quarta-feira, 9 de julho de 2025

Ataque de Trump ao Brasil fortalece posição de Lula em defesa da soberania nacional, diz Ricupero

Ex-embaixador Rubens Ricupero afirma que apoio de Trump a Bolsonaro representa ingerência inaceitável e foi um "presente" dado a Lula

Bolsonaro, Lula e Rubens Ricupero
  Bolsonaro, Lula e Rubens Ricupero (Foto: Divulgação)

A recente interferência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em favor de Jair Bolsonaro terá efeitos na política brasileira. Segundo Rubens Ricupero, ex-embaixador do Brasil em Washington, a postura de Trump constitui um “presente eleitoral” ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista à revista CartaCapital, Ricupero avaliou que a iniciativa fortalece a posição de Lula em defesa da soberania nacional.

No dia 7 de julho, Trump usou sua rede social Truth Social para classificar como “caça às bruxas” o processo no Supremo Tribunal Federal contra Bolsonaro, acusando: “Ele não é culpado de nada” e afirmando que os EUA estariam “acompanhando muito de perto” o caso.

O presidente Lula reagiu prontamente, reafirmando a soberania do Brasil: “Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Temos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei”

Ricupero considerou a postura de Trump “inadmissível”, elogiou a resposta do Palácio do Planalto como “na medida certa” e destacou o impacto político positivo para Lula: “No fundo, é um presente para Lula. Reforça muito sua plataforma como defensor da soberania nacional”

Fonte: Brasil 247

STF amplia investigações sobre desvios em emendas e mira uso eleitoral de recursos públicos

Operação revela ligação entre verba de parlamentares, fraudes em licitações e campanhas municipais

Flávio Dino
Flávio Dino (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu uma nova frente de apuração sobre o uso de emendas parlamentares, com foco na destinação irregular de recursos para campanhas eleitorais. A informação foi revelada com base em documentos da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR). A investigação envolve indícios de fraude em licitações, desvio de verbas públicas e compra de votos em municípios do interior do Ceará.

Segundo a Polícia Federal, emendas indicadas pelo deputado federal Júnior Mano (CE) abasteceram licitações fraudulentas em cidades administradas por aliados políticos. Parte dos recursos, após a vitória de empresas ligadas ao esquema, teria sido utilizada em campanhas eleitorais de candidatos apoiados por Mano nas eleições municipais de 2024. A investigação aponta que o parlamentar “exercia papel central na manipulação dos pleitos eleitorais, tanto por meio da compra de votos, quanto pelo direcionamento de recursos públicos desviados de empresas controladas pelo grupo criminoso”.

☆ Esquema operado por aliados e novos alvos

O caso está sob sigilo e tramita no STF, uma vez que envolve parlamentares com foro privilegiado. De acordo com a PF, o esquema era operado por Carlos Alberto Queiroz, conhecido como Bebeto, eleito prefeito de Choró (CE), mas impedido de tomar posse por decisão da Justiça Eleitoral. Mensagens obtidas pelos investigadores mostram conversas entre Bebeto e aliados de Júnior Mano sobre o pagamento de propinas em troca da liberação das emendas. Os percentuais, que chegavam a 12%, eram chamados de “pedágio” ou “imposto” nos diálogos — uma prática descrita pela PF como “institucionalizada de corrupção”.

Em nota, Júnior Mano negou qualquer irregularidade e afirmou que “sua correção de conduta será reconhecida ao fim da investigação”. Desde 2021, a cidade que mais recebeu emendas do deputado foi Nova Russas, governada por sua esposa, Giordanna Mano, que não foi alvo da operação.

☆ Outros parlamentares citados

Além de Júnior Mano, as investigações também mencionam emendas associadas a outros parlamentares cearenses: José Guimarães (PT), atual líder do governo na Câmara; Eunício Oliveira (MDB) e Yuri do Paredão (MDB). Nenhum dos três foi alvo da operação.

Em nota, Guimarães declarou: “Reafirmo o fato de que não destinei emendas parlamentares à localidade de Choró (CE)”. Sobre Canindé, outra cidade citada, afirmou que “uma simples consulta ao Siafi comprova que não destinei emenda entre 2024 e 2025”.

A assessoria de Eunício Oliveira informou que o parlamentar “destina emendas para obras em dezenas de municípios cearenses, de forma transparente e de acordo com a legislação” e que já pediu a suspensão de uma emenda para Canindé. Yuri do Paredão, por sua vez, afirmou que “o fato de todos os recursos estarem disponíveis no Portal da Transferência da Câmara demonstra a seriedade e a responsabilidade com que o deputado conduz suas ações”.

