Estrategista de Donald Trump usou rede social para atacar ministro do STF em meio ao julgamento de Jair Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe
O julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e de integrantes do chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado começou nesta terça-feira (2) no Supremo Tribunal Federal (STF). A análise do caso é feita pela Primeira Turma, formada pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Flávio Dino.
Durante o julgamento, uma declaração polêmica veio dos Estados Unidos. Jason Miller, estrategista e conselheiro do presidente Donald Trump, publicou nas redes sociais uma mensagem direta contra Moraes, relator da ação penal. "Seria sensato que Alexandre de Moraes, do STF, soubesse que os Estados Unidos não negociam com terroristas", escreveu, compartilhando reportagem que nociticia a resposta de Moraes a pressões dos Estados Unidos: "A soberania nacional não pode, não deve e jamais será vilipendiada, negociada ou extorquida, pois é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, previsto na Constituição. Esta Corte sempre será absolutamente inflexível na defesa da soberania nacional, da democracia e da independência do Judiciário", afirmou o ministro.
Réus e acusações
Além de Bolsonaro, outros sete nomes considerados centrais na tentativa de ruptura institucional também são julgados: Alexandre Ramagem (ex-diretor-geral da Abin), Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens e delator), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).
Os réus respondem a acusações graves, entre elas: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado com violência contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. A pena máxima pode chegar a 43 anos de prisão.
No caso de Ramagem, a Câmara dos Deputados aprovou em maio a suspensão parcial da ação penal, restringindo sua responsabilidade a três crimes: organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Fonte: Brasil 247
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