quinta-feira, 10 de julho de 2025

Traidor da pátria, Eduardo Bolsonaro é o Joaquim Silvério dos Reis do nosso tempo

 

Eduardo Bolsonaro
Na história do Brasil, poucos nomes carregam o peso da traição nacional como Joaquim Silvério dos Reis, o delator da Inconfidência Mineira que entregou Tiradentes em troca de benefícios pessoais do Império.

Mais de dois séculos depois, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se move no cenário político brasileiro com uma semelhança perturbadora. Diante de um ataque econômico explícito contra o Brasil — a imposição de uma tarifa de 50% por parte dos Estados Unidos como forma de pressionar o STF a livrar Jair Bolsonaro do julgamento — Eduardo se encontra nos bastidores dessa articulação, não ao lado da pátria, mas ao lado do agressor.

Assim como Silvério dos Reis usou sua proximidade com os conspiradores para vendê-los à Coroa portuguesa, Eduardo Bolsonaro atua como elo entre a extrema-direita brasileira e o trumpismo internacional.

Sua presença nos Estados Unidos, coincidente com a escalada de ataques de Donald Trump ao Brasil, não é acidental. Com trânsito livre entre os aliados de Trump e pau mandado do pai, Eduardo se comporta como agente político de interesses estrangeiros contrários à soberania nacional.

Ambos os personagens justificam suas ações em nome de “valores maiores”: Silvério, em nome da lealdade ao Império; Eduardo, sob o discurso da liberdade de expressão e da guerra contra a “perseguição” a seu pai. Mas, no fundo, o que os move é a defesa de privilégios próprios e a tentativa de proteger uma elite política acusada de atentar contra a democracia brasileira.

Joaquim Silvério dos Reis

Enquanto Joaquim Silvério dos Reis entrou para a história como sinônimo de traição, Eduardo Bolsonaro constrói um legado semelhante, mas em escala global e na velocidade das redes sociais. Usa o mandato popular para sabotar o próprio país em articulações internacionais, trabalha para deslegitimar instituições nacionais como o STF e atua politicamente em benefício de um golpista.

A história, que é rigorosa com traidores, vai julgá-lo da mesma forma: não como um patriota, mas como alguém que vendeu o Brasil por conveniência e lealdade a um projeto autoritário.

Fonte: DCM

Bolsonaristas fracassam ao defender tarifaço de Trump nas redes, diz especialista

 

Donald Trump, presidente dos EUA – Foto: Reprodução

O analista de dados Pedro Barciela analisou os impactos do anúncio feito por Donald Trump ao impor uma tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo ele, apesar da tentativa bolsonarista de controlar a narrativa nas redes, a estratégia teve pouca adesão e acabou sendo superada por manifestações de repúdio à medida. A maioria das interações defendeu a soberania nacional e criticou o alinhamento da direita brasileira com Trump.

Após o anúncio da carta enviada por Donald Trump para o governo brasileiro, a mobilização bolsonarista buscou cooptar as conversações sobre o tema. Sem muita eficácia, essa manobra se manteve entre 12% e 28% (a depender da plataforma e abordagem).

Assim, é possível afirmar que a perspectiva bolsonarista do episódio, que envolve a defesa de “punição coletiva” como resposta a impunidade de um indivíduo (Jair Bolsonaro) não gerou a catarse esperada nas redes, muito pelo contrário.

O buzz das últimas horas está centrado nas críticas às taxas, no comportamento da extrema direita e no viralatismo dos bolsonaristas: entre 62% e 78% das ocorrências exigem reciprocidade, criticam o crime de lesa-pátria e evocam o nacionalismo como elemento em disputa contra o governo Donald Trump e seus apoiadores no Brasil.

Fonte: DCM

Moraes manda bloquear OnlyFans de bolsonarista Allan dos Santos; entenda


O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. Foto: Reprodução
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio do perfil de Allan dos Santos na plataforma OnlyFans, além de contas em outras redes, como Telegram, YouTube, Instagram e TikTok. A ordem faz parte de uma série de bloqueios iniciados em 13 de janeiro de 2022 e atualizados por Moraes em decisão publicada nesta quarta-feira (9).

Segundo o ministro, os perfis são usados pelo blogueiro bolsonarista para “propagação de ataques ao Estado Democrático de Direito, ao Supremo Tribunal Federal, ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Senado Federal, além de autoridades vinculadas a esses órgãos”.

Foragido desde outubro de 2021 e vivendo nos Estados Unidos, Allan dos Santos teve a extradição negada pelas autoridades americanas. Ele foi alvo de um mandado de prisão no inquérito das milícias digitais.

Além do bloqueio das redes, Moraes determinou que Allan pague uma multa de R$ 7.317.894,25. A intimação deverá ser feita por meio dos advogados do blogueiro, conforme solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Fonte: DCM

ÁUDIO – mãe de Marília Mendonça reclama de presentes de fãs: “Não quero”

Ruth Moreira, mãe de Marília Mendonça – Foto: Reprodução

Ruth Moreira, mãe da cantora Marília Mendonça, se envolveu em nova polêmica após o vazamento de áudios divulgados pelo programa TV Leo Dias. Nas gravações, a empresária reclama de presentes enviados por fãs da artista: “Eu não quero que esse povo fique mandando presente para eu ficar postando e marcando 800 pessoas. Eles me atrapalham”.

Outro trecho mostra Ruth criticando o envio de cestas: “Fala pra eles não mandarem cesta, que eu não vou filmar trem que eu não como”.

A situação repercutiu nas redes, e ainda foi revelada uma suposta troca de mensagens entre Ruth e uma fã que criou uma doceria chamada Doce Marília. Segundo a reportagem, ela teria se incomodado com o uso do nome da filha e cogitado tomar medidas legais.

Fonte: DCM

VÍDEO – Tarifaço de Trump é rejeitado até na Jovem Pan: “Questão política e mal feita”

 

Luiz Filipe d’Ávila em participação na Jovem Pan. Reprodução

A decisão de Donald Trump de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros gerou reações até em setores da imprensa conservadora.

Na Jovem Pan, o ex-presidenciável Luiz Felipe d’Avila, candidato em 2022 pelo Novo, classificou a medida como “uma questão absolutamente política e mal feita”. Ele alertou para o risco de colapso na indústria americana do suco de laranja, que depende diretamente da produção brasileira.

Segundo d’Avila, a Flórida já não possui capacidade de produção suficiente e as indústrias locais seriam obrigadas a fechar. “Sem a laranja brasileira não tem como manter a indústria”, afirmou. Ele ainda previu o fechamento de fábricas e demissão de mais de 60 mil pessoas. “Além de tudo, quebra a indústria local. Isso tem um impacto tremendo”, completou.

As críticas também destacaram a generalização da tarifa. “Essa coisa populista de acordar, mandar carta e falar que vai dar 50% de tarifa para todos os setores… isso é um absurdo que prejudica demais o próprio Estados Unidos”, disse o comentarista.

O alerta foi reforçado com o exemplo da cadeia produtiva do agronegócio, afetada diretamente por esse tipo de medida.

D’Avila citou ainda o economista americano Larry Summers, ex-secretário do Tesouro dos EUA, que calculou que as tarifas de Trump devem gerar um prejuízo de US$ 300 mil por família de quatro pessoas. “Tarifa, gente, é imposto. É o maior aumento de carga tributária desde os anos 30 nos Estados Unidos”, afirmou.


No texto, o chefe de Estado americano citou diretamente Jair Bolsonaro (PL), dizendo que o Brasil não pode ser tratado como parceiro por perseguir adversários políticos.

A referência explícita ao STF e ao processo contra o ex-presidente foi interpretada como uma interferência nas instituições brasileiras.

A medida causou reações em setores industriais, no agronegócio e também no campo político. Para o governo Lula, a tarifa representa um ato hostil e será respondida à luz da Lei de Reciprocidade Econômica.

Fonte: DCM

VÍDEO – Jornal Nacional detona Trump e alerta: tarifaço ameaça empregos no Brasil

 

William Bonner e Renata Vasconcellos na bancada do Jornal Nacional. Foto: Reprodução

O Jornal Nacional, da TV Globo, detonou na última quarta-feira (9) a taxação de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros e afirmou que o republicano “provoca espanto ao colocar em risco milhões de empregos no Brasil pra defender aliados ideológicos”.

A reportagem destacou que a medida representa uma ameaça direta à economia brasileira e pode afetar milhões de trabalhadores. O telejornal classificou a decisão como arriscada e politicamente motivada, com foco em beneficiar aliados como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe.

