“O bolsonarismo operou de forma coordenada para corroer a democracia brasileira por dentro”, afirma o líder do PT na Câmara
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) comentou nesta terça-feira (17) sobre o relatório final da Polícia Federal sobre o inquérito que investiga a criação de uma estrutura paralela na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL), no caso que ficou conhecido como “Abin paralela’. As investigações resultaram no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do vereador Carlos Bolsonaro (PL) e do ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem (PL).
Lindbergh afirmou que o caso revela a tentativa de Bolsonaro e seus aliados de capturar o Estado brasileiro. “O relatório final da PF revela que a “Abin Paralela” fazia parte de um esquema mais amplo de captura do Estado pelo bolsonarismo, com uso de estruturas oficiais para fins privados e políticos. A espionagem ilegal, o monitoramento de autoridades e a disseminação de desinformação se articulam com o plano de desestabilização institucional que culminou na tentativa de golpe revelada pela minuta do estado de sítio e pelo depoimento de Mauro Cid”, disse.
O líder do PT na Câmara também destacou as ligações entre a ‘Abin paralela’ e a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. “A conexão com a trama golpista é direta: Alexandre Ramagem, chefe da Abin à época e aliado de Bolsonaro, é apontado como peça-chave na estrutura clandestina de inteligência que abastecia o núcleo político com informações para atacar adversários e minar as instituições. A organização visava proteger o poder bolsonarista a qualquer custo, inclusive com práticas típicas de regimes autoritários”,criticou.
Lindbergh Farias concluiu afirmando que a estrutura paralela da Abin servia para intimidar opositores de Bolsonaro e manipular a opinião pública. “O indiciamento de Ramagem, Carlos e Jair Bolsonaro escancara o uso da máquina estatal como braço de uma organização criminosa com propósitos políticos e autoritários. A ‘Abin Paralela’ não era um desvio isolado, mas um instrumento da estratégia golpista de controle da informação, intimidação de opositores e manipulação da opinião pública. Trata-se de mais uma evidência de que o bolsonarismo operou de forma coordenada para corroer as bases da democracia brasileira por dentro”, completou o deputado.
Fonte: Brasil 247
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