domingo, 20 de julho de 2025

Estudo aponta cidades de SP entre as melhores para viver no Brasil; saiba quais

 

Cidade de São Paulo. Foto: Divulgação
O estado de São Paulo lidera o ranking nacional de qualidade de vida, segundo o Índice de Progresso Social (IPS Brasil 2025), que avaliou municípios de todo o país com base em critérios como acesso a necessidades básicas, bem-estar e oportunidades. Das dez primeiras colocadas, seis são paulistas, com Gavião Peixoto ocupando o primeiro lugar nacional, ao atingir 73,26 pontos.

Além de Gavião Peixoto, o levantamento destacou Gabriel Monteiro, Jundiaí, Águas de São Pedro, Cândido Rodrigues e Itupeva entre os municípios mais bem avaliados do Brasil. Os dados indicam que essas cidades, em sua maioria localizadas no interior, apresentam infraestrutura acima da média nacional, que ficou em 61,96 pontos. Áreas como saúde, educação e segurança se sobressaíram na pontuação final.

O bom desempenho paulista reforça a posição do estado como referência em qualidade de vida, mesmo diante dos desafios que persistem em outras regiões, especialmente no Norte e no Nordeste, onde os índices de progresso social continuam abaixo da média. A pesquisa também destaca que, embora existam disparidades internas, os avanços no interior de São Paulo são consistentes.

O Índice de Progresso Social (IPS) Brasil é uma ferramenta que mede a qualidade de vida nos municípios brasileiros com base em indicadores sociais e ambientais, oferecendo uma análise mais ampla do que índices econômicos tradicionais como o PIB e o IDH.

Fonte: DCM

Lindbergh Farias pede que Banco Central investigue uso de informação privilegiada no tarifaço de Trump

 

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ). Foto: Foto: Renato Araújo/Agência Câmara
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) encaminhou neste domingo (21) um pedido formal ao Banco Central do Brasil para que investigue operações suspeitas de câmbio realizadas no dia 18 de julho, data em que os Estados Unidos anunciaram tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. O parlamentar solicita que a autoridade monetária identifique os responsáveis por movimentações atípicas de compra e venda de dólares nas horas que antecederam o anúncio feito por Donald Trump.

Segundo Lindbergh, há fortes indícios de que agentes do mercado operaram com acesso antecipado a informações ainda sigilosas, o que poderia configurar crimes financeiros e uso indevido de informação relevante. A petição menciona a necessidade de apuração rigorosa sobre volumes, horários, comitentes finais e intermediadores financeiros das operações realizadas naquele dia, com encaminhamento dos dados à CVM, COAF, Ministério Público Federal e ao Supremo Tribunal Federal.

A iniciativa do deputado petista se baseia em apuração da TV Globo, que revelou grande volume de compra de dólares antes do anúncio oficial, seguido por vendas massivas após a divulgação da tarifa, o que teria gerado lucros de até 50% em poucas horas. O movimento atípico foi reforçado por publicações do analista financeiro Spencer Hakimian, que apontou manipulação deliberada da moeda brasileira com base em vazamento de informação.

O caso está ligado ao inquérito 4995/DF no STF, que investiga possível atuação coordenada de agentes políticos, incluindo o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para gerar pressão econômica internacional sobre instituições brasileiras. A AGU já havia solicitado a investigação sobre eventual uso de medidas econômicas como forma de coação ao STF, especialmente no contexto de ações contra Jair Bolsonaro e seus aliados.

Lindbergh afirmou que a medida busca “proteger a integridade do sistema financeiro nacional” e evitar que operadores privilegiados lucrem com ações coordenadas de sabotagem institucional. Para ele, a movimentação anormal no câmbio pode ser resultado de uma estratégia antidemocrática com objetivos políticos, e exige resposta rápida das autoridades.

O pedido soma-se à ofensiva institucional contra o chamado “tarifaço de Trump”, celebrado por Eduardo Bolsonaro nas redes sociais como uma vitória pessoal e política. Caso a investigação aponte a existência de informação privilegiada usada para ganhos financeiros, os envolvidos poderão responder por crime contra o sistema financeiro nacional, inclusive com possibilidade de sanções penais e civis.

Fonte: DCM

Eduardo Bolsonaro já age como gangster fora da lei em solo americano

 

Eduardo Bolsonaro em live. Foto: Reprodução

Em transmissão ao vivo neste domingo (20), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a adotar tom agressivo contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e seus membros.

