A Polícia Federal (PF), segundo informações do colunista Lauro Jardim, do Globo, avalia que já há provas suficientes para concluir o inquérito que investiga Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por crimes como coação, obstrução de investigação, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e atentado à soberania.
A apuração, aberta em maio a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), ganhou força após as ações e declarações do deputado nos Estados Unidos, onde está desde março.
O parlamentar é visto com um dos principais articuladores do tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump aos produtos brasileiros importados pelos EUA.
Eduardo justifica suas ações como uma tentativa de forçar a promoção de anistia aos envolvidos nos atos terroristas de 8 de Janeiro, incluindo a seu pai, Jair Bolsonaro (PL). A PGR entende que essas articulações podem configurar graves violações à legislação brasileira.

Entre os crimes listados no inquérito estão coação no curso do processo, por meio de pressões externas sobre autoridades judiciais; obstrução de investigação, ao tentar impedir o avanço das apurações sobre o 8 de Janeiro; e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A pena para esses crimes pode chegar a 8 anos de reclusão, além de outras sanções.
Outro ponto em análise é o possível atentado à soberania nacional. A PGR sustenta que a tentativa de submeter o funcionamento do STF ao crivo de outro país fere diretamente a autonomia do Brasil. O ministro Alexandre de Moraes afirmou que Eduardo “intensificou as condutas ilícitas” após as medidas contra seu pai, o que agrava o cenário.
Especialistas ouvidos pela imprensa avaliam que, além das implicações penais, a atuação do deputado pode justificar um pedido de cassação de mandato por violar o dever de defender os interesses do país. A conduta de Eduardo é vista como uma afronta à soberania e à independência dos Poderes, pilares do sistema democrático.
Fonte: DCM com informações do jornal O Globo
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