segunda-feira, 5 de maio de 2025

Bolsonaro, que já defendeu “fuzilar a petralhada”, reclama de fala de governador petista



Jair Bolsonaro simulou arma com tripé de câmera e sugeriu “fuzilar a petralhada” durante a campanha eleitoral de 2018. Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que já defendeu “fuzilar a petralhada”, reclamou de uma declaração do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), que sugeriu jogar bolsonaristas na “vala”. Ele diz que a fala é um “discurso carregado de ódio”.

“Em qualquer cenário civilizado deveria gerar repúdio imediato e ações institucionais firmes. Mas nada aconteceu. Não houve abertura de inquérito, nem busca e apreensão, tampouco convocação da Polícia Federal para apurar incitação à violência”, escreveu o ex-presidente no X.

Insistindo no discurso de perseguição contra bolsonaristas, o ex-mandatário ainda diz que um aliado seria preso se desse uma declaração similar. “Seria manchete, prisão, processo por ‘discurso golpista’ e ‘incitação ao ódio’. O padrão é claro: só há crime quando convém ao sistema, só há repressão quando o alvo é a oposição”, prossegue.

Em uma frase claramente escrita pelo Chat GPT, Bolsonaro diz que o petista “não apenas normaliza o ódio, como incentiva o pior: a violência política, o assassinato moral e até físico de quem pensa diferente”.



A declaração de Bolsonaro sobre “fuzilar a petralhada” foi dada em setembro 2018, quando ele subiu em um trio elétrico, pegou um tripé de câmera para simular uma arma e atacou petistas. Na ocasião, ele disputava a presidência contra Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda.

Ele chegou a ser alvo de uma denúncia apresentada pelo PT por conta da fala, mas o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu a queixa-crime no ano seguinte, em 2019, apontando que ele “não poderia ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções na vigência do seu mandato”.

Bolsonaro defendeu que sua fala era uma “figura de linguagem” e, apesar de cobrar a condenação do governador da Bahia, jamais foi punido pelo episódio.

Fonte: DCM

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