terça-feira, 17 de junho de 2025

Ação cultural leva mais de 350 alunos ao cinema em Apucarana



Nesta semana, alunos do 4º ano de oito escolas da rede municipal de Apucarana participaram de uma experiência cultural inesquecível no Cine XV. Eles assistiram ao clássico da Disney Lilo & Stitch, em sessões especiais que proporcionaram momentos de diversão, encantamento e aprendizado.

A iniciativa foi promovida pela Secretaria Municipal da Promoção Artística, Cultural e Turística (Promatur), em parceria com a Autarquia Municipal de Educação, por meio de recursos da Lei Paulo Gustavo. O objetivo é ampliar o acesso das crianças às manifestações culturais, enriquecendo o processo educativo de forma sensível e significativa.

Na segunda-feira (16/6), participaram das sessões os estudantes das escolas Padre Antônio Vieira, Professor Wilson de Azevedo, Gabriel de Lara, João Batista, Professor Idalice Moreira Prates e Vereador José Ramos de Oliveira. Na terça-feira à tarde (17/6), foi a vez dos alunos da Escola Municipal Juiz Luiz Fernando de Araújo Pereira. A programação será concluída nesta quarta-feira (18/6), com a participação dos estudantes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).

Ao todo, 356 alunos da rede municipal foram contemplados pela atividade. Para muitas crianças, essa foi a primeira oportunidade de assistir a um filme em uma sala de cinema, o que tornou a experiência ainda mais especial.

A diretora-presidente da Autarquia Municipal de Educação, professora Ana Paula do Carmo Donato, ressaltou a importância de iniciativas que vão além do conteúdo tradicional. “Acreditamos que a educação ultrapassa os limites da sala de aula. Momentos como esse ampliam os horizontes dos nossos estudantes e contribuem para a construção de uma escola mais afetiva, humana e culturalmente rica,” afirmou.


Fonte: Prefeitura de Apucarana

Os ÁUDIOS de Cid a advogado de réu por golpe: “Quem se f* fui eu”

Mauro Cid enviando mensagens de áudio. Foto: Alexandre Cassiano/Agência O Globo


O advogado Eduardo Kuntz, que defende Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), afirmou ao Uol que guardou como “carta na manga” os diálogos com o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que agora foram apresentados ao Supremo Tribunal Federal (STF) em um momento considerado “oportuno”. A estratégia dos advogados que representam os réus por golpismo é anular a delação premiada de Cid, expondo as “mentiras” dele.

No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, já rejeitou todos os pedidos para anular a delação, classificando-os como “protelatórios”.

Nas mensagens apresentadas ao STF, Cid teria feito críticas às investigações, sugerindo que a Polícia Federal estaria direcionando o caso para incriminar Bolsonaro.

Em um trecho, ele diz: “Não falei em golpe”. Kuntz argumenta que os diálogos mostram falta de voluntariedade na delação e descumprimento das regras do acordo, já que Cid estaria proibido de se comunicar com outros investigados ou usar redes sociais.

Entre os áudios enviados ao STF, Cid também expressa sentimento de abandono político. “Valdemar deu entrevista, falou do Max, do Cordeiro e de mim. Ah, que legal, né? O Valdemar não defende o Max, o Cordeiro e também não nos defende. Então assim, é complicado, é complicado você se sentir isolado”, disse.

Em outro áudio, o delator desabafa: “O Braga Netto, quatro estrelas, chegou ao topo… reserva. General Heleno, chegou ao topo… reserva. Presidente, ganhou milhões aí em Pix, chegou ao topo. Tudo bem, todo mundo no mesmo barco. E quem que se f**? Quem perdeu tudo? Fui eu”.

Ouça:

O material foi compartilhado com a defesa de Bolsonaro em 10 de junho, mesmo dia do interrogatório do ex-presidente no STF. Kuntz nega, porém, uma “ação conjunta” entre as defesas. “Pode ser que coincida de falar a mesma coisa. Temos, às vezes, as mesmas ideias”, explicou.

“Evitava ao máximo atender ele, para tentar deixar tudo registrado”, disse Kuntz sobre seus contatos com Cid, que teriam ocorrido por meio de um perfil falso no Instagram. O advogado afirmou que agiu em uma “investigação defensiva” para coletar informações que beneficiassem seu cliente, sem interferir nas declarações de Cid.

Fonte: DCM

“‘Abin Paralela’ era parte do esquema de captura do Estado pelo bolsonarismo”, aponta Lindbergh

“O bolsonarismo operou de forma coordenada para corroer a democracia brasileira por dentro”, afirma o líder do PT na Câmara

Lindbergh Farias (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) comentou nesta terça-feira (17) sobre o relatório final da Polícia Federal sobre o inquérito que investiga a criação de uma estrutura paralela na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL), no caso que ficou conhecido como “Abin paralela’. As investigações resultaram no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do vereador Carlos Bolsonaro (PL) e do ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem (PL).

