.

Fonte: Brasil 247

Lei citada pela PGR em denúncia contra Bolsonaro foi sancionada pelo próprio ex-mandatário em 2021

PGR acusa Jair Bolsonaro e seus aliados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa

Jair Bolsonaro em São Paulo - 25/03/2024 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta terça-feira (18), Jair Bolsonaro e outros 33 aliados pela tentativa de golpe de Estado em 2022, apontando crimes contra a democracia que não precisam ser consumados para que haja punição. Segundo a lei brasileira, a tentativa de derrubar o governo eleito já configura crime, independentemente de a ruptura institucional ter se concretizado. A PGR acusa Bolsonaro e seus aliados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Os dois primeiros delitos foram incluídos no Código Penal em 2021 pela Lei do Estado Democrático de Direito, sancionada pelo próprio Bolsonaro, destaca o g1. Essa legislação prevê punição não apenas para golpes bem-sucedidos, mas também para tentativas, garantindo que qualquer ataque à ordem democrática seja passível de responsabilização.

Na denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PGR detalha três principais crimes atribuídos ao ex-mandatário e seus aliados:

☉ Abolição violenta do Estado Democrático de Direito (Art. 359-L do Código Penal)

Crime: Tentar, com violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais.

Pena: 4 a 8 anos de prisão.

☉ Golpe de Estado (Art. 359-M do Código Penal)

Crime: Depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído.

Pena: 4 a 12 anos de prisão.

☉ Organização criminosa (Lei 12.850/2013)

Crime: Constituir, financiar ou integrar organização criminosa para cometer infrações penais.

Pena: 3 a 8 anos de prisão.

Ainda de acordo com a reportagem, a PGR reforça que, no direito brasileiro, a simples tentativa de subverter a ordem democrática já é considerada crime, mesmo que não tenha sido concretizada. Isso ocorre porque, se um golpe de Estado se efetiva, o regime democrático deixa de existir, impossibilitando a responsabilização dos envolvidos.

Por essa razão, a legislação não exige que o ataque às instituições tenha sucesso para que os autores sejam punidos. A intenção, a mobilização e o uso de violência ou ameaça já são suficientes para a condenação. A inclusão desses dispositivos no Código Penal teve como objetivo justamente proteger a integridade das instituições democráticas e evitar a impunidade de ações golpistas.

A ironia da denúncia apresentada pela PGR é que os crimes pelos quais Bolsonaro está sendo acusado foram inseridos no Código Penal por meio de uma lei sancionada por ele próprio em 2021. A Lei do Estado Democrático de Direito substituiu a antiga Lei de Segurança Nacional, endurecendo as regras contra tentativas de golpe e ataques às instituições.

Agora, essa mesma legislação está sendo usada para enquadrar Bolsonaro e seus aliados na tentativa de manter o poder à força. Caso seja condenado pelos três crimes, o ex-presidente pode enfrentar mais de 30 anos de prisão, a depender da somatória das penas. Com a formalização da denúncia, o STF decidirá se aceita a acusação e transforma Bolsonaro em réu, abrindo caminho para o julgamento que deve acontecer ainda este ano.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

PGR “fatiou” inquérito do golpe e adiou denúncias sobre joias e cartão de vacina para acelerar julgamento de Bolsonaro

A expectativa é de que o julgamento ocorra ainda em 2025

     Paulo Gonet (à esq.) e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil I Divulgação )

A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu encaminhar nesta terça-feira (19) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a denúncia “fatiada” contra os citados no inquérito do golpe, informa o g1. A primeira fase descreve uma tentativa de ruptura para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e garantir uma ação militar para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Além de fatiar as denúncias, a PGR deixou outras investigações, como a venda de joias e a falsificação do cartão de vacinas,para outra etapa. A avaliação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, é de que as provas da tentativa de golpe eram mais robustas para garantir uma denúncia sólida. Para os demais casos, existe a possibilidade de arquivamento em relação a algumas pessoas citadas nas investigações da Polícia Federal.

A estratégia da PGR busca acelerar o julgamento. A expectativa é de que a Primeira Turma do STF decida se acata ou não a denúncia em março. Antes, o relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, abrirá um prazo de quinze para a defesa contestar a denúncia do procurador-geral. A Corte deseja encerrar o julgamento ainda nesse ano, evitando que o processo interfira nas eleições de 2026.

◎ A denúncia - A denúncia da PGR aponta Bolsonaro como o principal responsável por desenvolver a trama golpista a partir de junho de 2021, envolvendo a construção de um discurso e de ações para desacreditar as instituições democráticas e as urnas eletrônicas, com tentativas de criar artificialmente fraudes no sistema eleitoral para tentar anular as eleições.

Após fracassar nessa etapa, aliados do ex-presidente arquitetou um plano que previa o assassinato de Lula, do ministro Alexandre de Moraes e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Segundo a denúncia, Bolsonaro tinha conhecimento desse plano.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Bolsonaro pode pegar 43 anos de prisão como líder da trama golpista

Agora, caberá ao STF decidir o futuro de Bolsonaro e dos demais denunciados

     Jair Bolsonaro - 25/11/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou nesta terça-feira (18) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado. A denúncia, baseada nas investigações da Polícia Federal (PF), foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aponta que Bolsonaro não apenas tinha conhecimento da conspiração, mas atuou diretamente como seu líder. A informação foi detalhada pelo jornalista Fausto Macedo, do jornal Estado de S. Paulo.

Segundo Gonet, a organização criminosa liderada pelo ex-presidente possuía um "projeto autoritário de poder" com forte influência de setores militares. Entre os denunciados, 23 são militares, incluindo o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022.

Se condenado pelos crimes listados na denúncia, Bolsonaro pode enfrentar mais de 43 anos de prisão. A defesa do ex-presidente, no entanto, rebateu as acusações e alegou que não há provas que o conectem diretamente ao plano. “Nenhum elemento que conectasse minimamente o presidente à narrativa construída na denúncia foi encontrado”, afirmaram seus advogados em nota.

◎ Os crimes atribuídos a Bolsonaro e aliados

A denúncia detalha os crimes que teriam sido cometidos na tentativa de subverter a ordem democrática. São eles:

● Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito – pena de 4 a 8 anos de prisão;
● Golpe de Estado – pena de 4 a 12 anos de prisão;
● Organização criminosa armada – pena de 3 a 8 anos, podendo chegar a 17 anos com agravantes;
●Dano qualificado contra patrimônio da União e ameaça grave – pena de 6 meses a 3 anos;
● Deterioração de patrimônio tombado – pena de 1 a 3 anos.

A denúncia de 272 páginas foi encaminhada à Primeira Turma do STF, que decidirá se há elementos suficientes para a abertura de uma ação penal. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes.

◎ A reunião com a cúpula militar e o ‘ato de insurreição’

Um dos principais elementos citados na denúncia é a reunião realizada em 14 de dezembro de 2022, entre Bolsonaro, os comandantes das Forças Armadas e o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. Segundo a Polícia Federal, esse encontro teria sido uma ação preparatória para a tentativa de golpe, frustrada pela falta de adesão da cúpula do Exército.

“O Presidente da República, que é a autoridade suprema das Forças Armadas, reuniu a cúpula dessas Forças para expor um planejamento minuciosamente concebido para romper com a ordem constitucional. Tem-se um ato de insurreição em curso, apenas ainda não consumado em toda a sua potencialidade danosa”, descreve Gonet na peça enviada ao STF.

◎ Plano de assassinato de Lula, Alckmin e Moraes

Outro ponto grave da denúncia diz respeito à suposta anuência de Bolsonaro ao chamado "Plano Punhal Verde e Amarelo", que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes. De acordo com Gonet, o ex-presidente "tinha conhecimento e concordou com o plano".

◎ Bolsonaro já foi indiciado em outros casos

Além da denúncia no inquérito do golpe, Bolsonaro já foi indiciado em outras investigações conduzidas pela PF. Os casos incluem a suposta fraude em seu cartão de vacinação e o esquema de desvio e venda de joias do acervo presidencial.

A investigação da tentativa de golpe consolida as diferentes frentes de apuração envolvendo o ex-presidente, tornando-se a peça central de sua responsabilização criminal.

◎ Lista completa dos denunciados

Além de Bolsonaro, foram denunciados:

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros
  • Alexandre Ramagem
  • Almir Garnier Santos
  • Anderson Torres
  • Angelo Martins Denicoli
  • Augusto Heleno
  • Bernardo Romão Correa Netto
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
  • Cleverson Ney Magalhães
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira
  • Fabrício Moreira de Bastos
  • Fernando de Sousa Oliveira
  • Filipe Garcia Martins
  • Giancarlo Gomes Rodrigues
  • Guilherme Marques de Almeida
  • Hélio Ferreira Lima
  • Marcelo Bormevet
  • Márcio Nunes de Rezende Júnior
  • Marcelo Costa Câmara
  • Mario Fernandes
  • Marília Ferreira de Alencar
  • Mauro Cid
  • Nilton Diniz Rodrigues
  • Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho
  • Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
  • Rafael Martins de Oliveira
  • Reginaldo de Oliveira Abreu
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo
  • Ronald Ferreira de Araujo Júnior
  • Silvinei Vasques
  • Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros
  • Walter Souza Braga Netto
  • Wladimir Matos Soares

 A defesa de Bolsonaro e Braga Netto

A defesa de Bolsonaro reagiu com indignação à denúncia da Procuradoria-Geral da República. Em nota, seus advogados afirmaram que "nenhum elemento que conectasse minimamente o presidente à narrativa construída na denúncia foi encontrado", e classificaram a peça como "precariedade, incoerência e ausência de fatos verídicos".

Já os advogados do general Braga Netto, também denunciado, classificaram as acusações como "fantasiosas" e criticaram o fato de o ex-ministro estar preso há mais de 60 dias sem acesso integral aos autos do processo. “É inadmissível que, num Estado Democrático de Direito, tantas violações ao direito de defesa sejam feitas de maneira escancarada”, afirmaram em nota.

Agora, caberá ao STF decidir o futuro de Bolsonaro e dos demais denunciados.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Bolsonaro se reúne com oposição um dia após denúncia da PGR por tentativa de golpe

Deputados articulam ofensiva contra o STF e pressionam por anistia aos golpistas do 8 de janeiro

      Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Jair Bolsonaro (PL) participa, na manhã desta quarta-feira (19), de uma reunião com deputados da oposição. O encontro, segundo a jornalista Camila Bomfim, do g1, foi articulado pelo deputado Coronel Zucco (PL) e ocorre um dia após a Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizar a acusação contra o ex-mandatário, apontando-o como líder de uma organização criminosa que tentou um golpe de Estado no Brasil.

A pauta central da reunião será a anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, uma bandeira que a oposição pretende usar para intensificar ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Vamos falar sobre os excessos em relação ao 8 de janeiro, sim. Uma pessoa que passou um batom numa vidraça não pode ter pena maior que um assassino”, afirmou Coronel Zucco ao g1.

Além da ofensiva contra o STF, advogados ligados à oposição planejam acionar a Corte para contestar as condenações. Paralelamente, parlamentares tentam viabilizar a votação de um projeto na Câmara que concederia anistia aos envolvidos nos atos golpistas.

Outro ponto da conversa será a estratégia política para desgastar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A oposição busca maneiras de explorar as fragilidades da gestão petista e fortalecer sua base de apoio.

Diante do agravamento das investigações e do risco de um processo no STF que pode levá-lo à prisão, Bolsonaro optou pela articulação política e pelo discurso público para minimizar os impactos da denúncia da PGR. Sua presença em reuniões como a desta quarta-feira e a insistência de que "não há preocupação" com a acusação fazem parte dessa estratégia.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Defesa de Bolsonaro reage à denúncia da PGR e fala em 'indignação' e 'estarrecimento'

Advogados de Jair Bolsonaro criticam delação de Mauro Cid e dizem que denúncia é "narrativa fantasiosa"

     Paulo Gonet (à esq.) e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil I Divulgação )

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) manifestou "indignação e estarrecimento" com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que o acusa de chefiar uma organização criminosa para romper a ordem democrática no Brasil. A reação veio por meio de nota divulgada nesta quarta-feira (28), na qual os advogados do ex-mandatário alegam que as investigações não encontraram provas concretas que o vinculem diretamente a uma suposta tentativa de golpe de Estado, informa o g1.

No comunicado, os advogados afirmam que, mesmo após quase dois anos de apuração, incluindo a prisão de aliados próximos e a análise de dispositivos eletrônicos do ex-presidente, não há elementos que sustentem a acusação. A defesa classificou a denúncia como uma "narrativa fantasiosa" baseada exclusivamente em uma delação premiada, cujas versões teriam sido alteradas diversas vezes pelo colaborador.

Leia a nota na íntegra:

A defesa do Presidente Jair Bolsonaro recebe com estarrecimento e indignação a denúncia da Procuradoria-Geral da República, divulgada hoje pela mídia, por uma suposta participação num alegado golpe de Estado.

O Presidente jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam.

A despeito dos quase dois anos de investigações — período em que foi alvo de exaustivas diligências investigatórias, amplamente suportadas por medidas cautelares de cunho invasivo, contemplando, inclusive, a custódia preventiva de apoiadores próximos —, nenhum elemento que conectasse minimamente o Presidente à narrativa construída na denúncia, foi encontrado.

Não há qualquer mensagem do Presidente da República que embase a acusação, apesar de uma verdadeira devassa que foi feita em seus telefones pessoais.


A inepta denúncia chega ao cúmulo de lhe atribuir participação em planos contraditórios entre si e baseada numa única delação premiada, diversas vezes alteradas, por um delator que questiona a sua própria voluntariedade. Não por acaso ele mudou sua versão por inúmeras vezes para construir uma narrativa fantasiosa.

O Presidente Jair Bolsonaro confia na Justiça e, portanto, acredita que essa denúncia não prevalecerá por sua precariedade, incoerência e ausência de fatos verídicos que a sustentem perante o Judiciário.


Defesa do Presidente Jair Bolsonaro

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Bolsonaro sabia e aprovou plano para matar Lula e Moraes, diz PGR

Áudio trocado por assessores 'não deixa dúvidas de que a ação era conhecida e autorizada por Bolsonaro, que esperava sua execução em dezembro'

Alexandre de Moraes, Lula e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS)

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou nesta terça-feira (18) uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) que aponta o envolvimento direto de Jair Bolsonaro (PL) em um plano para assassinar o presidente Lula (PT) e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Segundo o documento, Bolsonaro não apenas sabia do plano, como também deu aval para sua execução.

Se aceita pelo STF, a denúncia transformará Bolsonaro em réu, fazendo com que ele responda a um processo penal na Corte. O documento da PGR detalha as ações que embasam as acusações e reforça que, desde 2021, Bolsonaro adotou uma postura de rompimento com a democracia.

◎ Plano de ataque e tentativa de golpe - A peça acusatória descreve uma estrutura criminosa dentro do Palácio do Planalto, conhecida como "Punhal Verde Amarelo", cujo objetivo era desestabilizar as instituições democráticas. A investigação da PGR aponta que o plano foi comunicado diretamente a Bolsonaro, que concordou com sua implementação. A intenção era promover um golpe de Estado e neutralizar o STF, além de eliminar Moraes e envenenar Lula.

O documento ainda ressalta que, enquanto esse plano era articulado, o Ministério da Defesa publicava relatórios nos quais admitia a ausência de fraudes nas eleições, o que desmontava a principal narrativa de Bolsonaro sobre um suposto resultado fraudulento.

◎ Áudio expõe Bolsonaro - Entre as provas apresentadas pela PGR, um áudio enviado pelo ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, Mauro Fernandes, ao ex-ajudante de ordens Mauro Cid, confirma que Bolsonaro tinha pleno conhecimento do plano e esperava sua execução antes do fim de seu mandato.

"O áudio não deixa dúvidas de que a ação violenta era conhecida e autorizada por Jair Messias Bolsonaro, que esperava a sua execução ainda no mês de dezembro", afirma Gonet na denúncia.

A PGR também identificou que Fernandes imprimiu três cópias do plano conspiratório, além de trocar mensagens em um grupo de WhatsApp chamado "Acompanhamento". Essas mensagens confirmam que reuniões no Palácio do Planalto discutiam a concretização do plano “Punhal Verde Amarelo”.

◎ Outros planos de golpe - A denúncia também revela outras iniciativas da organização criminosa liderada por Bolsonaro, que visava estabelecer controle absoluto sobre os Três Poderes. Entre os projetos mencionados, estava a criação de um "gabinete central" para administrar a nova ordem após um golpe de Estado.

Outro esquema detalhado no documento é a "Operação Copa 2022", que previa diversas etapas para gerar comoção social suficiente para convencer o Alto Comando do Exército a aderir à tentativa de golpe.

Fonte: Brasil 247

João Fonseca perde para Alexandre Müller e dá adeus ao Rio Open

Alexander Zverev estreia com vitória sobre chinês Bu Yunchaokete

Tênis - Copa Davis - Eliminatórias - Primeira Rodada - França x Brasil - Palais des Sports Jean Ros, Orleans, França - 1º de fevereiro de 2025 - João Fonseca durante sua partida contra o francês Ugo Humbert (Foto: REUTERS/Benoit Tessier)

Agência Brasil - Apesar de toda a expectativa criada em torno do seu nome, em especial após o título do ATP 250 de Buenos Aires (Argentina) no último domingo (16), o brasileiro João Fonseca foi desclassificado do Rio Open após ser derrotado pelo francês Alexandre Müller por 2 sets a 0, parciais de 1/6 e 6/7 (4/7), na noite desta terça-feira (18).

Após o revés, na partida válida pela primeira rodada daquele que é considerado o maior torneio de tênis da América do Sul, o carioca de 18 anos agradeceu o apoio da torcida que lotou o Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro: “Não foi o jogo que eu gostaria. Mas não poderia deixar de agradecer esta torcida maravilhosa. Foi uma honra”.

Zverev estreia com vitória

Já o cabeça de chave número um da competição, o alemão Alexander Zverev, superou o chinês Bu Yunchaokete por 2 sets a 0, parciais de 7/6 (7/4) e 6/4). O próximo compromisso do tenista número dois do mundo na competição será contra o cazaque Alexander Shevchenko.

Quem também iniciou a competição com vitória foi o argentino Sebastian Baez. O atual campeão do Rio Open superou o seu compatriota Roman Burruchaga por 2 sets a 0, parciais de 6/3 e 7/5.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Confira a lista completa dos denunciados pela PGR

Veja também as penas previstas para os crimes imputados aos envolvidos na trama golpista

Augusto Heleno e Walter Braga Netto (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil | Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A Procuradoria-Geral da República apresentou nesta terça-feira (18) suas denúncias contra Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados na investigação sobre a trama golpista.

Entre os crimes pelos quais os investigados foram indiciados estão golpe de Estado: 4 a 12 anos de prisão; abolição violenta do Estado democrático de Direito (4 a 8 anos de prisão), e formação de organização criminosa (3 a 8 anos de prisão).

1. Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional
2. Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marina
3. Alexandre Rodrigues Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin e deputado federal
4. Anderson Gustavo Torres, ex-ministro da Justiça
5. Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República
6. Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
7. Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa
8. Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa
9. Ailton Gonçalves Moraes Barros
10. Angelo Martins Denicoli
11. Bernardo Romão Correa Netto
12. Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
13. Cleverson Ney Magalhães
14. Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira
15. Fabrício Moreira de Bastos
16. Filipe Garcia Martins Pereira
17. Fernando de Sousa Oliveira
18. Giancarlo Gomes Rodrigues
19. Guilherme Marques de Almeida
20. Hélio Ferreira Lima
21. Marcelo Araújo Ormevet
22. Marcelo Costa Câmara
23. Márcio Nunes de Resende Júnior
24. Mario Fernandes
25. Marília Ferreira de Alencar
26. Nilton Diniz Rodrigues
27. Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho
28. Rafael Martins de Oliveira
29. Reginaldo Vieira de Abreu
30. Rodrigo Bezerra de Azevedo
31. Ronald Ferreira de Araujo Junior
32. Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros
33. Silvinei Vasques
34. Wladimir Matos Soares

Fonte: Brasil 247

Gonet denuncia Bolsonaro, Heleno e Braga Netto, por tentativa de golpe de Estado e STF vai decidir se torna réus os acusados

General Paulo Sergio e Almirante Garnier, além de Mauro Cid, Ramagem e Anderson Torres também foram denunciados


A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado em 2022.

Bolsonaro foi denunciado pelos crimes:

    ☉ Golpe de Estado
    ☉ Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
    ☉ Organização Criminosa

Se a denúncia for aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro se tornará réu e passará a responder a um processo penal no tribunal.

Os investigados por tentativa de golpe de Estado, ao todo, são:

Alexandre Rodrigues Ramagem

Crimes: 
    ☉ Golpe de Estado, 
    ☉ Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, 
    ☉ Organização Criminosa.

Almir Garnier Santos

Crimes: 
    ☉ Golpe de Estado, 
    ☉ Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, 
    ☉ Organização Criminosa.

Anderson Gustavo Torres

Crimes: 
    ☉ Golpe de Estado, 
    ☉ Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, 
    ☉ Organização Criminosa.

Augusto Heleno Ribeiro Pereira

Crimes: 
    ☉ Golpe de Estado, 
    ☉ Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, 
    ☉ Organização Criminosa.

Jair Messias Bolsonaro

Crimes: 
    ☉ Golpe de Estado, 
    ☉ Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, 
    ☉ Organização Criminosa.

Mauro César Barbosa Cid

Crimes: 
    ☉ Golpe de Estado, 
    ☉ Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, 
    ☉ Organização Criminosa.

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira

Crimes: 
    ☉ Golpe de Estado, 
    ☉ Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, 
    ☉ Organização Criminosa.

Walter Souza Braga Netto

Crimes: 
    ☉ Golpe de Estado, 
    ☉ Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, 
    ☉ Organização Criminosa.

Fonte: Agenda do Poder

Governo abre nova chamada para o PAA em busca de aumento na produção de alimentos

Conab receberá propostas de agricultores familiares até o dia 20 de março; orçamento será definido com base na demanda


A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) lançou, nesta terça-feira (18), o novo chamamento para propostas de inclusão no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que prevê a compra de alimentos da agricultura familiar por escolas e instituições públicas. Os agricultores interessados em se inscrever no programa terão até o dia 20 de março para enviar suas propostas a partir do sistema PAANet. O programa é uma das apostas do governo federal para ajudar a reduzir o preço dos alimentos.

“Esse é um dos grandes instrumentos do governo federal, do presidente Lula, para a gente contribuir com a produção de alimentos e, consequentemente, ser um dos grandes instrumentos do governo para erradicar a fome novamente no nosso país”, declarou o presidente da Conab, Edegar Pretto (PT), que informou que a última edição do programa teve 70% dos projetos liderados por mulheres. “O PAA verdadeiramente é um programa financeiro que empodera, que traz a liberdade econômica, especialmente, nesse caso, para as mulheres trabalhadoras rurais”, afirmou.

O chamamento público foi aberto ainda sem definição do orçamento que garantirá a operacionalização do programa. Essa foi uma determinação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para que o orçamento seja definido de acordo com a demanda apresentada.

Elizabeta Recine, presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), saudou a abertura do novo edital do PAA e destacou o caráter estrutural do programa. “Todas as pesquisas mostram que as maiores desigualdades não em termos quantitativos absolutos, mas em termos relativos à pobreza e à fome, estão no meio rural, estão nos povos e comunidades tradicionais, estão nos povos indígenas”, destacou. “É assim que a gente muda de fato, de maneira sustentável o nosso país”, completou Recine.

Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), destacou a necessidade de ampliação dos projetos voltados para a agricultura familiar, para além da aquisição de alimentos pelo Estado. “Nós temos que dar passos além do PAA, além de todas essas coisas. O presidente quer mais tecnologias para os pequenos, quer os pequenos tendo condição de cada vez poder ter espaço para comercialização dos seus produtos, tanto dentro do Brasil como fora do Brasil. Garantir que a gente tenha as condições de seguir crescendo”, disse o ministro, que defendeu uma articulação para o fortalecimento das experiências de cozinhas solidárias pelo país.

Diego Moreira, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), afirma que se trata de um dos melhores programas para a produção agrícola familiar do país, mas cobra mais investimentos.

“O PAA permite a diversificação da produção e, à medida que a família diversifica a produção, ela melhora sua facilidade de alimentação e, consequentemente, ela tem uma maior quantidade de oferta de produto para o mercado nacional. Além de garantir renda, qualidade de vida para a família assentada, esse alimento chega até a mesa de quem mais precisa”, destaca. “O programa precisa chegar nas pessoas de uma forma mais acelerada, porque o tempo é curto, a fome ainda bate à porta das pessoas e o número de famílias que são beneficiadas pelo PAA ainda é muito pequeno”, pondera.

Os critérios, requisitos e documentos necessários para a apresentação de propostas estão disponíveis no site da Conab.

◉ Reforma agrária continua sendo uma promessa

“Se todos fossem ser iguais a você, que maravilha viver”, brincou o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, parafraseando verso de Tom Jobim, em homenagem ao PAA. “Esse é um dos programas mais virtuosos que existe no nosso país”, afirmou o ministro, que destacou avanços no acesso ao crédito rural e no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

O chefe do MDA disse ainda que os primeiros governos do presidente Lula tiveram uma média de 60 mil famílias assentadas no programa de reforma agrária. Embora não tenha comentado a inexistência de novos assentados no governo Lula 3, Teixeira afirmou que a meta é assentar 60 mil famílias até o final de 2026, sendo 12 mil nos próximos meses.

Diego Moreira afirma que o ministro trata de calibrar os números, de acordo com a demanda apresentada pelo MST. No entanto, não logra atender à expectativa do movimento em relação às famílias que permanecem acampadas, à espera de regularização. De acordo com a organização, atualmente, existem cerca de 65 mil famílias, apenas nos acampamentos coordenados pelo MST.

“Nós apresentamos uma demanda quando iniciou o governo. Essa demanda foi desconsiderada. E eu acho que agora eles estão tentando colocar um número razoável, de acordo com o número de famílias que nós tínhamos colocado, que estavam acampadas no início do governo. Esse número praticamente dobrou, e então acho que a régua continua baixa”, criticou o dirigente.

◉ Safra recorde e recuperação dos armazéns

Segundo Pretto, a Conab projeta uma safra recorde no país, com destaque para a retomada de áreas de cultivos de alimentos da cesta básica. “Nós estamos hoje com muita alegria, segundo os dados da Conab, projetando uma safra de 325,7 milhões de toneladas de grãos. Será a maior safra agrícola da história do Brasil”, declarou.

“A terra, o terreno produzindo arroz e feijão, que na última década vendeu 1,4 milhão de hectares no arroz, nós estamos retomando. Voltaremos a produzir 12 milhões de toneladas de arroz, quase 4 milhões de toneladas de feijão, já que a safra do ano passado já foi uma safra de recuperação. Com isso, mais feijão, mais arroz, mais hortaliças, mais frutas produzindo e a possibilidade do preço menor para os consumidores”, concluiu.

O presidente da Conab também anunciou que a empresa vem recuperando suas estruturas de armazenamento de alimentos pelo país, e que em breve, terá a capacidade de armazenar 1,2 milhão de toneladas de produtos.

“Agora, a segurança alimentar e nutricional vai estar em segurança verdadeiramente. Tendo comida para o momento estacional, para o momento de uma seca, de uma enchente em uma região produtora. A gente tem o produto no estoque, bota no mercado e pode equilibrar o preço para os consumidores. Tendo o lugar para guardar, quando ocorre uma supersafra, a gente alcança a mão para os agricultores, a gente compra mais, faz estoque. É a mão amiga do governo para quem produz e a mão amiga para quem consome.”

◉ O que é o PAA?

O PAA foi criado em 2003, ainda no primeiro mandato do presidente Lula, como parte da estratégia do Fome Zero. O objetivo do programa é incentivar a produção agrícola familiar e fortalecer a segurança alimentar das famílias brasileiras, sobretudo as de maior vulnerabilidade. O PAA funciona a partir de seis modalidades: compra com doação simultânea, compra direta, apoio à formação de estoques, incentivo à produção e ao consumo de leite, compra institucional e aquisição de sementes.

Os alimentos são fornecidos por assentados da reforma agrária, extrativistas, pescadores artesanais, indígenas, comunidades quilombolas e outros povos tradicionais. A aquisição é destinada a pessoas em situação de insegurança alimentar e escolas públicas, além de abastecer os estoques públicos de alimentos.

Em 2021, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o PAA foi substituído pelo Programa Alimenta Brasil e sofreu forte desinvestimento. Em 2023 o programa foi retomado pela atual gestão, com um orçamento inicial de R$ 500 milhões.

Edição: Nicolau Soares

Fonte: Brasil de Fato