O índice recuou 62 pontos desde o início do ano, mostrando um aumento na confiança dos investidores na capacidade do país pagar suas dívidas
Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/SRI)
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), destacou neste sábado (28) a redução do risco Brasil em 62 pontos entre janeiro e junho de 2025. O índice que mede a confiança dos investidores na capacidade do país de pagar suas dívidas caiu de 214 pontos no início do ano para 152 pontos, mostrando uma melhora da percepção do mercado.
Segundo Gleisi, os dados provam que o cenário econômico está melhor do que as previsões de quem ela classifica como “catastrofistas”. “Mais uma demonstração de que o Brasil vai muito melhor do que dizem os catastrofistas: o risco Brasil, que mede a confiança dos investidores globais no país, caiu de 214 pontos, em 1º. de janeiro, para 152 pontos nesta sexta-feira”, disse.
A ministra completou relembrando as previsões do mercado no início do ano e disse que o governo Lula (PT) está atraindo cada vez mais investimentos. “Quem não se lembra da especulação com o dólar e as previsões mais sinistras sobre a economia do país no início do ano? Pois é... A realidade é que o governo do presidenteLula resgatou a credibilidade internacional do Brasil e está atraindo cada vez mais investimentos”, concluiu.
Risco Brasil - O risco Brasil é calculado a partir do Credit Default Swap (CDS) — um instrumento financeiro que funciona como um seguro contra calotes. O CDS compara os rendimentos dos títulos públicos brasileiros com os dos papéis considerados de risco quase nulo, como os do Tesouro dos Estados Unidos.
Cada ponto do CDS representa 0,01%. Assim, o nível atual equivale a 1,52% ao ano, ou seja, é esse o custo adicional que investidores pagam para se proteger contra uma possível inadimplência do Brasil.
Quanto menor o risco, melhor a avaliação do país do ponto de vista fiscal e econômico. O recuo registrado em 2025 sugere uma tendência de maior estabilidade, embora o relatório não especifique os fatores que contribuíram diretamente para essa melhora.
O número indica uma melhora na percepção de risco do Brasil junto ao mercado internacional
Brasília (DF) - 17/09/2024 - Fernando Haddad e Lula (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O risco Brasil atingiu nesta sexta-feira (27) a marca de 152 pontos, informa o Poder 360. O índice, que mede a confiança de investidores na capacidade do país de pagar suas dívidas, caiu 62 pontos desde o início do ano, quando estava em 214 pontos. A redução indica uma melhora na percepção de risco do Brasil junto ao mercado internacional.
O risco Brasil é calculado a partir do Credit Default Swap (CDS) — um instrumento financeiro que funciona como um seguro contra calotes. O CDS compara os rendimentos dos títulos públicos brasileiros com os dos papéis considerados de risco quase nulo, como os do Tesouro dos Estados Unidos.
Cada ponto do CDS representa 0,01%. Assim, o nível atual equivale a 1,52% ao ano, ou seja, é esse o custo adicional que investidores pagam para se proteger contra uma possível inadimplência do Brasil.
Quanto menor o risco, melhor a avaliação do país do ponto de vista fiscal e econômico. O recuo registrado em 2025 sugere uma tendência de maior estabilidade, embora o relatório não especifique os fatores que contribuíram diretamente para essa melhora.
Ação marca o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+e integra a programação do festival Brasília Orgulho
(Foto: Reuters)
A Esplanada dos Ministérios, em Brasília, ganhou um novo colorido neste sábado (28), com a instalação de 110 bandeiras arco-íris em comemoração ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+. A iniciativa é do coletivo LGBT Brasília Orgulho, responsável também pela organização do festival de mesmo nome na capital federal. As informações são do g1.
De acordo com o coletivo, as bandeiras permanecerão na Esplanada até o dia 6 de julho, data em que será realizada a Parada Orgulho, a partir das 14h, no mesmo local.
O festival Brasília Orgulho teve início em 21 de junho e segue até o encerramento com a marcha, reunindo atividades culturais e ações voltadas à visibilidade da população LGBTQIAPN+ na cidade.
Ações do governo - Durante a 29ª Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou a campanha nacional “O Brasil é de Todas as Cores”, reforçando o compromisso com políticas públicas que garantam memória, respeito e direitos em todas as fases da vida.
