segunda-feira, 12 de maio de 2025

Delgatti agiu a mando de Zambelli e com aval de Bolsonaro, diz advogado

STF tem maioria para condenar à prisão a deputada e o hacker por invadir os sistemas do CNJ

     Walter Delgatti Neto (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O advogado do hacker Walter Delgatti, Ariovaldo Moreira, afirmou que seu cliente atuou a mando da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e que os planos contavam com autorização de Jair Bolsonaro.

"O que foi dito pelo Walter desde a CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] dos atos golpistas, ele sempre usou o mesmo discurso. Ele sempre disse que estava a mando de Carla Zambelli”, declarou Moreira, em entrevista à Globonews, nesta segunda-feira (12).

“E ele [Delgatti] sempre apontou que esteve com o ex-presidente [Jair Bolsonaro], e o que passavam para ele é que Bolsonaro sabia de tudo, de todas as atitudes e a forma na qual Carla Zambelli estaria conduzindo a situação", disse. “Tudo o que era passado a ele, havia concordância do ex-presidente Jair Bolsonaro”, acrescentou.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para condenar Zambelli a 10 anos de prisão pela invasão, ocorrida em 2023. Segundo as investigações, o hackeamento foi executado por Delgatti, que é réu confesso. A decisão do STF também condena Delgatti a 8 anos e 3 meses de prisão e ao pagamento de R$ 2 milhões por danos morais coletivos, valor que deverá ser dividido com a parlamentar.

Na denúncia, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que Zambelli foi a autora intelectual da invasão e procurou Delgatti para executar o crime, com objetivo de inserir nos sistemas do CNJ um mandado de prisão falso e em aberto contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, entre outras manipulações ilegais.

Fonte: Brasil 247

16ª RS obtém 7º melhor índice no “Dia D” de multi-vacinação no PR



A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) divulgou nesta segunda-feira (12) o balanço do Dia D de multi-vacinação, realizado no sábado (10). Na 16ª Regional de Saúde de Apucarana, conforme revela o diretor da 16ª RS, Lucas Leugi, a imunização superou as expectativas na região. “Nós tínhamos uma estimativa de imunizar 8.000 pessoas e alcançamos um total de 16.255 vacinados, um pouco mais que o dobro da meta”, informa Leugi.

Conforme ressalta ele, a Regional de Saúde de Apucarana alcançou o sétimo melhor resultado entre as vinte e duas regionais do Paraná. “O trabalho da nossa regional, em parceria com as secretarias municipais de saúde foi muito positivo, mobilizando o público-alvo, principalmente, por meio das unidades básicas de saúde”, enaltece Lucas Leugi.

No Paraná, em 399 municípios de todas as regiões do Estado, o foco foi ampliar o acesso da população às vacinas de rotina e reforçar a vacinação contra a gripe influenza, antes da chegada do inverno, quando existe o risco de quadros mais graves de gripe.

Ao todo, foram aplicadas 374.887 vacinas, sendo 308.111 doses contra a gripe e o restante de vacinas de rotina, como sarampo, covid-19, febre amarela, meningite, HPV, entre outras.

O número superou a meta da Sesa, que era imunizar cerca de 300 mil pessoas durante a ação. Além disso, este Dia D registrou um aumento de mais de 73% no número de doses aplicadas na mobilização do ano passado, que registrou 214,7 mil vacinas.

Para o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, o resultado reforça a importância da mobilização coletiva. “Esse Dia D foi possível graças à parceria com os municípios, ao comprometimento dos nossos profissionais de saúde e à adesão da população. Um trabalho feito a muitas mãos em todo o Paraná“, relata o secretário. “Agora que a vacinação contra a gripe – via SUS - está aberta a todos, é essencial que continuemos esse movimento, garantindo a aplicação das doses disponíveis”, destaca.

Desde o Dia D, a vacinação contra a gripe pelo SUS foi ampliada para toda a população a partir dos seis meses de idade, medida que permanece em vigor com o objetivo de utilizar todas as doses disponíveis. Até então, a imunização era direcionada a um público-alvo de 3.077.008 pessoas, formado por crianças, gestantes e idosos.

Confira o número de vacinas
aplicadas por regionais de Saúde:

   1ª RS – PARANAGUÁ: 9.140 (população – 302.544)
   2ª RS – CURITIBA: 85.079 (pop. 3.731.769)
   3ª RS – PONTA GROSSA: 18.419 (pop. 647.823)
   4ª RS – IRATI: 8.963 (177.186)
   5ª RS – GUARAPUAVA: 12.049 (457.956)
   6ª RS – UNIÃO DA VITÓRIA: 7.827 (179.117)
   7ª RS – PATO BRANCO: 7.846 (269.857)
   8ª RS – FRANCISCO BELTRÃO: 10.948 (361.016)
   9ª RS – FOZ DO IGUAÇU: 12.145 (406.054)
10ª RS – CASCAVEL: 21.704 (557.660)
11ª RS – CAMPO MOURÃO: 34.960 (326.363)
12ª RS – UMUARAMA: 11.690 (277.623)
13ª RS – CIANORTE: 7.518 (163.861)
14ª RS – PARANAVAÍ: 14.281 (278.116)
15ª RS – MARINGÁ: 27.337 (856.843)
16ª RS – APUCARANA: 16.255 (390.543)
17ª RS – LONDRINA: 21.152 (980.098)
18ª RS – CORNÉLIO PROCÓPIO: 8.030 (220.928)
19ª RS – JACAREZINHO: 10.650 (290.141)
20ª RS – TOLEDO: 16.209 (405.127)
21ª RS – TELÊMACO BORBA: 7.596 (190.997)
22ª RS – IVAIPORÃ: 5.089 (125.862)

Fonte: Assessoria de Imprensa

REFIS 2025: Simule e parcele suas dívidas de IPTU sem sair de casa



Sem sair de casa, contribuintes com pendências no cadastro imobiliário — como IPTU, taxa de coleta de lixo e roçagem — podem aderir ao Programa Especial de Recuperação Fiscal (Refis 2025) de forma totalmente online.

Por meio de um banner disponibilizado no site da Prefeitura de Apucarana, a pessoa poderá simular o parcelamento e gerar os boletos para o pagamento.

O prefeito Rodolfo Mota reitera que o Município está criando ferramentas para facilitar o acesso do contribuinte. “Já implantamos o agendamento online, pelo qual a pessoa poderá definir o dia e o horário do atendimento presencial. Agora, estamos ampliando as opções digitais. Com essa novidade, o cidadão pode resolver sua situação fiscal de forma prática, usando o celular ou computador”, frisa Rodolfo Mota.

O secretário municipal de Fazenda, professor Rogério Ribeiro, esclarece que o parcelamento online é exclusivo para dívidas relacionadas ao cadastro imobiliário - IPTU, taxa de coleta de lixo e roçagem – que representam boa parte dos débitos inscritos na Dívida Ativa do Município.

Ao clicar no banner, a pessoa será direcionada para o campo “Serviços – simulação parcelamento débitos”. Se já for cadastrada, basta fazer o login para visualizar os débitos em aberto. Caso contrário, será necessário preencher um formulário de cadastro, com a validação feita posteriormente por e-mail.

Na plataforma, o usuário informa o número de parcelas desejadas e o sistema automaticamente realiza a simulação, apresentando o valor do desconto em juros e multas, a quantidade de parcelas, o valor de cada prestação e as datas de vencimento. Se o valor da parcela não for compatível com o orçamento, o contribuinte pode ajustar o número de parcelas até encontrar a opção ideal.

Escala de Descontos (juros e multas)

    ☉ 1 a 4 parcelas: 100% de desconto
    ☉ 5 a 12 parcelas: 70% de desconto
    ☉ 13 a 18 parcelas: 60% de desconto
    ☉ 19 a 24 parcelas: 50% de desconto
    ☉ 25 a 36 parcelas: 40% de desconto

EXEMPLO: Em uma dívida de R$ 2.300, se o parcelamento for feito em até 4 vezes, o contribuinte recebe 100% de desconto em juros e multa, economizando mais de R$ 300. Se optar por dividir em 5 a 12 parcelas, o desconto será de 70%, gerando economia superior a R$ 200 — e assim por diante. Após definir a melhor opção, basta clicar em “Confirmar” para gerar os boletos, que podem ser pagos via Pix (QR Code), impressos ou salvos em PDF.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Em pré-estreia com Janja e Dilma, 'Ainda Estou Aqui' é lançado na China e será exibido em 10 mil salas

Longa brasileiro foi o vencedor da categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar de 2025

Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff, e primeira-dama Janja Lula Silva (Foto: Cláudio Kbene)

Vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025, Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi apresentado ao público chinês nesta segunda-feira (12), durante uma pré-estreia em Pequim. O evento contou com a presença da primeira-dama Janja Lula Silva e da ex-presidente Dilma Rousseff, atual chefe do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como o "Banco dos Brics".

O longa brasileiro será exibido em mais de 10 mil salas de cinema da China. Conforme relatado pelo site Valor Econômico, o país autoriza a exibição de apenas 34 filmes estrangeiros por ano.

“Em toda a China, mais de 10 mil salas de cinema exibirão esse filme tão importante para a memória do nosso país, um recorte da história recente do Brasil que narra os horrores de um regime autoritário que matou milhares de homens e mulheres e mudou para sempre a vida de famílias como a família Paiva”, escreveu a primeira-dama em uma publicação nas redes sociais. “Vivenciar este momento ao lado da primeira Presidenta do Brasil, Dilma Roussef, uma sobrevivente da Ditadura Militar, tornou o momento ainda mais emblemático”.

“Dilma é uma das maiores inspirações de força e resiliência que temos como mulher em nosso país, nossa grande fortaleza. ‘Ainda estou aqui’ é sinônimo de orgulho e desejo ao Walter, às Fernandas e a todo o elenco e produção do filme, que ele continue a brilhar cada vez mais mundo afora. Viva o cinema brasileiro”, completou Janja.

Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o filme revisita a história do pai do escritor, o ex-deputado Rubens Paiva, preso, torturado e assassinado pela ditadura militar brasileira, e trata da luta de Eunice Paiva, mãe de Marcelo, para esclarecer o crime cometido pelo regime.

Fonte: Brasil 247

Brasil aumenta exportações de carne bovina, mostra Associação de Frigoríficos

Pela primeira vez no ano, a carne bovina brasileira ficou acima das 300 mil toneladas embarcada

        Carne bovina brasileira (Foto: Amanda Perobelli / Reuters)

A receita das exportações de carne bovina em abril aumentou 29% em abril, ao bater a marca de US$ 1,363 bilhão. As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados da Secex, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Pela primeira vez no ano, a carne bovina brasileira - produto in natura, processados e miudezas comestíveis, entre outros - ficou acima das 300 mil toneladas embarcadas. O recorde mensal é o de outubro de 2024, com o embarque de 319.289 toneladas. Em abril o país enviou 306.780 toneladas. É a quarta vez que a movimentação supera essa marca. No ano passado, em abril, o país exportou 252.295 toneladas com receita de US$ 1,055 bilhão.

A Abrafrigo afirmou que, no acumulado dos primeiros quatro meses do ano, a receita já chegou a US$ 4,644 bilhões, num crescimento de 23% sobre o mesmo período do ano passado, e a movimentação atingiu 1.052.809 toneladas (+14%). Em 2024, a movimentação do quadrimestre foi de 923.952 toneladas e a receita de US$ 3,764 bilhões.

Ranking

A China, nosso principal cliente, aumentou suas compras no período em 2%, importando 386.468, toneladas com receita de US$ 1,884 bilhão (+ 12,4%). Nos mesmos meses de 2024, a China comprou 377.989 toneladas proporcionando receita de US$ 1,677 bilhão. O preço médio obtido em 2024 foi de US$ 4.410 por tonelada e de US$ 4.876 por tonelada em 2025, no quadrimestre. A participação da China na receita total das divisas obtidas em 2024 foi de 44,6% e em 2025 ela caiu para 40,6%, com novos mercados elevando suas aquisições.

Os Estados Unidos, nosso segundo maior importador, continua elevado suas aquisições: em 2024 comprou 134.149 toneladas com receita de US$ 397,7 milhões e em 2025 adquiriu 247.145 toneladas (+ 84,2%), com receita de US$ 863 milhões (+117%). A participação relativa do país nas exportações totais do Brasil passou de 10,6% nas receitas de 2024 para 18,6% nas receitas de 2025. O preço médio obtido em 2024 foi de US$ 2.965 por tonelada e em 2025 subiu para US$ 3.492 por tonelada.

O terceiro maior comprador da carne bovina brasileira foi o Chile que, em 2024, adquiriu 28.040 toneladas no quadrimestre e em 2025 aumentou suas importações para 39.608 toneladas (+41,3%). Com isso, a receita foi de US$ 131,2 milhões em 2024 para US$ 211,9 milhões em 2025 (+ 61,5%).

No quarto lugar dos quatro primeiros meses do ano ficou a Argélia que, em 2024, importou 20.164 toneladas com receita de US$ 92,1 milhões e em 2025 adquiriu 24.985 toneladas (+ 23,9%), com receita de US$ 133 milhões (+44,4%). No total, 114 países aumentaram suas importações enquanto outros 42 reduziram suas compras.

Fonte: Brasil 247

Taxa de homicídio caiu, mas violência matou 45,7 mil no Brasil em 2023

De cada 100 casos, 71 foram por arma de fogo, revela levantamento

      (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil
No ano de 2023, a violência matou 45.747 pessoas no Brasil, uma média de 125 mortes por dia. O número, entretanto, registra uma pequena redução em relação ao ano anterior quando foram contabilizadas 46.409 mortes violentas.

O dado faz parte do Atlas da Violência 2025, divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao governo federal, e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), uma organização sem fins lucrativos.

O estudo faz comparativos desde 2013, quando o número de mortes chegou a 57.396. Ou seja, de lá para cá, houve redução de 20,3% na quantidade de homicídios.

O ano com mais casos foi 2017, com 65.602 homicídios. O menor, 2019, registrou 45.503 mortes. Na comparação com o ano que registrou mais casos, a queda em 2023 é de aproximadamente 30%.

Os dados do Atlas da Violência são coletados de fontes oficiais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela contagem da população, e o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.

◉ Taxa de homicídio

Como a população brasileira aumentou ao longo dos últimos anos, uma forma de saber como se comporta a proporção de homicídios no país é por meio da taxa de homicídios registrados por 100 mil habitantes.

Esse indicador revela que em 2023 foram 21,2 homicídios por 100 mil habitantes, a menor taxa já registrada no estudo, coordenado pelo pesquisador Daniel Cerqueira, do Ipea, e pela diretora executiva do FBSP, Samira Bueno.

Em 2022, a taxa era 21,7 homicídios por 100 mil habitantes – redução de 2,3% na taxa de um ano para o outro. O pico foi em 2017, quando alcançou 31,8 registros.

    Agência Brasil

    Agência Brasil

◉ Motivos para a queda

Apesar de o estudo trazer comparações a partir de 2013, o pesquisador Daniel Cerqueira afirmou à Agência Brasil que a redução na taxa de homicídios vai além desse período.

“Apesar do número exorbitante de mortes, trata-se da menor taxa de homicídios que o Brasil atingiu nos últimos 31 anos”, pontua.

Segundo ele, dois fatores principais explicam essa tendência decrescente. Um deles é o envelhecimento da população, uma vez que jovens são mais associados à violência.

“O que nós sabemos das evidências científicas é que um ator importante, seja como vítima, seja como o perpetrador nesse drama da violência é o jovem. Quando a população envelhece, isso provoca uma maré a favor de redução de homicídios”.

◉ Revolução invisível

O outro fator, destaca Cerqueira, é uma “revolução invisível”, que pode ser explicada por uma mudança nas políticas públicas de segurança, em que a atuação das polícias conta com mais qualificação e inteligência.

Ele aponta que tem havido uma troca da “segurança pública baseada simplesmente no policiamento ostensivo para uma política baseada em planejamento, em dados, em ciência”.

“Uma polícia inteligente em vez da polícia da brutalidade”, completa. Cerqueira avalia que a qualificação do trabalho policial permite identificar e prender os criminosos.

O coordenador do estudo percebe ainda que há “políticas multissetoriais de prevenção social para disputar cada jovem naquelas favelas, disputar com o crime organizado e desorganizado”.

◉ Estados

O Atlas da Violência também apresenta os dados por unidades da federação (UF). Em 2023, 20 estados apresentaram taxa de homicídio por 100 mil habitantes superior à média nacional, com destaque negativo para Amapá (57,4), Bahia (43,9) e Pernambuco (38).

Das sete UFs abaixo da média nacional, as menores taxas foram registradas em São Paulo (6,4), Santa Catarina (8,8) e Distrito Federal (11).

Ao fazer uma análise mais expandida, o documento ressalta que “há pelo menos oito anos, nada menos que 11 UFs têm conseguido reduzir sistematicamente a taxa de homicídios”.

São eles Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba e São Paulo.

Na ponta contrária, nos últimos 11 anos o aumento das mortes no Amapá foi de 88,2%, mostra o levantamento.

◉ Armas de fogo

O Atlas da Violência revela que 32.749 homicídios foram cometidos por arma de fogo no país. Em 2017, ano mais violento, esse número chegou a 49 mil.

O dado de 2023 equivale a 15,2 mortes por arma de fogo a cada 100 mil habitantes. Representa também que 71,6% das mortes violentas no país foram praticados com esse tipo de armamento.

Amapá (48,3), Bahia (36,6) e Pernambuco (30,8) são os estados com as maiores taxas. Por outro lado, se destacam positivamente São Paulo (3,4), Santa Catarina (4,4), Distrito Federal (5,3) e Minas Gerais (8,3).

O relatório aponta fragilidades na fiscalização de armas no país e afirma que “quanto maior a circulação e a prevalência de armas de fogo, maior tende a ser a taxa de homicídios”.

◉ Homicídios ocultos

Os pesquisadores do Ipea e do FBSP chamam de “homicídios ocultos” os casos de violência que não foram adequadamente identificados pelos sistemas oficiais. Por meio de modelos matemáticos, eles chegam a uma taxa estimada de homicídios.

“No período compreendido entre 2013 e 2023, identificamos a ocorrência de 51.608 homicídios ocultos no Brasil, que passaram ao largo das estatísticas oficiais de violência no país, uma média anual de 4.692 homicídios que deixaram de ser contabilizados”, diz o texto.

Com o acréscimo desses dados, a taxa estimada de homicídios no país chega a 23 casos por 100 mil habitantes. Assim como a taxa de casos efetivamente registrados, trata-se também da menor desde 2013.

O ponto mais alto ocorreu em 2017, com 33,6 casos por 100 mil habitantes. Em 2022, o indicador marcou 24,5.

O Atlas da Violência nota que a inclusão dos homicídios ocultos faz mudar significativamente os indicadores dos estados.

São Paulo é o caso mais extremo: em 2023, o estado deixou de registrar 2.277 homicídios. Dessa forma, enquanto a taxa de homicídios registrados era de 6,4 para cada 100 mil habitantes, a estimada naquele ano era de 11,2.

“Com isso, o estado de São Paulo deixa de ser a UF menos violenta da nação, passando para a segunda posição, atrás de Santa Catarina [9 estimados por 100 mil habitantes]”, frisa o documento.

Fonte: Brasil 247

Haddad defende ampliar concorrência bancária para fazer taxa de juros cair


Ministro classificou a desconcentração do setor como uma medida "desejável"

      Fernando Haddad (Foto: Jose Cruz/Agência Brasil)

 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (12) que ampliar a concorrência no sistema bancário brasileiro pode ser um caminho para reduzir a taxa de juros no país.