Lindbergh afirmou que o caso revela a tentativa de Bolsonaro e seus aliados de capturar o Estado brasileiro. “O relatório final da PF revela que a “Abin Paralela” fazia parte de um esquema mais amplo de captura do Estado pelo bolsonarismo, com uso de estruturas oficiais para fins privados e políticos. A espionagem ilegal, o monitoramento de autoridades e a disseminação de desinformação se articulam com o plano de desestabilização institucional que culminou na tentativa de golpe revelada pela minuta do estado de sítio e pelo depoimento de Mauro Cid”, disse.

O líder do PT na Câmara também destacou as ligações entre a ‘Abin paralela’ e a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. “A conexão com a trama golpista é direta: Alexandre Ramagem, chefe da Abin à época e aliado de Bolsonaro, é apontado como peça-chave na estrutura clandestina de inteligência que abastecia o núcleo político com informações para atacar adversários e minar as instituições. A organização visava proteger o poder bolsonarista a qualquer custo, inclusive com práticas típicas de regimes autoritários”,criticou.

Lindbergh Farias concluiu afirmando que a estrutura paralela da Abin servia para intimidar opositores de Bolsonaro e manipular a opinião pública. “O indiciamento de Ramagem, Carlos e Jair Bolsonaro escancara o uso da máquina estatal como braço de uma organização criminosa com propósitos políticos e autoritários. A ‘Abin Paralela’ não era um desvio isolado, mas um instrumento da estratégia golpista de controle da informação, intimidação de opositores e manipulação da opinião pública. Trata-se de mais uma evidência de que o bolsonarismo operou de forma coordenada para corroer as bases da democracia brasileira por dentro”, completou o deputado.

 

Fonte: Brasil 247

Moraes determina que Google informe dados sobre quem publicou ‘minuta do golpe’ na internet

Ministro do STF atendeu a pedido da defesa de Anderson Torres e também autorizou diligência sobre operação da Marinha

     Alexandre de Moraes (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o Google forneça, no prazo de 48 horas, os dados de quem publicou a chamada "minuta do golpe" na internet. A decisão foi proferida nesta terça-feira (17) e integra a fase final de diligências no processo que apura a tentativa de ruptura institucional investigada após os atos de 8 de janeiro. As informações são do jornal O Globo.

Além de acionar o Google, Moraes concedeu à defesa de Torres o prazo de cinco dias para apresentar exames periciais que sustentem a tese de que a “minuta” não tem semelhanças com outros documentos relacionados à tentativa de golpe. Em sua decisão, o ministro afirmou que as diligências solicitadas são compatíveis com os temas discutidos durante os depoimentos de testemunhas e dos próprios réus.

“Constata-se que as diligências complementares decorrem de instrução processual, considerando que as minutas de Golpe de Estado descritas na acusação foram objeto de indagação de testemunhas e dos réus, o que demonstra a pertinência do requerimento”, escreveu Moraes.

Com o encerramento dos interrogatórios, ocorrido na semana passada, abriu-se o prazo para que os advogados de defesa e o Ministério Público apresentassem requerimentos de diligências complementares, isto é, novas medidas para esclarecer pontos relevantes da acusação ou da defesa antes do julgamento final.

Outro pedido acolhido por Moraes envolve o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, também investigado no processo. O ministro solicitou que a Marinha informe, em até 48 horas, a data de expedição da Diretiva de Movimento da Operação Formosa 2021, realizada em agosto daquele ano. A operação militar, à época, despertou atenção por sua proximidade com manifestações antidemocráticas em Brasília.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

PF indicia atual cúpula da Abin no inquérito da ‘Abin paralela’

Delegados nomeados no governo Lula são acusados de dificultar investigações sobre rede clandestina de espionagem instalada na agência
(Foto: Leonor Calasans/IEA-USP)

A Polícia Federal indiciou mais de 30 pessoas no inquérito que investiga a existência de uma estrutura de espionagem ilegal dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Entre os alvos estão integrantes da atual direção do órgão, como o diretor-geral Luiz Fernando Corrêa, o chefe de gabinete Luiz Carlos Nóbrega e o corregedor-geral José Fernando Chuy, todos delegados de carreira da PF e nomeados no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As informações foram publicadas inicialmente pelo jornal O Globo, que em março de 2023 revelou a aquisição, pela Abin, de um sistema de monitoramento sigiloso que permitia rastrear a localização de alvos específicos em tempo real. Desde então, a investigação da PF passou a apurar o funcionamento do que ficou conhecido como "Abin paralela" — uma rede clandestina que teria sido estruturada durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

Segundo o relatório policial, a atual cúpula da Abin é suspeita de dificultar o acesso a dados relevantes para o avanço das investigações, o que motivou o indiciamento. A agência, em nota oficial, disse estar “à disposição das autoridades” e destacou que os atos investigados ocorreram em "gestões passadas".