Com o tema ‘Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro’, a parada trouxe à tona a luta contra o etarismo, a solidão, a falta de redes de apoio e as dificuldades no acesso a direitos básicos.
O réu Fábio Alexandre de Oliveira alegou que o vídeo em que aparece ofendendo o ministro era uma “brincadeira"
Alexandre de Moraes (Foto: Fellipe Sampaio/STF)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela condenação de Fábio Alexandre de Oliveira a 17 anos de prisão por sua participação nos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. As informações são da CNN Brasil.
Segundo a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Fábio foi identificado em vídeos divulgados nas redes sociais sentado em uma cadeira da Corte, atribuída justamente ao ministro Alexandre de Moraes. Na gravação, ele grita: “Cadeira do Xandão aqui, ó! Aqui ó, vagabundo! Aqui é o povo que manda nessa p*, c**!”*.
Em suas declarações, o réu admitiu ser o autor do vídeo, mas tentou minimizar o episódio, alegando tratar-se de uma "brincadeira". No entanto, para Moraes, as evidências demonstram o contrário. “Os elementos constantes dos autos comprovam que sua conduta não foi episódica, tampouco passiva ou neutra, mas sim engajada, voluntária e com forte adesão ao propósito criminoso de ruptura da ordem constitucional”, escreveu o ministro ao proferir seu voto.
O julgamento está sendo realizado no plenário virtual da Primeira Turma do STF, com início em 27 de junho e previsão de encerramento em 5 de agosto, devido ao recesso do Judiciário. Os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux ainda não depositaram seus votos.
Relator do caso, Moraes defende a condenação de Fábio por cinco crimes:
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
Jurista afirma à TV 247 que decreto legislativo do Congresso é inconstitucional e fere a separação entre os poderes
(Foto: Divulgação )
Em entrevista ao jornalista Leonardo Sobreira, da TV 247, o jurista e professor de Direito Constitucional Pedro Serrano afirmou que o decreto legislativo aprovado pelo Congresso Nacional para sustar os efeitos de um decreto do Executivo sobre o IOF é “absurdamente inconstitucional”. Segundo ele, a medida representa uma grave invasão das competências do Poder Executivo, além de usurpar atribuições que cabem exclusivamente ao Judiciário.
“Esse decreto é absurdamente inconstitucional, claramente inconstitucional, porque o decreto legislativo é um instituto criado pela Constituição que serve para suspender a eficácia de atos regulamentares que extrapolem a competência do Executivo”, explicou Serrano.
◈ Decreto legislativo e limites constitucionais
O jurista detalhou que a função de um decreto legislativo não é julgar legalidade ou constitucionalidade de atos administrativos, mas apenas impedir que o Executivo crie, por meio de decreto, direitos e obrigações que só poderiam ser estabelecidos por lei aprovada pelo Parlamento. No caso em debate, argumenta Serrano, o decreto presidencial apenas regulamenta uma alíquota já prevista em lei.
“A lei do IOF prevê a alíquota máxima. Cabe ao Executivo estabelecer a alíquota concreta. O direito e o dever originário foram criados em lei, não no decreto”, afirmou.“Um decreto legislativo não pode servir para anular um decreto do Executivo que nada mais fez do que executar a lei.”
◈ Abusos do Legislativo e risco institucional
Serrano criticou ainda o uso de argumentos políticos ou econômicos — como o suposto caráter arrecadatório do IOF — como justificativa para a edição do decreto legislativo. Segundo ele, esse tipo de controle só pode ser exercido pelo Judiciário. “Esse tipo de argumento não se presta a fundamentar um decreto legislativo. Para isso você tem o Judiciário”, declarou.
Para o professor, trata-se de uma grave distorção institucional: “Sempre se fala em ativismo judicial. Nós estamos tendo um ativismo legislativo. Ou seja, abusos cometidos pelo Legislativo, invadindo competências dos outros poderes. Isso é uma coisa grave.”
◈ Avaliação jurídica e cautela política
Apesar da contundência de sua análise jurídica, Pedro Serrano fez questão de destacar que a decisão de levar ou não o caso ao Supremo Tribunal Federal envolve ponderações políticas por parte do Executivo. “No plano jurídico, eu não tenho a menor dúvida de que esse decreto é abertamente inconstitucional e implica em invasão da competência de ambos os outros poderes, do Executivo e do Judiciário. Agora, se é adequada ou não a provocação do Judiciário, aí é um debate político que eu não quero entrar”, concluiu.
A entrevista reacende o debate sobre os limites das ações do Congresso Nacional diante de atos administrativos do Executivo, em especial no campo tributário, e aponta para a necessidade de preservar os princípios constitucionais que regem a separação entre os poderes. Assista:
Vitinho e Piquerez em disputa de bola no Mundial. Foto: Carl Recine – FIFA/FIFA via Getty Images
Palmeiras passa para as quartas de final do Mundial de Clubes e segue firme na disputa pelo título internacional. A equipe paulista venceu o Botafogo neste sábado (28), garantindo a classificação e embolsando mais US$ 13,1 milhões (cerca de R$ 72 milhões), segundo tabela oficial de premiação da Fifa.
A vitória, sofrida, contra o Botafogo nas oitavas, veio com um belo gol de Paulinho no primeiro tempo da prorrogação. O Palmeiras ainda teve um jogador expulso, Gustavo Gomes, mas conseguiu segurar o placar e garantiu vaga na próxima fase do Mundial de Clubes.
Com o avanço, o valor total arrecadado pelo Verdão no torneio chega a R$ 218,8 milhões. Antes da partida, tanto Palmeiras quanto Botafogo já haviam acumulado R$ 146,8 milhões cada um. A participação no torneio rendeu US$ 15,2 milhões (R$ 83,6 milhões), enquanto a vaga nas oitavas representou outros US$ 7,5 milhões (R$ 41,4 milhões).
Durante a fase de grupos, o Palmeiras somou uma vitória e dois empates, o que lhe garantiu US$ 4 milhões (R$ 22 milhões). O desempenho foi o suficiente para igualar a premiação do Botafogo, que venceu duas vezes e perdeu uma.
O grande diferencial veio neste sábado, com a vitória no duelo direto, que confirmou o avanço palmeirense às quartas. Além do montante já arrecadado, o clube ainda poderá receber valores adicionais em caso de nova classificação às semifinais ou à final da competição.
A Fifa premia cada vitória com US$ 2 milhões (R$ 11 milhões) e empates com US$ 1 milhão (R$ 5,5 milhões), além de garantir bônus maiores a cada fase superada. A projeção é que o clube vencedor do torneio supere R$ 300 milhões em receitas.
Palmeiras, que já figura entre os clubes mais organizados financeiramente no Brasil, vê no Mundial não só uma oportunidade esportiva, mas também uma chance de consolidar seu poder econômico em nível global.
Taxa de fecundidade cai para 1,55 filho por mulher no Brasil, segundo dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo IBGE
Mulher grávida (Foto: Reprodução/TV Brasil)
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
As brasileiras estão tendo menos filhos e adiando a maternidade. É o que apontam os dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a pesquisa, são consideradas mulheres de 15 a 49 anos.
A média de filhos por mulher em idade reprodutiva no Brasil, chamada de taxa de fecundidade total, caiu para 1,55 em 2022. De acordo com o IBGE, a taxa de fecundidade das brasileiras vem decrescendo desde a década de 1960. Em 1960, por exemplo, era de 6,28 filhos por mulher. Essa média caiu para 5,76 em 1970, para 4,35 em 1980, para 2,89 em 1991 e para 2,38 em 2000. Em 2010, a taxa era de 1,90 filhos por mulher.
Taxa de fecundidade - Censo Demográfico 2022 - IBGE - Arte/EBC
Desde 2010, a taxa de fecundidade brasileira está abaixo da chamada taxa de reposição populacional, ou seja, da média de filhos por mulher necessária para manter a população estável, que é de 2,1.
“A componente de fecundidade é muito importante para analisar a evolução demográfica de uma população. O ritmo de crescimento, as transformações na pirâmide etária e o envelhecimento populacional estão diretamente relacionados ao número de nascimentos”, explica a pesquisadora do IBGE Marla Barroso.
Segundo ela, a transição da fecundidade no Brasil foi iniciada na década de 60 nas unidades da federação economicamente mais desenvolvidas da região Sudeste, em grupos com maior nível educacional e nas áreas urbanas. “Nas décadas seguintes, foi se alastrando por todo o Brasil”, explica.
☆ Regiões
Na Região Sudeste, a taxa de fecundidade saiu de 6,34 filhos por mulher em 1960, passou para 4,56 em 1970, caiu para 3,45 em 1980, atingiu o nível de reposição populacional em 2000 (2,1 filhos por mulher). Em 2022, ficou em 1,41, o menor do país. “Para as outras regiões do Brasil, a queda se intensificou a partir ali da década de 70”, explica Marla.
Na Região Sul, que tinha a menor taxa de fecundidade em 1960 (5,89 filhos por mulher), a principal queda ocorreu de 1970 (5,42) para 1991 (2,51). Em 2022, a taxa ficou em 1,50, também abaixo da média nacional.
No Centro-Oeste, que tinha taxa de 6,74 em 1960, a tendência de queda foi semelhante à da região Sul, ao apresentar o principal recuo de 1970 (6,42) para 1991 (2,69). Em 2022, a taxa era de 1,64.
As regiões Norte e Nordeste também apresentaram quedas consideráveis de 1970 para 1991. Mas, em 1980, ainda tinham taxas de fecundidade acima de 6 filhos por mulher. No Norte, a taxa passou de 8,56 em 1960 para 8,15 em 1970 e para 6,45 em 1980. Em 2010, aproximou-se da taxa de reposição ao atingir 2,47. Em 2022, ficou em 1,89, a mais alta do país.
O Nordeste foi a única região a apresentar alta de 1960 (7,39 filhos por mulher) para 1970 (7,53). Em 1980, a taxa começou a recuar, passando para 6,13. Em 2000, o indicador se aproximou da taxa de reposição, ao ficar em 2,69. Em 2022, ficou em 1,60, abaixo do Centro-Oeste.
Entre os estados, Roraima é o único com taxa acima da reposição populacional: 2,19 filhos por mulher. Na sequência aparecem Amazonas (2,08) e Acre (1,90). Entre aqueles com menores taxas, destacam-se o Rio de Janeiro (1,35), Distrito Federal (1,38) e São Paulo (1,39).
☆ Maternidade mais tarde
A pesquisa não apenas observou a continuidade da queda da taxa de fecundidade, como também revela que as mulheres estão tendo filhos com idades mais avançadas. A idade média da fecundidade no Brasil passou de 26,3 anos em 2000 para 28,1 em 2022. A tendência foi observada em todas as regiões.
Em 2022, o Norte apresentou a menor idade (27 anos), enquanto o Sudeste e o Sul mostram as maiores (28,7 anos). Entre as unidades da federação, a idade média de fecundidade mais alta foi a do Distrito Federal (29,3 anos) e a mais baixa, do Pará (26,8 anos).
Idade média de fecundidade - Censo Demográfico 2022 - IBGE - Arte/EBC
☆ Sem filhos
O levantamento aponta ainda que cresce o grupo daquelas que chegam ao fim da idade reprodutiva sem filhos. O percentual de mulheres com 50 a 59 anos que não tiveram filhos nascidos vivos, segue em alta. Em 2000 era 10%, passou para 11,8% em 2010 e apresentou um aumento ainda mais expressivo em 2022, chegando a 16,1%. No Norte, o percentual passou de 6,1% para 13,9%. No Sudeste, subiu de 11% para 18%.
Entre as unidades da federação, o Rio de Janeiro tinha, em 2022, o maior percentual (21%) de mulheres sem filhos e Tocantins, o menor (11,8%).
☆ Religião e raça
De acordo com os dados do Censo, entre as religiões, as evangélicas são as que apresentam maior taxa de fecundidade – 1,74 filhos por mulher, acima da média nacional. Os menores índices foram encontrados entre as mulheres espíritas (1,01) e as seguidoras da umbanda e candomblé (1,25). As mulheres de outras religiosidades (1,39), sem religião (1,47) e as católicas (1,49) tiveram taxas abaixo da média nacional.
Segundo o pesquisador do IBGE Marcio Minamiguchi, não é possível, apenas com base nos dados do Censo 2022, afirmar os motivos que levam a essas diferenças das taxas de fecundidade entre as seguidoras das religiões.
“Para entender o efeito de uma religião sobre a fecundidade, ou seja, se uma doutrina poderia levar a uma certa propensão a ter filhos ou não, teria que isolar todos os outros fatores, como renda, o local onde as pessoas moram, a atividade profissional e tudo mais”.
Em relação ao recorte racial, as mulheres amarelas (de origem asiática) têm menor taxa de fecundidade (1,2 filhos por mulher), seguidas pelas brancas (1,4). As pretas e pardas têm taxas acima da média nacional: 1,6 e 1,7, respectivamente. As indígenas ainda estão acima da taxa de reposição, com 2,8 filhos por mulher.
A idade média da fecundidade subiu entre todos os grupos, sendo de 29 anos para as brancas, 27,8 entre as pretas e 27,6 entre as pardas.
☆ Escolaridade
O Censo 2022 mostrou que o aumento da escolarização tem relação com a queda da taxa de fecundidade. Segundo os dados da pesquisa, as mulheres sem instrução ou com ensino fundamental incompleto têm, em média, 2,01 filhos, enquanto aquelas com ensino superior apresentam uma taxa de 1,19.
As demais faixas de escolaridade apresentam as seguintes taxas: ensino fundamental completou ou médio incompleto, com 1,89 filhos por mulher, e ensino médio completo ou superior incompleto com taxa de 1,42.
“A mulher com mais escolaridade, com mais informação, sabe melhor onde procurar métodos contraceptivos, se assim quiser. Ela vai saber fazer suas escolhas de uma forma melhor”, explica a gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Izabel Marri.
Em 2022, a idade média de fecundidade das mulheres sem instrução ou com ensino fundamental incompleto foi de 26,7 anos. Já a idade média para aquelas com nível superior completo foi de 30,7 anos.
Em entrevista a Joaquim de Carvalho, ex-deputado denuncia corrupção moral e institucional, e afirma ter rompido com Bolsonaro por ciúmes dos filhos
Julian Lemos e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Facebook)
Em entrevista concedida ao jornalista Joaquim de Carvalho, da TV 247, o ex-deputado federal Julian Lemos, um dos primeiros aliados de Jair Bolsonaro na construção da candidatura presidencial de 2018, fez duras críticas ao ex-presidente, revelando bastidores de bastidores pouco conhecidos da campanha e do governo. Lemos, que foi um dos responsáveis pela segurança de Bolsonaro nas viagens pelo Brasil e atuou como articulador político nos primeiros anos do bolsonarismo, não poupou palavras: “Bolsonaro é um líder decadente, um farsante, o estandarte de tudo aquilo que ele criticava”.
Ao longo da longa e contundente entrevista, Lemos traçou um retrato de bastidores recheado de episódios reveladores, que vão desde a convivência pessoal com Bolsonaro e sua família até suspeitas em torno da facada sofrida em Juiz de Fora. Ao ser questionado sobre sua atual visão sobre o ex-presidente, afirmou: “Ele é hoje sócio do sistema que dizia combater. É um populista de série C, que enriqueceu na política e hoje representa o caos”. E completou: “Bolsonaro é a síntese de um anticristo. Ele corrompeu os valores cristãos, desestabilizou famílias e a própria política brasileira”.
☆ “Mito do caos”: liderança baseada na manipulação
Julian Lemos afirmou que o discurso moralista de Bolsonaro foi uma construção baseada na hipocrisia. Segundo ele, o ex-presidente manipulou as massas, especialmente os evangélicos, apresentando-se como defensor da família e da fé, mesmo sendo “péssimo marido, pai ausente e homem sem compaixão”. Ele denunciou a simbiose entre o bolsonarismo e segmentos neopentecostais, que segundo ele foram “corrompidos” por interesses políticos e econômicos.
“Bolsonaro usou a Bíblia como um escudo. Citava versículos como João 8:32, mas não respeitava nenhum princípio cristão. Ele é o arquétipo do bezerro de ouro que enganou até os escolhidos”, disparou.
☆ A facada e as suspeitas: “Foi sorte, não azar”
Sobre o atentado sofrido por Bolsonaro em 6 de setembro de 2018, em Juiz de Fora, Lemos foi direto: “A facada existiu, mas há muitas perguntas sem resposta”. Disse que o corte foi pequeno, mas resultou em uma grande operação abdominal. “O estranho é o comportamento de todos ao redor. Ninguém parecia surpreso ou preocupado. Jair, no hospital, já dizia que a eleição estava ganha.”
Lemos lembrou ainda que Carlos Bolsonaro, que raramente participava das campanhas de rua, estava presente justamente naquele dia. “Depois do atentado, ele disse que reconheceu o Adélio e se trancou no carro. Mas por que não acionou os seguranças? Por que todos os agentes envolvidos foram promovidos?”, questionou. “Foi uma investigação frouxa. O documentário do Joaquim escancara isso.”
☆ Ruptura com Bolsonaro: “Foi ciúme dos filhos”
Lemos revelou que seu rompimento com o ex-presidente aconteceu por ciúmes dos filhos, especialmente Carlos Bolsonaro. Após participar ativamente da campanha e indicar nomes para a transição, ele foi sendo afastado. “Carlos não suportava ver ninguém brilhar ao lado do pai. Eles me rifaram por insegurança e vaidade.”
Segundo ele, Bolsonaro sabia do que estava ocorrendo, mas se omitiu. “Disse que não controlava o Carlos. Isso é inadmissível num chefe de Estado. Eu disse para ele: ‘Você precisa me respeitar, não sou babá de menino’.”
☆ O perfil do clã Bolsonaro: “Família colapsada”
Em seu relato, Julian Lemos detalhou a convivência na casa da família Bolsonaro e descreveu o ambiente como “tenso e denso”. Disse que os filhos de Jair são extensões das suas próprias neuroses e que a primeira-dama Michele Bolsonaro não tinha afeição pelo marido. “O casamento era uma farsa. Aquela cena do hospital, dela massageando o pé dele, foi puro teatro.”
Relatou também o comportamento desequilibrado de Carlos Bolsonaro, a quem descreveu como narcisista, manipulador e agressivo. “Ele destruiu alianças, perseguiu aliados como Gustavo Bebianno, Santos Cruz e até a Joyce Hasselmann, que ele odiava.”
☆ De aliado a crítico feroz: “Votei em Lula”
Após romper com Bolsonaro, Lemos afirma ter votado em Lula em 2022. “Não conheço Lula pessoalmente, mas conheço Bolsonaro. E só isso já basta. O bolsonarismo representa o ódio, a mentira, a destruição. Eu sou um radical antibolsonarista.”
Ele ainda fez críticas ao PT, destacando que a vitória de Lula se deu mais pelo antibolsonarismo do que pelo apoio à esquerda. “O PT precisa se renovar. A direita está se organizando, tem candidatos viáveis e joga pesado. Se Lula não agir, o centrão vai sabotá-lo até o fim.”
☆ “Bolsonaro não voltará à presidência”
Para Julian Lemos, o sistema político já descartou Bolsonaro. “Ele é apenas o estandarte, o bobo da corte. O sucessor já está pronto: é Tarcísio. Bolsonaro será jogado na lama, sozinho. A elite não o quer mais.”
A entrevista, carregada de informações de bastidores, críticas severas e reflexões políticas, é um documento fundamental para compreender os mecanismos internos do bolsonarismo e suas consequências para o país. Com sua trajetória de aliado íntimo a crítico radical, Julian Lemos se tornou uma das vozes mais potentes a denunciar a farsa que, segundo ele, tomou conta da política brasileira nos últimos anos. Assista:
Mulher retira anel de casamento antes do treino. Foto: Reprodução/Tik Tok
O uso de anéis e alianças durante os treinos na academia pode parecer inofensivo, mas especialistas alertam para sete riscos importantes. Segundo Neil Ditta, da Angelic Diamonds, o ideal é retirar esses acessórios antes das atividades físicas. Ele explica que academias já são ambientes propícios à proliferação de germes, e que o contato com suor e superfícies contaminadas potencializa esse risco.
Entre os sete motivos destacados por Ditta, o primeiro é a presença de bactérias e fungos que se acumulam facilmente nas joias, especialmente se não forem higienizadas com frequência. Além disso, há o risco de danos ao anel, que pode arranhar, entortar ou até perder pedras ao entrar em contato com halteres e barras. O terceiro ponto é o inchaço dos dedos durante o exercício, o que pode prender o anel e exigir até atendimento médico.
O quarto motivo é o risco de o anel ficar preso em algum equipamento, o que pode causar lesões na pele, tendões ou ossos. Já o quinto alerta para a possibilidade de perda do acessório durante movimentos rápidos ou com dedos suados. Em sexto lugar, está a irritação na pele provocada pelo acúmulo de suor, sujeira e produtos de limpeza usados na academia.
Por fim, o sétimo motivo diz respeito aos treinos de alta intensidade, como crossfit, HIIT e levantamento de peso, em que o risco de impacto e danos à joia é ainda maior. Para o especialista, a melhor escolha é sempre deixar os anéis em casa e garantir segurança durante o exercício.
Lincoln Financial Field, palco de Palmeiras x Botafogo pelo Mundial de Clubes – (crédito: Foto: Divulgação)
Botafogo e Palmeiras disputam uma vaga nas quartas de final do Mundial de Clubes neste sábado (28), às 13h (horário de Brasília) na Filadélfia (EUA). Porém, o estádio no Lincoln Financial Field possui um código de conduta com regras rígidas e incomuns para torcedores brasileiros, como a proibição de palavrões e apostas dentro da arena.
Entre as normas, estão vetos ao uso de linguagem ofensiva, gestos provocativos e qualquer forma de assédio a outros torcedores, inclusive rivais. Também não é permitida a entrada com roupas consideradas obscenas ou perturbadoras, embora o regulamento não detalhe o que se encaixa nesse critério.
Outros itens proibidos chamam atenção: almofadas de assento, cigarros eletrônicos, carrinhos de bebê e guarda-chuvas — mesmo com o estádio sendo descoberto. A torcida do Wydad Casablanca já descumpriu as regras em partidas anteriores ao soltar sinalizadores e interromper os jogos contra Manchester City e Juventus.
A Fifa ainda não informou se o Wydad será punido pelas infrações. Em outro caso, torcedores de Palmeiras e Fluminense foram presos em Miami por desrespeitarem normas semelhantes no Hard Rock Stadium, passando a noite detidos e pagando fiança para serem liberados.
João Fonseca e Bia Haddad, tenistas brasileiros. Foto: reprodução
Os tenistas João Fonseca e Bia Haddad, esperança do Brasil em Wimbledon, já sabem quem enfrentarão na estreia do toreio, que começa na próxima segunda-feira (30). O jovem brasileiro, 57º do ranking ATP, medirá forças com o britânico Jacob Fearnley (51º), enquanto Bia, cabeça de chave 21, encara a eslovaca Rebecca Sramkova.
Fonseca tem histórico favorável contra Fearnley, com duas vitórias em 2025, no Challenger de Camberra e no Masters 1000 de Indian Wells. Caso avance, o brasileiro pode enfrentar Holger Rune (8º) ou Frances Tiafoe (12º).
Já Bia Haddad, que caiu na terceira rodada em 2024, busca melhorar sua campanha e tem um retrospecto positivo contra Sramkova (4 vitórias em 6 jogos), apesar da derrota mais recente no WTA de Mérida. A brasileira, que vem das quartas de final em Bad Homburgo, pode encontrar Amanda Anisimova (13ª) na terceira fase.
Veja os possíveis caminhos dos brasileiros:
João Fonseca:
Primeira rodada: Jacob Fearnley
Segunda rodada: Brooksby ou Griekspoor
Terceira rodada: Rune ou Tien
Oitavas de final: Lehecka ou Tiafoe
Quartas de final: Alcaraz, Tsitsipas ou Rublev
Semifinais: Zverev, Fritz ou Medvedev
Final: Sinner, Djokovic ou Draper
Bia Haddad:
Primeira rodada: Rebecca Sramkova
Segunda rodada: Dart ou Galfi
Terceira rodada: Putintseva ou Anisimova
Oitavas de final: Paolini ou Noskova
Quartas de final: Zheng, Jabeur, Ostapenko ou Shnaider
Anna Lua Batista de Araújo gravou momento em que sofre transfobia. Foto: Reprodução
Na última quinta-feira (26), uma mulher trans foi vítima de transfobia na sede dos Juizados Especiais do Imbuí, em Salvador (BA). A agressão partiu de uma servidora do Tribunal de Justiça da Bahia, enquanto a vítima Anna Lua Batista de Araújo, acompanhava um processo sobre sua cirurgia de redesignação sexual.
Durante o episódio, registrado em vídeo, a servidora questiona a decisão da mulher de realizar o procedimento, mencionando motivações religiosas. “Você tem certeza se Deus quer que você faça essa cirurgia?”, diz em um trecho. Em seguida, relata ter viajado por um “chamado de Jesus”.
A defesa de Anna Lua, representada pela advogada Janaina Abreu, afirmou que a servidora chegou a insinuar que a lentidão no andamento do processo teria relação com crenças pessoais. Segundo ela, o caso já enfrenta diversos entraves judiciais, que podem ser agravados por esse tipo de conduta.
Uma queixa será apresentada à Corregedoria-Geral da Justiça da Bahia, com pedido de indenização. A defesa informou que manterá em sigilo os próximos passos, por cautela. O TJ-BA foi procurado para comentar o caso e informar se tomará providências disciplinares, mas ainda não se manifestou.
Fernando Haddad em evento na USP. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Dois dias após a derrota do governo na votação que derrubou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que “agora é hora de vestir o uniforme do embate, do bom debate público”. Durante evento na Faculdade de Direito da USP na sexta-feira (27), o ministro defendeu o “bom debate público” e confirmou que já conversou com o presidente Lula (PT) sobre a possibilidade de judicializar o caso.
“Agora é hora de vestir o uniforme do embate, do bom debate público, do debate político, da disputa por ideias, por futuro, com as nossas armas, que é o conhecimento, a empatia, o bom senso”, disse Haddad. O ministro também criticou o que chamou de “forças obscurantistas” e reforçou a necessidade de um “projeto ambicioso de transformação” para evitar retrocessos no país.
Em seu discurso, Haddad também convocou as forças progressistas ao combate de narrativas para defender os projetos que melhorem a vida da população. “O nosso objetivo tem que ser de organizar as informações em primeiro lugar, mas também de mobilizar essas informações em torno de um projeto, de uma visão de futuro”.
“Eu penso que as forças progressistas ficaram muito acuadas diante do que aconteceu no final do século passado e diante da emergência do neoliberalismo”, criticou, explicando o crescimento da extrema-direita no debate público.
Derrota no Congresso e estratégias do governo
A medida que aumentava o IOF foi derrubada na quarta-feira (25) pela Câmara dos Deputados, com 383 votos a favor da revogação e 93 contra. Horas depois, o Senado confirmou a decisão em votação simbólica. A derrubada de um decreto presidencial pelo Legislativo não acontecia há mais de 30 anos, representando um revés significativo para o governo Lula.
Haddad revelou que o governo estuda três caminhos para responder à derrota:
1. Buscar uma nova fonte de receita;
2. Fazer cortes adicionais no Orçamento; 3. Judicializar a questão no Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro tem defendido a terceira opção, argumentando que o Congresso teria ultrapassado suas atribuições ao sustar o decreto presidencial.
Durante o evento na USP, Haddad afirmou que, historicamente, os ajustes fiscais no Brasil têm penalizado os mais pobres. “Ajuste fiscal é sinônimo de supressão de direitos”, disse. Ele também criticou a falta de cobrança sobre os mais ricos e destacou que o país possui R$ 800 bilhões em renúncias fiscais que beneficiam setores privilegiados.
“Quem vai pagar essa conta? Em geral, é o salário mínimo, é o aposentado, é o servidor público, é o pessoal da periferia. Quando você fala: ‘Vamos corrigir essas contas, mas vamos chamar o dono da cobertura para pagar o condomínio’, aí não é possível. Curiosamente, o ajuste fiscal fica em segundo plano”, afirmou.
Haddad também reforçou a necessidade de medidas que ataquem a desigualdade social. “Se o Brasil tem desigualdades, temos que fazer ajuste fiscal olhando para isso”, disse, lembrando que o país está entre os dez mais desiguais do mundo.
O ministro encerrou sua fala reafirmando o compromisso do governo com a democracia e a Constituição: “O Brasil está firme e forte na defesa da Democracia e da Constituição”.
Enquanto aguarda a decisão de Lula sobre a judicialização, o governo trabalha para recompor parte da receita perdida com a derrubada do IOF, que era uma das medidas para garantir o cumprimento da meta fiscal em 2025.