Documento visava pressionar o alto comando da Força a aderir à trama golpista
"Kid preto” é um apelido informal dos militares que usam gorro preto e fazem Operações Especiais do Exército Brasileiro (Foto: Exército / Divulgação)
O tenente-coronel Fabrício Moreira de Bastos, um dos réus no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, afirmou nesta segunda-feira (28) que recebeu ordens do Centro de Inteligência do Exército (CIE) para buscar e encaminhar uma carta que pressionaria o alto comando da Força a aderir à trama golpista. A informação é do Valor Econômico.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o documento era intitulado “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro” e teria sido enviado por Bastos a outros militares das forças especiais, em uma suposta tentativa de conquistar adesão ao plano. O tenente-coronel alega que o objetivo do CIE era “dissuadir os militares de assinar, aderir e publicar o documento”.
O material da carta foi publicado em primeira mão pelo Brasil 247, no blog de Denise Assis.
O caso é parte das investigações do chamado “núcleo três” da tentativa de golpe. A PGR aponta que o conteúdo da carta foi discutido em uma reunião no fim de novembro de 2022, em um salão de festas de um condomínio em Brasília, onde também teriam sido tratadas possíveis ações para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os militares envolvidos negam a versão e alegam que o encontro foi apenas uma confraternização.
Fonte: Brasil 247 com informações do Valor Econômico
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