Além dos atuais dirigentes, também foram indiciados o ex-presidente Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que comandou a Abin durante o mandato anterior. Nenhum dos três comentou publicamente a decisão até o momento, mas, em outras ocasiões, negaram a existência da estrutura paralela e o uso da agência para espionagem ilegal.

A PF sustenta que a rede operava para produzir dossiês contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), parlamentares e adversários políticos, além de disseminar notícias falsas sobre figuras públicas. Também foram monitorados servidores públicos, jornalistas e milhares de cidadãos comuns, sem qualquer respaldo judicial.

O relatório aponta que a operação era coordenada por Ramagem, sob ordens diretas de Bolsonaro, com o auxílio de outros agentes ligados à Abin e às Forças Armadas. Entre os nomes citados no inquérito estão o policial federal Marcelo Bormevet e o subtenente do Exército Giancarlo Gomes Rodrigues, que também atuavam na agência. Ambos negam ter utilizado ferramentas da Abin para fins ilegais.

Entre os alvos monitorados, a investigação lista autoridades do Judiciário, como os ministros do STF Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Dias Toffoli; do Legislativo, como o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e o ex-deputado Rodrigo Maia; e do Executivo, como o ex-governador e João Doria.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Moraes rejeita pedido de Bolsonaro pela anulação da delação de Mauro Cid: "absolutamente inadequado"

Ministro do STF afirma que o pedido neste momento do processo penal é "absolutamente inadequado"

Jar Bolsonaro é interrogado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes durante oitiva sobre trama golpista (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta terça-feira (17) o pedido apresentado pela defesa de Jair Bolsonaro (PL) para invalidar o acordo de colaboração premiada firmado por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, informa o g1. A solicitação foi baseada em reportagens da revista Veja, que revelaram o uso de perfis em redes sociais por parte de Cid para divulgar trechos das tratativas do acordo e fazer críticas à conduta dos investigadores.

Segundo a decisão de Moraes, o atual estágio das apurações sobre a tentativa de golpe de Estado “é absolutamente inadequado” para qualquer contestação do acordo firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Na mesma decisão, o ministro também indeferiu requerimento semelhante feito pela defesa do general da reserva Walter Braga Netto, que pedia a suspensão do processo até o avanço de outras ações relacionadas ao caso.

Além de rejeitar os pedidos, Moraes autorizou a realização de duas acareações previstas para a próxima terça-feira (24), dentro das investigações que apuram o planejamento e a execução da trama golpista de 8 de janeiro de 2023. As diligências foram solicitadas pelas defesas dos próprios investigados, com o objetivo de confrontar versões divergentes prestadas à Polícia Federal e à Justiça.

A primeira acareação reunirá, às 10h na sala de audiências do STF, o general Walter Braga Netto e Mauro Cid. O militar, atualmente preso em uma unidade do Exército no Rio de Janeiro, deverá ser transportado a Brasília na véspera e usará tornozeleira eletrônica durante o procedimento. Após o término, retornará diretamente à prisão, sem qualquer contato externo além de seu advogado.

Logo em seguida, às 11h, será realizada a segunda acareação, desta vez entre o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército. Ambos são alvos centrais da apuração e compõem o chamado "núcleo crucial" da organização que tentou subverter a ordem democrática.

As audiências deverão esclarecer pontos centrais sobre o envolvimento das Forças Armadas, o papel da cúpula do governo Bolsonaro e os bastidores da tentativa de ruptura institucional.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

APUCARANA: CAPS Infantojuvenil convida pais e responsáveis para encontro de grupos


Visando criar um momento extra de escuta, acolhimento e troca de experiências entre famílias, o Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil de Apucarana (CAPS IJ) promove a partir deste mês reunião em grupo com pais e responsáveis.

O prefeito Rodolfo Mota destaca que a iniciativa irá promover mensalmente reuniões direcionadas a familiares de crianças e adolescentes - com ou sem acompanhamento pela entidade - visando fomentar o compartilhamento de desafios e aprendizados do cuidado em saúde mental. “Uma grande ação da nossa equipe visando discutir, juntamente com as famílias, temas que percorrem o desenvolvimento e também a saúde mental das nossas crianças e adolescentes”, pontua Mota.

O secretário municipal da Saúde, médico Guilherme de Paula, esclarece que o primeiro encontro mensal acontecerá no dia 26 de junho, às 17h30, no Polo UAB, e será voltado às famílias que não são acompanhadas pelo CAPS IJ. “Já para as famílias acompanhadas, o primeiro encontro de grupos será no dia 28, a partir das 9 horas, na sede do centro psicossocial”, informa de Paula.