Em destaque, afirmou que seu objetivo “é tirar Alexandre de Moraes da Corte” e que está disposto a se sacrificar por isso. A fala foi acompanhada de ofensas e ameaças diretas a policiais federais e ao próprio ministro do STF, num discurso que rompe frontalmente os limites institucionais e legais.

“Você não é digno de estar no topo do poder Judiciário”, disse Eduardo, referindo-se a Moraes.

Em seguida, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o visto americano cassado por Donald Trump foi apenas o começo da ofensiva internacional e que está pronto para “ir até as últimas consequências”. “Coloca o Trump junto na investigação, manda a Interpol vir pegar a gente”, ironizou, chamando policiais federais de “cachorrinhos” e ameaçando descobrir quem o investiga. “Se eu ficar sabendo quem é você, eu vou me mexer aqui”, afirmou.

A gravação repercutiu rapidamente nas redes sociais, com juristas e analistas políticos classificando as declarações como potencialmente criminosas.

Agora nem como parlamentar ele fala mais.

Eduardo Bolsonaro encerra neste domingo sua licença de quatro meses da Câmara, e, sem nova prorrogação ou justificativa aceita, será considerado ausente sem remuneração a partir desta semana.

Na prática, já age sem amparo legal de mandato, ou seja, como um gangster fora da lei.

No vídeo, ele chega a ameaçar os policiais envolvidos na apuração dos crimes que vem cometendo e o próprio presidente do STF, ministro Luiz Roberto Barroso.

A Polícia Federal investiga Eduardo por suspeita de atuar internacionalmente para pressionar autoridades brasileiras e coagir ministros do STF, o que resultou nas recentes medidas cautelares contra seu pai, Jair Bolsonaro, incluindo uso de tornozeleira eletrônica e proibição de contatos com aliados.

As falas do já ex-parlamentar podem ser incluídas no inquérito como indícios de tentativa de obstrução de Justiça, intimidação de autoridades e incitação ao crime.

Fonte: DCM

Trump e a ameaça do GPS: entenda por que os EUA não podem cortar o sinal

 

Donald Trump, presidente dos EUA – Foto: Reprodução
Nos últimos dias, um boato alarmante circulou nas redes sociais, sugerindo que os Estados Unidos poderiam suspender o acesso do Brasil ao sistema GPS (Global Positioning System) como retaliação em um suposto conflito diplomático. Essa alegação, que ganhou força em plataformas como o X, apontava para impactos catastróficos em diversos setores. No entanto, especialistas e fontes confiáveis desmentem veementemente essa informação, classificando-a como falsa e tecnicamente implausível.

◆ A Dependência Brasileira do GPS

O Brasil, assim como a maior parte do mundo, depende do GPS, um sistema de geolocalização por satélites desenvolvido e gerenciado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos desde a década de 1960. Essa infraestrutura é crucial para o funcionamento de setores vitais como transporte, aviação, logística, agricultura de precisão e até mesmo a sincronização de redes bancárias e de telecomunicações. O sistema opera com uma constelação de 32 satélites que fornecem sinais de Posicionamento, Navegação e Tempo (PNT), permitindo localização precisa em tempo real. A ausência de um sistema nacional de geolocalização robusto acentua a dependência do Brasil em relação a sistemas estrangeiros, tornando o país teoricamente vulnerável a interrupções.

GPS. Foto: Reprodução

◆ Por Que a Suspensão Seletiva é Implausível

A narrativa de que os EUA poderiam ‘desligar’ o GPS para o Brasil surgiu em meio a tensões comerciais. Contudo, especialistas são unânimes em afirmar que cortar o sinal GPS seletivamente para um país é tecnicamente inviável. O GPS é um serviço público global, com acesso civil gratuito e aberto a qualquer nação, independentemente de atritos diplomáticos. Bloquear o sinal de forma seletiva exigiria mudanças técnicas complexas que afetariam não apenas o país-alvo, mas também empresas americanas operando na região, além de gerar sérias repercussões diplomáticas e econômicas em escala global.

Postagens em redes sociais que amplificaram o boato, sugerindo que a interrupção do GPS desestabilizaria desde aplicativos de navegação até a aviação e o agronegócio, carecem de evidências concretas e foram desmentidas por especialistas em geopolítica e telecomunicações, que reiteram a improbabilidade de tal medida.

◆ Alternativas ao GPS Disponíveis para o Brasil

Embora o Brasil dependa significativamente do GPS, existem sistemas alternativos de navegação por satélite (GNSS) que poderiam mitigar os impactos de uma eventual interrupção. Esses sistemas, desenvolvidos por outras potências, já estão disponíveis no Brasil, ainda que em menor escala:

  • Galileo: Sistema europeu, de propriedade civil.
  • GLONASS: Sistema russo, de propriedade militar.
  • BeiDou: Sistema chinês, de propriedade militar e civil.
A maioria dos dispositivos modernos no Brasil suporta múltiplos sistemas GNSS, permitindo a transição para Galileo, GLONASS ou BeiDou em caso de interrupção do GPS. No entanto, a adaptação total de setores críticos, como aviação e agricultura, exigiria tempo e investimento em infraestrutura.

Fonte: DCM

Haddad desafia o mercado, vence no STF e se consolida como líder da justiça tributária

 

Fernando Haddad
A crise envolvendo o aumento do IOF, rejeitado pelo Congresso e validado parcialmente pelo STF, marcou uma virada na posição política do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Derrotado na Câmara por ampla maioria, o ministro convenceu o presidente Lula a judicializar o caso e obteve decisão favorável de Alexandre de Moraes, que manteve a maior parte do decreto presidencial. A estratégia de confronto, antes vista como desgaste, consolidou Haddad como figura central no governo e deu novo fôlego à sua imagem dentro do PT.

Haddad vinha acumulando críticas por medidas como a taxação do Pix e a tributação das compras internacionais. Chamado de “Taxad” por opositores, reagiu mudando o tom. Em falas públicas e reuniões com Lula, defendeu abertamente a taxação dos super-ricos, dos bancos e das apostas online, os chamados “BBBs”. A narrativa de “justiça tributária” ganhou tração nas redes sociais com vídeos publicitários promovidos pelo PT, que testou e impulsionou o discurso.

O ministro da Fazenda passou a ser visto por aliados como o “homem forte” da agenda econômica e política do Planalto. A vitória parcial no STF foi interpretada internamente como demonstração de força, mesmo diante do revés no Congresso. Com o aval de Lula, Haddad intensificou sua presença em reuniões políticas e articulou com marqueteiros do partido uma nova ofensiva de comunicação, focada na dicotomia ricos x pobres.

Hugo Motta, presidente da Câmara, durante votação para derrubar decreto do IOF. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
No entanto, essa guinada política gerou reações negativas entre empresários e investidores, especialmente da Faria Lima. Antes tratado como ponte entre o mercado e o PT, Haddad passou a ser alvo de críticas por elevar tributos e por não apresentar contrapartidas em corte de gastos. Internamente, no entanto, o governo avalia que o apoio da elite financeira já está comprometido para 2026 e decidiu priorizar a mobilização popular.

Com a melhora na imagem entre eleitores progressistas e a recuperação dos índices de aprovação de Lula após o embate com Donald Trump, o nome de Haddad voltou a circular como possível candidato em 2026. Dentro do PT, cresce a pressão para que ele dispute uma vaga ao Senado por São Paulo, o que ajudaria a barrar o avanço do bolsonarismo e reforçaria o palanque de Lula no maior colégio eleitoral do país.

A movimentação mostra que Haddad, ao trocar o figurino técnico pelo político, ganha terreno dentro do núcleo duro do governo, mesmo que à custa da confiança do mercado.

Fonte: DCM

Culto ao vexame: bolsonaristas fazem ato por Trump e viram piada nas redes

 

Manifestação em Brasília. Foto: Metropóles
O protesto organizado por bolsonaristas neste domingo (20), em Brasília, virou motivo de piada nas redes.

Anunciado como uma grande manifestação em apoio a Donald Trump e contra o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Lula, o ato teve baixa adesão e pouca repercussão fora do próprio ecossistema bolsonarista. O destaque ficou por conta dos gritos inusitados, como “o meu visto jamais será cassado”, em referência à tornozeleira eletrônica imposta a Jair Bolsonaro.

Vestidos com camisetas verde-amarelas, empunhando bandeiras do Brasil, dos EUA e até do Brasil Império, os participantes tentaram simular um clima de resistência patriótica. Mas o público reduzido e o tom teatral — com reza coletiva e palavras de ordem em defesa de Trump — geraram mais comentários irônicos do que engajamento político. Internautas classificaram o ato como “culto ao vexame” e lembraram que nem mesmo o ex-presidente apareceu para agradecer.

O flop do evento foi ainda mais evidente nas redes.

O vídeo que registrou o momento em que os manifestantes gritavam frases como “fora Moraes” e “a culpa é do Lula” viralizou não pelo conteúdo político, mas pelo contraste entre o entusiasmo do microfone e a dispersão da plateia. Até a música patriótica de fundo não salvou a performance, que foi chamada por usuários de “stand-up espiritual”.

Comandado por figuras como Damares Alves e Bia Kicis, o ato foi pensado como um gesto simbólico em apoio ao tarifaço de Trump contra o Brasil — exigência da ala bolsonarista para pressionar por anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro. Mas a baixa mobilização e a teatralização da causa só reforçaram a imagem de isolamento do bolsonarismo em meio às investigações da PF e às medidas judiciais contra o ex-presidente.

A tentativa de transformar Trump em “salvador externo” não tem surtido o efeito esperado.

Mesmo com a revogação de vistos de ministros do STF, a agenda de Eduardo Bolsonaro nos EUA não resultou em respaldo institucional relevante. O próprio Bolsonaro, impedido de usar redes sociais, segue em silêncio, enquanto seus apoiadores tentam manter acesa uma chama cada vez mais fraca.

 

Fonte: DCM

Pastor Henrique Vieira propõe cassação para quem colaborar com sanções estrangeiras contra o Brasil

Projeto do deputado do Psol visa punir articulações que ameacem a soberania nacional, como o apoio de Eduardo Bolsonaro às tarifas de Trump

      Pastor Henrique Vieira (Foto: Zeca Ribeiro - Câmara dos Deputados)

O deputado federal Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) apresentou um projeto de lei que endurece punições contra brasileiros que atuem em articulações internacionais consideradas prejudiciais à soberania e aos interesses estratégicos do Brasil. A proposta foi protocolada na Câmara dos Deputados e mira diretamente ações como as do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que articulou as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros, informa Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Segundo o texto, a iniciativa busca sancionar com a cassação de direitos políticos, por até oito anos, aqueles que colaborarem com governos ou blocos estrangeiros em ações que afetem negativamente a economia nacional, a infraestrutura tecnológica ou os serviços digitais do país.

Vieira argumenta que a atual legislação é insuficiente diante das novas formas de ingerência externa. “Há muitas outras formas de se atentar gravemente contra a soberania de um país”, escreveu o parlamentar no projeto. Ele ressalta que o uso de tarifas comerciais por potências estrangeiras se tornou uma estratégia eficaz para pressionar o Estado brasileiro. “Tarifas revelaram-se um instrumento contundente para pressionar os Poderes a agirem no interesse de um país estrangeiro”, completou.

A proposta estabelece que será punido qualquer cidadão que colabore com agentes externos com o objetivo de influenciar decisões dos Poderes da República. No entanto, ficam resguardadas ações voltadas à defesa de tratados internacionais dos quais o Brasil já seja signatário, como apelações a cortes internacionais ou a organismos multilaterais.

Henrique Vieira defende que a legislação deve acompanhar as transformações geopolíticas globais. “Vivemos um cenário de grandes mudanças na ordem mundial. Nossas instituições têm de ler esse cenário e forjar leis adequadas para proteger nosso país contra interferências cada vez menos ortodoxas vindas de terceiros”, justificou.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Exportações brasileiras disparam no Porto de Santos às vésperas do tarifaço de Trump

Embarques de carne e café crescem antes da nova tarifa dos EUA. Movimento de caminhões aumenta 70% na região portuária

      Navios no Porto de Santos 01/05/2024 REUTERS/Amanda Perobelli (Foto: Amanda Perobelli)

Às vésperas da aplicação de tarifas mais altas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, as exportações brasileiras dispararam no Porto de Santos, em São Paulo. Segundo o Metrópoles, nas duas primeiras semanas de julho houve um aumento expressivo nos embarques de proteínas animais e café, impulsionando também o tráfego de caminhões na região portuária.

