
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender publicamente o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) nesta terça-feira (15), classificando mais uma vez as investigações contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF) como uma “caça às bruxas”. As declarações ocorrem após o anúncio das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, medida que deve entrar em vigor em 1º de agosto.
Questionado por jornalistas sobre o pedido de condenação apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Trump afirmou: “O presidente Bolsonaro não é um homem desonesto. Ele ama o povo do Brasil. Ele lutou muito pelo povo do Brasil”. O republicano acrescentou: “Eu acredito que é uma caça às bruxas e não deveria estar acontecendo”.
Embora tenha feito a defesa do ex-presidente brasileiro, Trump afirmou que não considera Bolsonaro um aliado próximo: “Não é que… olha, ele não é como um amigo meu, ele é alguém que eu conheço. E eu o conheço como um representante de milhões de pessoas. Os brasileiros são ótimas pessoas”.
As declarações foram dadas após Trump ser questionado sobre o andamento do processo que investiga Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Na segunda-feira (14), a PGR pediu formalmente a condenação do ex-presidente, alegando que ele liderou uma “organização criminosa” para desestabilizar a democracia.
Na carta publicada nas redes sociais de Trump, destinada ao presidente Lula (PT) na última quarta-feira (9), o republicano associou o tarifaço a questões políticas, afirmando, sem apresentar provas, que a decisão foi tomada “em parte devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos”.
A justificativa, no entanto, é contestada por especialistas. Dados comerciais mostram que, desde 2009, os EUA têm superávit na balança comercial com o Brasil, exportando mais do que importando. Entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticaram a medida, afirmando que não há motivos econômicos para tamanha taxação e que a decisão pode prejudicar empregos no Brasil.
Fonte: DCM
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