As inscrições devem ser feitas antecipadamente na modalidade online no endereço https://forms.gle/1hzMN5ojiXTu2vZc9. O CAPS IJ fica na Rua Coronel Luiz José dos Santos, 263. Mais informações pelo telefone: 99654-6792.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Apucarana pleiteia recursos do governo do estado para construção da sede própria do Centro Dia



Na tarde da última sexta-feira (13/6), o prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota, e a secretária municipal de Assistência Social, Fabíola Carrero, solicitaram apoio à deputada federal Leandre Dal Ponte, que atualmente ocupa o cargo de secretária de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (SEMIPI), para viabilizar a construção da sede própria do Centro Dia. O pedido foi apresentado durante a visita da parlamentar ao município.

O prédio será construído em terreno do município localizado ao lado do Centro Social Urbano, no Parque Bela Vista. A obra demanda investimento de aproximadamente R$ 2 milhões. O prefeito Rodolfo Mota ressaltou a receptividade da secretária Leandre ao pleito do município. “O governo estadual, através do nosso governador Ratinho Junior e da secretária Leandre, tem um grande projeto de investimento na política pública do idoso e da mulher. A secretária se colocou à disposição para tirar as dúvidas e ajudar nossa equipe a vencer a parte burocrática para conquistar os recursos para esta importante obra. Eu não tenho dúvidas de que nós vamos viver uma nova era no desenvolvimento de Apucarana, cuidando das pessoas e construindo o futuro”, afirmou.

O Centro Dia, também chamado de creche do idoso, é um serviço especializado de atendimento a pessoas idosas e pessoas com deficiência que apresentam algum grau de dependência para a realização das atividades diárias. As pessoas atendidas participam de aulas de artesanato, atividades culturais, momentos de lazer, convivência, acompanhamento em saúde e educação física. Os usuários também recebem café da manhã, almoço e lanche da tarde. Por meio dessas ações, o serviço busca prevenir o isolamento social, o abandono e a institucionalização. A equipe do Centro Dia atua em conjunto com as famílias, compartilhando os cuidados necessários ao bem-estar dos atendidos.

Segundo a secretária de Assistência Social, Fabíola Carrero, o Centro Dia atualmente funciona em um imóvel alugado, localizado na Rua Irmã Eleotéria, nº 205. “Embora seja um imóvel muito bom, a sede atual não atende adequadamente às necessidades do nosso público. Nós precisaríamos fazer reparos na casa para adequá-la, mas isso não é possível uma vez que se trata de um imóvel alugado. A sede do Centro Dia precisa garantir que as pessoas idosas e com deficiência, que muitas vezes utilizam bengalas e andadores, possam transitar com segurança. Tem que ter espaço de convivência coletiva, área de descanso, um ambulatório, cozinha e sala de estimulação cognitiva, com lugar para leitura, jogos, musicalização, entre outras atividades”, detalhou.

Além da construção da sede própria do Centro Dia, Apucarana também apresentou à secretária estadual o pedido de reforma e ampliação do Centro de Convivência do Idoso, bem como a construção da Casa da Mulher Apucaranense. Juntas, as três obras representam um investimento estimado em R$ 5 milhões.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Lira, Moraes e adversários políticos: quem foi espionado pela Abin paralela de Bolsonaro

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Foto: Reprodução


As investigações da Polícia Federal (PF) revelaram que uma estrutura clandestina dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi usada, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), para espionar autoridades, jornalistas, servidores públicos e até adversários políticos. A operação ficou conhecida como “Abin paralela”.

Segundo a PF, o grupo atuava na produção de dossiês e na disseminação de ataques contra pessoas vistas como opositoras do então presidente. A estrutura teria sido comandada por Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, a mando de Bolsonaro.

Ambos foram indiciados pela PF nesta terça-feira (17), assim como o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ). Ao todo, mais de 30 pessoas foram apontadas como envolvidas no esquema.

“A continuidade das investigações também evidenciou a utilização dos recursos da Abin para monitorar autoridades dos Poderes Judiciário (Ministros desta Corte e os seus familiares) e Legislativo (Senadores da República e Deputados Federais), com o objetivo de obter vantagens políticas”, escreveu o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em uma das decisões que fundamentam os indiciamentos.

Entre os alvos identificados nas apurações estão ministros do STF, parlamentares, jornalistas e até servidores ambientais e fiscais. O objetivo seria obter informações e desacreditar publicamente essas figuras.

