quinta-feira, 21 de agosto de 2025

PF diz que Bolsonaro encaminhou vídeos mais de 300 vezes para burlar Justiça


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) encaminhou mais de 300 vídeos e mensagens por WhatsApp para driblar a proibição do Supremo Tribunal Federal (STF) de usar redes sociais, conforme informações do UOL.

O relatório que indiciou o ex-capitão e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por tentativa de obstruir a investigação sobre a trama golpista apontou que ele buscou “burlar a ordem de proibição à retransmissão de conteúdos imposta pela Justiça”.

Segundo a PF, os envios ocorreram em diversas ocasiões e tinham como objetivo manter a difusão de mensagens mesmo após as restrições impostas.

De acordo com os investigadores, o modus operandi de Bolsonaro reproduzia a lógica das chamadas milícias digitais: “Difusão em alto volume, por multicanais, de forma rápida, contínua, utilizando pessoas com posição de autoridade perante o público-alvo, para dar uma falsa credibilidade às narrativas propagadas”.

Relatório da Polícia Federal mostra que Jair Bolsonaro encaminhava vídeos e mensagens para centenas de pessoas, mesmo proibido pela Justiça de usar as redes sociais
Relatório da PF mostra que Jair Bolsonaro encaminhava vídeos e mensagens para centenas de pessoas, mesmo proibido pela Justiça de usar as redes sociais. Foto: Reprodução


Desde 21 de julho, o ex-presidente está proibido de usar redes sociais, medida que foi reforçada em 4 de agosto, quando o ministro Alexandre de Moraes decretou sua prisão domiciliar. Para Moraes, houve “clara afronta” às determinações do STF.

“Durante a investigação, […] a Polícia Federal verificou a intensa atividade de Jair Messias Bolsonaro na produção e propagação de mensagens destinadas às redes sociais, em clara afronta à medida cautelar anteriormente imposta”, escreveu o ministro.

O relatório mostra ainda que Bolsonaro recebia orientações do pastor Silas Malafaia para disparar conteúdos. “Atenção! Dispara esse vídeo às 12h”, escreveu Malafaia em uma das mensagens. Em outra, disse: “Se possível, postar esse vídeo amanhã (segunda) às 9h, ou qualquer horário depois das 9h. Você é a voz”.

O religioso foi alvo da PF na última quarta-feira (20), acusado de ter “papel de liderança nas ações planejadas pelo grupo investigado”. Malafaia está proibido de sair do país, teve o passaporte apreendido e não pode manter contato com outros investigados.

Ao falar com a imprensa após busca e apreensão no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, o religioso reagiu: “A PF vai ter que me prender para me calar. Que país é esse que vaza conversas minhas particulares como se eu instruísse Eduardo. ‘Olha, faz assim ou faz assado’. Quem instruiu, eu? A posição de Eduardo é dele”.

Fonte: DCM com informações do UOL

Defesa de Bolsonaro rebate indiciamento e afirma que ex-mandatário sempre cumpriu medidas judiciais

Advogados afirmam que indiciamento pela Polícia Federal foi recebido com "surpresa" e que Bolsonaro jamais descumpriu cautelares

       Jair Bolsonaro à mesa (Foto: Carlos Moura / Ag. Senado)

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) reagiu com indignação ao seu indiciamento formal pela Polícia Federal (PF), anunciado na quarta-feira (21). Segundo o UOL, os advogados afirmaram em nota que o indiciamento foi recebido com “surpresa" e que o ex-mandatário não descumpriu as medidas cautelares determinadas anteriormente pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Segundo a nota, os representantes legais de Bolsonaro destacaram que “jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta”, reforçando que os pontos levantados pela Polícia Federal serão devidamente esclarecidos dentro do prazo fixado pelo ministro relator do processo.

Ainda conforme a reportagem, a equipe jurídica também ressaltou que confia na análise técnica das instâncias competentes e que pretende apresentar todos os esclarecimentos necessários ao longo da tramitação do caso. “Os elementos apontados na decisão serão devidamente esclarecidos dentro do prazo assinado pelo Ministro relator”, diz o texto da defesa.

Nesta quarta-feira (20), a PF indiciou o ex-mandatário e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por coação a autoridades responsáveis pela ação penal que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado. Até o momento, a Polícia Federal não detalhou publicamente quais foram os elementos que embasaram a decisão, mas a manifestação da defesa indica que a estratégia será a de contestar de forma firme a interpretação dos investigadores.

Enquanto isso, aliados do ex-mandatário reforçam a narrativa de que Bolsonaro estaria sendo alvo de perseguição política, enquanto críticos afirmam que o processo reflete a necessidade de responsabilização de lideranças públicas diante de possíveis violações da lei.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Corregedoria abre processo contra deputada que levou bebê a motim bolsonarista na Câmara

Deputada Júlia Zanatta é investigada por quebra de decoro após episódio em que levou a filha de quatro meses para a cadeira da presidência da Casa

Deputada Julia Zanatta leva bebê para motim da oposição que obstruiu a Mesa Diretora da Câmara (Foto: Reprodução/Instagram)

A Corregedoria Parlamentar da Câmara dos Deputados instaurou, na terça-feira (19), um processo disciplinar contra a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC). A informação foi publicada originalmente pelo portal Metrópoles. O procedimento apura uma possível quebra de decoro parlamentar após a parlamentar, alinhada ao bolsonarismo, ter levado sua filha de quatro meses ao plenário da Casa.

O pedido foi formalizado pelos deputados Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da bancada do PT, e Reimont (PT-RJ), que preside a Comissão de Direitos Humanos. Ambos apontam que a conduta de Zanatta desrespeitou normas regimentais e pediram que a corregedoria analise o caso. Segundo o regimento interno, a deputada terá cinco dias úteis para apresentar defesa por escrito, diretamente ou por meio de advogado constituído.

◈ Histórico do caso

O episódio que levou à abertura do processo ocorreu durante a obstrução promovida pela oposição na Mesa Diretora da Câmara. Na ocasião, Júlia Zanatta ocupou a cadeira da presidência da Casa levando a filha pequena no colo. O gesto foi duramente criticado pela base governista e resultou em uma representação formal contra a deputada.

Diante da repercussão, Lindbergh Farias acionou ainda o Conselho Tutelar, alegando que a conduta de Zanatta poderia configurar exposição indevida da criança. O caso segue em análise pelo órgão.

◈ Prazos e possíveis desdobramentos

De acordo com o corregedor da Câmara, deputado Diego Coronel (PSD-BA), o prazo para emissão do parecer é de até 45 dias. Nesse período, a defesa da parlamentar será avaliada e poderá resultar em recomendações ao Conselho de Ética, que decide sobre eventuais punições.

Fonte: Brasil 247

STF intima defesa de Bolsonaro a explicar suspeitas de fuga e pressão contra ministros da Corte

Decisão ocorre após relatório da PF apontar violações de medidas cautelares e articulações internacionais de aliados, prazo de 48 termina na sexta-feira

    Jair Bolsonaro e Celso Vilardi (Foto: Ton Molina/STF)

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresente explicações à Polícia Federal no prazo de 48 horas. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (21) pelo ministro Alexandre de Moraes, após relatório da PF apontar indícios de descumprimento de medidas cautelares e de possíveis articulações para constranger ministros da Corte.

Segundo o jornal O Globo, a intimação foi formalizada às 20h34, por meio de mensagem enviada ao advogado Celso Vilardi, representante de Bolsonaro. O prazo para cumprimento da determinação expira nesta sexta-feira (23). Moraes destacou em seu despacho a necessidade de o ex-mandatário esclarecer violações às restrições impostas, a repetição de condutas ilícitas e a possibilidade concreta de fuga para o exterior.

O relatório da Polícia Federal também envolve o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-mandatário, além do pastor Silas Malafaia e do influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo. Segundo os investigadores, eles teriam atuado em estratégias de pressão contra ministros do STF, propagação de desinformação e articulações com lideranças internacionais.

Ainda de acordo com a PF, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo buscaram apoio junto a autoridades dos Estados Unidos para que fossem impostas sanções contra membros do Judiciário brasileiro, alegando perseguição política. Malafaia, por sua vez, teria orientado ações de pressão contra integrantes do Supremo e ajudado a difundir narrativas falsas.

A análise do celular do ex-mandatário revelou publicações e compartilhamentos que violam a proibição de uso das redes sociais. Entre os conteúdos, constam vídeos relacionados a sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, além da promoção de eventos políticos.

O relatório também cita conversas entre Bolsonaro e o advogado estadunidense Martin de Luca, ligado ao Trump Media & Technology Group e à plataforma Rumble. De Luca ajuizou ações contra Moraes nos Estados Unidos, alegando censura. Esse contato é apontado como parte das estratégias internacionais para pressionar o STF.

Um dos elementos que mais chamaram a atenção dos investigadores foi a apreensão de um documento de 33 páginas, elaborado como um pedido formal de asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei. Para a PF, esse achado reforça o risco concreto de fuga do ex-mandatário, caso as medidas cautelares não sejam rigidamente acompanhadas. A defesa de Bolsonaro ainda não se manifestou publicamente sobre a intimação.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

PF encontra a prova de que Bolsonaro se aliou a Trump para coagir o Judiciário

Conversas entre Jair Bolsonaro e representante da Trump Media indicam alinhamento do ex-presidente a interesses de grupo estrangeiro

Bolsonaro com sua tornozeleira (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal (PF) divulgou nesta quarta-feira (20/8) relatório em que aponta trocas de mensagens entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o advogado Martin de Luca, representante das empresas Rumble e Trump Media & Technology.

De acordo com a apuração, publicada pelo portal Metrópoles, o conteúdo das conversas sugere que Bolsonaro teria atuado de forma subordinada a interesses ligados ao atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a finalidade de obter apoio em causas pessoais e políticas.

Entre as evidências reunidas pela PF está um pedido feito por Bolsonaro ao advogado de Trump para que o ajudasse a redigir uma nota de agradecimento após o anúncio de uma tarifa de 50% contra produtos brasileiros pelo governo norte-americano. No áudio enviado, Bolsonaro solicitava que o texto contivesse elogios a Trump e a frase “a liberdade está muito acima da questão econômica”.

◈ Troca de mensagens com ataques a autoridades brasileiras

Além da solicitação de apoio em declarações públicas, as mensagens analisadas revelam que Bolsonaro e Martin de Luca compartilharam links de reportagens e declarações críticas ao Judiciário brasileiro, em especial ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma das conversas, o ex-presidente disse ao advogado que ele poderia entrar em contato “quando desejar”. Ambos chegaram a manter uma ligação de mais de oito minutos em 15 de julho.

Para a PF, a análise desses diálogos demonstra uma tentativa de Bolsonaro de obter respaldo externo para pressionar o Judiciário brasileiro e evitar o avanço das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. O relatório afirma: “Foi identificado que o ex-presidente Jair Bolsonaro atuou em período de tempo relevante para o contexto investigativo, de forma subordinada às pretensões de grupo estrangeiro, com finalidade de obter o apoio a pretensões pessoais, no sentido de implementar ações criminosas de coação a membros da Suprema Corte, visando impedir o pleno exercício do Poder Judiciário Brasileiro nas ações penais em curso que apuram os atos de tentativa de golpe de Estado”.

◈ Novo indiciamento contra Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro

No mesmo dia em que o relatório veio a público, a PF indiciou Jair Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por suposta coação no processo relacionado à tentativa de golpe de Estado e à abolição do Estado democrático de Direito. A corporação aponta que pai e filho atuaram junto ao governo dos Estados Unidos em busca de retaliações contra autoridades brasileiras, numa estratégia para interferir no julgamento do ex-presidente.

Bolsonaro é apontado pela Polícia Federal como líder de uma organização criminosa responsável por articular, em 2022, um golpe contra o Estado brasileiro. As investigações seguem em curso e devem embasar futuros desdobramentos no Supremo Tribunal Federal.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Quaest: em um mês, Lula dobra vantagem sobre Tarcísio para 2º turno em 2026

Presidente Lula ainda conseguiu reduzir sua rejeição e ampliar seu potencial de voto, indica o levantamento

Tarcísio de Freitas se alinha a interesses estrangeiros enquanto presidente Lula reage em defesa do Brasil (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert/PR)

A nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (21), e a análise publicada pelo diretor do instituto, Felipe Nunes, no X (antigo Twitter), apontam que Lula lidera todos os cenários de primeiro turno e ampliou suas vantagens nos confrontos diretos. Segundo Nunes, houve mudança no posto de adversário mais forte contra Lula na segunda etapa: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) passou a ocupar esse lugar.

Nos cenários estimulados para o primeiro turno, Lula aparece à frente em todas as simulações testadas. O quadro geral confirma o protagonismo do atual presidente e a fragmentação da oposição entre diferentes nomes, como Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Eduardo Leite, Ratinho Júnior, Romeu Zema, Ronaldo Caiado e Flávio Bolsonaro.

Na comparação de segundo turno, a distância entre Lula e Jair Bolsonaro (PL) - que está inelegível - chegou a 12 pontos (47% a 35%), o dobro do que se observava um mês antes, conforme a série histórica do estudo. A curva temporal mostra a vantagem de Lula se expandindo entre julho e agosto.

A principal novidade está no duelo com Tarcísio de Freitas: Lula abriu 8 pontos (43% a 35%), após ter vantagem de 4 pontos em julho. A série de Tarcísio indica queda no último mês, ao passo que o presidente oscilou para cima. De acordo com a leitura de Felipe Nunes, mesmo sendo hoje o nome mais competitivo da direita para um eventual segundo turno, Tarcísio “sofreu desgaste” pela associação a Bolsonaro no debate do “tarifaço”, o que ajuda a explicar o ganho de Lula no período.

O levantamento também registra avanço de Lula sobre Michelle Bolsonaro: a diferença passou a 13 pontos (47% a 34%), após 7 pontos em julho, o que reforça o enfraquecimento do bolsonarismo em meio à discussão de tarifas, segundo a análise de Nunes.

Nos embates com outros quadros da oposição, Lula mantém margens confortáveis: 10 pontos sobre Ratinho Júnior (44% a 34%), 16 pontos sobre Eduardo Leite (46% a 30%), 15 pontos sobre Romeu Zema (46% a 31% na série mais recente), 16 pontos sobre Ronaldo Caiado (47% a 31%) e 16 pontos sobre Flávio Bolsonaro (48% a 32%).

Os recortes por unidade da federação ajudam a entender as forças regionais que estruturam o tabuleiro. A análise de Felipe Nunes destaca que, se a eleição fosse hoje, Tarcísio venceria Lula em São Paulo, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul, com empates em Minas Gerais e no Rio; já Lula abriria folga expressiva no Nordeste, a exemplo da Bahia e de Pernambuco. No caso de Michelle Bolsonaro, seu melhor desempenho relativo seria em Goiás, mas empates em São Paulo e Minas Gerais limitariam suas chances; e, entre os demais nomes testados, Ratinho Júnior, Zema, Caiado e Eduardo Leite seguem barrados pelo alto desconhecimento fora de seus redutos.

Além das intenções de voto, a Quaest captou movimento relevante nos atributos: pela primeira vez no ano, a rejeição a Lula diminuiu e seu potencial de voto aumentou, enquanto, entre os principais oposicionistas, a rejeição subiu e o potencial ficou estagnado.

O estudo também aferiu percepções sobre as candidaturas. Hoje, 58% dos entrevistados dizem que Lula não deveria disputar a reeleição em 2026 (39% afirmam que deveria). Já no campo bolsonarista, 65% defendem que Jair Bolsonaro “abra mão e apoie outro candidato”, contra 26% que preferem que ele mantenha a candidatura.

Com dados nacionais e estaduais coletados entre 13 e 17 de agosto, a 16ª rodada da Genial/Quaest confirma a liderança de Lula no primeiro turno e indica que, em um mês, o presidente dobrou a vantagem sobre Tarcísio em um eventual segundo turno, ao mesmo tempo em que ampliou a distância para Bolsonaro. O conjunto dos indicadores sugere que a oposição sentiu os efeitos do debate sobre tarifas, enquanto o governo recuperou terreno na percepção do eleitorado.

O estudo da Genial/Quaest ouviu 12.150 pessoas entre 13 e 17 de agosto, com margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e reúne recortes nacionais e por estados, além de indicadores de conhecimento, potencial de voto e rejeição.

Fonte: Brasil 247

Tarifaço de Trump "intoxicou" a oposição bolsonarista, diz Felipe Nunes, diretor da Quaest



Para Felipe Nunes, debate sobre tarifas dos EUA afetou a direita e impulsionou Lula nos cenários de 2026

Jair Bolsonaro, Donald Trump e Lula (Foto: Adriano Machado / Reuters | Ueslei Marcelino / Reuters I Divulgação)

A nova rodada da pesquisa Genial/Quaest e a análise publicada pelo diretor do instituto, Felipe Nunes, no X (antigo Twitter), apontam que o chamado “tarifaço” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contaminou o ambiente político da oposição no Brasil. Segundo Nunes, esse fator ajudou a ampliar as vantagens do presidente Lula (PT) nos confrontos de segundo turno e a consolidar sua liderança no primeiro turno.

Nos cenários de segundo turno, a pesquisa mostra Lula ampliando distâncias sobre seus principais adversários. Em relação a Jair Bolsonaro (PL) — que está inelegível — a vantagem do presidente dobrou em um mês, segundo a série histórica citada por Nunes. Já contra Tarcísio de Freitas, apontado pelo diretor da Quaest como o novo adversário mais forte no segundo turno, a diferença subiu para 8 pontos, o dobro do mês anterior. As curvas de intenção de voto indicam que o presidente oscilou para cima enquanto Tarcísio sofreu desgaste no período.

Nunes sustenta que a oposição ficou “intoxicada” pelo tarifaço, com reflexos inclusive sobre lideranças que buscaram se afastar do tema. Ele cita que, apesar de permanecer como o quadro mais competitivo da direita, Tarcísio passou a ser mais vulnerável na comparação direta com Lula. O impacto também alcançou outros nomes testados, como Michelle Bolsonaro, Ratinho Júnior, Eduardo Leite, Romeu Zema, Ronaldo Caiado e Flávio Bolsonaro, todos com desempenho inferior ao registrado em julho, conforme a leitura do diretor.

Os mapas estaduais ajudam a entender a geografia do voto: a vantagem de Lula segue muito expressiva no Nordeste, enquanto Tarcísio preserva força em São Paulo e no Sul, mas sem abrir folga suficiente para compensar perdas em outras regiões. O relatório compila as simulações de segundo turno por candidato e mostra a consistência das lideranças nos principais colégios eleitorais.

Além das intenções de voto, a Genial/Quaest registra movimento relevante nos atributos. Pela primeira vez no ano, a rejeição a Lula diminuiu e seu potencial de voto aumentou, ao passo que, entre os principais nomes da oposição, a rejeição cresceu e o potencial ficou estável. O estudo também mede o “medo” associado à continuidade de Lula ou ao retorno de Bolsonaro, variável que ajuda a explicar os movimentos recentes do eleitorado.

No campo das preferências sobre candidaturas, a pesquisa mostra que segue elevado o percentual dos que gostariam que Lula não disputasse a reeleição e daqueles que defendem que Bolsonaro abra mão e apoie outro nome — sinais de uma polarização que permanece viva, mas com a direita mais pressionada pelo debate sobre tarifas pontuado por Nunes em sua análise.

Ao somar os dados de agosto à leitura política de Felipe Nunes, o diagnóstico é que o “tarifaço” de Trump alterou o equilíbrio da disputa: a oposição perdeu tração no curto prazo, enquanto Lula consolidou vantagens tanto nas simulações nacionais quanto nos recortes por estado. A tendência, segundo a série da Genial/Quaest, é de um ambiente mais favorável ao presidente nas intenções de voto e nos atributos de imagem medidos agora.

O levantamento, realizado entre 13 e 17 de agosto com 12.150 entrevistas presenciais e margem de erro de 2 pontos percentuais no recorte nacional, foi encomendado pela Genial Investimentos e tem 95% de nível de confiança. O relatório reúne cenários nacionais e estaduais, além de indicadores de conhecimento, potencial de voto e rejeição das principais lideranças.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO – Dino ironiza queda de R$ 42 bilhões dos bancos: “Não sabia que era tão poderoso”


Flávio Dino, ministro do STF durante sessão no TST. Foto: reprodução

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que sua decisão que veda a aplicação automática de sanções internacionais no Brasil não tem “nada a ver” com a queda dos valores de mercado dos bancos brasileiros na Bolsa. Em discurso durante evento no Tribunal Superior do Trabalho (TST) nesta quarta-feira (20, o ministro minimizou o impacto de sua decisão.

“Proferi uma decisão ontem, anteontem. Essa que dizem que derrubou os mercados. Não sabia que eu era tão poderoso: R$ 42 bilhões de especulação financeira. A sorte é que a velhice ensina a não se impressionar com pouca coisa. É claro que uma coisa não tem nada a ver com a outra”, disse Dino durante o evento.

O ministro classificou sua decisão como “uma obviedade” ao discorrer sobre os desafios do Judiciário. Segundo ele, nenhuma decisão tomada por um tribunal ou autoridade estrangeiros deve ser aplicada automaticamente no Brasil sem ter sido chancelada por autoridades brasileiras.

“Foi uma decisão entre tantas obviedades do princípio da territorialidade. Conteúdo nada heterodoxo, mera repetição de conceitos assentados no mundo”, afirmou.

Dino usou um exemplo hipotético envolvendo a JBS para ilustrar sua posição. “Há uma grande empresa brasileira, a JBS, que opera atualmente nos EUA fortemente, inclusive com plantas industriais. Eu fico pensando: imaginem se o TST emitisse uma decisão, ou uma súmula, um enunciado, dizendo que, para as relações trabalhistas lá contraídas, como a empresa é brasileira, vale a lei brasileira. É uma ideia, uma sugestão, mas tenho a impressão de que não seria bem aceita”.

A decisão do ministro, embora não cite nominalmente a Lei Magnitsky, levantou questionamentos sobre a situação dos bancos brasileiros. Desde que os Estados Unidos aplicaram sanções ao ministro Alexandre de Moraes com base nessa legislação, o setor bancário nacional teme sofrer retaliações caso mantenham contas bancárias ou outras atividades financeiras do ministro.

A Lei Magnitsky, criada para punir violadores de direitos humanos, prevê a exclusão da pessoa sancionada de todo o sistema bancário internacional, incluindo cartões de crédito, contas bancárias e transações em dólar. Instituições financeiras que desrespeitarem as sanções podem sofrer multas pesadas e até proibição de operar no sistema bancário internacional.

Como os bancos brasileiros possuem conexões com o sistema financeiro global e filiais nos Estados Unidos, a possibilidade de punição causa apreensão no setor. Na quarta-feira, o valor de mercado das instituições bancárias brasileiras registrou queda significativa.

Fonte: DCM

VÍDEO: Eduardo nega que Bolsonaro tenha feito algo para transformar o Brasil em uma ditadura


O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) durante entrevista à BBC News em Washington (EUA). Foto: Reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) concedeu uma entrevista à repórter Nomia Iqbal, correspondente da BBC em Washington (EUA), e negou que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenha feito algo para transformar o Brasil em uma ditadura.

“Bolsonaro era o chefe do Exército, da Marinha e de policiais federais. O que ele fez no sentido de uma ditadura? Nada. Mesmo com o resultado das eleições que criticamos muito, ele não fez nada no sentido do Brasil se transformar em ditadura”, disse o “Bananinha”.

O parlamentar também afirmou que foi um erro ter feito uma declaração, em 2018, na qual disse que “bastavam um soldado e um cabo” para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF). “Isso é algo de sete anos atrás. Eu falo sem problemas sobre isso e foi um erro. Não faria isso de novo”, declarou.

Na mesma entrevista, o filho “03” de Jair Bolsonaro também foi questionado sobre o ataque golpista de 8 de janeiro de 2023. Ele se limitou a chamar o episódio de um protesto que “foi longe demais” e acabou sendo confrontado pela jornalista da BBC.

“Mas você não pede anistia para quem foi preso?”, perguntou a jornalista. Eduardo alegou que “condena” o ataque, mas que dois anos de prisão seriam suficientes para os golpistas. Iqbal relatou que acompanhou a depredação da Praça dos Três Poderes e fez uma provocação:

“Eu estava lá nos protestos, eu cobri para a BBC, as pessoas cometeram crimes. Se você é contra o que elas fizeram e não tem nada a ver com o que elas fizeram, você não pediria anistia para elas, pediria? Você gostaria que a lei fosse cumprida”.

O deputado também disse que os envolvidos no ataque não teriam condições de dar um golpe de Estado em 8 de janeiro, pois não havia uso de armas ou apoio de militares. A jornalista voltou a provocar, questionando se ele teria a mesma “empatia” se apoiadores do presidente Lula fizessem o mesmo.

“Você pensaria assim se fosse o contrário? Se os apoiadores de Lula tivessem feito isso? Apoiadores de Lula tentam… Digamos que seu pai tivesse sido eleito e apoiadores de Lula fossem lá atacar a capital e tentar reverter o resultado, você teria a mesma empatia por eles?”

Ele respondeu que teria empatia e acrescentou que apoiadores de Lula já fizeram isso, citando ocupações do MST.

Fonte: DCM

PGR pode denunciar Malafaia e Paulo Figueiredo por ligação com trama golpista


     O pastor Silas Malafaia e o golpista Paulo Figueiredo. Foto: Reprodução

O pastor bolsonarista Silas Malafaia e o golpista Paulo Figueiredo, neto do ex-ditador João Figueiredo, continuam na mira das autoridades e podem ser denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), conforme informações do Globo.

Embora não tenham sido formalmente indiciados no relatório final da Polícia Federal (PF) sobre as ações de Jair e Eduardo Bolsonaro para tentar interferir no julgamento da tentativa de golpe de Estado, os dois permanecem investigados e aguardam a avaliação da PGR, que decidirá se o material reunido até agora é suficiente para apresentar denúncia.

No caso de Malafaia, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que suas condutas representaram “claros e expressos atos executórios” de crimes como coação no curso do processo e obstrução de investigações.

Jair e Eduardo Bolsonaro. Foto: Reprodução

Segundo a PF, o pastor teria aconselhado Bolsonaro a condicionar a suspensão de sanções impostas pelos Estados Unidos a uma anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Além disso, mensagens revelam ameaças a ministros do STF e a seus familiares. O celular de Malafaia ainda passará por perícia, e ele deverá prestar depoimento.

Já Paulo Figueiredo é investigado por atuar nos Estados Unidos ao lado de Eduardo Bolsonaro para tentar influenciar Donald Trump em favor do ex-presidente. A PF aponta que ele ajudou a difundir narrativas falsas no exterior para deslegitimar as instituições brasileiras e aumentar a pressão internacional contra o Supremo.

Mesmo sem indiciamento formal, Figueiredo e Malafaia seguem sob risco de denúncia em um processo que pode ampliar a lista de acusados pela trama golpista.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Quem são os seis desaparecidos no Paraná após cobrança de dívida de R$ 255 mil

 

Diego Henrique Afonso (à esquerda), Robishley Hirnani De Oliveira (no centro) e Rafael Juliano Marascalchi (à direita) desapareceram no interior do Paraná. Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Paraná investiga o desaparecimento de seis pessoas em Icaraíma, no interior do estado, após uma cobrança de dívida. O caso completa 15 dias e envolve três amigos de São José do Rio Preto (SP), o contratante do serviço e dois suspeitos. A dívida em questão seria de R$ 255 mil, referente à negociação de um imóvel.

Entre os desaparecidos está Robishley Hirnani de Oliveira, que viajou com os amigos para cobrar a dívida. Sua esposa registrou o boletim de ocorrência após a falta de contato. O grupo também era formado por Rafael Juliano Marascalchi, que costumava compartilhar fotos da família nas redes sociais, e Diego Henrique Afonso, sobre quem há poucas informações pessoais disponíveis.

O trio foi contratado por Alencar Gonçalves de Souza, produtor rural descrito por familiares como um homem tranquilo e confiável. Alencar, também desaparecido, é casado e o caçula de três irmãos. Um parente declarou que seu “erro foi confiar demais”.

Antônio Buscariollo e Paulo Ricardo Costa Buscariollo, pai e filho, são suspeitos de envolvimento no desaparecimento dos homens. Foto: Divulgação/Polícia Civil do Paraná

Entre os suspeitos está Antônio Buscariollo, de 66 anos, suplente de vereador de Icaraíma pelo PSD em 2020 e candidato derrotado em 2024. Ele declarou bens de R$ 108 mil à Justiça Eleitoral, incluindo dois lotes rurais e um carro. Antônio tem antecedente por posse ilegal de arma de fogo e está foragido.

O outro suspeito é seu filho, Paulo Ricardo Costa Buscariollo, de 22 anos. Ambos chegaram a prestar depoimento, negaram envolvimento e fugiram após serem liberados. Eles também são considerados desaparecidos pela polícia.

Segundo familiares, os três amigos atuavam há 13 anos na cobrança de dívidas, utilizando métodos de pressão, mas sem armas ou violência. O delegado Gabriel Menezes explicou que o serviço era oferecido a credores que não conseguiam receber seus valores. Para a polícia, os desaparecidos podem ter caído em uma emboscada, já que a dívida seria quitada em dez parcelas de R$ 25 mil.

Fonte: DCM

INSS apaga relatório que apontava favorecimento da Contag na gestão Bolsonaro

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) retirou do ar, nesta quarta-feira (20), um relatório de auditoria que mostrava como o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) autorizou a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag) a aplicar mais de 30 mil descontos irregulares em aposentadorias e pensões. Com informações do G1.

O documento havia sido publicado pela manhã no site oficial da autarquia, mas foi removido poucas horas depois, no mesmo dia em que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS iniciou seus trabalhos, com derrota do governo Lula (PT) na escolha da presidência e da relatoria.

A decisão partiu do presidente do órgão, Gilberto Waller Júnior, após reportagem da revista Piauí expor o conteúdo do relatório.

Segundo o INSS, o documento não estava concluído e teria sido publicado por uma “falha de procedimento”, não possuindo “validade institucional”. Já a Contag afirmou que não pode comentar o caso porque ele corre em sigilo, mas ressaltou que já havia denunciado descontos indevidos e práticas abusivas à autarquia em duas ocasiões.

◈ Contag

A Contag, considerada uma das maiores entidades sindicais do Brasil, tem grande influência em diferentes ministérios da gestão Lula (PT). Nos últimos anos, a organização esteve entre as que mais realizaram descontos em benefícios previdenciários.

A oposição tenta associar a proximidade da entidade com o PT ao escândalo do INSS para responsabilizar o governo atual. No entanto, o relatório de auditoria revela que a Contag também exerceu influência sobre a autarquia durante o governo Bolsonaro.

A Auditoria-Geral do INSS, responsável pela apuração, destacou que o desbloqueio em lote de 30.211 benefícios foi autorizado em 28 de setembro de 2022 pelo então presidente do órgão, Guilherme Serrano, em pleno período eleitoral.

A medida beneficiou diretamente a Contag, sem que fosse exigida a comprovação da autorização dos aposentados, descumprindo as normas da instituição.

◈ “Fui enganado”

O relatório mostra ainda que muitos beneficiários relataram não ter autorizado os descontos. Entre outubro de 2022 e maio de 2025, mais de 4 mil aposentados contestaram as cobranças, e cerca de 65% declararam que nunca haviam dado permissão.

Em um dos relatos, um segurado afirmou: “Fui enganado. O presidente do sindicato em nenhum momento me informou sobre esses descontos. Simplesmente pediu para eu assinar alguns documentos, mas não me informou do que se tratava ou que teria algum desconto em meu benefício.”

Outra aposentada disse: “Fui enganada. Me aposentei pelo sindicato e eles não me falaram que iam fazer isso.”

Os auditores concluíram que “os controles instituídos pelo INSS para assegurar a conformidade dos procedimentos, como o serviço de desbloqueio oferecido nos canais remotos e unidades de atendimento, foram desconsiderados na execução do desbloqueio em lote. Isso comprometeu a rastreabilidade, transparência e efetividade das salvaguardas operacionais, agravando os impactos identificados.”

Fonte: DCM com informações do G1

Bolsonaro na prisão? Entenda os próximos passos após indiciamento do ex-presidente

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

O novo indiciamento da Polícia Federal (PF) deixou a situação jurídica de Jair Bolsonaro ainda mais delicada. O ex-presidente e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), foram apontados por crimes ligados à tentativa de golpe de Estado. Somadas, as penas desses crimes podem chegar a 12 anos de prisão, segundo o relatório apresentado na última quarta-feira (20). Agora, o futuro do caso está nas mãos da Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se oferece denúncia, arquiva ou pede novas diligências.

O relatório entregue pela PF, com 170 páginas, reúne provas, depoimentos e mídias apreendidas que sustentam acusações de coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Entre os elementos, investigadores destacam um repasse de R$ 2 milhões feito por Bolsonaro para manter o filho nos Estados Unidos, onde buscava apoio do governo de Donald Trump para pressionar o Judiciário brasileiro. O documento também cita a possibilidade de um pedido de asilo ao presidente da Argentina, Javier Milei.

Jair e Eduardo Bolsonaro. Foto: Reprodução

Apesar de o indiciamento não transformar automaticamente Bolsonaro em réu, a pressão aumenta. Caso o procurador-geral Paulo Gonet apresente denúncia, caberá ao STF decidir se ela será aceita.

O processo ficará sob análise da Primeira Turma, formada por Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux. A avaliação é de que a chance de arquivamento é remota, o que amplia os riscos políticos e jurídicos para Bolsonaro e seu filho.

Fonte: DCM

VÍDEO – Malafaia volta a atacar Moraes e diz que ele “promove perseguição religiosa”: “Ditador”

 

O pastor bolsonarista Silas Malafaia. Foto: Reprodução
O pastor Silas Malafaia gravou um vídeo nas redes sociais nesta quinta-feira (21) no qual chamou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de “ditador de toga” e o acusou de “promover perseguição religiosa”.

A reação do bolsonarista ocorreu horas depois de ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), que cumpriu mandado de busca e apreensão contra ele no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

Na gravação, com pouco mais de quatro minutos, Malafaia relatou que teve o celular, o passaporte e três cadernos com “mensagens bíblicas” apreendidos.

“Cheguei de Portugal e no aeroporto fui interceptado pela Polícia Federal. Levaram meu celular, meus cadernos de mensagens bíblicas e até meu passaporte. Que país é esse?”, questionou. O pastor afirmou que os cadernos continham anotações de pregações, roteiros de vídeos e registros de manifestações.

Ele também atacou o vazamento de informações do inquérito para a imprensa, antes que seus advogados fossem oficialmente notificados. “Se eu falar do inquérito, sou preso. Mas a Gestapo de Alexandre de Moraes vaza tudo”, disse, em referência à polícia política nazista.

O mandado cumprido contra Malafaia faz parte da investigação que apura tentativa de obstrução de Justiça e coação no processo sobre a trama golpista envolvendo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Apesar das críticas, o pastor afirmou ver um “lado bom” na exposição do caso, ressaltando sua proximidade com o clã Bolsonaro. Ele chegou a chamar Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de “amigo”, horas depois de terem sido reveladas mensagens em que chama o deputado federal de “babaca”.

“Mostrou minha honestidade, minha independência. Não sou bajulador, não sou puxa-saco, falo o que tenho que falar. E sou considerado. São meus amigos. Bolsonaro, Carlos, Flávio, Eduardo, Michelle. Me consideram pela minha lisura”, declarou.

Assista abaixo: