domingo, 27 de julho de 2025

PF já pode concluir inquérito contra Eduardo Bolsonaro, dizem investigadores


O deputado Eduardo Bolsonaro – Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF), segundo informações do colunista Lauro Jardim, do Globo, avalia que já há provas suficientes para concluir o inquérito que investiga Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por crimes como coação, obstrução de investigação, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e atentado à soberania.

A apuração, aberta em maio a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), ganhou força após as ações e declarações do deputado nos Estados Unidos, onde está desde março.

O parlamentar é visto com um dos principais articuladores do tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump aos produtos brasileiros importados pelos EUA.

Eduardo justifica suas ações como uma tentativa de forçar a promoção de anistia aos envolvidos nos atos terroristas de 8 de Janeiro, incluindo a seu pai, Jair Bolsonaro (PL). A PGR entende que essas articulações podem configurar graves violações à legislação brasileira.

Jair Bolsonaro exibe tornozeileira colocada após determinação do STF – Foto: Reprodução

Entre os crimes listados no inquérito estão coação no curso do processo, por meio de pressões externas sobre autoridades judiciais; obstrução de investigação, ao tentar impedir o avanço das apurações sobre o 8 de Janeiro; e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A pena para esses crimes pode chegar a 8 anos de reclusão, além de outras sanções.

Outro ponto em análise é o possível atentado à soberania nacional. A PGR sustenta que a tentativa de submeter o funcionamento do STF ao crivo de outro país fere diretamente a autonomia do Brasil. O ministro Alexandre de Moraes afirmou que Eduardo “intensificou as condutas ilícitas” após as medidas contra seu pai, o que agrava o cenário.

Especialistas ouvidos pela imprensa avaliam que, além das implicações penais, a atuação do deputado pode justificar um pedido de cassação de mandato por violar o dever de defender os interesses do país. A conduta de Eduardo é vista como uma afronta à soberania e à independência dos Poderes, pilares do sistema democrático.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

EUA: Com mulher grávida, brasileiro é preso pela imigração ao buscar filha na escola


Guilherme Cardoso com a enteada e Rachel Leidi abraçada com o brasileiro. Fotomontagem: reprodução/instagram

No dia 11 de julho, um designer brasileiro de 35 anos foi preso por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE), nas Ilhas San Juan (EUA). Guilherme Lemes Cardoso e Silva é acusado de estar com o visto vencido, apesar de já ter iniciado o processo para obter o “green card” (autorização definitiva para residir no país).

A operação aconteceu quando ele saía para buscar a filha. Segundo a esposa Rachel Leidig (36), ao menos sete viaturas sem identificação esperavam em uma estrada particular. Guilherme foi imobilizado, algemado nos pulsos e tornozelos e levado de barco até o continente.

Rachel está grávida de sete meses e relata que o casal se casou em abril, após a descoberta da gestação. O pedido do visto definitivo já havia sido protocolado por um advogado antes da prisão. Formado em direito em Goiânia, Guilherme trabalha como designer e ilustrador e vive nos EUA desde 2016.

Atualmente ele está no centro de detenção de Tacoma, em Washington. Antes de ser transferido para a unidade, ficou 38 horas em uma cela provisória em Ferndale, onde, segundo a esposa, dormiu no chão e passou mal com a comida. O consulado brasileiro acompanha apenas a integridade física do preso, sem poder intervir no processo.

Rachel afirmou que só soube da prisão horas depois, quando recebeu uma ligação do próprio marido, já detido. Ela descreve a situação como um “filme de terror” e diz que tenta conciliar a gestação com a luta para contratar advogados. “Estávamos prestes a fazer o primeiro ultrassom juntos. Agora passo os dias chorando e dormindo sozinha”, relatou.

A irmã de Guilherme, a advogada Lara Cardoso (32), contou que a família recebeu a notícia com choque. Ela diz que o brasileiro construiu uma carreira sólida como ilustrador no país e era dedicado à família. A embaixada brasileira informou que não pode interferir no caso, apenas monitorar as condições do detento.

O ICE é a agência americana responsável por fiscalizar imigrantes em situação irregular. Desde 2003, a instituição realiza prisões e deportações, sendo alvo de críticas de organizações de direitos humanos, principalmente por separar famílias e deter pessoas sem antecedentes criminais.

Familiares e amigos organizam uma campanha de arrecadação para pagar os custos com advogados e ajudar Rachel, que está sem renda fixa. A meta é arrecadar US$ 25 mil. A audiência de fiança está marcada para 29 de julho, no estado de Washington – onde Guilherme segue detido.

Veja a postagem da arrecadação:

Fonte: DCM

Como sair do zero e montar uma reserva de emergência em 3 meses

Pessoa empilhando moedas representa crescimento financeiro e construção de reserva de emergência – Foto: Reprodução

Muitos brasileiros ainda enfrentam dificuldades para guardar dinheiro, mas especialistas afirmam que é possível montar uma reserva de emergência mesmo começando do zero. O segredo está em três pilares: planejamento, corte de gastos e disciplina. A recomendação básica é guardar, no mínimo, o equivalente a três meses de despesas fixas — ou seja, o suficiente para manter o essencial em caso de imprevistos.

O primeiro passo é mapear todas as entradas e saídas de dinheiro. Em seguida, definir uma meta mensal realista para poupar. Isso pode significar trocar o delivery por marmita, cortar assinaturas pouco usadas ou renegociar dívidas. “É preciso tratar a reserva como prioridade, e não como o que sobra no fim do mês”, orienta Nath Finanças, influenciadora de educação financeira.

Para acelerar o processo, uma dica importante é buscar fontes extras de renda, como freelas ou vendas online. Em paralelo, deixar o dinheiro poupado separado da conta principal — de preferência em uma conta remunerada como o Tesouro Selic ou CDB com liquidez diária. Dessa forma, é possível montar uma reserva sólida em até três meses e garantir mais segurança financeira diante de emergências.

Fonte: DCM

Paulo Nogueira Batista: "Trump socorre Bolsonaro porque quer um Brasil vassalo"

Economista afirma que apoio de Trump a Bolsonaro visa afastar o Brasil dos BRICS e manter hegemonia do dólar

    (Foto: Brasil247 | REUTERS/Tom Brenner)

"Trump socorre Bolsonaro porque quer um Brasil vassalo", afirmou o economista Paulo Nogueira Batista Jr., em entrevista ao programa Brasil Agora, transmitido pela TV 247 no YouTube. Segundo ele, o apoio do presidente norte-americano ao ex-mandatário brasileiro está diretamente relacionado ao papel geopolítico do Brasil dentro do grupo BRICS, e ao temor dos Estados Unidos de perder o domínio financeiro global.

Durante a entrevista, Paulo Nogueira analisou a recente intensificação do confronto entre os Estados Unidos e o grupo BRICS — formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, especialmente após a cúpula realizada no Rio de Janeiro, no segundo mandato do presidente Lula. Para ele, a reação de Donald Trump ao grupo está diretamente ligada à ameaça que representa ao papel do dólar como moeda hegemônica mundial.

“O Trump tem sido preciso ao se opor à criação de uma nova moeda que possa ameaçar o status do dólar como moeda de reserva”, declarou o economista. Ele também destacou que o próprio Lula, ao defender uma moeda alternativa para transações internacionais, “colocou bem o problema, fez isso publicamente”.

☆ Brasil sob pressão e o retorno de Bolsonaro

Ao comentar as sanções impostas por Trump a autoridades brasileiras e ameaças relacionadas à política externa do país, Nogueira foi categórico: “A melhor maneira de solapar a participação do Brasil nos BRICS é promover a volta de Jair Bolsonaro, porque Bolsonaro disse que, caso voltasse a ser presidente, ele sairia dos BRICS”.

Ele reforçou que os Estados Unidos enxergam no atual governo brasileiro um obstáculo à submissão geopolítica. “No Lula eles não encontram vassalo, encontram alguém que tem pretensões de independência”, afirmou. Por isso, na avaliação do economista, Trump tenta favorecer Bolsonaro com vistas a realinhar o Brasil aos interesses de Washington.

☆ Críticas à grande imprensa brasileira

Nogueira também criticou o editorial recente do Estado de S. Paulo, que sugeriu que o Brasil abandonasse os BRICS. “É uma peça de vassalagem, não tem dúvida. Repete o que Bolsonaro já havia dito antes, pedindo a saída do Brasil do grupo”, disse. Para ele, há um equívoco na percepção de que os BRICS seriam dominados pela China ou alinhados a Rússia: “Os BRICS não são e nunca foram uma aliança política, um bloco. É um mecanismo de cooperação, como o G7 ou o G20”.

Ele lembrou que, no Novo Banco de Desenvolvimento, sediado em Xangai, os países fundadores — incluindo o Brasil — têm igual poder de voto, com 20% cada. “Ali é paritário. A China tem influência, claro, mas não controla o banco nem a formação política dos BRICS”, explicou.

☆ Risco de ruptura e o futuro geopolítico

Sobre a possibilidade de o Brasil deixar os BRICS em caso de novo governo de extrema direita, Nogueira alertou: “Se for o Bolsonaro, um filho dele ou a Michelle, o risco seria muito alto”. Já sobre Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo e possível presidenciável, o economista considerou que “parece um pouco menos irracional”, embora também represente um risco.

Para Nogueira, abandonar os BRICS seria uma atitude “irracional”, ainda mais em um cenário internacional marcado por maior confrontação entre Estados Unidos e os países do Sul Global.

☆ Diversificação das reservas e soberania monetária

O economista também chamou atenção para a concentração das reservas cambiais brasileiras em dólares e títulos do Tesouro dos EUA. “O Brasil está excessivamente concentrado em dólares. Deveria ter comprado ouro, outros metais preciosos, armazenados aqui”, defendeu. Ele citou o caso da Venezuela, que teve reservas em ouro confiscadas em Londres, como exemplo dos riscos de depender do sistema financeiro ocidental.

Segundo ele, diversificar as reservas é uma necessidade cada vez mais urgente diante das posturas de Trump. “Não estou dizendo que é provável que os Estados Unidos façam alguma violência com os ativos brasileiros. Mas é possível. E como a mudança da composição das reservas é um processo lento, já deveria ter começado.” 

Assista:

 

Fonte: DCM

“Trump é uma vacina contra o vira-latismo brasileiro", diz Leonardo Stoppa

Em edição especial do programa Léo ao Quadrado, Leonardo Stoppa denuncia plano imperialista de Donald Trump contra o Brasil

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e autoridades em Osasco-SP - 25/07/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Em participação no programa Léo ao Quadrado, da TV 247, o comunicador e analista político Leonardo Stoppa fez duras críticas ao imperialismo dos Estados Unidos e ao papel da elite brasileira em meio à escalada de tensões entre Washington e Brasília.

“Estamos em guerra com os Estados Unidos, mas estamos vencendo todas as batalhas”, afirmou Stoppa, ao analisar o novo cenário geopolítico marcado pelas tarifas impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump — em seu segundo mandato — contra produtos brasileiros. Para ele, trata-se de uma guerra comercial e diplomática disfarçada de retaliação pelo processo judicial de Jair Bolsonaro, mas que na verdade visa sabotar a economia nacional, desestabilizar o governo Lula e desarticular o BRICS.

☆ Trump e o fim do vira-latismo

Segundo Stoppa, Trump “é uma vacina contra o vira-latismo brasileiro”, pois tornou explícita a relação de dominação que os Estados Unidos sempre buscaram manter com o Brasil. Ele citou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para lembrar que parte da elite brasileira defende a dependência em relação aos EUA por interesse econômico e não por convicção ideológica. “Essa elite não tem ideologia, tem conta bancária”, disse.

Criticando os setores da sociedade que defendem subserviência a Washington, Stoppa ironizou: “O bolsonarista de classe média que defende Trump é um completo imbecil. Esse precisa ser vacinado. E Trump está aplicando essa vacina ao demonstrar, em alto e bom tom, que para ele o Brasil não é parceiro, é inimigo.”

☆ Lula adota estratégia inteligente

Stoppa elogiou a condução do presidente Lula diante do ataque comercial dos EUA. Segundo ele, o presidente brasileiro age com diplomacia e racionalidade: “Lula está deixando Trump falar sozinho. Essa é a melhor estratégia. Ele mostra que quer manter os acordos e diversifica nossas relações comerciais. Está correndo contra o tempo para ampliar as exportações para a China e incentivar o mercado interno.”

Stoppa ressaltou que o governo federal está tentando reindustrializar setores estratégicos e incentivar o consumo doméstico, como no caso do café 100% arábica, que antes era quase todo exportado e agora volta a ser valorizado no mercado nacional. “Temos que parar de exportar grão e começar a vender café torrado e moído. A indústria tem que ficar aqui”, defendeu.

☆ Riquezas visadas: terras raras, alimentos e soberania

O analista lembrou que o Brasil é alvo do imperialismo há décadas. “As Forças Armadas já identificavam, durante o regime militar, a presença de geólogos disfarçados de ONGs, enviados pelos EUA para mapear nossas riquezas minerais na Amazônia.” Segundo ele, os interesses de Trump vão muito além de Bolsonaro: incluem o controle das terras raras, da produção de alimentos e da energia.

Ele também acusou os EUA de historicamente sabotarem o desenvolvimento tecnológico e industrial do Brasil, citando a Lava Jato como uma operação articulada para desorganizar a Petrobras e facilitar a exploração estrangeira do pré-sal. “A dominação estadunidense tem como objetivo garantir conforto para os americanos e fome para os outros”, disse.

☆ Agentes infiltrados e traição interna

Stoppa alertou para a presença de agentes norte-americanos infiltrados na política brasileira. O caso mais recente seria o do senador Marcos do Val, que revelou ter entrado nos EUA com visto da categoria “S”, destinado a informantes do governo norte-americano. “Ele está confessando que trabalha para os Estados Unidos. Isso comprova a infiltração do império no Judiciário e no Congresso”, disse.

Segundo ele, há um novo plano de golpe em curso, em que os EUA apoiariam setores da oposição para derrubar o governo Lula e colocar um interventor submisso, como fizeram em outros países: “Foi assim no Iraque, na Ucrânia, na Líbia. Sempre o mesmo roteiro.”

☆ “Agora é hora de patriotismo de verdade”

Para Leonardo Stoppa, o momento exige mobilização nacional e resgate do verdadeiro patriotismo. “Temos uma oportunidade histórica de desenvolver o nacionalismo saudável, porque temos um inimigo externo claro”, afirmou. Ele elogiou a postura do presidente Lula em evento recente em Osasco, onde resgatou o símbolo da bandeira nacional: “Agora quem está segurando essa bandeira são os verdadeiros donos do Brasil: o povo brasileiro.”

Stoppa concluiu com uma mensagem de esperança: “Não estamos fadados a virar uma nova Líbia ou uma nova Síria. Temos tamanho, temos povo, temos capacidade produtiva. Se soubermos comunicar com clareza, podemos virar uma nova China.” 

Assista:

Fonte: DCM

Entenda o processo que pode tornar Nikolas Ferreira inelegível por fake news


Nikolas Ferreira e Bruno Engler . Foto: Reprodução/Instagram @brunoenglerdm

Os deputados Nikolas Ferreira e Bruno Engler, ambos do Partido Liberal (PL), viraram réus em ação no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). Eles são acusados de espalhar informações falsas contra o ex-prefeito de Belo Horizonte Fuad Noman, durante o segundo turno das eleições municipais de 2024. Caso sejam condenados, podem ficar inelegíveis.

A denúncia foi aceita nesta sexta-feira (25) pelo juiz Marcos Antônio da Silva, da 29ª Zona Eleitoral. Da mesma legenda partidária, respondem ao processo a deputada estadual Delegada Sheila e a ex-candidata a vice-prefeita Coronel Cláudia. O Ministério Público afirma que os quatro atuaram de forma organizada para prejudicar Fuad e favorecer a candidatura de Engler.

Segundo a Promotoria, a campanha de desinformação foi disseminada nos últimos dias do pleito em diferentes plataformas, como redes sociais, rádio, TV e internet. As postagens distorceram trechos do livro “Cobiça”, de autoria de Fuad, e associaram falsamente o ex-prefeito a crimes contra crianças. Também o acusaram de permitir acesso de menores a conteúdo sexual no Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte.

      O já falecido ex-prefeito de Belo Horizonte Fuad Noman. Foto: Reprodução

A Justiça Eleitoral já havia considerado esse conteúdo ilegal durante a campanha. O MP sustenta que Nikolas Ferreira teve papel de destaque na divulgação das mensagens e descumpriu ordens judiciais que determinavam a retirada das publicações. Para os promotores, a intenção era clara: influenciar a escolha dos eleitores no segundo turno.

Os artigos do Código Eleitoral usados na denúncia tratam de divulgação de informações sabidamente falsas para atingir a honra de candidatos. Apesar de não existir uma lei específica para “fake news”, o tribunal considera crime eleitoral a propagação de mentiras capazes de interferir no voto.

Caso haja condenação, os réus podem perder os direitos políticos e ficar impedidos de concorrer a cargos públicos. O Ministério Público também pediu o pagamento de indenização por danos morais coletivos, com recursos destinados a instituições de caridade.

O processo ainda não tem data para julgamento. A análise caberá ao próprio TRE-MG, que deverá decidir se os acusados serão punidos com base nas provas apresentadas.

Procurados, Nikolas Ferreira e Delegada Sheila não responderam até a última atualização. Bruno Engler e Coronel Cláudia informaram que só irão se manifestar nos autos.

Fonte: DCM

Sete de Setembro acende alerta no STF antes do julgamento de Bolsonaro


Alexandre de Moraes e Hélio “Negão” Lopes, que acampou em frente ao STF. Fotomontagem: Reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai reforçar a segurança do prédio-sede e dos ministros no início de setembro, quando deve ocorrer o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. O esquema especial coincide com as comemorações do Dia da Independência, celebrado no dia 7, data que historicamente reúne apoiadores do ex-presidente em atos contrários ao Judiciário. Com informações do Estadão.

A decisão ocorre em Brasília, onde a movimentação política já começou a crescer. Na última sexta-feira (25), o deputado Hélio Lopes, aliado de Bolsonaro, montou uma barraca na Praça dos Três Poderes, em frente ao STF. Ele foi retirado do local após ordem do ministro Alexandre de Moraes. No sábado (26), grades metálicas passaram a cercar toda a praça, e o acesso de turistas foi proibido.

O protesto de Hélio Lopes foi simbólico. Com um esparadrapo na boca, ele afirmou estar se manifestando contra decisões judiciais que impõem restrições a Bolsonaro. A ação, somada à proximidade do julgamento, acendeu o alerta de segurança no Supremo, que tem sido alvo constante de críticas e ameaças em manifestações bolsonaristas.

O STF já vinha reforçando a proteção do prédio nos últimos anos. Antes do ataque de 8 de janeiro de 2023, a Corte instalou grades metálicas em todo o perímetro. Em novembro do mesmo ano, um homem detonou explosivos em frente ao edifício e morreu, o que levou a novas medidas preventivas.

Sede do Supremo Tribunal Federal (STF) na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Foto: Reprodução/Wikipedia

No Sete de Setembro, o esquema costuma ser ampliado com aumento do efetivo e mais equipamentos de vigilância. O mesmo padrão foi adotado nos julgamentos sobre a tentativa de golpe, realizados em 2023. Para setembro deste ano, os dois fatores — julgamento de Bolsonaro e data cívica — justificam um aparato ainda mais rígido.

Entre as ações recentes, o STF instalou pórticos de raio X e restringiu o uso de celulares dentro do tribunal durante as sessões sobre a trama golpista. Em um dos julgamentos, os aparelhos foram lacrados em embalagens plásticas, mas, após reclamações de advogados, a medida foi suspensa no dia seguinte.

Atualmente, o Supremo mantém quatro contratos com empresas de segurança. O maior deles é com a Esparta, que fornece pessoal e equipamentos por dois anos, ao custo de R$ 84,8 milhões. Para reforçar o quadro interno, a Câmara dos Deputados aprovou no início do mês um projeto que cria 160 funções comissionadas e 40 cargos de policial judicial no STF. O impacto financeiro estimado para 2025 é de R$ 7,8 milhões. O Supremo informou que os recursos serão custeados com orçamento próprio e distribuídos entre os gabinetes dos onze ministros.

Fonte: DCM com informações do Estadão

VÍDEO – Hélio de la Peña escracha “patriotismo” do clã Bolsonaro

O humorista Hélio de la Peña no vídeo que viralizou nas redes sociais. Foto: Reprodução/X

Um vídeo do humorista Hélio De La Peña viralizou nas redes sociais ao criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus filhos. A gravação questiona o suposto “patriotismo” da família, apontando a incompatibilidade entre esse discurso e a admiração exagerada que, segundo ele, demonstram pelos Estados Unidos.

O comediante brinca com a substituição do lema “Brasil acima de tudo” por “minha família acima de todos” e lembra que o slogan “Deus, pátria e família” foi herdado do integralismo, movimento de extrema-direita surgido no Brasil no início do século XX. Ele também comenta a incoerência do uso do amarelo como símbolo nacionalista combinado com bonés vermelhos, associados à campanha de Donald Trump e ao slogan “Make America Great Again” (MAGA).

Ex-integrante do “Casseta e Planeta”, De La Peña afirma que, em nome do poder, Bolsonaro abandonou a defesa da lei e da ordem. Ele menciona a aliança com o Centrão, comparando-a a uma “lojinha de compra e venda de deputados”, e relembra a tentativa de golpe em 8 de janeiro, classificando-a como um fracasso total.

De La Peña elenca episódios que considera absurdos entre os apoiadores, como “rezar para pneus” e “mandar mensagens para ETs” para tentar reverter o resultado eleitoral. Também comenta com sarcasmo o suposto plano de Eduardo Bolsonaro de pedir asilo político nos Estados Unidos após os atos golpistas.


Ele sugere que o deputado estaria disposto a largar a política para “fritar hambúrguer” nos EUA. Segundo o humorista, “Orange Trump” (como chama o ex-presidente norte-americano) pouco se importa com o Brasil, mas ainda assim teria dado apoio indireto aos bolsonaristas.

De La Peña tira sarro da obsessão de Bolsonaro por joias, dizendo que o ministro Alexandre de Moraes, apelidado de “Supremo Careca”, teria encomendado uma tornozeleira eletrônica como presente. Para ele, fotos divulgadas por apoiadores do ex-presidente teriam gerado constrangimento público.

Ele também comenta, de forma jocosa, as tentativas de Eduardo de convencer Trump a defender Bolsonaro. Menciona que Trump chegou a retaliar ao revogar o visto de Moraes, apelidado de “Supremo pouca telha”.

Ao final, o humorista critica as manobras para manter Eduardo com algum cargo nos Estados Unidos, sugerindo que a família Bolsonaro estaria mais interessada em prejudicar a economia brasileira do que em exercer um papel político legítimo no país.

Fonte: DCM

X obedece Moraes e derruba perfil do senador bolsonarista Marcos do Val


Marcos do Val e captura de tela da conta do senador bolsonarista no X – Foto: Reprodução

O X, rede social de Elon Musk, obedeceu a determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes e derrubou o perfil do senador Marcos do Val (Podemos‑ES). A medida inviabiliza qualquer uso de perfis oficiais ou por terceiros associados ao parlamentar.


A ação ocorreu depois que Do Val fugiu para os Estados Unidos, mesmo com uma ordem anterior do STF que exigia a entrega dos passaportes – ele embarcou com o passaporte diplomático, que não foi entregue à Polícia Federal, como exigido.

Em nota oficial, a assessoria do senador afirmou que “não descumpriu qualquer ordem judicial ao deixar o território nacional” e que a medida determinada por Moraes se restringia ao bloqueio de redes sociais e à entrega dos passaportes.

A assessoria também alegou que o passaporte diplomático está válido até 31 de julho de 2027, e que o visto de entrada nos Estados Unidos foi renovado até 2035.

Card que aparece na última postagem do X do senador, obtida pelo DCM via VPN- Foto: Reprodução

Marcos do Val é investigado por campanha de ataques virtuais contra delegados da PF envolvidos em apurações sobre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Apesar do bloqueio, ainda é possível acessar sua conta no X utilizando uma VPN. Seu perfil no Instagram também não está mais disponível.

Fonte: DCM

Após aval de Maduro à operação da Chevron, Marco Rubio ataca presidente da Venezuela com acusação sobre drogas

Secretário de Estado dos EUA acusou Maduro de comandar o "Cartel de Los Soles"

     O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio - 16/07/2025 (Foto: REUTERS/Umit Bektas)

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, resolveu, neste domingo (27), proferir novos ataques à Venezuela, acusando o presidente do país, Nicolás Maduro, de comandar um cartel de drogas e seu governo de ser ilegítimo.

A declaração surge após Maduro elogiar a recente autorização concedida pelo governo dos EUA à petroleira Chevron para retomar suas operações em território venezuelano. O acordo incluiu a libertação de 10 estadunidenses detidos no país.

"Maduro NÃO é o presidente da Venezuela e seu regime NÃO é o governo legítimo. Maduro é o chefe do Cartel de Los Soles, uma organização narcoterrorista que tomou posse de um país. E ele está sendo indiciado por tráfico de drogas para os Estados Unidos", escreveu Rubio na plataforma X.

O "Cartel de Los Soles" seria uma construção cujo objetivo era e continua sendo retratar a Venezuela como um narcoestado, de acordo com analistas venezuelanos. A imposição à opinião pública internacional da ideia de que a Venezuela é um narcoestado justificou que, em plena pandemia da Covid-19, no final de março de 2020, os EUA tenham colocado uma recompensa de 15 milhões de dólares pela captura de Maduro.

Fonte: Brasil 247

Em meio ao tarifaço de Trump, Milei reduz impostos de exportação de carne e grãos

Argentina de Milei, alinhado ideologicamente com Trump, negocia com EUA isenções para até 80% de seus produtos

      O presidente da Argentina, Javier Milei - 10/07/2025 (Foto: REUTERS/Mariana Nedelcu)

O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou no sábado (26) uma redução nos impostos de exportação sobre aves e carne bovina, soja e derivados, milho, sorgo e girassol, medida solicitada pelo setor agrícola do país.

De acordo com a Reuters, Milei afirmou que as reduções anunciadas serão permanentes e "resultarão em uma redução de 20% nos impostos de exportação para as cadeias de suprimento de grãos; e uma redução de 26% nos impostos de exportação para gado e carne".

A declaração surge em meio ao tarifaço global do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A Argentina de Milei, aliado de extrema direita de Trump, negocia com os EUA isenções para até 80% de seus produtos. Buenos Aires tem conseguido avanços diplomáticos que indicam tratamento diferenciado.

Os impostos sobre aves e carne bovina serão reduzidos de 6,75% para 5%; os do milho serão reduzidos de 12% para 9,5%; os do sorgo serão reduzidos de 12% para 9,5%. Os impostos de retenção do girassol passarão de 7,5% para 5,5%, os de retenção da soja de 33% para 26% e os de subprodutos da soja de 31% para 24,5%, disse Milei.

"A redução dos impostos não beneficiará apenas o campo, mas toda a economia", disse Milei em discurso na abertura da exposição na Sociedade Rural Argentina (SRA).

"Buscamos impulsionar o campo, que foi severamente punido por esses impostos nos últimos 20 anos", observou, acrescentando que "eliminar os impostos retidos na fonte é uma obsessão de nossa administração, e fizemos muito progresso nessa direção".

"É importante ter em mente que isso (a redução dos impostos) se deve exclusivamente ao superávit fiscal que alcançamos, que protegemos como água no deserto diante dos ataques sistemáticos da classe política", disse Milei.

Fonte: Brasil 247

Jorge Messias critica governadores da direita por silêncio sobre papel de Bolsonaro em sanções contra o Brasil

Advogado-geral da União diz que aliados de Bolsonaro fingem ignorar responsabilidade do clã em prejuízos econômicos ao país

     Jorge Messias (Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil)

O advogado-geral da União, Jorge Messias, criticou duramente neste fim de semana a postura dos governadores Tarcísio de Freitas (SP), Ronaldo Caiado (GO) e Ratinho Jr. (PR), que participaram de um evento econômico em São Paulo para defender a união da direita nas eleições de 2026. Em publicação nas redes sociais, Messias acusou os líderes estaduais de omitir o papel da família Bolsonaro na crise econômica que ameaça o país, especialmente no contexto das sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos sob o governo Donald Trump.

“Reunidos há poucos dias num evento econômico para discutir preocupações sobre o tarifaço do Trump, governadores de direita apregoaram pacificação e unidade para enfrentar a ameaça. No entanto, fingem ignorar que os sérios prejuízos que as sanções econômicas podem causar ao povo brasileiro foram traiçoeiramente fomentadas pela família Bolsonaro, clã político apoiado por esses mesmos governadores”, escreveu Messias.

A declaração ocorre após o encontro dos três governadores no evento Expert XP, que reuniu empresários e investidores no sábado (26), em São Paulo. Durante o debate, os líderes criticaram a atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e exaltaram a articulação da direita visando as eleições de 2026. Jorge Messias rebateu esse discurso, reafirmando o compromisso do governo federal com a defesa da economia nacional: “O povo brasileiro pode contar com o Governo do presidente Lula, que está trabalhando para impedir essa crise e proteger os empregos, o agronegócio e as empresas nacionais.”

No evento, Ronaldo Caiado (União Brasil) oficializou sua pré-candidatura à Presidência e afirmou: “A primeira medida que eu vou tomar é extremamente simpática, que é derrotar o Lula, essa é a primeira medida [...] nós vamos ganhar essas eleições.”

Tarcísio de Freitas (Republicanos) também reforçou a coesão do grupo: “O projeto nacional está acima de todas as vaidades, então eu prego, sim, a união. A gente tem que mudar o rumo do Brasil.” Ele ainda afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo inelegível, terá papel ativo em 2026: “Se engana quem pensa que uma liderança como Jair Bolsonaro vai ficar de fora desse processo, seja na condição que for, porque ele vai participar desse processo.”

Já o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), completou: “Aquele que tiver a alegria de ir pro segundo turno, vai ter a competência de juntar todo esse time aqui pra apresentar um novo projeto ao Brasil.”

Bolsonaro está inelegível até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, e é réu no Supremo Tribunal Federal por envolvimento em trama golpista após as eleições de 2022.

 

Fonte: Brasil 247

Conheça o PAA, programa essencial para o combate à fome no Brasil

Criado no primeiro governo Lula, o Programa de Aquisição de Alimentos já distribuiu mais de 288 mil toneladas de alimentos desde sua retomada em 2023

      Luiz Inácio Lula da Silva e outras lideranças em Pernambuco. Foto: Ricardo Stuckert

Ao completar 22 anos em 2025, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) reafirma seu papel central no combate à fome e na promoção da segurança alimentar no Brasil. Lançado em 2003, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa foi revitalizado em 2023, com a promulgação da Lei nº 14.628/2023, após anos de esvaziamento. Desde então, mais de R$ 2,8 bilhões foram investidos na compra e distribuição de 288 mil toneladas de alimentos, segundo informa a Agência Gov.

Com foco na inclusão produtiva e no fortalecimento da agricultura familiar, o PAA já beneficia mais de 112 mil famílias agricultoras, que fornecem alimentos a cerca de 16 mil organizações sociais, como escolas, hospitais, cozinhas comunitárias e restaurantes populares.

◉ Política pública transformadora

O PAA integra uma série de políticas voltadas à garantia do direito humano à alimentação adequada. Atua em articulação com iniciativas como o Programa Cozinha Solidária, a Estratégia Alimenta Cidades e projetos de alimentação escolar saudável. Para operar o programa, estados e municípios precisam aderir ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), o que fortalece o sistema como base da política pública de segurança alimentar. Mais de 1.800 municípios já formalizaram sua adesão.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, destacou a relevância do programa: “É preciso assegurar que tenhamos toda essa rede de restaurante popular, cozinhas solidárias, banco de alimentos, alinhados com o combate ao desperdício, integrando a superação da fome e a superação da pobreza”, afirmou.

◉ Produção local com renda garantida

A agricultora Cliene Santos, moradora de São Sebastião (DF), é uma das fornecedoras do programa. Ao lado do marido, ela cultiva legumes e hortaliças como abóbora, quiabo, couve e mandioca. “Com o Programa, a gente pode fazer muito mais. Hoje a gente está com transporte melhor para trabalhar. Tudo isso o programa ajuda e nos dá segurança”, declarou. Beneficiária do Bolsa Família, Cliene afirma que o sonho de trabalhar com a terra só se tornou realidade graças ao apoio do PAA.

Por meio da modalidade Compra com Doação Simultânea, o governo compra diretamente os alimentos da agricultura familiar e repassa os recursos para os produtores, fortalecendo a economia local e promovendo a justiça social.

◉ Alimentação com dignidade

Nas áreas urbanas, o impacto do programa é igualmente transformador. Jeane Cristina Ramos, moradora da Ceilândia (DF), chegou a buscar comida na Cozinha Solidária enquanto estava desempregada. Hoje, é cozinheira na unidade, que alimenta diariamente entre 100 e 120 pessoas. “A gente faz a comida com muito amor e carinho. Então, todo dia, para nós, é gratificante estar aqui na cozinha”, contou.

A alimentação chega a quem mais precisa por meio de uma rede formada por entidades sociais, escolas, hospitais, equipamentos públicos e filantrópicos, reforçando o papel do Estado na garantia de direitos fundamentais.

◉ Apoio aos povos indígenas e quilombolas

O novo PAA também criou modalidades específicas, como o PAA Indígena e o PAA Quilombola, voltadas exclusivamente às populações tradicionais que enfrentam insegurança alimentar grave. Parte dos alimentos doados é adquirida de agricultores das próprias comunidades, respeitando os hábitos alimentares e fortalecendo a produção local.

Danieli Luiz, indígena Terena do Mato Grosso do Sul, preside uma associação de mulheres no município de Aquidauana e destaca os avanços: “Estávamos cansados, e a nossa comunidade pediu socorro, sendo atendida pelo Governo do Brasil por meio do PAA Indígena. Hoje, temos mais de 25 produtores ativos que entregam seus produtos. Isso representa muito para nós, pois enquanto indígenas, nós somos a própria agricultura familiar”, disse.

◉ PAA Leite: segurança alimentar no Nordeste

Voltado para os estados do Nordeste e o norte de Minas Gerais, o PAA Leite já distribuiu mais de 60 milhões de litros desde 2023. O leite é destinado a famílias em situação de vulnerabilidade e a instituições públicas e comunitárias nas áreas de saúde, educação e assistência social. A iniciativa não apenas combate a fome, mas também fortalece a cadeia produtiva do leite na região da Sudene.

Com uma estrutura sólida, capilaridade nacional e foco na produção sustentável e inclusiva, o PAA se consolida como uma das mais importantes políticas públicas do Brasil. Em um país onde a desigualdade ainda marca a vida de milhões, o programa reafirma o compromisso do Estado com a dignidade e o direito humano à alimentação.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Gov