Confira quem foi espionado pela “Abin paralela” de Bolsonaro:

Judiciário

  • Alexandre de Moraes (STF)
  • Dias Toffoli (STF)
  • Luís Roberto Barroso (STF)
  • Luiz Fux (STF)

Legislativo

  • Arthur Lira (ex-presidente da Câmara)
  • Rodrigo Maia (ex-presidente da Câmara)
  • Kim Kataguiri (deputado federal)
  • Joice Hasselmann (ex-deputada)
  • Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues (senadores)

Executivo

  • João Doria (ex-governador de SP)
  • Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges (servidores do Ibama)
  • Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto (auditores da Receita Federal)

Jornalistas

  • Monica Bergamo
  • Vera Magalhães
  • Luiza Alves Bandeira
  • Pedro Cesar Batista
Fachada do prédio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Fonte: DCM

Moraes autoriza acareações entre Braga Netto e Mauro Cid e Anderson Torres e Freire Gomes

Diligências foram solicitadas pelas defesas dos ex-ministros Braga Netto e Anderson Torres

                       Interrogatórios dos réus da tentativa de golpe de Estado (Foto: Ton Molina/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou duas acareações que devem ocorrer na próxima semana, como parte das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado envolvendo Jair Bolsonaro (PL) e aliados, informa o g1.

A primeira acareação colocará frente a frente o general da reserva Walter Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no caso. O encontro ocorrerá às 10h, na sala de audiências do STF, em Brasília. Detido atualmente em uma unidade militar no Rio de Janeiro, Braga Netto deverá comparecer pessoalmente. Para isso, precisará usar tornozeleira eletrônica e viajar à capital federal no dia anterior. Após o procedimento, ele será reconduzido à prisão no mesmo dia, sem possibilidade de comunicação com outras pessoas que não seu advogado.

Na sequência, às 11h, ocorrerá a segunda acareação autorizada por Moraes, desta vez entre o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército. Assim como Braga Netto, Torres também é réu no inquérito e integra o chamado “núcleo crucial” da organização investigada por articular a tentativa de subversão da ordem democrática.

Ambas as acareações foram solicitadas pelas próprias defesas dos envolvidos, em uma estratégia para confrontar versões divergentes apresentadas nas investigações em curso. As audiências deverão servir para esclarecer pontos decisivos sobre o planejamento e a execução das ações golpistas, especialmente em relação à atuação das Forças Armadas e da cúpula do governo Bolsonaro nos dias que antecederam e sucederam os atos extremistas de 8 de janeiro de 2023.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Pesquisa CNT: governo Lula tem 28,6% de avaliação positiva e 40,4% de negativa

Os que avaliam a administração federal como ‘regular’ somam 29,6%

       Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

A avaliação negativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofreu queda nos últimos meses, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgada nesta terça-feira (17). O levantamento, indica que 40,4% da população classificam a gestão federal como “ruim” ou “péssima”, número inferior aos 44% registrados em fevereiro. As informações são do Metrópoles.

A parcela que considera o governo “ótimo” ou “bom” manteve-se praticamente inalterada, oscilando de 29% para 28,6%. Outros 29,6% dos entrevistados afirmaram que o desempenho é “regular”.

A pesquisa, realizada entre os dias 11 e 15 de junho, ouviu 2.002 pessoas em 137 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. O estudo também abordou a percepção dos brasileiros sobre temas como economia e eleições de 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Zambelli está nos arredores de Roma, diz embaixador brasileiro

Deputada licenciada está foragida há dez dias após condenação pelo STF; PF e autoridades italianas já identificaram sua localização

Carla Zambelli (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), foragida na Itália há dez dias, está próxima de ser capturada pela polícia italiana, segundo afirmou o embaixador do Brasil em Roma, Renato Mosca, à CNN Brasil. De acordo com ele, as autoridades locais já acompanham os movimentos da parlamentar, que estaria escondida nos arredores da capital italiana.

Segundo Mosca, a Polícia Federal e as forças de segurança italianas conseguiram identificar o paradeiro da deputada. Embora Zambelli tenha confirmado sua presença na Itália por meio de seus advogados, ela ainda não se entregou, contrariando declarações anteriores de que se apresentaria às autoridades.

“Neste momento, a polícia não só está investigando, mas acompanhando indícios de onde ela poderia estar escondida. No momento, há indícios de que ela teria ido para um apartamento nos arredores de Roma”, declarou o embaixador.

Zambelli deixou o Brasil após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão, por envolvimento na invasão e inserção de dados falsos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A eventual prisão pode levar à cassação de seu mandato, questão que deverá ser discutida pela Câmara dos Deputados.

Para o embaixador Renato Mosca, a forma como ocorrerá a prisão — seja por entrega voluntária ou ação policial — não muda o desfecho. “Não há um tempo preciso. [São] No mínimo seis meses. Durante todo esse período, ela ficará presa na Itália, independentemente de ela se entregar ou ser presa”, explicou.