☆ Expansão do escopo e tensão entre os Poderes

A descoberta do uso de emendas para alimentar campanhas eleitorais impulsionou o STF a autorizar, por decisão do ministro Gilmar Mendes, a abertura de uma investigação específica sobre a execução ilícita desses recursos. Há expectativa de que novas manifestações da PGR sejam apresentadas ainda neste semestre, o que preocupa lideranças no Congresso diante da possibilidade de novas medidas cautelares, como quebras de sigilo e buscas autorizadas pela Corte.

As apurações já haviam provocado, em abril, a queda do então ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União-MA), denunciado pela PGR por desvio de emendas em seu mandato anterior como deputado. Parte da verba teria sido destinada à pavimentação de ruas em Vitorino Freire (MA), município então governado por sua irmã.

☆ Outros casos recentes

As investigações sobre o uso político de emendas parlamentares não são isoladas. Em fevereiro, emendas indicadas por Afonso Motta (PDT-RS) foram alvo de operação da PF, que resultou na demissão de seu chefe de gabinete. Em março, a Primeira Turma do STF tornou réus os deputados Josimar Maranhãozinho (MA), Pastor Gil (MA) e o suplente Bosco Costa (SE), todos do PL, acusados de negociar R$ 6,6 milhões em emendas em troca de R$ 1,6 milhão em propina.

Em outro caso, a PF apontou que um servidor estadual recebia comissão de 6% sobre verbas destinadas por um deputado para um hospital em Santa Cruz do Sul (RS), formalizadas inclusive por contrato — evidência, segundo a PF, de corrupção sistematizada.

☆ CGU e o padrão das irregularidades

Parte relevante dessas apurações teve origem em relatórios da Controladoria-Geral da União (CGU), que detectaram concentrações atípicas de emendas em municípios ligados a parlamentares, sem critérios técnicos claros. Os indícios apontam para superfaturamento, favorecimento político e uso de empresas de fachada para viabilizar os desvios.

As descobertas ampliam o mal-estar entre os Poderes. Nos bastidores, ministros do STF reconhecem que o avanço das investigações tem contribuído para as tensões com o Congresso e com setores do Executivo. A ofensiva sobre as emendas parlamentares — vistas por muitos como instrumento legítimo de articulação política — levanta questões fundamentais sobre os limites da autonomia legislativa e a necessidade de maior transparência no uso dos recursos públicos.

Fonte: Brasil 247

Governo se reúne com cúpula do Congresso para tentar resolver crise do IOF

Encontro reservado na residência oficial do presidente da Câmara buscou costurar acordo político antes da audiência de conciliação no STF
Haddadd e líderes se reúnem com presidentes da Câmara e do Senado
Haddadd e líderes se reúnem com presidentes da Câmara e do Senado (Foto: Câmara dos Deputados/Youtube)

Em meio à escalada de tensões entre os Poderes, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se na noite desta terça-feira (8) com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para tratar da crise envolvendo o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A informação é da CNN Brasil.

O encontro ocorreu na residência oficial da presidência da Câmara, em Brasília, e foi convocado por Hugo Motta diante do impasse gerado pela suspensão do decreto presidencial que elevava as alíquotas do imposto — medida derrubada pelo Congresso e, posteriormente, levada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Executivo.

Não houve comunicado à imprensa. Nos bastidores, a avaliação é de que o momento exige prudência e esforço de conciliação para evitar uma crise institucional mais profunda.

No dia 1º de julho, o governo acionou o STF para reverter a decisão do Congresso que anulou o decreto do IOF. A ação foi apresentada pela Advocacia-Geral da União (AGU), sob o argumento de que o Legislativo extrapolou sua competência ao interferir numa medida de competência privativa do Executivo.

Na última sexta-feira (4), o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo, suspendeu tanto o decreto presidencial quanto o decreto legislativo e convocou uma audiência de conciliação para o dia 15 de julho, às 15h, com o objetivo de buscar um entendimento entre os Poderes.

A crise teve início em maio, quando o governo editou o decreto justificando o aumento do IOF como forma de fortalecer a regulação sobre os mercados de câmbio, crédito e seguros — além de ajudar no cumprimento das metas fiscais. A reação do Congresso foi imediata. Câmara e Senado aprovaram, no mesmo dia, um projeto de decreto legislativo (PDL) que derrubava a medida.

Nos últimos dias, parlamentares têm endurecido o discurso. A CNN apurou que o presidente da Câmara considera que o Congresso não deve ceder na questão do IOF. Já Davi Alcolumbre, ao ser questionado sobre a audiência de conciliação, declarou: “Tem que ir, né?”, sinalizando disposição institucional, mas também certo desconforto com a judicialização do tema.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por levar a disputa ao STF, numa tentativa de garantir a validade do decreto e, com isso, preservar a autonomia do Executivo na gestão de políticas fiscais.