"A taxa de juros para o tomador, inclusive para as empresas, tem caído no Brasil em função do fato de que há mais concorrência", disse. “Se você estiver exposto a um número de pessoas te propondo um crédito, a concorrência vai fazer a taxa de juros cair no Brasil”.

A declaração foi dada durante entrevista ao Canal UOL, após a divulgação de dados do Banco Central que mostram que 57,9% das operações de crédito do país estão nas mãos de apenas quatro instituições (Banco do Brasil, Caixa, Itaú Unibanco e Bradesco).

“Quanto mais concorrência, melhor”, disse Haddad, ao defender a desconcentração do setor como uma medida "desejável". Segundo ele, isso exige uma “robustez regulatória” para distribuir o poder bancário sem comportamentos oportunistas. O ministro também sugeriu a criação de um "marketplace de crédito".

Fonte: Brasil 247 com informações do Canal UOL

Em visita à China, Lula assina acordos nas áreas de energia e saúde

Encontros resultaram também no anúncio da criação de um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, em parceria com a SENAI CIMATEC, na área de energia renovável

Presidente Lula e ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Rui Costa (Casa Civil), durante assinatura de atos em Pequim - 12/05/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Renato Ribeiro – Repórter da Rádio Nacional
No primeiro dia de agenda oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, o Brasil anuncia investimentos de U$ 1 bilhão de dólares na produção de combustível renovável para aviação a partir da cana-de-açúcar.

Lula participou, nesta segunda-feira (12/5), em Pequim, de quatro audiências com executivos de empresas chinesas ligadas aos setores de energia sustentável e defesa.

Os encontros resultaram também no anúncio da criação de um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, em parceria com a SENAI CIMATEC, na área de energia renovável.

Lula assinou, ainda, acordos na área de saúde para produção de medicamentos, vacinas, produtos farmacêuticos e equipamentos médico. Participou também do seminário empresarial China-Brasil. Essa é a quarta visita de Estado do presidente à China. O país é o maior parceiro comercial do Brasil. Entre janeiro e março de 2025, o intercâmbio comercial foi de quase US$ 40 bilhões de dólares. As exportações brasileiras para o país asiático são maiores que as vendas para Estados Unidos e União Europeia.

Nesta terça-feira (13/5), o presidente Lula participa do Fórum China-Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos. E, ainda se encontra com o presidente chinês, Xi Jinping. Pelo menos 16 acordos devem ser assinados e outros 32 estão em negociação em áreas como agricultura, comércio, infraestrutura, mineração, indústria e ciência e tecnologia.

Fonte: Brasil 247

Suprema Corte da Argentina descobre 83 caixas com material nazista em seu porão

Segundo o comunicado oficial, o envio foi feito pela embaixada da Alemanha em Tóquio em junho de 1941

Uma pessoa segura material relacionado ao nazismo, originalmente confiscado pelas autoridades após envio à Argentina em 1941, depois que caixas contendo o material foram descobertas recentemente por acaso nos arquivos da Suprema Corte da Argentina - 11/05/2025 (Foto: Corte Suprema de Justicia de la Republica Argentina via Reuters)


(Reuters) – Dezenas de caixas com material nazista confiscado pelas autoridades argentinas durante a Segunda Guerra Mundial foram recentemente redescobertas no porão da Suprema Corte, informou o tribunal no domingo (11).

As 83 caixas foram enviadas pela embaixada da Alemanha em Tóquio para a Argentina em junho de 1941 a bordo do navio a vapor japonês "Nan-a-Maru", de acordo com a história que o tribunal conseguiu reconstruir, afirmou em um comunicado.

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Na época, a grande remessa chamou a atenção das autoridades, que temiam que seu conteúdo pudesse afetar a neutralidade da Argentina na guerra.

Apesar das alegações na época de representantes diplomáticos alemães de que as caixas continham itens pessoais, as autoridades alfandegárias argentinas revistaram cinco caixas aleatoriamente.

Elas continham cartões-postais, fotografias e material de propaganda do regime nazista, bem como milhares de cadernos pertencentes ao partido nazista. Um juiz federal confiscou os materiais e encaminhou o caso à Suprema Corte.

Não ficou imediatamente claro por que os itens foram enviados à Argentina ou que ação, se alguma, a Suprema Corte tomou na época.

Oitenta e quatro anos depois, funcionários do tribunal encontraram as caixas enquanto preparavam um museu da Suprema Corte.

"Ao abrir uma das caixas, identificamos material destinado a consolidar e propagar a ideologia de Adolf Hitler na Argentina durante a Segunda Guerra Mundial", disse o tribunal.

O tribunal agora transferiu as caixas para uma sala equipada com medidas extras de segurança e convidou o Museu do Holocausto de Buenos Aires a participar de sua preservação e inventário.

Especialistas também as examinarão em busca de pistas sobre aspectos ainda desconhecidos do Holocausto, como redes internacionais de financiamento utilizadas pelos nazistas.

A Argentina permaneceu neutra na Segunda Guerra Mundial até 1944, quando rompeu relações com as potências do Eixo. O país sul-americano declarou guerra à Alemanha e ao Japão no ano seguinte.

De 1933 a 1954, segundo o Museu do Holocausto, 40.000 judeus entraram na Argentina fugindo da perseguição nazista na Europa. A Argentina abriga a maior população judaica da América Latina.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Carlo Ancelotti terá salário de R$ 63 milhões por ano na Seleção e bônus milionário por título

Técnico italiano estreia em junho com contrato até a Copa de 2026 e poderá receber R$ 31 milhões extras em caso de conquista mundial

       Carlo Ancelotti (Foto: Reuters/Juan Medina)

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) oficializou os valores do contrato com Carlo Ancelotti, novo treinador da Seleção Brasileira. Segundo informações divulgadas pelo ge, o técnico italiano vai receber 10 milhões de euros por ano, o equivalente a cerca de R$ 63,2 milhões na cotação atual. O montante coloca o treinador entre os mais bem pagos do mundo e é semelhante ao que recebia no comando do Real Madrid, seu clube anterior.

Dividido mensalmente, o valor representa um salário aproximado de R$ 5,3 milhões por mês. Ancelotti ainda terá direito a um bônus contratual de 5 milhões de euros (cerca de R$ 31,6 milhões) caso leve o Brasil ao título da Copa do Mundo de 2026, que será realizada no Canadá, Estados Unidos e México.

O acordo com a CBF vai até julho de 2026, mês do encerramento do Mundial. Ancelotti começa a trabalhar oficialmente pela Seleção no próximo dia 26 de maio, quando se reunirá com o coordenador geral das seleções masculinas, Rodrigo Caetano, e com o coordenador técnico, Juan, para definir a lista ampliada de convocados para as próximas partidas das eliminatórias.

Ancelotti assumirá o comando técnico a tempo da próxima Data Fifa, marcada para o início de junho. A Seleção volta a campo no dia 5, contra o Equador, pelas Eliminatórias Sul-Americanas. A partida será um teste direto, já que o Brasil ocupa a quarta posição na tabela, com 21 pontos, enquanto os equatorianos estão em segundo lugar, com 23.

Na sequência, no dia 10 de junho, o Brasil encara o Paraguai, às 21h45, na Neo Química Arena. Os paraguaios também somam 21 pontos, dividindo a pontuação com os brasileiros, o que torna o duelo decisivo para a classificação.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, comemorou o acerto com o treinador multicampeão. Em declaração reproduzida pelo ge, ele afirmou: “trazer Carlo Ancelotti para comandar o Brasil é mais do que um movimento estratégico. É uma declaração ao mundo de que estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio. Ele é o maior técnico da história e, agora, está à frente da maior seleção do planeta. Juntos, escreveremos novos capítulos gloriosos do futebol brasileiro”.

A contratação de Ancelotti coroa uma longa negociação. O valor agora confirmado é semelhante ao que chegou a ser acordado entre o técnico e a CBF em 2023, mas que, na época, acabou não sendo concretizado.

Fonte: Brasil 247 com informações do GE

CGU volta a pedir ao STF acesso às provas no caso das joias sauditas envolvendo Bolsonaro

Controladoria quer documentos para apurar possível responsabilização administrativa de agentes públicos

       (Foto: Iano Andrade/Ag. Brasil)

A Controladoria-Geral da União (CGU) reiterou nesta segunda-feira (12) um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso às provas reunidas no inquérito que investiga o suposto recebimento ilegal de joias da Arábia Saudita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As informações são da CNN Brasil.

De acordo com o requerimento da CGU, os dados são considerados “imprescindíveis” para a condução de investigações internas, com o objetivo de apurar eventual responsabilidade administrativa de servidores federais. “Tais elementos de prova são imprescindíveis para análise do caso, de modo a possibilitar a esta CGU [...] a adoção das providências cabíveis para a promoção da responsabilização administrativa dos agentes públicos federais envolvidos”, argumenta o documento.

O órgão solicita o compartilhamento de materiais como comprovantes de transferências bancárias, mensagens eletrônicas e depoimentos colhidos ao longo da investigação conduzida pela Polícia Federal.

Não é a primeira tentativa da CGU de obter as provas. Em setembro de 2024, o ministro Moraes negou o acesso aos documentos, justificando que seria “absolutamente prematuro”, já que a apuração ainda estava em andamento. À época, a Procuradoria-Geral da República (PGR) também se posicionou contra o compartilhamento, alegando risco de interferência no curso do inquérito.

O inquérito sobre as joias teve início após a identificação de presentes de alto valor recebidos por Bolsonaro durante seu mandato e que teriam sido enviados por autoridades sauditas. Em julho de 2024, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. Segundo as investigações, os objetos teriam sido ilegalmente incorporados ao acervo pessoal do então presidente e posteriormente vendidos nos Estados Unidos.

Além de Bolsonaro, outras 11 pessoas foram indiciadas. O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que os bens fossem devolvidos à União enquanto durar o processo.

Atualmente, o inquérito está nas mãos da PGR, que deve decidir se oferece denúncia, solicita diligências adicionais ou pede o arquivamento do caso. Caso a denúncia seja apresentada, caberá ao STF decidir sobre a abertura de ação penal.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Em novo avanço contra o STF, deputados bolsonaristas querem revogar crime de abolição do Estado de Direito

Objetivo dos parlamentares visa questionar a aplicação dos dispositivos, que, segundo eles, têm sido usados para fins de perseguição política

      (Foto: ABr)

Em mais um episódio da crescente tensão entre a Câmara dos Deputados e o Supremo Tribunal Federal (STF), dois deputados aliados de Jair Bolsonaro (PL) apresentaram projetos de lei para revogar trechos do Código de Processo Penal (CPP) que tratam do crime de abolição do Estado de Direito, destaca o jornalista Igor Gadelha em sua coluna no Metrópoles. Os parlamentares Alberto Fraga (PL-DF) e Sargento Gonçalves (PL-RN) são os autores das propostas, que visam sustar os artigos 359-L e 359-M do CPP, inseridos na legislação em 2021.

Apesar das diferenças nas redações dos projetos, o objetivo dos dois parlamentares é comum: questionar a aplicação dos dispositivos, que, segundo eles, têm sido usados para fins de perseguição política. Fraga argumenta que, embora o Estado precise de proteção, o tema exige um debate mais profundo com a sociedade. "Os tipos penais que ora pretendemos abolir estão sendo utilizados para perseguição política", destacou em sua justificativa.

O deputado do Distrito Federal também defende que a revogação seria a solução até que uma nova legislação seja construída, garantindo que brasileiros injustamente presos possam ser libertados. "A construção de nova legislação requer debate aprofundado para construção de texto que evite a perseguição política", afirmou.

Por sua vez, Gonçalves vai além em suas críticas. Em sua argumentação, segundo a reportagem, o deputado potiguar afirma que os dispositivos podem ser utilizados para criminalizar opiniões políticas, contrariando os compromissos assumidos pelo Brasil em tratados internacionais de direitos humanos. "A criminalização ampla dos artigos 359-L e 359-M viola esses critérios, pois não exige a comprovação de condutas concretas e objetivamente perigosas, permitindo interpretações subjetivas e potencialmente abusivas", escreveu.

O clima entre a Câmara e o STF se agravou ainda mais na última semana, quando o plenário da Câmara aprovou a suspensão do inquérito no Supremo sobre a participação do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) em uma trama de golpe de Estado. A decisão foi encaminhada ao STF e chegou à Primeira Turma, que reafirmou o entendimento de que o Legislativo só pode interromper investigações relacionadas a atos cometidos após a diplomação de Ramagem como deputado.

Ainda conforme a reportagem, a decisão do STF gerou irritação no presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que, além de demonstrar descontentamento, repreendeu o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (RJ), por ter acionado o Supremo no caso.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Além de Lula, Moraes e Alckmin, José Dirceu era alvo do plano Punhal Verde Amarelo

O planejamento dos bolsonaristas golpistas visava o assassinato de autoridades brasileiras

      (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

O plano Punhal Verde Amarelo, que previa o assassinato de autoridades, concebido no núcleo da trama golpista articulada por militares aliados a Jair Bolsonaro (PL) em 2022, tinha como um de seus alvos o ex-ministro José Dirceu (PT), identificado pelo codinome “Juca”, segundo a Folha de S. Paulo.

O plano idealizado pelo general da reserva Mario Fernandes previa a execução de figuras centrais da política brasileira. Além de Dirceu, eram citados como alvos o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apelidado de “Jeca”, e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), identificado como “Joca”. O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes também figurava como prioridade, embora não recebesse codinome.

◎ Alvo por influência no governo Lula - A inclusão de Dirceu entre os alvos decorre da percepção do grupo golpista de que ele ainda exerceria forte influência sobre o governo Lula. Apesar de não participar de articulações diretas na atual gestão e manter distância institucional do Palácio do Planalto, o ex-ministro continuava sendo visto pelos militares como uma espécie de mentor político do presidente.

No plano, Dirceu é descrito como a “iminência parda do 01 e das lideranças do futuro gov [governo]”, e a justificativa para sua eliminação seria a expectativa de que “a sua neutralização desarticularia os planos da esquerda mais radical”. Ainda segundo o texto do general Mario Fernandes, seu assassinato não causaria "grande comoção nacional".

Procurado pela Folha, Dirceu preferiu não comentar o assunto.

◎ Detalhes do plano e a tentativa de golpe - O plano previa métodos distintos de execução para cada figura. No caso de Lula, o “Jeca”, o general sugeria o uso de envenenamento, com o objetivo de provocar um “colapso orgânico”, citando a suposta vulnerabilidade de saúde do presidente eleito. A eliminação de Alckmin, por sua vez, era apontada como suficiente para extinguir a validade da chapa eleita.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) considera Alexandre de Moraes o principal alvo da trama, embora ele não tenha sido designado por codinome. A PGR sustenta essa tese com base em elementos como o uso de celulares descartáveis e o monitoramento clandestino promovido por militares, compatíveis com o chamado plano “Copa 2022”, que também previa o assassinato do ministro do Supremo.

◎ Defesa do general e reação da PGR - O advogado Marcus Vinicius Figueiredo, que defende o general Mario Fernandes, declarou à Folha que ainda não teve acesso completo às provas e, por isso, não comentará o mérito da investigação. No julgamento da denúncia no STF, o defensor afirmou que o plano Punhal Verde Amarelo nunca foi compartilhado e que o general o manteve sob sigilo.

A PGR contesta essa versão. Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, o plano não apenas foi redigido como chegou ao conhecimento de Jair Bolsonaro, então presidente da República, que teria “anuído” à proposta. Um dos indícios citados é o fato de Mario Fernandes ter impresso o documento apenas 40 minutos antes de visitar o Palácio da Alvorada em 9 de novembro de 2022.

Apesar disso, o relatório final da Polícia Federal, embora indique que Bolsonaro teve ciência do plano, não registra manifestações do ex-presidente em apoio ou rejeição à proposta.

◎ STF transforma acusados em réus - A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal acolheu a denúncia da PGR e transformou Mario Fernandes e outros cinco investigados em réus por tentativa de golpe de Estado. A trama, que incluía o assassinato de autoridades e a ruptura da ordem democrática, segue agora em fase de instrução penal.

A revelação da inclusão de Dirceu na lista de alvos reforça a dimensão do plano arquitetado nos bastidores do poder no fim do governo Bolsonaro, revelando a gravidade das intenções de setores militares que atuaram para sabotar a transição democrática.

Fonte: Brasil 247 com Folha de S. Paulo

Mais de 3,4 mil apucaranenses foram vacinados contra a gripe no “Dia D”



A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Apucarana divulgou nesta segunda-feira (12/05) o balanço do “Dia D” de vacinação contra a gripe, realizado durante a tarde do último sábado (10/05) em 28 unidades básicas de saúde (UBSs).

Com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal da população, o município seguiu orientação da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA-PR) e oportunizou a imunização a todos os cidadãos a partir dos seis meses de idade. “Nas seis horas de trabalho do "Dia D", nossas equipes atenderam 7.549 pessoas com verificação da carteirinha e aplicação de vacinas. Desse total, 3.427 apucaranenses foram imunizados contra o vírus da Influenza e 1.200 tiveram o esquema vacinal atualizado com vacinas de rotina”, informou o prefeito Rodolfo Mota.

Ele destacou que as doses foram aplicadas entre o meio-dia e as 18 horas. “Agradeço a todos que compareceram às unidades de saúde. Vacinar-se é um ato fundamental na prevenção e controle de doenças. Também agradeço a cada servidor que trabalhou no sábado para garantir o acesso da população à saúde”, completou o prefeito. Entre as unidades com maior número de vacinas aplicadas, destacam-se: Residencial Interlagos (432 doses), Jardim Ponta Grossa (424), Vila Nova (416), Colonial (404), Parigot de Souza (386), Afonso Camargo (383), Jardim das Flores (382), Jaboti (380), João Paulo I (369), Dom Romeu (357), Aclimação (354) e Centro Social Urbano (332), com alto número de aplicações especialmente entre o público infantil e idoso. O secretário municipal de Saúde, Guilherme de Paula, também avaliou positivamente a mobilização. “Mesmo tendo sido realizada no fim de semana, na véspera do Dia das Mães, com comércio aberto e com o tempo frio, tivemos uma grande procura. Essa ação buscou atender trabalhadores e pais que não conseguem ir a uma UBS durante a semana. Ainda temos muitas doses disponíveis e o trabalho continua. O outono é um período de maior circulação de vírus respiratórios, por isso pedimos que a população procure a vacinação em nossa rede pública, que é segura, eficaz e gratuita”, afirmou.

O coordenador da Vigilância em Saúde da AMS, enfermeiro Luciano Simplício Sobrinho, reforça que a imunização segue disponível para todas as faixas etárias. “Basta comparecer à unidade de saúde mais próxima, com a carteirinha de vacinação e documento de identificação pessoal”, orientou.

O coordenador da Divisão de Vigilância Epidemiológica da AMS, Pablo Saito, alerta para a importância da vacinação entre crianças do grupo prioritário, de 6 meses a menores de 6 anos de idade. “Já vemos, pela imprensa, que alguns estados vizinhos ao Paraná estão registrando aumento nas internações por doenças respiratórias. Sem a vacina, a gripe pode evoluir de forma mais grave, enfraquecer o sistema imunológico e deixar a pessoa mais suscetível a infecções bacterianas ou outras viroses, elevando também o risco de pneumonia”, alertou.

A lista de unidades básicas de saúde de Apucarana pode ser consultada no site: https://www.apucarana.pr.gov.br/site/unidades-basicas-de-saude-ubs.

Fonte: Prefeitura de Apucarana