
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou suas redes sociais nesta segunda-feira (7) para agradecer publicamente as declarações de apoio feitas pelo presidente dos EUA Donald Trump, que classificou o processo judicial contra o brasileiro no Supremo Tribunal Federal (STF) como “caça às bruxas”. A manifestação ocorre em momento crucial do caso, em que ele é réu por tentativa de golpe de Estado, que está na fase de alegações finais.
“Recebi com muita alegria a nota do Presidente Trump. Convivi por dois anos com o presidente Trump, onde sempre defendemos os interesses dos nossos povos e a liberdade de todos”, escreveu Bolsonaro. O inelegível reforçou sua tese de perseguição política: “Este processo ao qual respondo é uma aberração jurídica (Lawfare), clara perseguição política, já percebida por todos de bom senso”.
Bolsonaro estabeleceu um paralelo entre sua situação e a de Trump, que também enfrenta diversos processos judiciais nos Estados Unidos. “Sua luta por paz, justiça e liberdade ecoa por todo o planeta. Obrigado por existir e nos dar exemplo de fé e resiliência”, afirmou o brasileiro.
Setores bolsonaristas acreditam que a intervenção de Trump pode acelerar anúncios de sanções contra autoridades brasileiras, incluindo o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF. A expectativa se baseia em ações anteriores do governo estadunidense contra magistrados de outros países.
Lula reage
As declarações de Trump e Bolsonaro provocaram respostas imediatas do governo federal. O presidente Lula publicou no X: “A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja”.
A ministra Gleisi Hoffmann também saiu em defesa das instituições brasileiras, afirmando que o período de “submissão aos interesses norte-americanos” ficou no passado.
Ela destacou que Bolsonaro responde por crimes cometidos e que o processo segue todos os trâmites legais.
O caso no STF investiga tentativa de golpe de Estado após a derrota eleitoral de Bolsonaro em 2022. Com a fase de instrução concluída pelo ministro Alexandre de Moraes, o julgamento pode ocorrer ainda este ano. Até o momento, o processo já resultou em 497 condenações.
Fonte: DCM
Nenhum comentário:
Postar um comentário