O principal informativo da TV Globo também enfatizou a reação do presidente Lula (PT), que acionou a Lei da Reciprocidade Econômica. O mecanismo permite ao Brasil adotar contramedidas comerciais em resposta a ações unilaterais de outros países.

Segundo o JN, especialistas e autoridades veem com preocupação a tentativa de interferência externa em questões internas brasileiras.

A cobertura ainda desmentiu os argumentos de Trump sobre prejuízo comercial: dados oficiais mostram que, nos últimos 15 anos, os Estados Unidos acumularam superávit superior a US$ 400 bilhões nas relações com o Brasil.


Carta endereçada ao presidente Lula


No texto, o republicano afirma que a medida se justifica por uma relação que considera “desbalanceada” com o Brasil, mas também faz referência explícita à situação de Bolsonaro.

“Não podemos continuar tratando como parceiro um país que persegue adversários políticos”, escreveu Trump, em alusão direta ao Judiciário brasileiro e ao que classifica como uma “injustiça” contra o ex-capitão.


A carta, segundo o Itamaraty, contém “várias afirmações inverídicas sobre o Brasil” e “erros factuais sobre a relação comercial bilateral”, entre elas a alegação de que os EUA enfrentam um “insustentável déficit” comercial com o Brasil — o que contradiz dados do próprio governo americano, que indicam um superávit de US$ 410 bilhões nos últimos 15 anos.

Outro ponto refutado foi a acusação de censura e perseguição por parte do STF contra plataformas americanas e Bolsonaro.

Fonte: DCM

Exportação de carne brasileira aos EUA pode ser inviabilizada após tarifa de Trump

 

Carne bovina pendurada em câmara fria; setor alerta que tarifa de Trump pode inviabilizar exportações para os Estados Unidos – Foto: Divulgação/Abiec
Representantes do setor de carne bovina brasileiro classificaram como “caótica” a situação após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil. Os EUA são o segundo principal destino da carne bovina brasileira, atrás apenas da China, respondendo por cerca de 14% da receita total do setor. Somente no primeiro semestre de 2025, as exportações para os EUA somaram US$ 1,04 bilhão, um aumento de 102% em relação ao ano anterior.

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o custo médio por tonelada exportada é de US$ 5.732. Com a nova tarifa, esse valor pode ultrapassar US$ 8.600, o que tornaria as exportações praticamente inviáveis diante da concorrência global. A entidade afirmou que “qualquer aumento de tarifa representa um entrave ao comércio internacional e impacta negativamente o setor produtivo da carne bovina”.

A Abiec alertou para os riscos de barreiras comerciais motivadas por disputas geopolíticas e reforçou a importância da cooperação entre os países para manter o abastecimento global e a segurança alimentar. A associação disse ainda que está à disposição para contribuir com o diálogo diplomático e evitar prejuízos tanto para os produtores brasileiros quanto para os consumidores americanos.

Em resposta à medida, o presidente Lula (PT) convocou uma reunião com os ministros Fernando Haddad, Mauro Vieira, Gleisi Hoffmann e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad – Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Caso o cenário não seja revertido, parte das exportações pode ser redirecionada para outros mercados, como China, Hong Kong, Egito e Emirados Árabes.

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também demonstrou preocupação, destacando os impactos no câmbio e na competitividade das exportações.

Vale ressaltar que, internamente, o excesso de carne pode gerar queda nos preços ao consumidor brasileiro, segundo fontes do setor.

Fonte: DCM

Lula convoca ministros ao Alvorada para discutir reação a tarifaço de Trump

Segundo a Casa Civil, o governo do Brasil também decidiu criar um grupo de estudos para definir qual será a reação a ser adotada

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou para a manhã desta quinta-feira uma reunião no Palácio da Alvorada para discutir a reação ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar as importações brasileiras em 50%, alegando medidas judiciais que ele considera injustas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e big techs, disse a Casa Civil.

O governo do Brasil também decidiu criar, segundo a pasta, um grupo de estudos para definir qual será a reação a ser adotada ante a imposição das tarifas, que devem entrar em vigor a partir de 1º de agosto.

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters

'Burrice econômica e 100% política', diz Mendonça de Barros sobre tarifa de Trump contra o Brasil

Economista vê impacto limitado no agro, mas alerta para efeito nos EUA

Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, em Washington - 28/04/2025
Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, em Washington - 28/04/2025 (Foto: REUTERS/Leah Millis)

O economista José Roberto Mendonça de Barros criticou duramente a medida do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs tarifas a produtos brasileiros. De acordo com a coluna da jornalista Míriam Leitão, de O Globo, Mendonça de Barros avalia que a decisão é burra do ponto de vista econômico e 100% política’.

Segundo Mendonça de Barros, o agronegócio brasileiro tende a não ser fortemente afetado por essa decisão, especialmente no que diz respeito a itens como café e suco de laranja, que são exportados aos EUA em larga escala. Ele pondera que os norte-americanos não têm como substituir, no curto prazo, esses dois produtos vindos do Brasil. No entanto, avalia que deve haver uma redução no fluxo de vendas do café à espera dos próximos movimentos do governo dos EUA.

O economista também destacou que a exportação de carnes brasileiras vinha crescendo em razão de uma limitação na produção doméstica dos EUA. Com a adoção da tarifa, o reflexo deve ser direto no bolso dos consumidores norte-americanos uma vez que a taxação dos produtos brasileiros, se confirmada, vai aparecer nos supermercados americanos.

Mendonça de Barros sublinhou ainda que os maiores volumes da pauta exportadora agrícola do Brasil, como a soja, têm como principal destino a China. Para ele, isso ocorre porque os próprios Estados Unidos já são grandes produtores desse tipo de commodity, o que reduz a relevância desse mercado específico para o Brasil nesse setor.

Em relação à indústria, o economista explicou que as exportações brasileiras de produtos não agrícolas aos EUA funcionam de maneira complementar à produção americana. Ele citou, por exemplo, as placas de aço utilizadas pela indústria automobilística e os aviões da Embraer, que são importantes para as companhias aéreas dos Estados Unidos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Taxação imposta pelos EUA ao Brasil é a mais alta entre todos os países

As novas taxas se somam às tarifas setoriais já em vigor sobre aço, alumínio e, mais recentemente, cobre
Presidente dos EUA, Donald Trump, no Capitólio, em Washington - 20/05/2025
Presidente dos EUA, Donald Trump, no Capitólio, em Washington - 20/05/2025 (Foto: REUTERS/Ken Cedeno)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) uma nova rodada de tarifas sobre produtos importados de 22 países, colocando o Brasil no topo da lista com a maior alíquota: 50%. A medida, que passa a valer a partir de 1º de agosto, eleva significativamente as barreiras comerciais entre os dois países e representa o maior encargo tarifário já imposto pelos EUA ao Brasil. As informações são do Metrópoles.

Além disso, as novas taxas se somam às tarifas setoriais já em vigor sobre aço, alumínio e, mais recentemente, cobre — que também passam a ser taxados em 50%.

Desde o início de seu mandato, Trump tem adotado uma postura protecionista, mirando especialmente países do grupo Brics, como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em sua comunicação mais recente, o presidente norte-americano afirmou que o Brasil "não está sendo bom para os EUA", justificando o aumento das tarifas como uma resposta à "injustiça comercial".

A decisão gerou forte reação no meio diplomático e empresarial. Com as novas alíquotas, o Brasil lidera a lista de nações penalizadas:

  • Brasil: 50%

  • Laos e Myanmar: 40%

  • Camboja e Tailândia: 36%

  • Bangladesh e Sérvia: 35%

  • Indonésia: 32%

  • África do Sul, Argélia, Bósnia, Iraque, Líbia e Sri Lanka: 30%

  • Brunei, Cazaquistão, Coreia do Sul, Japão, Malásia, Moldávia e Tunísia: 25%

  • Filipinas: 20%


O anúncio surge dias após Trump sair publicamente em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), gesto que foi interpretado como um recado político ao atual governo brasileiro. O republicano também ameaçou impor tarifas de até 100% a países do Brics que não se alinharem aos "interesses comerciais dos EUA".

Essa não é a primeira vez que Trump atinge diretamente as exportações brasileiras. Em abril deste ano, o Brasil já havia sido alvo de uma tarifa de 10% sobre determinados produtos, agora amplamente superada pelo novo pacote de medidas protecionistas.

Com a entrada em vigor das novas tarifas, o impacto sobre setores estratégicos da economia brasileira, como o siderúrgico e o metalúrgico, deve ser significativo. Empresários e representantes do comércio exterior têm demonstrado preocupação com o possível efeito cascata sobre empregos e investimentos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Gleisi enquadra Tarcísio: 'é nessa hora que distinguimos os patriotas dos traidores'

Ministra critica postura do governador e outros bolsonaristas diante das tarifas de Trump, "o maior ataque já feito ao Brasil em tempos de paz”

Gleisi Hoffmann e Tarcísio de Freitas
Gleisi Hoffmann e Tarcísio de Freitas (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados | Reprodução)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), reagiu com indignação à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Em postagem nas redes sociais, nesta quinta-feira (10), Gleisi classificou a medida como “o maior ataque já feito ao Brasil em tempos de paz” e denunciou o alinhamento de figuras da extrema direita brasileira, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Jair Bolsonaro (PL), ao que chamou de “chantagem do presidente dos EUA”.

A medida anunciada por Trump entra em vigor no dia 1º de agosto e representa uma escalada nas tensões comerciais entre Washington e Brasília. Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o chefe da Casa Branca não apenas formalizou o tarifaço como também saiu em defesa de Bolsonaro, que responde a um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado em 2023.

Em tom de pressão econômica, o republicano ainda sugeriu que o Brasil abra seus mercados e elimine tarifas e barreiras comerciais, insinuando que só assim a Casa Branca poderia “considerar um ajuste” na nova tarifa.

A resposta de Gleisi veio de forma contundente. “Quem está colocando ideologia acima dos interesses do país é o governador Tarcísio e todos os cúmplices de Bolsonaro que aplaudem o tarifaço de Trump contra o Brasil”, afirmou. Em sua avaliação, trata-se de um ataque direto à economia, à soberania e à democracia brasileira, como parte de um projeto autoritário em curso. “É a continuação do golpe pelo qual Bolsonaro responde no STF, agora usando tarifas de um país estrangeiro para impor seu projeto ditatorial”, escreveu.

A ministra destacou ainda o papel histórico que cabe aos brasileiros neste momento. “É nessa hora que uma nação distingue os patriotas dos traidores”, disse Gleisi, citando editorial do jornal O Estado de S. Paulo que criticou duramente a postura de Tarcísio. “É absolutamente deplorável que ainda haja no Brasil quem defenda Trump, como recentemente fez o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (...) Eis aí o mal que faz ao Brasil um irresponsável como Bolsonaro, com a ajuda de todos os que lhe dão sustentação política com vista a herdar seu patrimônio eleitoral”, destacou o jornal.

Fonte: Brasil 247

Guerra comercial de Trump contra o Brasil deve reaproximar Lula de empresários e do agronegócio

Governo avalia que medida abre espaço para isolar Eduardo Bolsonaro e Tarcísio de Freitas e recuperar apoio de setores produtivos

Fernando Haddad e Lula
Fernando Haddad e Lula (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros foi interpretado como uma inesperada oportunidade política pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com interlocutores do presidente ouvidos pelo Metrópoles, a medida adotada por Trump pode funcionar como um “presente” para o governo brasileiro, ao abrir caminho para uma reaproximação com setores empresariais historicamente alinhados ao bolsonarismo. A avaliação é de que a decisão do governo norte-americano causa incômodo generalizado entre produtores, inclusive no agronegócio, e pode favorecer uma reconstrução do diálogo com os setores produtivos — nos moldes do que ocorreu nos dois primeiros mandatos de Lula.

◆ Desgaste para Bolsonaro e Tarcísio - A taxação anunciada de forma repentina por Trump, apontada como retaliação à investigação que Jair Bolsonaro (PL) enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF), já provocou reação contrária inclusive entre parlamentares da oposição. A Frente Parlamentar do Empreendedorismo e a Frente Parlamentar da Agropecuária se manifestaram criticamente à medida dos Estados Unidos e cobraram atuação do governo brasileiro.

Além de verem uma oportunidade de reforçar a interlocução com o empresariado, auxiliares do presidente Lula também enxergam um movimento estratégico que pode minar as pretensões eleitorais de figuras como Eduardo Bolsonaro e Tarcísio de Freitas. O deputado licenciado, que está nos EUA desde fevereiro articulando sanções contra o Brasil, é apontado por setores da esquerda como responsável por estimular ações prejudiciais à economia nacional. “Não tenho dúvidas, quero reafirmar: ele disse que ia prejudicar Alexandre de Moraes e prejudicou todo o Brasil”, afirmou o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ).

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também foi criticado por apoiar recentemente declarações de Trump. “Qual a posição do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas? Há dois dias aplaudiu o Trump quando disse que só o povo podia julgar Bolsonaro”, disparou Lindbergh, em referência à postagem feita pelo governador.

◆ Empresariado reage à tarifa - A reação mais contundente veio justamente de setores tradicionalmente simpáticos a Bolsonaro. O deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, afirmou: “vejo com tristeza para a economia brasileira, somos um grande parceiro americano… Acho que o presidente exagera muitas vezes nesse tipo de colocação”. Embora tenha criticado Trump, Passarinho também cobrou do governo Lula uma maior capacidade de articulação internacional: “falta um interlocutor com governo americano. Ele precisa ter um interlocutor melhor”.

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), por sua vez, alertou para os efeitos econômicos diretos da medida anunciada pela Casa Branca. “A medida, comunicada por meio de carta oficial enviada ao governo brasileiro, representa um alerta ao equilíbrio das relações comerciais e políticas entre os dois países”, destacou o grupo liderado pelo deputado Pedro Lupion (PP-PR), em nota oficial.

◆ Lula promete reciprocidade - A resposta oficial do governo brasileiro foi articulada com base na Lei de Reciprocidade Econômica. Segundo o presidente Lula, caso os Estados Unidos não recuem na taxação, o Brasil adotará medidas semelhantes contra produtos norte-americanos.

◆ Contexto geopolítico - Desde o início de seu segundo mandato, Donald Trump tem endurecido sua retórica comercial, com foco especial nos países que compõem o BRICS — bloco do qual o Brasil faz parte. Ele já ameaçou aplicar tarifas de até 100% aos países do grupo que, segundo ele, não respeitam os “interesses comerciais dos EUA”.

No caso do Brasil, a taxação veio acompanhada de críticas diretas. “O Brasil não está sendo bom para os EUA”, afirmou Trump, ao justificar a medida. A fala intensificou ainda mais o clima de tensão entre os dois países.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Cúpula do PL admite prejuízo ao Brasil com tarifas de Trump e tenta blindar clã Bolsonaro

Tarifa de 50% anunciada por Trump é vista como resultado direto das articulações de Eduardo Bolsonaro nos EUA

Trump, Eduardo e Jair Bolsonaro
Trump, Eduardo e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

Uma ala da cúpula do PL, partido de Jair Bolsonaro (PL), vem se articulando para mitigar os efeitos políticos da sobretaxa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros. Reportagem do jornal O Globo mostra os esforços da legenda para evitar que o desgaste econômico da medida recaia sobre o bolsonarismo.

A tensão interna ficou evidente após a declaração do senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, que demonstrou preocupação com os impactos concretos da taxação sobre a economia nacional. “Nós temos um problema objetivo, que é o fato de estarmos sendo taxados em 50% de tarifa sobre todo o nosso comércio. O impacto que isso vai gerar na população? Na geração de emprego e renda? O transtorno para os fornecedores, a dificuldade de acesso para os nossos produtores, a interrupção de cadeias produtivas por todo o Brasil. O governo está feliz porque vai desgastar a oposição?”, questionou.

O tom de Marinho, no entanto, contrasta com o de outros parlamentares bolsonaristas. Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por exemplo, elogiou publicamente a medida adotada por Trump, afirmando que ela foi “clara, direta e inequívoca”. Já Jair Bolsonaro, sem fazer referência direta à medida, preferiu atacar o presidente Lula (PT) nas redes sociais com uma citação bíblica: “quando os justos governam, o povo se alegra. Mas quando os perversos estão no poder, o povo geme – Provérbios 29:2”.

Para blindar Bolsonaro e sua família, o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), primeiro vice-presidente da Câmara, também criticou a sobretaxa, mas responsabilizou o governo brasileiro. “A gente sabe que o dólar subiu e deve subir mais ainda, a bolsa despencou, isso causa inflação, a inflação vai voltar e quem paga essa conta é o povo brasileiro. Se o presidente Lula realmente pensa no povo brasileiro, ele deve procurar conversar e não o enfrentamento com a maior potência do mundo”, afirmou.

No Palácio do Planalto, o entendimento é de que a medida anunciada por Trump está diretamente ligada a Bolsonaro, seu filho Eduardo e até ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que já demonstrou apoio ao presidente norte-americano.

◆ Sanções, julgamentos e interferência - Donald Trump justificou a sobretaxa alegando ataques do Brasil aos "direitos fundamentais de liberdade de expressão dos americanos" e às “eleições livres”, numa referência indireta ao embate entre o Judiciário brasileiro e as big techs. Em uma carta publicada em suas redes sociais, Trump foi direto ao mencionar Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado: “esse julgamento não deveria estar acontecendo. É uma caçada às bruxas que deve acabar imediatamente!", escreveu.

Trump também ameaçou ampliar ainda mais a taxação caso o Brasil opte por retaliar: o percentual da resposta seria somado à tarifa já imposta, o que poderia agravar a crise comercial entre os dois países. Embora o Brasil importe mais dos EUA do que exporta desde 2009, Trump argumenta que há “relação comercial injusta” com o país sul-americano.

Diplomatas brasileiros avaliaram a decisão como uma grave interferência nos assuntos internos do Brasil. Nos bastidores, a medida é interpretada como uma jogada para favorecer a extrema-direita brasileira e influenciar as eleições presidenciais de 2026.

◆ Bolsonarismo se divide e tenta conter danos - Segundo Bela Megale, do jornal O Globo, aliados da família Bolsonaro atuam para que os efeitos negativos da nova tarifa não acabem atingindo diretamente o ex-presidente e seu filho Eduardo. Desde fevereiro, Eduardo está nos Estados Unidos, onde atua em articulações com o governo Trump e defende sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Apesar de parlamentares bolsonaristas exaltarem publicamente a medida de Trump, há inquietação nos bastidores. A avaliação é de que setores que compõem a base de apoio do ex-presidente, especialmente o agronegócio, serão duramente impactados. Por isso, o discurso interno busca dissociar a atuação de Eduardo Bolsonaro da taxação em si, alegando que ele atuava apenas contra Moraes e não teria influência sobre o aumento tarifário.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

PF faz operação contra fraudes por meio de falsos sites de inscrição do ENEM 2024

Fraude usava sites falsos com símbolos do governo para enganar estudantes e cobrar taxa de inscrição via Pix

Agentes da Polícia Federal
Agentes da Polícia Federal (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (10), a Operação Só Oficial, com o objetivo de apurar um esquema de fraude digital envolvendo inscrições falsas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2024. A investigação, conforme divulgado pela própria PF, aponta para o uso indevido de sinais oficiais do Ministério da Educação, do INEP e do Governo Federal para enganar candidatos por meio de publicidade enganosa em redes sociais e sites fraudulentos.

Os agentes federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão na cidade de Praia Grande, litoral de São Paulo, e impuseram medidas restritivas para bloquear cerca de R$ 3 milhões arrecadados de forma ilícita. A quantia, segundo as apurações, foi obtida durante o período oficial de inscrições do ENEM, entre 27 de maio e 14 de junho deste ano.

De acordo com a PF, os responsáveis criaram páginas falsas na internet que imitavam o ambiente oficial do INEP. Nessas plataformas, os estudantes eram direcionados a efetuar pagamentos via Pix, acreditando que estivessem se inscrevendo corretamente para o exame. No entanto, os valores foram enviados a uma conta bancária vinculada a uma empresa privada sem qualquer autorização legal para receber tais pagamentos.

A investigação identificou que os recursos foram movimentados por meio de uma fintech, em nome da empresa envolvida no golpe. A mesma companhia já possui histórico de reclamações por práticas similares, como cobranças indevidas sem entrega dos produtos ou serviços prometidos.

Um dos investigados possui ao menos 15 registros criminais relacionados a estelionato, o que reforça a suspeita de envolvimento com organizações criminosas especializadas nesse tipo de delito.

Além do prejuízo financeiro, os candidatos que caíram no golpe foram automaticamente eliminados do ENEM 2024 por não terem inscrição válida no sistema oficial do exame. Com isso, terão de aguardar até a próxima edição da prova, que é realizada anualmente, para tentar nova participação.

A Polícia Federal informou que continuará as diligências para identificar todos os envolvidos, apurar a dimensão total dos prejuízos e responsabilizar os criminosos por fraude eletrônica praticada de forma contínua.

O nome da operação – Só Oficial – visa reforçar a importância de realizar inscrições e pagamentos exclusivamente por meio do site oficial do Governo Federal (www.gov.br). A PF orienta que os estudantes verifiquem se o endereço acessado é de fato o oficial, confirmem se o destinatário do pagamento é o INEP e chequem a validação de suas inscrições para evitar serem vítimas de fraudes digitais.

Fonte: Brasil 247