terça-feira, 8 de julho de 2025

Alvo de operação da PF, deputado Júnior Mano nega envolvimento em suposto esquema de desvio de emendas

Em nota, a assessoria do parlamentar afirma que Júnior Mano não tem participação em licitações nem ordenação de despesas em prefeituras

                (Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) negou qualquer envolvimento com fraudes em licitações ou contratos administrativos após ser alvo, nesta terça-feira (8), de uma operação da Polícia Federal (PF) autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação apura a atuação de uma suposta organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos por meio de esquemas com verbas parlamentares e processos licitatórios.

Em nota divulgada à imprensa, a assessoria do parlamentar afirmou que ele não exerce funções administrativas em prefeituras e que não participa de comissões de licitação nem tem qualquer atribuição relacionada à ordenação de despesas. “Como parlamentar, o deputado não exerce qualquer função executiva ou administrativa em prefeituras, não participa de comissões de licitação, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos”, diz o texto, de acordo com o Metrópoles.

A assessoria também destacou que Júnior Mano “reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e o exercício probo da função pública”, além de expressar “confiança nas instituições”, com menção específica ao Poder Judiciário e à Polícia Judiciária Federal. Ao final da nota, o deputado afirma ter “plena convicção de que, ao final da apuração, a verdade dos fatos prevalecerá, com o completo esclarecimento das circunstâncias e o reconhecimento de sua correção de conduta.”

A operação Underhand cumpriu 15 mandados de busca e apreensão, incluindo a residência oficial do parlamentar em Brasília, um imóvel em Fortaleza e seu gabinete na Câmara dos Deputados. As ordens judiciais também foram executadas nos municípios cearenses de Nova Russas, Eusébio, Canindé e Baixio.

De acordo com a Polícia Federal, “o núcleo investigado é suspeito de articular o direcionamento de verbas públicas a determinados municípios cearenses mediante contrapartidas financeiras ilícitas, além de influenciar procedimentos licitatórios por meio de empresas vinculadas ao grupo.”

A apuração chegou ao STF após a PF identificar indícios de que o deputado estaria “diretamente envolvido no desvio de emendas parlamentares, utilizadas para alimentar o esquema de (compra de votos) e consolidar sua base de apoio político.” Ainda segundo a corporação, as verbas desviadas teriam sido destinadas a prefeituras específicas.

O nome de Júnior Mano apareceu na investigação após uma denúncia feita pela prefeita de Canindé durante a campanha de 2022. Ela apontou supostos crimes eleitorais atribuídos ao deputado e a um aliado, que atualmente ocupa o cargo de prefeito em Choró, também no Ceará.

Conforme a denúncia, Júnior Mano repassava emendas ao prefeito, que ficaria responsável por “lavar” os recursos. As suspeitas envolvem os crimes de organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com finalidade eleitoral, segundo informou a Polícia Federal.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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