Segundo Mosca, a execução do mandado de prisão enfrenta uma limitação legal: ele não permite buscas no endereço onde Zambelli estaria abrigada. Caso ela ofereça resistência, a expectativa é de que um novo instrumento judicial seja solicitado para permitir o cumprimento da ordem.

Fonte: Brasil 247 com CNN Brasil

Indiciado no caso da Abin paralela, Jair Bolsonaro soma três inquéritos abertos pela PF

Ex-mandatário foi indiciado nos inquéritos que apuram a tentativa de golpe, tentativa de venda de joias sauditas e espionagem ilegal de adversários

                           Jair Bolsonaro durante interrogatório no STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)

A Polícia Federal concluiu e encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório final da investigação sobre o uso ilegal de ferramentas de geolocalização da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no escândalo que ficou conhecido como “Abin Paralela”. As informações são do Infomoney.

Entre os indiciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que dirigiu a Abin, e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ). Segundo a PF, a estrutura foi utilizada de forma clandestina para monitorar adversários políticos, autoridades públicas, jornalistas e membros do Judiciário. As ordens para esse monitoramento teriam partido do próprio ex-presidente.

De acordo com o relatório, o objetivo do esquema era manter Bolsonaro no poder, especialmente durante o processo eleitoral de 2022. A PF concluiu que a Abin foi aparelhada para operar como uma ferramenta de vigilância política fora dos marcos legais.

Além desse inquérito, Bolsonaro é investigado em outros dois processos que tramitam no STF. Veja abaixo o panorama de cada um deles:

✱ Venda ilegal de joias sauditas: em andamento - Neste caso, a PF investiga a tentativa de desviar joias valiosas recebidas pelo governo brasileiro como presentes de autoridades da Arábia Saudita. Tais itens deveriam ter sido incorporados ao acervo público da Presidência da República, conforme determina a lei.

Os investigadores apuraram que parte das peças foi levada de forma irregular aos Estados Unidos e vendida a colecionadores. Bolsonaro foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.

A investigação apontou ainda movimentações financeiras e atuação de pessoas próximas ao ex-presidente na tentativa de ocultar a origem das joias e dividir os recursos obtidos com as vendas. O caso está sob análise da PGR, que ainda não emitiu parecer conclusivo.

✱ Tentativa de golpe de Estado: em andamento - O inquérito mais robusto envolve o indiciamento de Jair Bolsonaro e de outros 36 investigados por envolvimento em uma trama para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022. A apuração revelou articulações no núcleo do governo, produção de minutas golpistas, ataques ao sistema eleitoral e esforços para envolver as Forças Armadas em uma ruptura institucional.

Segundo o relatório da PF, aliados de Bolsonaro, entre militares, ex-ministros e operadores políticos, discutiram a chamada “minuta do golpe”, que previa a prisão de ministros do STF e do TSE e a decretação de estado de sítio.

A apuração cruzou informações de e-mails, celulares e o depoimento de Mauro Cid, revelando a existência de um núcleo coordenado diretamente por Bolsonaro para subverter a ordem democrática.

A ação penal encontra-se em sua etapa final. O ministro Alexandre de Moraes já abriu prazo para as manifestações das defesas. A expectativa é que o julgamento na Primeira Turma do STF ocorra ainda no segundo semestre de 2025.

✱ Fraude em certificado de vacinação: arquivado - A investigação analisou se Bolsonaro e aliados teriam falsificado certificados de vacinação contra a Covid-19 para driblar exigências sanitárias. A PF havia indiciado o ex-presidente, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outros envolvidos pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde. O caso ganhou notoriedade após revelações de que Bolsonaro teria utilizado um certificado falso para entrar nos Estados Unidos em 2022.

No entanto, em março de 2025, o ministro Alexandre de Moraes arquivou o inquérito, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão entendeu que os indícios se baseavam apenas na delação de Mauro Cid e não estavam acompanhados de provas suficientes para embasar uma denúncia formal. O caso poderá ser reaberto caso surjam novos elementos.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Advogado de réu do plano golpista entrega ao STF prints de conversa com Mauro Cid no Instagram

Conversas atribuídas a Mauro Cid e entregues ao STF revelam ataques a Moraes, Barroso e Gilmar e alegações de coação durante delação

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Foto: Edilson Rodrigues-Agência Senado

O advogado Eduardo Kuntz, responsável pela defesa do coronel Marcelo Câmara, anexou ao Supremo Tribunal Federal (STF) registros de mensagens privadas com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). A revelação ocorreu após a revista Veja divulgar, na semana passada, capturas de tela de conversas feitas via Instagram pelo perfil @gabrielar702. Diante do conteúdo, o ministro Alexandre de Moraes ordenou que a Meta entregasse ao STF os dados do titular da conta.

Segundo a CNN Brasil, Kuntz admitiu que os diálogos foram trocados entre os dias 29 de janeiro e 13 de março de 2024, período em que Cid, então delator da ação penal sobre o plano golpista, estava impedido judicialmente de usar redes sociais e de manter contato com investigados. A defesa de Mauro Cid nega a autenticidade das mensagens publicadas pela revista.

Mesmo assim, Kuntz apresentou ao processo um documento nomeado "defesa prévia" e uma ata notarial com 51 páginas contendo os prints das conversas. O material foi incorporado ao processo como parte de um pedido de anulação da delação premiada firmada por Cid com a Polícia Federal, sob o argumento de que ela teria sido feita sob coação.

Nas mensagens, de acordo com a reportagem, Mauro Cid afirma que o delegado responsável pelo inquérito, Fábio Shor, “queria colocar palavras” em sua boca durante os depoimentos. “Várias vezes eles queriam colocar palavras na minha boca… E eu pedia para trocar”, relatou Cid ao advogado. “Eles toda hora queriam jogar para o lado do golpe. E eu falava para trocar pq não era aquilo que tinha dito”, escreveu o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Kuntz sustenta no processo que “o malfadado acordo de colaboração premiada firmado com o TC Cid não pode e nem deve prosperar e, assim sendo, toda a sua prova dele derivada também deve ser imediatamente desconsiderada”. Além da defesa de Marcelo Câmara, as mensagens também vêm sendo usadas como argumento por advogados de Jair Bolsonaro e de Braga Netto para tentar enfraquecer a delação de Cid.

Durante depoimento prestado ao STF na semana anterior, Mauro Cid foi questionado por Celso Vilardi, advogado de Bolsonaro, se havia utilizado perfis em redes sociais que não estavam em seu nome. Visivelmente desconcertado, respondeu: “não”. E acrescentou: “todos os meus celulares foram apreendidos”. Vilardi insistiu: “Conhece um perfil chamado @gabrielar702?” Ao que Cid respondeu: “Esse perfil, eu não sei se é da minha esposa”.

Em outro trecho das mensagens entregues ao STF, Cid descreve o delegado Fábio Shor como alguém interessado em ganhos políticos. “É delegado novo”, disse. “Recebeu um objetivo final e está somente preenchendo lacuna.” Acrescentou ainda: “É esperto... não é burro... sabe interrogar... sabe tentar te conduzir para onde ele quer chegar”.

Os diálogos incluem também comentários sobre ministros do Supremo. Cid atribui papéis específicos a três integrantes da Corte: “AM e Barroso são os mentores”, escreveu, referindo-se a Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. “Gilmar é o articulador... que coloca todo mundo no eixo.” E arrematou: “AM é o cão de ataque... O Barroso é o iluminista pensador... Quem executa é o AM... como um CEO de uma empresa”.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Bolsonaro aparelhou a Abin para proteger seus filhos, aponta PF

Investigação revela que agência atuou de forma clandestina para favorecer Carlos, Flávio e Jair Renan em diferentes situações

                             Carlos e Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)

A Polícia Federal identificou que três filhos de Jair Bolsonaro (PL) foram diretamente beneficiados pela estrutura paralela montada ilegalmente na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O documento que fundamentou os indiciamentos demonstra que a agência operou de forma clandestina para favorecer o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador eleito de Balneário Camboriú (SC) Jair Renan (PL). As informações constam do relatório da investigação, conforme revelado pelo jornal O Globo, que também expôs o uso do programa espião FirstMile pela estrutura paralela da Abin.

O ex-mandatário não se manifestou sobre o indiciamento. Em ocasiões anteriores, negou tanto a existência de uma estrutura paralela na agência quanto qualquer participação em atividades de espionagem ilegal. A Abin, por sua parte, declarou estar "à disposição das autoridades" e enfatizou que os fatos sob investigação ocorreram durante "gestões passadas".

A rede paralela da Abin foi mobilizada contra o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que havia encaminhado requerimento para que Carlos Bolsonaro prestasse esclarecimentos na CPI da Covid e tivesse seus sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático quebrados pela Justiça.

A corporação descobriu que a estrutura clandestina coordenava ações para marcar Carlos Bolsonaro em publicações nas redes sociais que continham informações falsas direcionadas contra adversários políticos. Diálogos interceptados mostram membros da suposta organização combinando marcar o filho do ex-presidente em postagens que atacavam Vieira.

A CPI da Covid, instalada em 2021, apurou a condução da resposta governamental à pandemia durante a gestão Bolsonaro e propôs o indiciamento do então presidente por nove crimes.

A investigação identificou uma gravação de 1 hora e 8 minutos, datada de 25 de agosto de 2020, encontrada em aparelho pertencente ao então diretor-geral da Abin e hoje deputado federal, Alexandre Ramagem (PL). No áudio, o ex-mandatário, Ramagem e o então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, discutem a investigação que envolvia o senador Flávio Bolsonaro no caso das supostas "rachadinhas".

Durante a conversa, eles analisavam possíveis irregularidades que teriam sido cometidas por auditores da Receita Federal na elaboração de um relatório de inteligência fiscal que deu origem ao inquérito contra o filho do ex-presidente. Uma das advogadas de Flávio também teria participado da reunião. Segundo as apurações, Ramagem afirmou na gravação que "seria necessário a instauração de procedimento administrativo" contra os auditores da Receita "com o objetivo de anular a investigação, bem como retirar alguns auditores de seus respectivos cargos".

O relatório policial também demonstra que a estrutura paralela produziu elementos probatórios para beneficiar Jair Renan, que era investigado por suspeita de tráfico de influência. Esta investigação foi posteriormente arquivada.

As ações clandestinas "teriam sido determinadas pelo 01 conforme interlocução dos investigados", segundo a PF, que não especifica a identidade do denominado "01". Uma mensagem interceptada mostra um integrante da "Abin paralela" solicitando o monitoramento de "carros em nome do filho Renan". "Veja quais carros estão em nome do filho Renan do PR (presidente). Veja da mãe dele tb. Msg do 01", diz a mensagem captada.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) concluiu que "os agentes também realizaram pesquisas envolvendo o inquérito policial instaurado contra Renan Bolsonaro, possivelmente a pedido do então do Presidente da República Jair Messias Bolsonaro".

Em março de 2021, a Polícia Federal iniciou um inquérito para apurar se Jair Renan estava intermediando reuniões e facilitando acesso de empresas privadas ao governo federal. O caso começou a ser investigado na Procuradoria da República do Distrito Federal (PR-DF), após representação de parlamentares da oposição, sendo posteriormente encaminhado para a PF.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

'Abin paralela': PF obteve áudio de conversa entre Bolsonaro e Ramagem para blindar Flávio de investigações sobre 'rachadinha'

Bolsonaro e Ramagem conversaram sobre descobrir "podres" de auditores da Receita Federal

Jair Bolsonaro (à esq.) e Alexandra Ramagem (Foto: Divulgação)

Durante as investigações sobre a chamada “Abin paralela”, a Polícia Federal encontrou um áudio gravado clandestinamente de uma reunião entre Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência, informa o jornal O Globo.

A reunião aconteceu no Palácio do Planalto, em 25 de agosto de 2020, e tratou de possíveis irregularidades atribuídas a auditores da Receita Federal responsáveis por um relatório de inteligência fiscal. Esse documento embasou a abertura do inquérito contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das “rachadinhas”, esquema de desvio de salários de assessores quando o filho do então presidente era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A gravação integra o inquérito que resultou no indiciamento de Bolsonaro e Ramagem, oficializado pela PF nesta terça-feira (17).

Segundo a PF, o áudio registra a intenção de Ramagem de articular, com apoio de Bolsonaro, a abertura de procedimento administrativo contra os servidores da Receita. O objetivo, afirmou o ex-diretor da Abin, seria “anular a investigação, bem como retirar alguns auditores de seus respectivos cargos”.

Na reunião, também participaram advogadas de Flávio Bolsonaro, que relataram estratégias jurídicas a serem adotadas em defesa do senador. Posteriormente, pelas redes sociais, Flávio negou qualquer envolvimento com uma estrutura clandestina na Abin e afirmou que era vítima de “criminosos que acessaram ilegalmente" seus dados fiscais.

Um trecho do relatório da PF, citado pelo ministro Alexandre de Moraes em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), destaca:

“Igualmente, em relação às investigações relacionadas ao senador Flávio Bolsonaro, a autoridade policial trouxe informações a respeito do uso da estrutura da ABIN para monitoramento dos auditores da Receita Federal do Brasil, responsáveis pelo RIF – relatório de inteligência fiscal – que deu origem à investigação que apurava o desvio de parte dos salários dos funcionários da ALERJ ('caso da rachadinha'), com o objetivo, inclusive, de 'encontrar podres' sobre os mencionados auditores".

De acordo com a Polícia Federal, integrantes da chamada "Abin paralela" buscavam levantar informações "podres e relações políticas" dos auditores da Receita, numa tentativa de descredibilizar o trabalho técnico que deu origem ao processo contra o senador.

Nem Bolsonaro nem Ramagem comentaram o indiciamento até o momento. Anteriormente, ambos negaram a existência de qualquer operação clandestina dentro da Abin ou envolvimento em ações de espionagem ilegal.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo