sexta-feira, 11 de julho de 2025

Lindbergh Farias pede prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro ao STF: "traição, golpe e sabotagem"


Deputado do PT afirma que Eduardo Bolsonaro atuou para impor sanções estrangeiras ao Brasil

Eduardo, Jair Bolsonaro, STF e Lindbergh Farias (Foto: Divulgação | ABR | Marina Ramos/Câmara dos Deputados I Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da bancada do PT na Câmara, protocolou nesta sexta-feira (11) um novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) requerendo a prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Segundo Lindbergh, o parlamentar licenciado cometeu crimes graves ao buscar sanções internacionais contra o Brasil e autoridades do Judiciário, especialmente contra o ministro Alexandre de Moraes.

A nota oficial foi enviada à imprensa pela bancada do PT, na qual ele classifica as ações de Eduardo Bolsonaro como “traição à pátria”, “golpe continuado” e “sabotagem econômica”.

“Quem conspira com o estrangeiro contra seu próprio país não é opositor — é traidor da pátria”, afirma Lindbergh, em tom contundente.

O parlamentar destaca que, ainda em maio, apresentou uma representação criminal à Procuradoria-Geral da República (PGR) com um “robusto conjunto probatório” contra Eduardo Bolsonaro, o que levou o procurador-geral Paulo Gonet a pedir a abertura de inquérito ao STF. O ministro Alexandre de Moraes acolheu os argumentos e instaurou o Inquérito 4995/DF, autorizando diligências imediatas.

No centro da acusação está a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, onde, segundo Lindbergh, o deputado buscou sanções contra autoridades brasileiras ao lado do comentarista Paulo Figueiredo. A nota divulgada recentemente pelos dois, pedindo a aplicação da “Lei Magnitsky” contra membros do STF, seria, segundo o petista, a prova documental de uma articulação internacional contra o Brasil.

Para Lindbergh, o resultado dessas manobras se concretizou no anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros feito por Donald Trump, presumível retaliação articulada por Eduardo e seu grupo. “É a primeira vez na história do País que um deputado federal trabalha ativamente contra sua própria nação com apoio de uma potência estrangeira”, denuncia.

Além da representação criminal, Lindbergh e o PT também protocolaram pedido de cassação de Eduardo no Conselho de Ética da Câmara, por entenderem que sua conduta fere o decoro parlamentar.

Na nova petição ao STF, o líder do PT pede a ampliação do escopo do inquérito e o envio de cópia ao Itamaraty para avaliar o cancelamento do passaporte diplomático de Eduardo Bolsonaro. Ele também argumenta que a liberdade do parlamentar representa risco de continuidade delitiva.

Entre os crimes que Lindbergh afirma estarem em curso, estão: 

• Coação no curso do processo (art. 344 do Código Penal);
• Obstrução de justiça;
• Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
• Atentado à soberania nacional;
• Associação criminosa;
• Violação à integridade funcional de magistrados e membros do MP (Decreto-Lei 4.766/42).

Segundo o petista, as ações de Eduardo foram financiadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que admitiu ter enviado R$ 2 milhões ao filho para mantê-lo nos Estados Unidos. Com isso, Lindbergh aponta que o ex-presidente pode ser coautor dos crimes, por sustentar uma estrutura “criminosa com atuação internacional”.

Para o deputado, os fatos mostram que o golpe de 8 de janeiro de 2023 não foi um episódio isolado, mas parte de uma ofensiva contínua com novas formas: “diplomática, econômica e transnacional”.

“A Constituição, a soberania nacional e a democracia não são negociáveis”, finaliza Lindbergh.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO – Trump diz que conversará com Lula “em algum momento, mas não agora”

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump durante entrevista sobre tarifaço no Brasil. Foto: Divulgação

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (11) que pretende discutir com o presidente Lula (PT) as novas tarifas aplicadas ao Brasil “em algum momento, mas não agora”.

A declaração foi dada durante entrevista à repórter Raquel Krähenbühl, correspondente da TV Globo em Washington, após o anúncio, feito na quarta-feira (9), de uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos.

Trump justificou a imposição das taxas com a alegação de que o Brasil tem tratado “muito injustamente” o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele afirmou que Lula “está tratando o presidente Bolsonaro de forma muito injusta. Eu o conheço bem [Bolsonaro], já negociei com ele e ele é um bom negociador. Posso te falar que ele é um homem muito honesto e ama o povo brasileiro”. Veja o vídeo:


Em resposta, Lula usou as redes sociais para reafirmar que o Brasil é uma nação soberana e não aceitará ingerências externas. “O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”, afirmou o presidente brasileiro, destacando a postura firme do país diante da ameaça de Trump.

A conversa entre os dois presidentes ainda não ocorreu, mas a expectativa é que a tarifa entre em vigor a partir de 1º de agosto. Lula também reagiu à alegação de Trump em uma entrevista ao Jornal Nacional, em que afirmou que a decisão de aumentar as tarifas é “inverossímil”.

O presidente brasileiro explicou que o Brasil possui um déficit comercial com os Estados Unidos há 15 anos, o que, segundo ele, refuta a justificativa de Trump para a tarifa. “O presidente Trump deve estar muito mal informado, porque nos últimos 15 anos o déficit para o Brasil é de R$ 410 bilhões entre comércio e tarifas”, disse Lula.

Além disso, Lula anunciou que utilizará a Lei da Reciprocidade Econômica para responder à decisão dos Estados Unidos. Essa lei permite que o Brasil reaja a ações comerciais injustas com medidas semelhantes. O presidente brasileiro reforçou que o país buscará uma solução através da Organização Mundial do Comércio (OMC), a fim de esclarecer a situação e garantir que as decisões brasileiras sejam respeitadas.

Fonte: DCM

Lula chama Bolsonaro de "covarde" e manda recado após "ameaça" de Trump: "o senhor está muito mal informado"

Presidente garante negociações “em todas as esferas”, inclusive no BRICS, para evitar o tarifaço, mas promete reciprocidade “se não tiver jeito”

      Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Durante discurso nesta sexta-feira (11) em Linhares, no Espírito Santo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um pronunciamento contundente em resposta ao aumento de 50% nas tarifas sobre produtos brasileiros anunciado por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. No mesmo evento que marcou o início do pagamento do Programa de Transferência de Renda (PTR), Lula criticou a medida, repudiou qualquer tentativa de interferência estrangeira no Judiciário brasileiro e acusou Jair Bolsonaro (PL) de agir como um “covarde” ao tentar utilizar Trump como escudo para fugir de seu processo judicial.

Em um tom firme, Lula desabafou: “aquela coisa covarde que preparou um golpe nesse país, não teve coragem de fazer, está sendo processado, vai ser julgado, e ele mandou o filho dele para os Estados Unidos pedir para o Trump fazer ameaça. ‘Ah, se não liberarem o Bolsonaro eu vou taxar vocês’”.

O presidente foi direto ao se dirigir a Trump, denunciando a tentativa de chantagem diplomática: “com todo respeito ao presidente Trump, o senhor está mal informado. Muito mal informado. Os Estados Unidos não têm déficit comercial com o Brasil. É o Brasil que tem déficit comercial com os Estados Unidos. Em 15 anos, entre comércio e serviço, temos um déficit de US$ 410 bilhões. Eu que deveria taxar ele".

Lula reforçou seu compromisso com a Justiça e a soberania nacional, criticando os que tentam fugir das consequências de seus atos. “Essa gente não vai brincar com o Brasil. [...] Se for inocente será absolvido, como eu fui. Se for culpado, vai para a cadeia, como todo mundo”, afirmou, destacando que o Poder Judiciário brasileiro é autônomo e que nenhum presidente, seja brasileiro ou estrangeiro, tem poder de intervenção sobre as decisões da Suprema Corte.

Lula também deixou claro que a reação brasileira será proporcional caso não haja solução no campo diplomático: “vou tentar brigar em todas as esferas para que não venha a taxação – na OMC, vou conversar com meus companheiros do BRICS. Agora, se não tiver jeito, vamos estabelecer a Lei da Reciprocidade. Taxou aqui, a gente taxa lá".

O evento em Linhares também contou com falas incisivas de ministros como Jorge Messias (AGU), Rui Costa (Casa Civil), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e do governador Renato Casagrande (PSB), todos em defesa da soberania brasileira e em crítica aberta à tentativa de interferência estrangeira no país. O Programa de Transferência de Renda é uma das ações previstas no Novo Acordo do Rio Doce, que busca reparar os danos do desastre da barragem de Fundão, em Mariana (MG), ocorrido em 2015.

Fonte: Brasil 247

Lula volta a utilizar boné com frase “o Brasil é dos brasileiros” após agressões de Trump

Durante evento no Espírito Santo, presidente reforça discurso em meio a embate tarifário com os Estados Unidos

        Lula com boné "o Brasil é dos brasileiros" (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Em meio à tensão diplomática com os Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta sexta-feira (11) de um evento no Espírito Santo usando um boné com a inscrição “O Brasil é dos brasileiros”. O gesto, simbólico, reforça a estratégia de defesa da soberania adotada pelo governo diante da taxação anunciada por Donald Trump sobre produtos brasileiros.

O boné já havia sido usado por Lula em fevereiro, logo após as eleições para os comandos da Câmara e do Senado, e voltou a aparecer agora como sinal de resistência. O acessório foi interpretado por aliados como um recado direto ao ex-presidente norte-americano, que comunicou a criação de uma tarifa de 50% sobre importações brasileiras a partir de 1º de agosto.

Apesar do tom firme, o governo brasileiro ainda pretende buscar um caminho diplomático. Lula afirmou que tentará negociar com os Estados Unidos, mas, caso o diálogo não avance, o país está preparado para aplicar medidas de reciprocidade, ou seja, retaliar com tarifas similares sobre produtos norte-americanos.

A justificativa apresentada por Trump na carta enviada a Lula — de que os EUA teriam déficit na balança comercial com o Brasil — é contestada por dados oficiais, que apontam o contrário. Além da questão comercial, Trump utilizou o comunicado para criticar o julgamento de Jair Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal por crimes como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.

A resposta de Lula e de seu governo tem sido centrada na defesa da autonomia institucional e do respeito à soberania nacional. “O presidente Lula presta continência a uma única bandeira, a bandeira do Brasil”, declarou o advogado-geral da União, Jorge Messias, durante o evento. Já o ministro da Casa Civil, Rui Costa, também adotou tom duro: “Com o ataque dos EUA, nós sabemos quem são os brasileiros e quem são os traidores da pátria”.

Fonte: Brasil 247

APUCARANA: Com planejamento e eficiência na gestão dos recursos, Prefeitura antecipa primeira parcela do 13º dos servidores

Com planejamento e eficiência na gestão dos recursos, Prefeitura antecipa primeira parcela do 13º dos servidores


A Prefeitura de Apucarana pagou nesta sexta-feira (11/07) a primeira parcela do 13º salário aos servidores públicos municipais. O valor total depositado é de cerca de R$ 10 milhões e reforça o compromisso da atual gestão com a valorização do funcionalismo. Além de beneficiar diretamente os servidores, o recurso também contribui para aquecer a economia local, fortalecendo o comércio e os serviços da cidade.

O prefeito Rodolfo Mota lembra que assumiu o comando do município em janeiro e encontrou um cenário financeiro desafiador. Dívidas herdadas, como aproximadamente R$ 200 milhões em débitos previdenciários com o INSS, e serviços públicos paralisados exigiram planejamento e responsabilidade na gestão dos recursos.

O prefeito afirma que esse resultado é fruto do trabalho da equipe, com foco na eficiência e no cuidado com o dinheiro público. “Estamos cuidando das contas, porque só assim conseguimos cuidar das pessoas. Valorizar nossos servidores, dar oportunidades de capacitação e boas condições de trabalho também é fundamental para garantir serviços de qualidade para a população, como é o caso da saúde, que ampliou muito o número de consultas e exames realizados”, reforçou o prefeito.

Além do 13º, Rodolfo Mota afirma que a nova gestão avançou em pautas importantes para os servidores, como a criação do salário mínimo para o funcionalismo público, garantindo que nenhum trabalhador ganhe menos de R$ 2.100, a regularização de avanços e progressões e a retomada dos recolhimentos previdenciários suspensos há anos.

De acordo com o secretário municipal da Fazenda, professor Rogério Ribeiro, desde o primeiro dia da nova administração, o compromisso foi organizar as contas e melhorar a aplicação do dinheiro público. “Cortamos excessos, eliminamos regalias incompatíveis com a moralidade pública e qualificamos os servidores para produzir mais e melhor com os recursos disponíveis. Colocamos em prática um plano de ajuste financeiro, permitindo a antecipação do 13º salário, o pagamento de dívidas herdadas e honrar compromissos com os fornecedores.”, destacou.

A antecipação da primeira parcela do 13º salário contempla, ao todo, 3.669 servidores da administração direta e indireta do município, totalizando R$ 9.833.598,22. O pagamento abrange funcionários da Prefeitura, da Autarquia Municipal de Saúde, da Autarquia de Educação, do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan) e da Autarquia de Serviços Funerários (Aserfa).

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Com tarifaço ao Brasil, Trump "matou" a anistia aos golpistas, avaliam deputados bolsonaristas

Parlamentares avaliam que a guerra comercial dos EUA inviabiliza a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro de 2023, incluindo Bolsonaro

      Manifestações contra a anistia (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Lideranças partidárias da Câmara dos Deputados avaliam que a ofensiva tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil enfraqueceu drasticamente qualquer possibilidade de avanço no Congresso em relação ao projeto de anistia para os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 — entre eles, Jair Bolsonaro (PL), que deve ser condenado em breve.

Na visão de deputados ouvidos por Igor Gadelha, do Metrópoles, seria politicamente inviável o Parlamento brasileiro aprovar uma medida considerada uma exigência de uma potência estrangeira, num momento em que o governo norte-americano impõe barreiras comerciais e amplia a tensão entre os países. O chamado “tarifaço”, que impõe alíquota de 50% sobre produtos brasileiros, é visto como uma manobra de pressão externa para interferir nas decisões judiciais internas do Brasil.

Mesmo com as articulações conduzidas pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para construir um texto de consenso junto ao bolsonarismo sobre a anistia, o avanço da pauta se tornou improvável. A retaliação comercial de Trump minou o ambiente político e ampliou a resistência dentro do Congresso.

A anistia ampla, geral e irrestrita — como tem sido defendida por aliados de Bolsonaro — passou a ser associada a uma tentativa de barganha com um governo estrangeiro. Nesse contexto, qualquer tramitação do tema, neste momento, traria enorme desgaste político.

Em uma carta assinada em conjunto com o comentarista Paulo Figueiredo, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tenta vincular diretamente a suspensão das tarifas por parte de Trump à aprovação da anistia no Congresso Nacional. O documento pede uma “saída institucional” para restaurar o que chamam de liberdades civis e convoca o Parlamento a agir com urgência:

“Apelamos para que as autoridades brasileiras evitem escalar o conflito e adotem uma saída institucional que restaure as liberdades. Cabe ao Congresso liderar esse processo, começando com uma anistia ampla, geral e irrestrita, seguida de uma nova legislação que garanta a liberdade de expressão — especialmente on-line — e a responsabilização dos agentes públicos que abusaram do poder”, diz a carta.

O gesto foi visto por congressistas como uma tentativa explícita de condicionamento político inaceitável, sobretudo diante do contexto de crise comercial e diplomática. A leitura predominante é de que o efeito prático da carta foi exatamente o oposto do desejado: Trump "matou" a anistia.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lindbergh cobra posicionamento claro de Motta e Alcolumbre contra tarifas de Trump

"Afinal, qual é a posição oficial do Congresso?", questiona o líder do PT na Câmara

         Lindbergh Farias (Foto: Marina Ramos / Câmara)

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), criticou nesta sexta-feira (11) a nota divulgada pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), sobre as tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil. Segundo Lindbergh, o documento não apresenta uma posição clara contra as agressões de Trump à soberania nacional.

“Sobre a nota dos presidentes Hugo Motta e Davi Alcolumbre: não há, em nenhum momento, uma posição clara contra as medidas anunciadas por Trump. Não é pedir muito. Afinal, qual é a posição oficial do Congresso? Acho que os presidentes das Casas poderiam vir a público e se posicionar claramente contra a agressão de Trump ao Brasil. Só isso”, pontuou o deputado sobre a nota divulgada na última quinta-feira (10).

O documento se limita a afirmar que o Congresso que o tarifaço deve ser respondido com “diálogo” e que o Congresso acompanhará de perto os desdobramentos”. “Estaremos prontos para agir com equilíbrio e firmeza em defesa de nossa economia, do setor produtivo e da proteção dos empregos brasileiros”, diz a nota.

Lindbergh completou anunciado que aprovou uma moção de repúdio contra as agressões de Trump. “Outra coisa: até agora, a única posição da Câmara foi a vergonhosa moção de louvor a Trump, aprovada pela bancada do PL na Comissão de Relações Exteriores. Apresentei hoje uma moção de repúdio contra a brutal agressão estrangeira ao Brasil feita por Trump, em conluio com a família Bolsonaro. Alguma coisa tem que ser feita”, concluiu.

Fonte: Brasil 247

Situação de Eduardo Bolsonaro se agrava após elogio a Trump por tarifaço, diz STF

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumprimenta o deputado federal Eduardo Bolsonaro durante visita à Casa Branca, em 2019. Foto: Divulgação

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que a situação jurídica do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se agravou significativamente após ele agradecer publicamente ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelas tarifas de 50% impostas ao Brasil, conforme informações do blog do Camarotti, do G1.


“Obrigado, presidente Donald J. Trump. Espero que as autoridades brasileiras agora tratem esses assuntos com a seriedade que merecem. O Brasil não pode — e não vai — se tornar outra Venezuela, Cuba ou Nicarágua. Deus abençoe os Estados Unidos, Deus abençoe o Brasil”, escreveu Eduardo na Truth Social, rede social de Trump.


A situação do deputado, que está licenciado do cargo e atualmente nos Estados Unidos, já era delicada. Ele é investigado por obstrução de investigação envolvendo organização criminosa e por possível participação em tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Agora, a mensagem de Eduardo, somada à carta divulgada por Trump — na qual o ex-presidente americano justifica o tarifaço como resposta à “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro —, fortalece a linha de investigação em andamento no Supremo.

Com trânsito livre entre aliados de Trump, Eduardo tem atuado como agente político de interesses estrangeiros, buscando deslegitimar instituições brasileiras, como o STF, e apoiar articulações contrárias à soberania nacional. O STF, segundo fontes ligadas à Corte, apura a atuação do traidor.

Nesse contexto, ministros do Supremo não descartam que o filho “03” de Bolsonaro possa ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda antes das eleições de 2026. Caso seja condenado por um colegiado como o STF, ele poderá ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa e ficar inelegível.

Fonte: DCM com informações do G1

‘Conspira contra o Brasil’: PSOL pede prisão de Eduardo Bolsonaro após tarifaço de Trump

 

deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em close, de perfil, com expressão séria
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) – Reprodução

O PSOL protocolou, nesta quinta-feira (10), uma ação na Procuradoria-Geral da República (PGR), solicitando a prisão do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O partido acusa o parlamentar de envolvimento em crimes como atentado à soberania nacional, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.

A iniciativa ocorre após declarações feitas por Eduardo Bolsonaro, na quarta-feira (9), em apoio à medida do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto. O deputado também defendeu, em suas palavras, a aprovação de uma ampla anistia para aqueles envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Na ação, o PSOL alega que o comportamento do deputado “atenta contra a soberania nacional” e que suas ações representam uma sabotagem às instituições brasileiras, considerando-as como um lobby anti-diplomático contra o Brasil, com potenciais efeitos econômicos negativos “equiparáveis a uma declaração de guerra”.

Em entrevista, Paula Coradi, presidenta nacional do PSOL, afirmou: “É inaceitável que um parlamentar fuja do Brasil para conspirar contra o próprio país e articule medidas que prejudicam a economia nacional. Ao menos a hipocrisia dos autointitulados patriotas que batem continência para a bandeira dos Estados Unidos (EUA) ficou escancarada.”

Desde fevereiro, Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos, onde tem se dedicado a manifestações em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e à tentativa de aplicar sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Para o PSOL, “o lobby da família Bolsonaro nos EUA integra uma segunda etapa do 8 de janeiro”, argumentando que, após não conseguirem depor o governo eleito pela força, buscam agora apoio externo para prejudicar economicamente o Brasil. “Querem chantagear o Estado Brasileiro com sabotagem internacional às nossas instituições. Isso é crime, não pode passar batido”, acrescentou Coradi.

Além disso, conforme reportado pela colunista do O Globo, Bela Megale, membros do Centrão, alinhados a Jair Bolsonaro, acreditam que a imposição das tarifas por Trump enfraquece a candidatura de Eduardo Bolsonaro à Presidência em 2026.

Em uma carta publicada ao lado de Paulo Figueiredo, influenciador de direita e filho do ex-ditador João Figueiredo, Eduardo declarou: “A carta do presidente Donald J. Trump ao presidente brasileiro é clara, direta e inequívoca. E reflete aquilo que nós, há muito tempo, temos denunciado: o Brasil está se afastando, de forma deliberada, dos valores e compromissos que compartilha com o mundo livre”.

Líderes do Centrão interpretaram de forma negativa o pedido de Eduardo Bolsonaro para que brasileiros expressassem agradecimento ao presidente americano após o anúncio da tarifa. Para eles, o deputado fez uma espécie de celebração da medida, a qual, inegavelmente, prejudica a economia nacional.

Fonte: DCM

VÍDEO – Casal bolsonarista diz que SC é “sonho de consumo” e ataca a esquerda: “Fique onde está”


O casal de influenciadores bolsonaristas, Jenifer Milbratz e Cleiton Stainzack. Foto: Reprodução

O casal de influenciadores bolsonaristas, Jenifer Milbratz e Cleiton Stainzack, de Pomerode, Santa Catarina, publicou novamente um vídeo falando bobagens e atacando a esquerda. Desta vez, a dupla de xenofóbicos diz que o estado virou o sonho de consumo de todos os brasileiros e que todos querem ir para lá.

No vídeo, eles elencam quatro coisas que todo mundo precisa saber antes de se mudar para Santa Catarina. Entre elas, destacam que a população odeia preguiça e trabalho mal feito, que têm orgulho de ter descendência europeia e que o estado é conservador. Uma espécie de “aviso”.

“Se você vem de um estado destruído pela esquerda e quer começar com trabalho e dignidade, seja bem-vindo”, disse o homem. Logo em seguida, a mulher completa: “Se você vem com agenda woke, ideologia de gênero e assistencialismo estatal, faz um favor para todos nós e fique onde está.”

Para o casal, que já chegou a atribuir os “defeitos” da população do Nordeste aos eleitores do presidente Lula (PT), se você não se encaixa nessas “coisas essenciais”, você não é bem-vindo no lugar que, para eles, é o “paraíso”.

Assista abaixo:

Fonte: DCM

Jornal francês chama Trump de “mafioso internacional” por interferência na política brasileira

 

Lula, presidente do Brasil. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Les Echos diz que Lula “subiu no ringue, ignorando a ameaça” e lembrou que seu governo pode responder na mesma moeda. O diário avalia que Trump está irritado pelo fato de o Brasil pertencer ao Brics, que busca uma outra solução ao uso do dólar nas transações comerciais e ao domínio dos Estados Unidos no comércio internacional.

✱ Incoerência das medidas

O canal francês BFMTV dedicou sua crônica de economia ao assunto. A análise da emissora cita “a incoerência” da futura tarifa imposta ao Brasil, sob a alegação errônea de Trump de que existiria um suposto excedente comercial com os Estados Unidos. “Não vemos onde está a injustiça já que são os Estados Unidos que registram um superávit com o Brasil, de US$ 7,4 bilhões em 2024”, apontou a emissora.

“Será que Trump está realmente cogitando interromper o julgamento de Bolsonaro ou esse é apenas um pretexto para encher os cofres dos Estados Unidos?”, questionou a jornalista Caroline Loyer. Para ela, qualquer uma das opções suscita o temor de uma grave crise diplomática entre os dois países.

Fonte: DCM

"Não há alternativa ao multilateralismo", diz Lula, em vários jornais internacionais

Presidente alerta para o risco de colapso da ordem global e propõe reconstrução das instituições multilaterais com justiça, inclusão e solidariedade

       Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou, nesta sexta-feira (11), um artigo de grande repercussão internacional em alguns dos principais jornais do mundo, como Le Monde (França), El País (Espanha), The Guardian (Reino Unido), Der Spiegel (Alemanha), Corriere della Sera (Itália), Yomiuri Shimbun (Japão), China Daily (China), Clarín (Argentina) e La Jornada (México). No texto, Lula faz um chamado urgente à reconstrução do multilateralismo como resposta ao avanço das guerras, das desigualdades e da destruição ambiental.

Segundo o presidente brasileiro, 2025 deveria ser um ano de celebração pelos 80 anos da criação da ONU, mas corre o risco de ser lembrado como o marco do colapso da ordem internacional instituída em 1945. “As fissuras já eram visíveis há muito tempo”, afirma. Ele cita como exemplos a invasão ao Iraque, a intervenção na Líbia e a guerra na Ucrânia, criticando o uso recorrente da força por membros permanentes do Conselho de Segurança. E acrescenta: “a omissão diante do genocídio em Gaza representa uma negação dos valores mais básicos da humanidade”.

Lula também denuncia a deterioração do sistema de comércio global. Ele afirma que o multilateralismo comercial está sendo ameaçado por medidas unilaterais, como tarifas protecionistas, que desorganizam cadeias de valor e geram estagnação com inflação. O presidente lamenta o esvaziamento da OMC e o abandono da Rodada de Doha.

Ao analisar os efeitos da crise financeira de 2008, Lula responsabiliza a agenda neoliberal pela decisão de “salvar os super-ricos e grandes corporações às custas de cidadãos comuns e pequenos negócios”, o que aprofundou a desigualdade social. Ele aponta que o 1% mais rico do planeta acumulou, na última década, US$ 33,9 trilhões — valor 22 vezes superior ao necessário para erradicar a pobreza no mundo.

Outro ponto central do artigo é o alerta contra o enfraquecimento do Estado e a perda de confiança nas instituições públicas, que abre espaço para o avanço de projetos políticos extremistas e autoritários. “A insatisfação tornou-se terreno fértil para narrativas extremistas que ameaçam a democracia e promovem o ódio como projeto político”, escreve.

Lula também critica o abandono da cooperação internacional em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), apontando a burocracia e as condições abusivas impostas a países em desenvolvimento. “Não se trata de caridade, mas de reparar séculos de exploração, interferência e violência contra os povos da América Latina e do Caribe, da África e da Ásia”, afirma.

Sobre as mudanças climáticas, o presidente ressalta que os países pobres são os que mais sofrem com os impactos, embora os mais ricos tenham maior responsabilidade histórica pelas emissões de carbono. Ele lembra que 2024 foi o ano mais quente da história e denuncia o descumprimento das promessas financeiras feitas na COP15, enquanto os gastos militares da OTAN seguem aumentando.

Para Lula, as instituições multilaterais ainda são indispensáveis e seus benefícios são concretos, como demonstram os avanços na erradicação da varíola, a preservação da camada de ozônio e a proteção dos direitos trabalhistas. No entanto, ele reconhece que a arquitetura institucional atual está ultrapassada: “se as organizações internacionais parecem ineficazes, é porque sua estrutura não reflete mais a realidade contemporânea”.

O presidente encerra o artigo com um apelo à diplomacia e à reconstrução de um multilateralismo verdadeiro, capaz de responder às angústias da humanidade. “É preciso reencontrar os fundamentos do verdadeiro multilateralismo — aquele que possa responder ao clamor de uma humanidade angustiada com o seu futuro”, escreve. E conclui: “só assim deixaremos de assistir, passivamente, ao avanço da desigualdade, ao absurdo da guerra e à destruição do nosso próprio planeta”.

Com essa publicação em diversos jornais influentes, Lula reafirma a posição do Brasil como defensor de uma ordem internacional pautada pelo diálogo, pela justiça e pela cooperação entre os povos. Em sua presidência do G20 em 2024, e agora à frente dos BRICS e da COP30, o país tem buscado mostrar que é possível encontrar consensos mesmo em cenários adversos.

Fonte: Brasil 247

Além de Bolsonaro, proteção a big techs está por trás da guerra comercial de Trump contra o Brasil

Governo dos EUA reage ao julgamento do Marco Civil da Internet pelo STF e amplia tensão com o Brasil sob alegação de ataque à liberdade de expressão

           Jair Bolsonaro, de costas, e Alexandre de Moraes (Foto: Antonio Augusto/STF)

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros foi motivada também pelo julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que ampliou a responsabilização das plataformas digitais, segundo a Folha de S. Paulo.

Segundo três fontes com conhecimento das tratativas internas da Casa Branca, a decisão foi interpretada por aliados de Trump como mais um movimento do Judiciário brasileiro contra a liberdade de expressão, especialmente após a Corte impor novas obrigações às empresas de tecnologia por meio da reinterpretação do Marco Civil da Internet.

★ Julgamento do STF gerou desconforto em Washington - O STF decidiu que, a partir de agora, as redes sociais poderão ser responsabilizadas por conteúdos nocivos mesmo sem ordem judicial prévia, desde que estejam listados como manifestamente ilegais. Essa mudança foi classificada por membros do governo Trump como uma tentativa de silenciar a liberdade de expressão e desestabilizar a democracia a fim de sustentar um governo "impopular”.

Essa avaliação foi compartilhada por aliados de Jair Bolsonaro (PL), que vêm articulando nos Estados Unidos uma campanha contra o ministro Alexandre de Moraes. Segundo interlocutores citados pela reportagem, as redes sociais foram cruciais para a mobilização da base bolsonarista, inclusive durante os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, e o novo entendimento do STF foi visto como censura.

★ Retaliação americana ganhou força após pressão bolsonarista - Antes da decisão tarifária, a resposta cogitada pelos assessores de Trump limitava-se à aplicação de sanções individuais, como a proibição de visto e o congelamento de ativos do ministro Alexandre de Moraes. Mas, nas reuniões da semana passada, que contaram com a presença de Trump, o grupo decidiu intensificar a ofensiva. O julgamento do STF e outras decisões judiciais contra empresas americanas, como a Rumble — que hospeda conteúdos da Truth Social, rede do próprio Trump — serviram de catalisador.

A carta enviada por Trump ao governo brasileiro cita “ataques insidiosos do Brasil às eleições livres e aos direitos fundamentais de liberdade de expressão dos americanos”. O presidente também afirmou que o STF teria adotado “centenas de decisões secretas” para remover conteúdos e suspender contas de redes sociais, expulsando assim empresas americanas do país.

★ Tarifas surpreenderam até aliados de Trump - A imposição da tarifa de 50% não era a recomendação técnica do USTR, órgão do governo americano responsável por comércio exterior. Até a sexta-feira (4), negociadores dialogavam com representantes do Brasil sobre medidas comerciais mais específicas, mas a orientação para uma tarifa ampla não partiu do setor técnico.

Martin de Luca, advogado da plataforma Rumble, declarou que “quando se trata de liberdade de expressão e empresas de tecnologia, acho que primeiro é preciso reconhecer que as ordens de Moraes deveriam ser rescindidas”. Para ele, esse seria um gesto que poderia reverter a escalada das tensões.

Contudo, ministros do STF e integrantes do governo brasileiro descartam completamente a possibilidade de retroceder nas decisões contra as big techs. A chance de isso acontecer é nula, disse uma autoridade em condição de anonimato.

★ Pressão pode aumentar, mas Brasil evita recuar - A expectativa de Trump e seu entorno é de que a medida leve o Brasil a rever suas posturas em relação às plataformas digitais.

Na mesma carta, Trump sinaliza que o Brasil poderia evitar a continuidade das tarifas caso empresas nacionais decidam abrir fábricas nos EUA. No entanto, não está claro se haverá interlocução oficial para negociar os termos dessa flexibilização.

Por ora, sanções pessoais a autoridades brasileiras, especialmente a Moraes, continuam sendo estudadas, mas ainda sem data para serem anunciadas.

Fonte> Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo