
O ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, foi eleito neste domingo (6) presidente nacional do PT até 2029. Candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Edinho venceu a eleição interna no primeiro turno, superando adversários como o deputado federal Rui Falcão, além de Valter Pomar e Romênio Pereira. A posse deve ocorrer no início de agosto, durante o encontro nacional da legenda em Brasília.
A eleição contou com cerca de 3 milhões de filiados aptos a votar. Apesar de o resultado de Minas Gerais ainda não ter sido computado — por conta do adiamento determinado pela Justiça Eleitoral —, a vitória de Edinho foi confirmada com margem suficiente. A assessoria do partido divulgou nota oficial no fim da tarde de segunda (7) anunciando o resultado preliminar.
Aliado histórico de Lula, Edinho terá papel decisivo na condução do partido durante as eleições de 2026, quando o atual presidente deve disputar a reeleição. A tendência, como nas campanhas anteriores, é que o novo presidente do PT também assuma a coordenação da candidatura. Ele prometeu trabalhar pela unidade do partido e reforçou a necessidade de alianças com legendas da base governista.

Durante sua campanha, Edinho defendeu que o partido se prepare para o futuro sem Lula como candidato. “O sucessor do presidente Lula não será um nome. O sucessor do presidente Lula será o PT”, declarou. Ele também destacou a urgência de propostas para áreas estratégicas, como segurança pública e transição energética, além da aproximação com a nova classe trabalhadora e comunidades evangélicas.
A vitória também representa uma sinalização política para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vinha enfrentando resistência interna durante a gestão de Gleisi Hoffmann. Em 2023, sob comando da atual ministra das Relações Institucionais, o partido divulgou documento criticando a política fiscal do governo. Com Edinho, a expectativa é de maior estabilidade no diálogo entre PT e governo.
Apesar do perfil conciliador, Edinho terá desafios dentro da própria corrente CNB (Construindo um Novo Brasil). Ele não conseguiu emplacar nomes de sua confiança em cargos estratégicos como a Secretaria de Finanças. A composição completa da direção partidária deve ser definida até 26 de julho. Lula, que já havia manifestado apoio desde o ano passado, foi o principal fiador da candidatura vencedora.
Fonte: DCM