Além da disputa jurídica, o tema tem forte impacto político e social. O Congresso age como defensor das posições do capital financeiro, dos ricos, que querem forçar o governo a cortar gastos fundamentais para a manutenção de programas sociais e promover um arrocho fiscal onerando o povo. Para tentar conter o desgaste, interlocutores do governo defendem a costura de um acordo político que preserve o equilíbrio entre os Poderes e permita uma saída negociada.

Na semana passada, em entrevista à Folha de S.Paulo, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, defendeu que o decreto não teve caráter arrecadatório, mas sim regulatório. “O governo tem como provar ao STF que a edição do decreto de aumento do IOF não teve viés arrecadatório”, afirmou.

A audiência de conciliação convocada por Moraes é uma tentativa de restaurar o diálogo institucional e evitar que a disputa sobre o IOF provoque fissuras permanentes na relação entre Executivo e Legislativo.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Rejeição nas alturas: com 75% e 74%, Alcolumbre e Hugo Motta lideram ranking de imagem negativa

Pesquisa AtlasIntel/Bloomberg revela que presidentes do Senado e da Câmara têm maior taxa de desaprovação entre os principais líderes políticos do Brasil

(Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados )

Os dois principais nomes do Congresso Nacional enfrentam forte desgaste perante a opinião pública, segundo a mais recente rodada do relatório Latam Pulse, parceria entre AtlasIntel e Bloomberg. O levantamento revela que Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado, e Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, são os líderes com as piores avaliações entre os 16 nomes analisados.

A pesquisa, realizada entre os dias 27 e 30 de junho de 2025 com 2.621 brasileiros adultos, mostra que apenas 3% dos entrevistados têm uma imagem positiva de Alcolumbre, enquanto 75% manifestam percepção negativa, resultando em um saldo de imagem de -72 pontos percentuais (p.p.) — o pior entre todos os avaliados. Já Hugo Motta registra 4% de imagem positiva e 74% de negativa, com um saldo de -70 p.p..

A diferença entre imagem positiva e negativa é abissal, contrastando com a percepção de outras figuras políticas de peso. A pesquisa incluiu nomes como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que mantém um equilíbrio relativo (47% de imagem positiva e 53% de negativa, com saldo de -6 p.p.).

Outros líderes com desempenho frágil, embora não tão dramático quanto o de Alcolumbre e Motta, foram Ciro Gomes (24% positivo, 62% negativo, saldo de -38 p.p.) e Ronaldo Caiado (25% positivo, 53% negativo, -28 p.p.).
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A pesquisa seguiu metodologia de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR), com margem de erro de ±2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

Fonte: Brasil 247

Zambelli pede mais prazo para deixar apartamento funcional e alega falta de notificação oficial

Advogado afirma que deputada licenciada só soube da exigência pela imprensa e solicita extensão do prazo até o dia 15
Carla Zambelli
Carla Zambelli (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

A defesa da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) - foragida na Itália após condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) - apresentou à Câmara dos Deputados um pedido de prorrogação para desocupar o apartamento funcional que ocupa em Brasília. A solicitação, feita pelo advogado Fábio Pagnozzi, foi endereçada ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

No documento, a defesa argumenta que Zambelli não foi oficialmente notificada sobre a obrigação de devolução do imóvel. “Em um cenário estranho, as informações a respeito chegaram ao seu conhecimento exclusivamente e apenas por meio da imprensa, o que, por si só, justifica a impossibilidade de cumprimento de qualquer prazo anteriormente estabelecido para a desocupação”, afirmou o advogado no texto, de acordo com a CNN Brasil.

O pedido da parlamentar é para que o novo prazo de devolução seja estendido até a próxima terça-feira, 15 de julho. Segundo a defesa, o regimento interno da Câmara permite uma “interpretação favorável à permanência no imóvel funcional”, pois a situação da deputada licenciada ainda estaria sob avaliação da Mesa Diretora.

Outro argumento apresentado é que o deputado federal Coronel Tadeu (PL-SP), suplente que assumiu a cadeira durante o afastamento de Zambelli, não requisitou o uso do imóvel, o que permitiria, segundo a defesa, a continuidade da ocupação sem prejuízo para terceiros. O pedido também inclui que eventuais penalidades financeiras não sejam cobradas até o novo prazo estabelecido.

O apartamento está atualmente ocupado pela mãe e pelo filho da deputada. Zambelli estaria em busca de nova residência para abrigar a família após seu afastamento do mandato e sua saída do Brasil.

Apesar da justificativa, a Câmara considera que a parlamentar perdeu o direito ao imóvel no momento em que se licenciou do cargo. O prazo de 30 dias para a desocupação venceu na sexta-feira, 4 de julho. Caso o imóvel não seja devolvido até dez dias após o vencimento do prazo, a multa prevista é de R$ 4.253,00 por mês, valor que pode ser descontado diretamente da folha de pagamento da deputada ou cobrado por via administrativa.

Zambelli teve seu afastamento oficializado em 5 de junho, inicialmente por sete dias por motivos de saúde e, em seguida, por mais 120 dias, dessa vez por interesse particular — sem remuneração. As normas da Câmara determinam que parlamentares licenciados devem desocupar os imóveis funcionais no prazo de até 30 dias após o início da licença, o que torna sua permanência no local irregular desde o dia 5 de julho. Além disso, a parlamentar enfrenta um processo de cassação em andamento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) .

Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por participação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com apoio do hacker Walter Delgatti Neto. Ela é alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, e está na lista vermelha da Interpol, que inclui fugitivos procurados internacionalmente.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

terça-feira, 8 de julho de 2025

Moraes marca oitivas dos núcleos 3 e 4 da trama golpista

 Audiências no STF ocorrem em julho e envolvem militares e agentes acusados de planejar ataques e disseminar mentiras sobre as eleições de 2022

      Alexandre de Moraes - 20/05/2025 (Foto: Rosinei Coutinho/STF)



Agência Brasil- O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para o dia 14 de julho o início dos depoimentos das testemunhas indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos réus dos núcleos 3 e 4 da trama golpista.

As oitivas serão realizadas até o dia 23 de julho. Políticos e militares indicados pelos réus serão ouvidos por videoconferência, entre eles, o presidente do PL, Waldemar Costa Neto, o ministro da Defesa, José Mucio, além do general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e o tenente-brigadeiro do ar, Baptista Júnior, ex-chefe da Aeronáutica.

Por estarem na condição de testemunhas, as pessoas arroladas não poderão mentir sobre os fatos que presenciaram.

Com o despacho do ministro, todas as testemunhas arroladas pelos acusados e pela PGR nas ações penais sobre a tentativa de golpe serão ouvidas neste mês. Em junho, Moraes também marcou para o dia 14 de julho o início dos depoimentos relacionados ao Núcleo 2 da trama golpista. Nesse caso, as oitivas vão até 21 de julho.

Um dos primeiros a depor será o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, que vai falar no primeiro dia de audiência, na condição de delator. Ele foi arrolado pela PGR, que faz a acusação.

O ex-presidente Jair Bolsonaro também foi indicado pela defesa de Filipe Martins, réu do Núcleo 2, mas o depoimento não foi autorizado por Alexandre de Moraes. Bolsonaro também é réu na trama golpista. Ele faz parte do Núcleo 1, cujas testemunhas e réus já foram ouvidos.

Confira os acusados que fazem parte dos núcleos da trama golpista:

Núcleo 2

  • Filipe Martins (ex-assessor de assuntos internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro);
  • Marcelo Câmara (ex-assessor de Bolsonaro); Silvinei Vasques (ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal);
  • Mário Fernandes (general do Exército);
  • Marília de Alencar (ex-subsecretária de Segurança do Distrito Federal);
  • Fernando de Sousa Oliveira (ex-secretário-adjunto de Segurança do Distrito Federal).

Núcleo 3

  • Bernardo Romão Correa Netto (coronel do Exército);
  • Cleverson Ney Magalhães (tenente-coronel);
  • Estevam  Theophilo (general);
  • Fabrício Moreira de Bastos (coronel);
  • Hélio Ferreira (tenente-coronel);
  • Márcio Nunes De Resende Júnior (coronel);
  • Nilton Diniz Rodrigues (general);
  • Rafael Martins De Oliveira (tenente-coronel);
  • Rodrigo Bezerra De Azevedo (tenente-coronel);
  • Ronald Ferreira De Araújo Júnior (tenente-coronel);
  • Sérgio Ricardo Cavaliere De Medeiros (tenente-coronel);
  • Wladimir Matos Soares (policial federal).

Núcleo 4

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);
  • Ângelo Martins Denicoli (major da reserva);
  • Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente);
  • Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel);
  • Reginaldo Vieira de Abreu (coronel);
  • Marcelo Araújo Bormevet (policial federal);
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do presidente do Instituto Voto Legal).
Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil 

 

Apucarana implanta novo modelo de poda de árvores para atender mais rápido pedidos da população


Apucarana iniciou nesta terça-feira (08/07) a implantação de um novo modelo para a poda de árvores em áreas públicas. O objetivo é agilizar os serviços, realizar ações preventivas e atender a demanda represada de pedidos da população, especialmente os laudos de avaliação.

De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Diego Silva, o novo modelo permitirá organizar melhor as equipes e otimizar o cronograma. A programação de trabalho está sendo planejada visando atender as solicitações específicas da população, como laudos de vistoria, e realizar podas preventivas em locais estratégicos, como avenidas de grande movimento e áreas de lazer.

Outro avanço destacado pelo secretário é o mutirão de avaliação de laudos pendentes, que já reduziu pela metade um passivo de quase dois mil processos herdados da gestão anterior. “Tínhamos pedidos desde 2018 aguardando vistoria. Agora, com esse novo modelo, vamos agilizar os atendimentos e a execução dos laudos”, afirmou Diego Silva.

A primeira ação deste novo modelo aconteceu hoje no entorno do Lago Jaboti, com a poda de galhos que estavam prejudicando a visibilidade, oferecendo riscos na pista de caminhada e prejudicando a iluminação pública.

O contrato firmado pela Prefeitura com empresa especializada foi estruturado por carga horária semanal e não mais por número de árvores podadas. “Antes, o pagamento era feito por quantitativo de serviço, o que dificultava o trabalho preventivo e até o atendimento de situações pontuais. Conforme previsto no novo modelo, a empresa receberá um valor fixo por mês para cumprir 44 horas semanais de serviço” explica o secretário Diego Silva. Segundo ele, o contrato segue critérios de segurança, com caminhões com menos de 10 anos de uso, além de exigir uma quantidade mínima de profissionais que é de nove pessoas, uso de uniformes e equipamentos de proteção. O secretário informa ainda que o contrato foi celebrado com a Nivisa Soluções Ambientais, empresa vencedora da licitação.


Fonte: Prefeitura de Apucarana

Mãe de Zambelli ignora ordem e segue morando em apartamento da Câmara

 

A deputada federal licenciada Carla Zambelli. Foto: Divulgação
A mãe da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) continua ocupando o apartamento funcional da Câmara dos Deputados em Brasília, que deveria ter sido devolvido pela deputada na última sexta-feira (4). Rita Zambelli e seu neto João, filho da ex-deputada, residem no local desde o início do primeiro mandato da bolsonarista.

Rita afirmou que ainda não foi notificada para desocupar o imóvel e que só o fará quando solicitada pela Câmara. A Câmara dos Deputados determinou que a devolução do imóvel deve ocorrer dentro de 30 dias após a formalização da licença do mandato, sendo o prazo para devolução do apartamento já expirado.

Caso o imóvel não seja desocupado, Zambelli poderá ser obrigada a indenizar a Casa com base no valor do auxílio-moradia pago a parlamentares que não ocupam imóveis funcionais. A questão deve ser resolvida nesta semana, conforme anunciado pelo deputado Sérgio Souza (MDB-PR), responsável pela gestão dos apartamentos.

O deputado Sérgio Souza. Foto: Divulgação
O afastamento de Zambelli foi oficializado em 5 de junho, sendo por motivos de saúde por sete dias e por interesse particular por mais 120 dias, sem remuneração.

O caso está sendo acompanhado de perto pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que deliberará sobre a perda do mandato da deputada, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal. O STF decretou o trânsito em julgado da condenação de Zambelli, o que impossibilita novos recursos, e a deputada está foragida na Itália.

A Interpol incluiu a bolsonarista na lista de difusão vermelha, atendendo a um pedido da Polícia Federal. A parlamentar enfrenta um processo de cassação na Câmara, com a decisão final a ser tomada pelo plenário, após análise do relatório na CCJ.

Fonte: DCM

VÍDEO: Haddad critica elite e diz que 1% faz “inferno” contra a maioria

 

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, em entrevista ao Metrópoles. Foto: reprodução
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou as reações contra o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), afirmando que apenas “1%” da população se mobilizou na internet contra a medida, que foi posteriormente derrubada pelo Congresso Nacional. Em entrevista ao Metrópoles nesta terça-feira (8), Haddad defendeu a proposta do governo e rebateu as críticas, classificando o debate como desproporcional.

“Não é razoável que 1% da população faça esse inferno na internet dizendo que estamos colocando o ‘nós contra eles’. Nós quem? 99% contra 1%. E contra por quê? Se eles não pagam o que nós pagamos? Se eles pagassem o que nós pagamos, 99%, estava de boa. Mas esse 1% não quer pagar nem o que os 99% pagam”, afirmou o ministro.

Haddad justificou o aumento do IOF como uma forma de corrigir distorções tributárias, argumentando que as mudanças não afetariam “quem já paga”.

Ele citou exemplos de brechas que permitiam a sonegação, como operações de câmbio e uso de VGBL para postergar o pagamento de Imposto de Renda. “A pessoa que paga no cartão de crédito, paga IOF. Sempre pagou. E inventaram uma forma de driblar o IOF câmbio. A gente fechou. Não pode isso aqui. Todo mundo tem que pagar igual”, declarou.


O ministro também minimizou o embate entre o governo e o Congresso, que derrubou o decreto presidencial que aumentava o IOF. Comparando a situação a um “Fla-Flu”, Haddad afirmou que o impasse “não interessa a ninguém” e defendeu a constitucionalidade da medida.

“Por dever de ofício, eu tenho que defender o ato do presidente da República. Não existe nenhum vício de constitucionalidade na decisão tomada pelo presidente da República, zero”, disse.

Ele também acusou a oposição de ser “antinacional” e prejudicar os interesses do país, alegando que as ações contrárias ao governo estariam deixando as Forças Armadas “sem recursos”. Apesar das críticas, Haddad negou atritos com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e afirmou que o Ministério da Fazenda continuará negociando com o Congresso.

Na última semana, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu tanto o decreto do Executivo quanto a decisão do Congresso que o derrubou. Em sua decisão, Moraes destacou a necessidade de analisar os argumentos de ambas as partes e convocou uma audiência de conciliação para o dia 15 de julho.

A medida cautelar do STF deixa o imposto temporariamente sem alteração até que haja uma definição judicial. O governo Lula terá que apresentar justificativas para manter o aumento, enquanto o Congresso também deverá defender sua posição.

Fonte: DCM

Moraes estende investigação contra Eduardo Bolsonaro por mais 60 dias

 

O ministro Alexandre de Moraes e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro. Foto: Divulgação
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por mais 60 dias a investigação da Polícia Federal (PF) sobre o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A decisão, publicada na segunda-feira (7), foi tomada após um pedido da PF para dar continuidade às diligências pendentes no caso.

A investigação busca apurar a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, onde ele está desde março deste ano, com foco em sua possível tentativa de interferir em processos judiciais no Brasil.

O inquérito foi aberto em maio, após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que alega que Eduardo Bolsonaro fez declarações públicas e postagens nas redes sociais incitando ações contra autoridades brasileiras, incluindo o Supremo Tribunal Federal (STF).

Eduardo Bolsonaro durante discurso na Cpac em Washington. Foto: Divulgação
A PGR investiga se o deputado tentou pressionar o governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, a impor sanções contra ministros do STF e outras figuras políticas brasileiras. Em seu depoimento à PF, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pai de Eduardo, revelou que enviou R$ 2 milhões ao filho para custear sua estadia nos Estados Unidos.

Ele afirmou que o dinheiro, transferido via Pix, tinha origem em uma campanha realizada em 2023. Apesar disso, Bolsonaro negou qualquer envolvimento em atividades ilegais ou tentativas de interferir nos processos judiciais em andamento no Brasil, alegando que as ações de seu filho eram voltadas à defesa da democracia.

O ataque político também chegou aos Estados Unidos, onde Donald Trump publicou nas redes sociais uma defesa enfática de Jair Bolsonaro, dizendo que ele estava sendo “perseguido” no Brasil. Em resposta, o governo do presidente Lula (PT) repudiou qualquer interferência externa, reafirmando que o Brasil não aceita tutelas externas em sua política interna.

Fonte: DCM

Conselho de Ética começa a julgar deputado bolsonarista que chamou Gleisi de “prostituta”

 

Gilvan da Federal. Foto: Divulgação
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados se reúne nesta terça-feira (8) para dar início ao processo contra o deputado bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES), acusado de conduta incompatível com o decoro parlamentar. A representação foi formalizada pela Mesa Diretora da Câmara devido a ataques feitos pelo parlamentar à ministra Gleisi Hoffmann (PT), da Secretaria de Relações Institucionais.

A reunião está marcada para as 15 horas, no plenário 11. Gilvan da Federal está com o mandato suspenso por 90 dias após chamar a ministra de “prostituta” e “amante” durante uma audiência na Comissão de Segurança Pública, realizada no dia 29 de abril.

Mesmo afastado, o processo no Conselho de Ética pode resultar na perda definitiva de seu mandato. A denúncia aponta que o deputado excedeu seu “direito constitucional à liberdade de expressão”, fazendo insinuações “ultrajantes e depreciativas”, ferindo a dignidade da Câmara dos Deputados.

O parlamentar é o mesmo que defendeu a morte do presidente Lula durante uma sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara. Além disso, foi condenado a um ano e quatro meses de reclusão, em regime aberto, por violência política de gênero contra a deputada estadual capixaba Camila Valadão (PSOL).

Câmara dos Deputados. Foto: Divulgação
Em sua defesa, o parlamentar argumentou que a representação contra ele é imprecisa e genérica, afirmando que a confusão com o deputado Lindbergh Farias (PT) foi iniciada por Farias. A Mesa Diretora, que acionou o Conselho de Ética, considera as falas de Gilvan como ataques pessoais que ultrapassaram os limites da liberdade de expressão parlamentar.

A suspensão do deputado foi uma medida inédita, já que a Câmara aplicou a sanção antes da conclusão do processo disciplinar. Apesar de sua suspensão por três meses, Gilvan da Federal ainda pode ser alvo de um processo disciplinar formal, que poderá resultar na cassação de seu mandato.

O relator do caso, deputado Ricardo Maia (MDB-BA), defendeu que a suspensão foi uma medida “legítima, proporcional e necessária” para proteger a imagem do Parlamento, considerando a desqualificação moral cometida por Gilvan incompatível com o cargo de deputado.

Fonte: DCM

MP Eleitoral pede suspensão de direitos políticos de Nikolas Ferreira por ataques a Fuad Noman

O deputado divulgou vídeo com desinformações sobre um livro escrito pelo então prefeito de Belo Horizonte

                        Dep. Nikolas Ferreira (PL - MG) (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais denunciou nesta terça-feira (9) o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e seus aliados por supostos crimes eleitorais cometidos durante a campanha municipal de 2024, em Belo Horizonte. As informações são do jornal O Globo.

De acordo com a denúncia, Nikolas e o deputado estadual Bruno Engler (PL) teriam cometido difamação contra o então prefeito Fuad Noman, ao divulgarem vídeos com ataques baseados em passagens do livro "Cobiça", escrito por Fuad em 2020. O MP argumenta que os acusados apresentaram “fatos sabidamente inverídicos”, com o objetivo de prejudicar a imagem do político na reta final da eleição.

O caso ganhou ainda mais gravidade após Nikolas descumprir decisão da Justiça Eleitoral que determinava a remoção do conteúdo das redes sociais, publicada um dia após a veiculação do vídeo. Segundo o MP, o deputado “passou a debochar publicamente da decisão judicial”, mantendo a publicação e postando um novo vídeo com críticas à Justiça e repetindo as mesmas alegações.

“Tal ato, praticado após ciência inequívoca da ilicitude de sua conduta, demonstra o dolo intenso e a persistência na prática delitiva, com o claro objetivo de manter a desinformação circulando na véspera da eleição”, afirma o promotor Renato Augusto de Mendonça, autor da denúncia.

Os vídeos acusavam Fuad de ser autor de um "livro pornográfico", referindo-se a uma passagem fictícia da obra que descreve um estupro coletivo de uma menina de 12 anos. O MP esclarece que, embora o trecho exista, ele está contextualizado dentro da trama e não representa nenhum tipo de apologia ou correlação com a gestão do então prefeito, como insinuado por Nikolas.

Fuad Noman se reelegeu ainda em 2024, mas faleceu em março deste ano. A denúncia pede, além da suspensão dos direitos políticos dos envolvidos, uma indenização por danos morais, a ser destinada a instituições de caridade, conforme indicação da família de Fuad.

Além de Nikolas e Engler, também foram denunciadas pela mesma conduta a deputada estadual Delegada Sheila (PL-MG) e a então candidata a vice-prefeita da chapa de Engler, Coronel Cláudia (PL), por disseminarem conteúdo semelhante.

A Justiça Eleitoral já havia determinado, no ano passado, direito de resposta à campanha de Fuad, ao concluir que os vídeos “disseminavam informações descontextualizadas e inverídicas, com o claro intuito de prejudicar a imagem do candidato à reeleição”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Justiça dos EUA intima Moraes por 'censura' em ação movida por big techs

Plataformas digitais querem que decisões do ministro do STF sobre redes sociais sejam consideradas inválidas em território estadunidense

    Alexandre de Moraes (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

A Justiça dos Estados Unidos intimou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a responder formalmente a uma ação judicial apresentada pela Trump Media — empresa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump — e pela plataforma de vídeos Rumble. As informações são do Infomoney.

As duas companhias acusam o magistrado brasileiro de censura, argumentando que ele violou a Primeira Emenda da Constituição americana ao determinar o bloqueio de contas em redes sociais no Brasil. A ação, protocolada na segunda-feira (7), solicita que a Corte norte-americana considere as decisões de Moraes sem validade nos Estados Unidos.

Segundo o texto da intimação, Moraes dispõe de 21 dias para apresentar uma defesa ou protocolar uma moção para contestar o processo. Caso não o faça nesse prazo, o tribunal poderá tomar uma decisão à revelia, aceitando automaticamente as reivindicações das empresas.

Ainda conforme a reportagem, os autores da ação alegam que as ordens expedidas por Moraes interferem na liberdade de expressão protegida em solo dos EUA, ao impedir o acesso a conteúdos políticos legítimos. Entre os afetados pelas medidas do STF, está o jornalista Allan dos Santos, aliado da extrema-direita brasileira e investigado por disseminação de fake news. Ele é considerado foragido da Justiça brasileira.

As empresas requerem que a Justiça dos EUA reconheça que as ordens de Moraes são “inexequíveis” no país, por violarem princípios constitucionais locais. A ofensiva jurídica ocorre após a suspensão das atividades da Rumble no Brasil, determinada em fevereiro deste ano, quando a plataforma descumpriu decisões do STF de bloquear os perfis de Allan dos Santos, interromper repasses financeiros e designar um representante legal com poderes no país.

Sem atender às determinações, a Rumble teve suas operações interrompidas temporariamente em território brasileiro. A empresa justificou que seus advogados não possuíam poderes legais para representar a companhia no Brasil e, posteriormente, renunciaram ao mandato.

Diante do impasse, a empresa decidiu acionar a Justiça americana em busca de proteção jurídica, sustentando que as exigências impostas pelo Supremo brasileiro configurariam censura, à luz da legislação dos Estados Unidos.

O episódio amplia o conflito entre o Judiciário brasileiro e plataformas digitais estrangeiras, sobretudo aquelas ligadas a grupos conservadores. O caso também serve de combustível para a retórica de perseguição adotada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro — narrativa que tem sido endossada pelo presidente Donald Trump, que nesta semana se manifestou publicamente em defesa do ex-mandatário, réu no STF por tentativa de golpe de Estado.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Relator do novo Código Eleitoral barra tentativa de reintroduzir voto impresso: "retrocesso"

Senador Marcelo Castro vetou emendas de senadores aliados de Bolsonaro e defendeu segurança do sistema eletrônico

           Senador Marcelo Castro (MDB-PI) (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do Projeto de Lei Complementar (PLP 112/2021), que trata do novo Código Eleitoral, vetou a inclusão de emendas que previam a adoção do voto impresso — pauta defendida por parlamentares ligados ao bolsonarismo. Segundo a CNN Brasil, o parlamentar afirmou que resgatar essa discussão agora significaria “um retrocesso”. A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na próxima quarta-feira (9).

As tentativas de emplacar o retorno do voto impresso partiram dos senadores Izalci Lucas (PL-DF), Esperidião Amin (PP-SC) e Eduardo Girão (Novo-CE), mas todas foram rejeitadas por Marcelo Castro, conforme relatório divulgado na noite de segunda-feira (7). Na justificativa, o relator reforçou a confiabilidade do sistema eletrônico de votação, em funcionamento no Brasil desde 1996. “O Brasil já fez 15 eleições gerais e municipais nesse período e nunca houve qualquer comprovação de fraude do sistema”, declarou.

Marcelo Castro ainda destacou os mecanismos de verificação já existentes no processo eleitoral: “A Justiça Eleitoral oferece aos partidos políticos, às instituições e à sociedade civil diversas oportunidades de auditoria da urna eletrônica e dos sistemas eleitorais. Essas possibilidades de auditoria ocorrem antes, durante e depois das eleições, inclusive para o pleito deste ano.”

Ao comentar sobre os impactos práticos da reintrodução do voto impresso, ele foi enfático: “Representaria enorme dificuldade operacional, com a instalação de impressoras, que são equipamentos altamente suscetíveis a problemas mecânicos, em todas as urnas, além de ampliar, significativamente, o custo das eleições”.

O projeto do novo Código Eleitoral já acumula 373 emendas, das quais 335 foram analisadas. Castro apresentou parecer favorável à proposta, acolhendo total ou parcialmente mais de 40 sugestões e propondo um substitutivo ao texto original.

Em abril, em entrevista à CNN, o senador também defendeu a proposta em tramitação, rejeitando críticas de que ela significaria retrocesso. “Não é um retrocesso, quando se uniformiza e se coloca regras claras e transparentes, pelo contrário, toda a sociedade ganha [...] Todos ganham quando a lei é clara e não dá margem para interpretações variadas”, afirmou.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil