sábado, 14 de dezembro de 2024

“Prisão de Braga Netto até demorou e agora é preciso evitar a fuga dos demais golpistas", diz Jandira Feghali

Deputada do PCdoB afirma que o general golpista poderia ter sido preso antes

(Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados)

A prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice-presidente na chapa derrotada de 2022, marcou um novo capítulo nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil. Braga Netto foi detido pela Polícia Federal na manhã deste sábado (14), em sua residência no Rio de Janeiro, e está custodiado no Comando Militar do Leste. A operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), também incluiu buscas e apreensões em endereços associados ao militar.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) avaliou a prisão como tardia e cobrou monitoramento rigoroso sobre os demais envolvidos no golpe. “A prisão de Braga Netto até demorou. Ele já poderia ter sido preso antes, quando outros militares foram presos antes, na Operação Punhal Verde e Amarelo”, afirmou. Segundo a parlamentar, o general desempenhou um papel central no planejamento golpista: “Ele estava no centro da articulação golpista”.

◉ Braga Netto e o núcleo golpista

Feghali também apontou outros nomes ligados ao esquema, incluindo o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro. “O general Augusto Heleno é outro que estava totalmente comprometido com esse processo golpista, assim como Jair Bolsonaro. Ele está totalmente envolvido em tudo isso”, declarou a deputada.

De acordo com Feghali, é necessário que as investigações avancem para atingir todos os integrantes do núcleo conspiratório. A parlamentar destacou a necessidade de uma vigilância maior para evitar a fuga dos investigados: “Eu também tenho preocupação com fuga dos golpistas. Todos eles devem ser monitorados de perto”.

◉ A operação e o papel do STF

Em nota, a Polícia Federal explicou que a operação foi motivada pela tentativa de obstrução das investigações por parte dos envolvidos no golpe, o que justificou a prisão preventiva. Além disso, as medidas judiciais buscam evitar a reiteração das ações ilícitas.

Braga Netto, que foi um dos principais articuladores militares do governo Bolsonaro, é acusado de desempenhar um papel estratégico na tentativa de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o resultado das eleições de 2022. A detenção do general foi autorizada no âmbito de uma investigação ampla conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.

◉ Preocupação com a fuga e próximos passos

Para Jandira Feghali, a prisão de Braga Netto é apenas o início de um processo que deve alcançar outras figuras do alto escalão. “Agora é preciso evitar que esses golpistas escapem da Justiça. É inaceitável que tentem fugir ou manipular provas para impedir que a verdade venha à tona”, alertou.

A deputada destacou que o momento exige firmeza das instituições brasileiras para consolidar o Estado Democrático de Direito: “Estamos lidando com pessoas que atentaram contra a democracia e não podem sair impunes. É fundamental que todos sejam responsabilizados”.

A prisão de Braga Netto intensifica a pressão sobre outros envolvidos na tentativa de golpe e reforça o compromisso das autoridades brasileiras em garantir que os responsáveis sejam devidamente julgados e punidos. O caso continua em investigação, e a expectativa é de que novos desdobramentos aconteçam nas próximas semanas. Assista:

Fonte: Brasil 247

Gleisi:"punição para todos, a começar pelo chefe inelegível; sem anistia"

Presidente nacional do PT destaca importância da prisão de Braga Netto e reforça o enfrentamento à extrema direita no Brasil

Gleisi Hoffmann (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

A prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro e acusado de participação em um plano golpista, foi comemorada pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. Em declaração pública neste sábado (14), Gleisi sublinhou a gravidade dos crimes imputados a Braga Netto e outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, defendendo punição exemplar para todos os envolvidos.

"Braga Netto foi preso preventivamente porque tentou atrapalhar as investigações da polícia, isso depois de todos saberem que entregou dinheiro vivo em caixas de vinho, participando de plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Queriam se manter no governo a qualquer custo, para continuar a venda do país", afirmou Gleisi.

◉ Uma ação contra os ataques à democracia

A prisão de Braga Netto ocorreu durante operação da Polícia Federal, que cumpriu mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é investigado por tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula, eleito democraticamente em 2022. O militar está detido no Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro, e a operação também incluiu buscas em endereços associados ao general.

Gleisi ressaltou que a prisão de Braga Netto, a condenação de Roberto Jefferson a nove anos de prisão pelo STF e os avanços no processo de cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) representam passos significativos no enfrentamento às ameaças à democracia. Segundo ela, esses nomes são símbolos da cúpula bolsonarista que promoveu ódio e violência política no Brasil:

"Essa prisão, a condenação de Roberto Jefferson e a formação de maioria no TRE-SP para cassar a deputada Carla Zambelli por suas mentiras são notícias importantes no enfrentamento à extrema direita. São três nomes da cúpula bolsonarista que cometeram crimes gravíssimos contra a democracia. Três incitadores do ódio e da violência política. Com essa gente não pode haver impunidade."

◉ "Sem anistia"

Para a presidente do PT, é fundamental que as punições não se limitem a figuras intermediárias, mas cheguem ao núcleo central do bolsonarismo, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ataques às urnas eletrônicas.

"Punição para todos, a começar pelo chefe inelegível. Sem anistia", afirmou Gleisi, ecoando um sentimento presente em parte da sociedade de que é necessário responsabilizar todas as figuras envolvidas em atos contra o Estado Democrático de Direito.

◉ A resposta da Justiça

A operação contra Braga Netto e os desdobramentos em casos envolvendo outros membros do bolsonarismo são interpretados como sinais do fortalecimento das instituições brasileiras no combate às ameaças à democracia. O STF e outros órgãos têm intensificado ações contra grupos e lideranças que, segundo as investigações, atuaram para minar o processo eleitoral e a estabilidade política do país.

Para Gleisi, este é apenas o início de um processo mais amplo de responsabilização: "Com essa gente, não pode haver impunidade."

Fonte: Brasil 247

Confira na íntegra a decisão de Alexandre de Moraes que autorizou a prisão de Braga Netto

Braga Netto é suspeito de obstrução de Justiça por tentar atrapalhar as investigações sobre a tentativa de golpe em 2022

Ministro do STF Alexandre de Moraes 18/06/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A Polícia Federal prendeu neste sábado (14) o general Walter Braga Netto por participação em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. As investigações mostram que Braga Netto e o ex-presidente Jair Bolsonaro eram os principais articuladores da trama golpista.

Segundo a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF,) que autorizou a prisão, as investigações da operação Contragolpe e depoimentos do colaborador Mauro Cid “revelaram a gravíssima participação de Walter Souza Braga Netto nos fatos investigados, em verdadeiro papel de liderança, organização e financiamento, além de demostrar relevantes indícios de que o representado atuou, reiteradamente, para embaraçar as investigações”.

A PF apontou que o general teria atuado para obter informações sobre a delação premiada de Mauro Cid e na obtenção e entrega de recursos financeiros para execução de monitoramento de alvos e planejamento de sequestros e, possivelmente, homicídios de autoridades.


Fonte: Brasil 247

PF enviará novos dados sobre inquérito do golpe ao STF e PGR

Os agentes da PF continuam com etapas da investigação que visa apurar indícios de tentativa de golpe de Estado

Agentes da Polícia Federal (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

A operação da Polícia Federal (PF) que prendeu na manhã deste sábado (14) o general Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa, da Casa Civil e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, ainda está em andamento. Segundo a jornalista Ana Flor, do g1, os agentes continuam com etapas da investigação que visa apurar indícios de tentativa de golpe de Estado. A ação busca reforçar os dados já repassados à Procuradoria-Geral da República (PGR).

O inquérito, que tramita na PGR desde o mês de novembro, examina elementos relacionados ao cenário golpista e está sob análise do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). A PF já concluiu parte da investigação, mas novas provas e o depoimento de Braga Netto devem fornecer informações cruciais para dar prosseguimento ao caso. O interrogatório ocorrerá na tarde deste sábado, no Rio de Janeiro.

De acordo com fontes próximas ao cenário investigativo, as informações coletadas ao longo da operação e durante o depoimento serão enviadas ao STF e à PGR. A expectativa é que a análise seja concluída até março, embora as novas provas possam antecipar esse prazo. Nove integrantes do Ministério Público Federal estão envolvidos no caso, com o próprio procurador-geral, Paulo Gonet, acompanhando de perto a evolução da investigação.

Com o andamento da operação, surgem novas expectativas sobre as implicações da prisão de Braga Netto e seu impacto nas investigações em curso. O cenário indica que a análise aprofundada do caso poderá redefinir prazos e conclusões, especialmente diante do peso das novas informações levantadas pela PF.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Bolsonaristas acreditam que Braga Netto caiu em armadilha de família de Mauro Cid

A Polícia Federal prendeu o general Walter Braga Netto em operação neste sábado

Mauro Cid (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado )

Aliados próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sugerem que os detalhes da prisão do general Walter Braga Netto indicam uma possível armadilha, articulada pelo general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, informa a Folha de S. Paulo. De acordo com informações, mensagens revelam que Lourena Cid entrou em contato com Braga Netto em setembro do ano passado, para assegurar que seu filho não estaria colaborando com a Justiça através de uma delação premiada, apesar de essa colaboração já ter sido fechada e homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Os aliados de Bolsonaro relatam que Braga Netto demonstrava dificuldade em acreditar que alguém da confiança do Exército, como Mauro Cid — integrante dos "kids pretos", referência às forças especiais de elite do Exército —, poderia entregar colegas de farda e figuras próximas do governo em uma estratégia de delação. Isso teria, segundo esses interlocutores, levado o ex-ministro a se abrir para contatos posteriores, fornecendo involuntariamente informações sensíveis à Polícia Federal.

Nesse cenário, Braga Netto teria gerado provas contra si mesmo e outros envolvidos no caso da tentativa de golpe de Estado, ao compartilhar detalhes que posteriormente foram utilizados na investigação. A percepção é de que a abordagem de Lourena Cid teria sido uma manobra estratégica para enfraquecer a posição do general e consolidar novas informações no inquérito.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Randolfe: "Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer como República, mas, hoje, é um dia histórico nessa caminhada"

A Polícia Federal prendeu, na manhã deste sábado (14), o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro

Randolfe Rodrigues (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

A prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ocorrida na manhã deste sábado (14), marca um momento inédito na história do Brasil e gerou forte repercussão política. Ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa derrotada em 2022, Braga Netto foi detido pela Polícia Federal (PF) sob a acusação de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

O senador Randolfe Rodrigues, um dos principais líderes do governo no Congresso, destacou a importância do episódio para o fortalecimento da democracia no Brasil. Em declaração, Randolfe afirmou:

"A decretação de prisão de quem quer que seja não é razão para celebração. Dito isto, o fato de que pela primeira vez na história do Brasil, um general de quatro estrelas é preso por tentativa de Golpe de Estado, é por si só um sinal de que avançamos como democracia constitucional. O Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer como República mas, hoje, é um dia HISTÓRICO nessa caminhada."

A operação da Polícia Federal

A ação foi conduzida pela Polícia Federal com base em mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além da prisão preventiva de Braga Netto, dois mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar foram cumpridos em endereços ligados ao militar. De acordo com a PF, os investigados estavam obstruindo a produção de provas durante o inquérito que apura a tentativa de golpe.

Braga Netto foi detido em sua residência no Rio de Janeiro e levado ao Comando Militar do Leste, onde permanecerá sob custódia enquanto as investigações prosseguem. Em nota, a Polícia Federal declarou:

"As medidas judiciais têm como objetivo evitar a reiteração das ações ilícitas."

Um marco na República

A prisão de Braga Netto, general de quatro estrelas e figura de alta patente no Exército Brasileiro, representa um marco histórico. Nunca antes um militar deste nível havia sido detido sob a acusação de envolvimento em atos golpistas contra a democracia.

Para Randolfe Rodrigues, o episódio reflete um avanço na consolidação da democracia no Brasil, que ainda enfrenta desafios significativos para superar as ameaças ao Estado Democrático de Direito. A declaração do senador ecoa o sentimento de que a responsabilização de figuras poderosas é essencial para fortalecer as instituições republicanas e garantir a confiança da sociedade no sistema de Justiça.

Fonte: Brasil 247

"Grande dia!", diz Padilha, ao celebrar a prisão de Braga Netto

Netto é acusado de planejar o assassinato de Lula, de Alexandre de Moraes, além de articular um golpe de Estado

Alexandre Padilha (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, celebrou neste sábado (14) a prisão de Walter Braga Netto, ex-ministro e uma das figuras mais influentes do governo Bolsonaro. Braga Netto é acusado de planejar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, além de articular um golpe de Estado.

Em uma publicação nas redes sociais, Padilha resumiu a repercussão do caso com a frase: “Grande dia!”. Ele reforçou ainda a posição do governo federal contra qualquer ameaça ao regime democrático, destacando que "crimes contra o Estado Democrático de Direito não serão tolerados".

A declaração de Padilha faz referência ao manifesto apresentado na última quinta-feira (12) durante uma reunião do Plenário do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, o “Conselhão”. Segundo o ministro, o documento deixa claro o compromisso do governo com a Justiça e com a democracia:

“O manifesto apresentado no Pleno do Conselhão na última quinta-feira reafirma: proteger o Brasil exige compromisso com a Justiça e a defesa intransigente da democracia.”


Fonte: Brasil 247

Braga Netto procurou pai de Cid para obter dados sigilosos; prisão foi embasada em depoimento do ex-assistente

Delação premiada do tenente-coronel apontou obstrução de Justiça
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Foto: Edilson Rodrigues-Agência Senado

A prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), foi fundamentada em um conjunto de provas apresentado pelo tenente-coronel Mauro Cid, em sua delação premiada firmada com a Polícia Federal (PF). A ordem de prisão foi emitida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e cumprida neste sábado (14). A informação foi divulgada pelo UOL.

Segundo relatos de Mauro Cid, Braga Netto procurou pai de Cid para obter dados sigilosos sobre os detalhes da delação premiada assim que o acordo foi firmado com a PF, em setembro de 2023. Para os investigadores, essa tentativa caracteriza obstrução de Justiça, especialmente considerando que um documento com informações sobre o conteúdo da delação foi apreendido na sala do coronel Flávio Peregrino, assessor direto de Braga Netto.

De acordo com o inquérito da PF, o general também é suspeito de financiar militares conhecidos como "kids pretos", integrantes das Forças Especiais. Esses militares teriam monitorado os passos do ministro Alexandre de Moraes, do STF. "Braga Netto deu dinheiro em caixas de vinhos para eles", afirmou Mauro Cid em depoimento.

◉ Provas e conexões

A documentação apreendida na posse de Flávio Peregrino reforçou as suspeitas de vazamento de informações confidenciais a Braga Netto, segundo a PF. Esses elementos se somaram à delação de Mauro Cid, que descreveu com detalhes as movimentações financeiras e a logística por trás da tentativa de vigilância sobre Moraes.

A conclusão do inquérito também aponta que Braga Netto teria atuado para dificultar as investigações da trama golpista, que buscava anular as eleições de 2022 e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

◉ Repercussão e silêncio da defesa

Até o momento, a defesa de Braga Netto não se pronunciou sobre as acusações. A prisão do general marca mais um desdobramento no cerco judicial contra figuras do alto escalão do governo Bolsonaro, investigadas por envolvimento em atos antidemocráticos e em tentativas de desestabilizar instituições democráticas.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Alexandre de Moraes retira sigilo dos autos e torna pública a ordem de prisão de Braga Netto; confira

Braga Netto e seu assessor são suspeitos de obstrução de Justiça por tentarem atrapalhar as investigações sobre a trama golpista em 2022

Alexandre de Moraes (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo dos autos e tornou pública a ordem de prisão contra o general Walter Braga Netto por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Braga Netto foi preso após uma operação da Polícia Federal na manhã deste sábado (14), que também incluiu buscas e apreensões em endereços associados ao militar. Ele está detido no Comando Militar do Leste.

Moraes também autorizou um mandado de busca e apreensão em relação a Flávio Botelho Peregrino, assessor do general. Além de participarem da trama golpista, eles são suspeitos de obstrução de Justiça por tentar atrapalhar as investigações sobre o episódio. Segundo a PF, o general teria atuado para obter informações sobre a delação premiada de Mauro Cid e na obtenção e entrega de recursos financeiros para execução de monitoramento de alvos e planejamento de sequestros e, possivelmente, homicídios de autoridades.

O ministro apontou que as investigações da operação Contragolpe e depoimentos do colaborador Mauro Cid “revelaram a gravíssima participação de Walter Souza Braga Netto nos fatos investigados, em verdadeiro papel de liderança, organização e financiamento, além de demostrar relevantes indícios de que o representado atuou, reiteradamente, para embaraçar as investigações”.





Fonte: Brasil 247



Braga Netto e Bolsonaro devem ser denunciados pela PGR no início de 2025

O general foi preso na manhã deste sábado após uma operação da Polícia Federal

Braga Netto e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)

Alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã deste sábado, o general do Exército Walter Braga Netto está entre os nomes indiciados no relatório final da PF no âmbito do chamado inquérito do golpe. Segundo O Globo, ele deve ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em janeiro de 2025, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos no caso.

A expectativa é que os procuradores responsáveis pela investigação apresentem ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos primeiros meses de 2025 uma decisão sobre a viabilidade de uma ação criminal contra os 37 nomes investigados no caso. Isso poderia permitir que o julgamento aconteça no primeiro semestre do próximo ano.

Caso o procurador-geral da República, Paulo Gonet, opte por apresentar a denúncia, o caso será remetido ao ministro Alexandre de Moraes, que é o relator no STF. O processo será inicialmente analisado pela Primeira Turma da Corte, composta por Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Luiz Fux e Moraes. Caso a denúncia seja recebida, os réus terão a oportunidade de apresentar suas defesas e arrolar testemunhas. O objetivo é que a resolução do caso ocorra em 2025, evitando que o processo interfira na eleição presidencial de 2026.

Braga Netto foi apontado pela Polícia Federal como membro de dois dos seis núcleos da suposta organização criminosa que teria sido articulada para tentar implementar um golpe de Estado no país. O ex-ministro teria ligação direta com os planos golpistas, conforme revelou o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Em seu depoimento à PF, Cid afirmou que uma reunião para planejar a trama ocorreu na residência de Braga Netto.

Além de ministro no governo Bolsonaro, Braga Netto foi também candidato a vice-presidente na chapa liderada por Jair Bolsonaro, que foi derrotada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. A defesa do general nega as acusações e afirmou estar preparada para contestar qualquer procedimento legal.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

“Até que enfim tomaram coragem de prender o Braga Netto", diz Helena Chagas

Segundo a jornalista, só falta subir mais um degrau e chegar a Bolsonaro

Helena Chagas, Braga Netto e uma arma (Foto: Felipe Gonçalves - 247 I Divulgação I Agência Brasil)

A prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice-presidente na chapa derrotada de 2022, marca um avanço nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. Detido pela Polícia Federal na manhã deste sábado (14), Braga Netto foi alvo de uma operação que incluiu buscas e apreensões em endereços relacionados a ele no Rio de Janeiro. O general está sob custódia no Comando Militar do Leste enquanto as investigações prosseguem.

Para a jornalista Helena Chagas, a operação representa um momento histórico no enfrentamento ao golpismo. Em uma publicação nas redes sociais, ela destacou a relevância da detenção: “Até que enfim tomaram coragem de prender o Braga Netto. A cautela justificou-se por se tratar de um general que está na reserva mas sempre foi muito articulado na hierarquia do Exército e benquisto no Alto Comando. Mas é, segundo muitas provas, um golpista”.

Helena ressaltou que a prisão do ex-ministro dissipa dúvidas sobre a seriedade da investigação: “Se não fosse para a cadeia, sempre haveria dúvidas de que a investigação e o processo seriam pra valer. Estamos vendo que é, e hoje é um dia histórico porque se chegou a um personagem desse quilate”.

A jornalista também destacou que o próximo passo deve ser atingir o ex-presidente Jair Bolsonaro: “Agora só falta subir mais um degrau e chegar em quem vocês sabem bem”.

A Polícia Federal explicou, em nota, que os mandados judiciais foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como parte de uma investigação que busca apurar a tentativa de golpe e evitar a obstrução de provas. Segundo o comunicado, as medidas visam impedir a continuidade de ações ilícitas e assegurar o curso das apurações.

Braga Netto é considerado uma figura central na articulação militar em apoio ao projeto golpista de Bolsonaro. A operação deste sábado reforça as expectativas de que outros envolvidos, incluindo o próprio ex-presidente, possam ser responsabilizados nos próximos desdobramentos do caso. Para setores democráticos, a prisão do general é um marco, mas o caminho para a plena responsabilização do golpe ainda exige avanços significativos.

Fonte: Brasil 247

PGR deu aval à prisão de Braga Netto

A detenção foi sustentada por novos elementos apresentados na investigação, incluindo depoimentos do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid

Paulo Gonet (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, deu sinal verde para a prisão do general Braga Netto, acusado de dificultar investigações relacionadas a uma suposta tentativa de golpe de Estado para assegurar a permanência do ex-presidente Jair Bolsonaro no cargo. As informações são do G1.

A manifestação da PGR foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) após solicitação do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes. Moraes autorizou a operação da Polícia Federal que resultou na prisão do general, realizada neste sábado (1º), quando Braga Netto retornava ao Rio de Janeiro, vindo de uma viagem a Alagoas.

A detenção foi sustentada por novos elementos apresentados na investigação, incluindo depoimentos do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. Segundo os relatos de Cid, o general teria desempenhado um papel central nas articulações. Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro derrotada nas eleições de 2022, já era monitorado pelas autoridades antes da ação.

O aval da PGR reforça a gravidade das suspeitas que pesam contra o general. Gonet considerou a prisão "adequada" diante das evidências apresentadas. Para investigadores, o depoimento de Mauro Cid não só corroborou os indícios anteriores, mas também implicou Braga Netto diretamente em tentativas de obstruir a apuração dos fatos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Acampamentos golpistas e escritório nas Olimpíadas: onde Braga Netto ficará preso


Braga Netto, ex-ministro da Defesa, preso neste sábado. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O general da reserva Walter Braga Netto, ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, foi preso pela Polícia Federal na manhã deste sábado (14), em Copacabana, no Rio de Janeiro. Ele foi indiciado no inquérito que apura a trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e será mantido sob custódia no Comando Militar do Leste, no Centro do Rio, um local que ganhou destaque em 2022 como ponto de manifestações antidemocráticas.

Ex-ministro da Defesa, ele é o primeiro general de quatro estrelas a ser detido na história do Brasil. Curiosamente, ficará na mesma sala onde comandou tropas durante as Olimpíadas de 2016.

A PF também cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do general, em um desdobramento da operação que já levou ao indiciamento de Bolsonaro, de outros ex-ministros e de aliados políticos.
Bolsonaristas em frente ao Comando Militar do Leste, no Rio. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
Braga Netto é acusado de tentar obstruir investigações e de articular estratégias para questionar o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

A PF aponta que o general buscou informações sobre a delação por meio dos pais de Cid, que teriam afirmado que as informações divulgadas eram “mentira”. Além disso, um documento apreendido na sede do PL indicaria que aliados do general elaboraram perguntas relacionadas às informações delatadas por Cid, numa tentativa de monitorar o conteúdo do acordo de colaboração.

De acordo com as agentes, o general Walter Braga Netto desempenhou papel central na tentativa de subverter o Estado Democrático de Direito, utilizando sua posição e influência para viabilizar uma trama golpista que incluía anulação do resultado das eleições presidenciais de 2022.

Em nota, a PF detalhou que “mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal estão sendo cumpridos contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal”.

Além de Braga Netto, a investigação mira outros nomes de peso, como os generais da reserva Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, além de Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira.

O relatório também cita um documento encontrado na mesa do coronel Flávio Peregrino, assessor de Braga Netto, que continha perguntas detalhadas sobre as delações de Mauro Cid e estratégias de defesa em relação às acusações de tentativa de golpe.

Fonte: DCM

“Lula não sobe a rampa”: ex-assessor de Braga Netto é alvo de busca e apreensão da PF

O coronel Flávio Botelho Peregrino, ex-assessor de Braga Netto e alvo de busca e apreensão da PF. Foto: reprodução

Neste sábado, a Polícia Federal prendeu o general Braga Netto, ex-ministro da Defesa, e executou dois mandados de busca e apreensão na continuidade do inquérito que investiga a trama de golpe de Estado. Um dos endereços é do coronel Flávio Botelho Peregrino, ex-assessor de Braga Netto, também indiciado pelo plano para manter Jair Bolsonaro (PL) como presidente do Brasil após a derrota eleitoral em 2022.

O nome de Flávio Peregrino não aparecia entre os 37 indiciados inicialmente pela PF, mas o inquérito aponta que ele participou da elaboração de um documento, denominado “Operação 142”, faz referência ao artigo 142 da Constituição Federal, usado de forma equivocada pelos golpistas para justificar uma intervenção militar. No final do arquivo, havia a frase “Lula não sobe rampa”

O documento detalha seis etapas para a concretização do golpe, com o objetivo final de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O plano incluía ações como anulação de atos do Supremo Tribunal Federal (STF), discursos em cadeia nacional, mobilização de tropas para ações diretas, e recrutamento de juristas e formadores de opinião para legitimar as medidas.

Segundo o relatório da PF, as etapas listadas por Peregrino englobavam desde a “avaliação da conjuntura” até o estabelecimento de um “estado final desejado político”, que culminaria na criação de um gabinete subordinado à Presidência, liderado pelos generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno.

O passo a passo da “Operação 142” encontrado pela PF. Foto: reprodução

O plano previa ainda o uso de recursos humanos e bélicos para instaurar o que chamaram de “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, formado pelos próprios envolvidos no golpe para gerenciar conflitos decorrentes das ações.

A PF destaca que Braga Netto e seu entorno tinham uma “clara intenção golpista” e buscavam subverter o Estado Democrático de Direito com base em uma interpretação distorcida do artigo 142 da Constituição. O documento, datado entre novembro e dezembro de 2022, teria sido redigido durante os preparativos para impedir a posse de Lula, sob a premissa de que as eleições de 2022 seriam invalidadas.

Além de Bolsonaro, o relatório da PF indicia figuras de alto escalão como Braga Netto, que era chefe da Casa Civil na época; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); e Valdemar Costa Neto, presidente do PL.

No total, 37 pessoas foram indiciadas, com acusações que incluem crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e formação de organização criminosa.

Fonte: DCM

“Agora falta prender o Bolsonaro", diz Rogério Correia

Deputado do PT de Minas Gerais afirma que Braga Netto era o principal articulador militar do golpe

(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil | Mario Agra / Câmara dos Deputados )

A prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice-presidente na chapa derrotada de 2022, foi recebida como um avanço na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado de 2022. Na manhã deste sábado (14), Braga Netto foi detido pela Polícia Federal em sua residência no Rio de Janeiro e permanece sob custódia no Comando Militar do Leste, enquanto as apurações continuam.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) comentou o episódio, destacando a relevância do caso: “Agora falta prender o Bolsonaro. Braga Netto era o principal articulador militar do golpe”. Segundo Correia, a prisão do general evidencia seu papel central nas movimentações golpistas que ocorreram após a eleição presidencial.

Correia também criticou a postura do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ao longo das investigações: “Tentamos ouvir Braga Netto na CPI, mas isso foi impedido pelo presidente Arthur Lira”. Para o parlamentar mineiro, a operação da Polícia Federal representa um marco, pois “acharam o batom na cueca do Braga Netto”, o que, segundo ele, “abre o caminho para a prisão do Bolsonaro”.

A operação que levou à prisão do general foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e incluiu dois mandados de busca e apreensão, além de uma medida cautelar diversa da prisão. A Polícia Federal informou que os mandados visam impedir a obstrução de provas e evitar a continuidade das ações ilícitas relacionadas ao golpe.

Braga Netto é apontado como peça-chave na articulação militar para sustentar o projeto golpista liderado por Jair Bolsonaro. Para Rogério Correia e outros líderes do campo democrático, a prisão do ex-ministro é um passo importante, mas insuficiente, sem que o ex-presidente também seja responsabilizado pelos crimes cometidos contra a democracia brasileira. As investigações seguem em curso, e a expectativa é de que novos desdobramentos possam atingir outros envolvidos no esquema. Para Correia, o recado é claro: "Bolsonaro será o próximo". Assista:

Fonte: Brasil 247

“Que todos os golpistas sejam investigados, julgados e responsabilizados", diz Pimenta

Ministro da Secom comentou a prisão do general Braga Netto e defendeu punição para todos os golpistas

Paulo Pimenta, bolsonaristas radicais invadindo o Palácio do Planalto em 8 de janeiro e Jair Bolsonaro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | REUTERS/Adriano Machado)

A prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice-presidente na chapa derrotada de 2022, foi recebida como um marco na luta pela responsabilização de envolvidos na tentativa de golpe de Estado em 2022. Detido pela Polícia Federal na manhã deste sábado (14), em sua residência no Rio de Janeiro, Braga Netto agora está sob custódia no Comando Militar do Leste, enquanto as investigações prosseguem.

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, comentou o caso nas redes sociais, reforçando a importância do enfrentamento ao golpismo: “O dia amanheceu com Braga Netto preso. Que todos os golpistas sejam investigados, julgados e responsabilizados por atentarem contra a nossa democracia!”.

A operação da Polícia Federal, que também incluiu mandados de busca e apreensão, foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e tem como objetivo impedir a obstrução de provas e evitar a continuidade das ações ilícitas. Braga Netto é apontado como um dos articuladores do esquema que visava impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em nota oficial, a Polícia Federal destacou que as medidas judiciais se destinam a apurar as responsabilidades pela tentativa de golpe e preservar o curso das investigações. Segundo o comunicado, "estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal".

A prisão de Braga Netto intensifica as pressões sobre Jair Bolsonaro, que é amplamente considerado o principal articulador do movimento golpista. Para Paulo Pimenta e outros líderes governistas, a detenção do general é um passo fundamental para garantir que os responsáveis pelo ataque à democracia brasileira sejam devidamente punidos.

A frase de Pimenta ecoa o sentimento de setores democráticos do país, que exigem uma investigação profunda e punição exemplar para todos os envolvidos. O caso Braga Netto, afirmam, é apenas o início de uma responsabilização que deve atingir o núcleo do golpismo no Brasil.

Fonte: Brasil 247