Dados divulgados pela Autoridade Portuária de Santos mostram que os embarques de carnes bovina, de frango, suína, miúdos e outras proteínas animais — todos medidos por contêiner — cresceram 96% no período. Já as exportações de café, com forte demanda dos Estados Unidos, registraram alta de 17%.

Outro destaque foi a exportação de celulose: foram embarcadas 50 mil toneladas, um volume superior ao registrado nos meses anteriores, segundo a administração do porto. O aumento no ritmo das exportações fez com que o tráfego de caminhões na área do porto de Santos crescesse 70%.

Medida tarifária dos EUA impacta comércio bilateral - O forte movimento é resultado direto da corrida dos exportadores para antecipar remessas antes que entre em vigor, no dia 1º de agosto, a nova tarifa imposta pelo governo Trump. Anunciada em 9 de julho, a medida estabelece uma alíquota de 50% sobre produtos brasileiros vendidos aos Estados Unidos.

Os EUA são o segundo maior destino das exportações brasileiras, ficando atrás apenas da China. Já o Porto de Santos, principal terminal portuário da América Latina, é responsável por cerca de 30% da corrente comercial do Brasil, o que o torna peça-chave na logística de exportações nacionais.

Reação e expectativa no setor exportador - O movimento acelerado nos embarques revela a preocupação do setor exportador com os impactos da nova política tarifária norte-americana. A busca por antecipar contratos e entregas demonstra o receio de perda de competitividade frente a concorrentes de outros países, especialmente no setor de proteínas e commodities.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Gleisi condena "chantagens e sanções agressivas" de Trump e "conspiração" com bolsonaristas

Para ministra, extrema-direita internacional tenta minar a democracia com ataques coordenados. Encontro no Chile discute resposta conjunta

      Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI)

Em publicação nas redes sociais neste domingo (20), a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), criticou duramente o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e alertou para a “conspiração” entre Jair Bolsonaro (PL) e aliados e representantes da gestão norte-americana. A postagem foi feita na véspera da participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma reunião internacional em Santiago, no Chile.

Segundo Gleisi, o encontro, que reunirá os presidentes do Chile, Espanha, Colômbia e Uruguai, tem como objetivo central discutir os ataques à democracia promovidos por forças da extrema-direita em diferentes partes do mundo. A ministra apontou que o Brasil tem vivenciado esse processo “de perto”, em referência ao governo Bolsonaro e seus apoiadores, e agora enfrenta uma escalada por meio de ações vindas de Washington.

Nós conhecemos de perto os ataques feitos aqui no Brasil, por Jair Bolsonaro e seu entorno, e agora as chantagens e sanções agressivas do governo dos EUA contra nossa democracia, a partir de uma conspiração dos bolsonaristas com os agentes do presidente norte-americano”, escreveu Gleisi.

Ela alertou para o caráter global dessas ofensivas, que, segundo ela, têm como objetivo desmontar os pilares democráticos e impor a “lei do mais forte”, favorecendo desigualdades e injustiças. Ao reforçar o compromisso do governo Lula com a defesa da democracia, Gleisi destacou a importância do fortalecimento do multilateralismo e da regulação das plataformas digitais.

“Eles sabem que sem democracia o que prevalece é a lei do mais forte, a desigualdade e a injustiça. E nós queremos mais democracia, inclusive nas relações entre os países, para fortalecer o multilateralismo e o diálogo pela paz”, afirmou.

A ministra ainda destacou que os principais temas debatidos no Chile incluirão o enfrentamento das desigualdades, a regulamentação das redes sociais para impedir a disseminação de mentiras, discurso de ódio e crimes, inclusive contra crianças e famílias.

“Queremos democracia sempre, para todos e todas”, finalizou.

Fonte: Brasil 247

Eduardo Bolsonaro diz que não vai renunciar ao mandato de deputado

Licença do parlamentar, que está nos EUA, termina neste domingo (20)

     Deputado Eduardo Bolsonaro - 24/02/2024 (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)

Por André Richter, repórter da Agência Brasil - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou neste domingo (20) que não vai renunciar ao cargo. Em março deste ano, o parlamentar, que é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, pediu licença do mandato e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política.

De acordo com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a licença de 120 dias termina hoje, e o deputado pode ser cassado por faltas ao não retornar ao Brasil.

Durante uma live realizada nas redes sociais, o deputado disse que vai conseguir “levar o mandato” por mais três meses.

“Eu não vou fazer nenhum tipo de renúncia. Se eu quiser, eu consigo levar meu mandato, pelo menos, até os próximos três meses”, afirmou.

No STF, Eduardo é investigado pela sua atuação junto ao governo norte-americano para promover medidas de retaliação contra o Brasil e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e tentar barrar o andamento da ação penal na Corte sobre a trama golpista, que tem seu pai como um dos réus.

Na transmissão, o deputado voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes e ironizou a decisão do governo do presidente Donald Trump que suspendeu o visto de ministros do STF.

Ele também comentou a decisão na qual Moraes afirmou que o parlamentar “intensificou as condutas ilícitas” e determinou que entrevistas e postagens recentes nas redes sejam incluídas na investigação.

"O cara que se diz ofendido [Moraes], ele pega e junta no processo que ele abriu. O cara que vai me julgar, ele vai ver o que eu faço na rede social. Então, você da Polícia Federal, que está me vendo, um forte abraço. A depender de quem for, está sem visto", disse.

O deputado também defendeu a anistia para Jair Bolsonaro e afirmou que está "disposto a ir às últimas consequências".

“É para entender que não haverá recuo. Não é jogar não para ver se depois dá certo, achar um meio-termo. Não estou aqui para isso", completou.

Na sexta-feira (18), no mesmo inquérito em que Eduardo é investigado, Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) e foi obrigado a colocar tornozeleira eletrônica e proibido de sair de casa entre 19h e 6h.

As medidas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes após a PGR alegar risco de fuga do ex-presidente, que é réu na ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022 e deve ser julgado pelo Supremo em setembro.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO: Veja o momento em que Flávio Bolsonaro foge do Brasil


     Flavio Bolsonaro em vídeo no aeroporto. Foto: Reprodução

Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) embarca no voo TP58, com destino a Lisboa, na quinta-feira (17), às 17h10, no Aeroporto Internacional de Brasília. A viagem foi confirmada por sua assessoria e ocorreu um dia antes da operação da Polícia Federal contra seu pai, Jair Bolsonaro, levantando suspeitas e questionamentos sobre o timing da partida.

O vídeo ganhou repercussão após parlamentares e usuários nas redes apontarem a ausência de Flávio como suspeita de tentativa de fuga. A principal crítica partiu do deputado André Janones (Avante-MG), que acusou o senador de fugir “como um rato para não ser preso”. A assessoria de Flávio afirmou apenas que ele está em período de recesso, sem divulgar seu itinerário ou compromissos na Europa.

Nas redes sociais, Flávio ironizou os ataques ao chamá-los de “zorates” e “aldrabões”, mantendo um tom de deboche mesmo após a ofensiva policial. Em nova publicação, manifestou apoio ao pai: “Fica firme, pai, não vão nos calar!”. Enquanto isso, seu irmão Eduardo Bolsonaro segue nos Estados Unidos, onde reforça articulações com aliados de Donald Trump.

A operação da PF impôs medidas restritivas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo tornozeleira eletrônica, proibição de uso de redes sociais e contato com investigados. A movimentação internacional dos filhos, somada ao silêncio da defesa, levanta dúvidas sobre possíveis estratégias do clã para buscar apoio externo ou evitar futuras sanções judiciais no Brasil.

Fonte: DCM

Após ação da PF, Centrão amplia isolamento e abandona Bolsonaro

 

Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas. Foto: Zanone Fraissat/Folhapress

A operação da Polícia Federal realizada na última sexta-feira (18), que incluiu mandados de busca e apreensão e a imposição do uso de tornozeleira eletrônica, colocou o ex-presidente Jair Bolsonaro em uma nova frente de desgaste político. A medida, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ampliou seu isolamento e aprofundou a pressão sobre o centrão, que cobra uma definição sobre os rumos para as eleições presidenciais de 2026.

O episódio ocorre em meio a um ambiente já conturbado. Dias antes, a taxação sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump havia gerado forte repercussão no país. O tema provocou embates dentro do próprio campo conservador, especialmente entre o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Com o agravamento da situação jurídica do ex-presidente, líderes partidários passaram a defender abertamente que ele desista de se colocar como candidato, ainda que inelegível, e se torne um articulador em prol de uma candidatura única à direita. Tarcísio de Freitas surge como um dos nomes mais cotados para receber esse apoio.

Dirigentes de siglas como União Brasil, Progressistas e uma ala do MDB próxima à direita veem Bolsonaro cada vez mais fragilizado. A avaliação é de que, enfraquecido pelas investigações, ele já não consegue centralizar o debate político, abrindo espaço para que partidos do Centrão tenham mais peso nas negociações sobre o futuro da oposição.

Bolsonaro é conduzido pela PF para colocar a tornozeleira eletrônica. Foto: Wilton Jr/ Estadão
Nesse cenário, Tarcísio tenta se equilibrar. Após inicialmente culpar o governo Lula pelo aumento das tarifas, ajustou o discurso diante da rejeição da medida e se aproximou do setor empresarial, reunindo-se com representantes dos Estados Unidos. A movimentação gerou atritos com Eduardo Bolsonaro, mas, em um gesto de aproximação com o bolsonarismo, o governador paulista defendeu o ex-presidente em publicação recente.

Bolsonaro, por sua vez, reuniu aliados em Brasília, entre eles Ciro Nogueira (Progressistas) e Antônio Rueda (União Brasil), para tentar se desvincular do desgaste provocado pelo tarifaço. O ex-presidente pediu que líderes partidários reforcem que ele não tem relação com a decisão de Trump. Ele também manifestou preocupação com declarações de Eduardo, que, segundo parlamentares, atrapalham as articulações para 2026.

Enquanto isso, a proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro segue sem perspectiva de avanço no Congresso. Ainda assim, partidos do Centrão evitam lançar um candidato sem o aval de Bolsonaro, apostando em uma construção que leve a um apoio dele a Tarcísio. A indefinição, porém, pode comprometer os planos eleitorais da direita caso se prolongue.

Fonte: DCM

Siderado, Eduardo Bolsonaro ameaça Moraes, pega a filha e diz que morrerá “no exílio”

 

Eduardo Bolsonaro afirmou que não renunciará ao mandato e disse que prefere morrer nos EUA a submeter sua família a uma cadeia. Foto: Reprodução


Em uma live transmitida neste domingo (20), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a adotar um discurso confrontador ao dizer que não recuará de sua atuação junto ao governo dos Estados Unidos e que seguirá “enfrentando o sistema”. Durante a transmissão, ele negou qualquer intenção de renunciar ao mandato parlamentar e reforçou que continuará no que chama de “exílio”, em solo americano.

A live foi marcada por momentos inusitados e familiares.

Em um dos trechos, Eduardo chamou a filha de 4 anos e perguntou: “O papai é o quê?”. A menina respondeu inicialmente “animal”, arrancando risos do pai. Depois, ao ser novamente questionada, disse: “herói”, e em seguida cantou: “O papai é o herói. É o melhor papai. É o melhor de todos que eu já vi”.

A aparição, com o filho do ex-mandatário brasileiro visivelmente transtornado, ocorre no mesmo dia em que sua licença parlamentar chega ao fim, após quatro meses fora da Câmara.

Mesmo com o fim do período oficial de afastamento, Eduardo já declarou que não pretende retornar ao Brasil. Ele é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suas ações em território americano, no contexto da articulação internacional em defesa do pai, Jair Bolsonaro, e de ataques à Justiça brasileira.

O ex-presidente Jair Bolsonaro em entrevista à CNN Brasil. Foto: reprodução

Na mesma investigação, o ministro Alexandre de Moraes impôs medidas cautelares ao ex-presidente, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de contato com investigados e de acesso a representações diplomáticas. Moraes também levou em conta, na decisão, o risco de fuga de Bolsonaro e alegações de tentativa de obstrução de Justiça e atentado à soberania nacional.

Eduardo, por sua vez, tem intensificado encontros com parlamentares republicanos nos EUA e se apresenta como vítima de uma suposta perseguição política. Durante a live, o deputado afirmou: “Vocês acham mesmo que eu vou forçar minha família a entrar numa cadeia? Prefiro morrer aqui no exílio”.

Enquanto parte dos delinquentes seguidores de Jair se mobilizam e passam vergonha no Brasil, Eduardo segue conspirando contra o Brasil nos EUA e fugindo da Justiça sob a falsa alegação de exílio.

O tom vexaminoso da live, com bandeiras dos EUA ao fundo e a presença da filha, como nos filmes de gangsters, foi recebido com ironias nas redes sociais, que classificaram o episódio como um “teatro político em família”.

Fonte: DCM