segunda-feira, 5 de maio de 2025

Adefiap completa 40 anos e anuncia projeto para nova sede



A Associação dos Deficientes Físicos de Apucarana (Adefiap) completa nesta segunda-feira (05/05) 40 anos. Ao comemorar a data, a entidade reuniu associados, autoridades e convidados para um evento especial. Além de fazer uma retrospectiva das quatro décadas de trabalho, a entidade também anunciou o projeto para a construção de uma nova sede que abrigará um centro especializado, ampliando o atendimento para três tipos de deficiência: visual, intelectual e física.

O prefeito Rodolfo Mota participou da solenidade, ao lado da primeira-dama e secretária da Mulher, Karine Mota, e de todos os secretários municipais. “Fiz questão que eles viessem porque a política pública da inclusão é transversal. Não é feita só lá na saúde no atendimento ambulatorial, não é feita só na assistência social que atende as pessoas que estão em uma situação de vulnerabilidade e ainda com o desafio de superar uma deficiência”, frisa Rodolfo Mota.

O prefeito citou ainda diversas outras ações do Município que estão relacionadas com a inclusão. “Vamos abrir hoje a programação da campanha do Maio Amarelo e algumas pessoas são atendidas pela Adefiap em virtude da sequela de um acidente de trânsito”, afirma, acrescentando que também já autorizou a licitação para a ampliação do número de rampas de acessibilidade, além de já ter anunciado a construção da Casa do Autista.

O prefeito também se emocionou ao falar do primeiro presidente da Adefiap, pintor Valdeci Olímpio, popularmente conhecido como Baré, que estava presente na solenidade. “Depois de 11 anos, eu pude assinar o ato de posse de uma pessoa incrível com deficiência e um baita de um profissional. Assinei a posse do Baré como servidor público há cerca de 20 dias e a gente precisa continuar insistindo para que todo mundo tenha o seu direito assegurado. A gente vai trabalhar muito para que outros casos como o do Baré não se repitam”, disse o prefeito.

Deficiente físico, Baré teve parte da mão direita e o antebraço amputados em um acidente de trem quando tinha sete anos de idade e, em 2013, mesmo tendo sido aprovado em primeiro lugar em concurso público, foi impedido de ingressar no quadro permanente do funcionalismo mediante alegação de que ele não tinha aptidão física para o emprego, o que foi revertido na Justiça. “Por onde 11 anos fui barrado de fazer o meu trabalho”, disse Baré, com a voz embargada, para na sequência ser muito aplaudido pelas pessoas que acompanharam a cerimônia.


O atual presidente da Adefiap, Paulo Antônio da Silva, reitera que são quatro décadas de luta, conquistas e inclusão. “Em 1985, um grupo de visionários enxergou além de barreiras físicas e sociais. Viu um potencial onde muitos só viam limitações. Desde então, a Adefiap tornou-se farol de esperança, promovendo acessibilidade, emprego, saúde e educação inclusiva”, assinala.


Silva também fez uma retrospectiva desde a fundação até os dias atuais. “Lembramos de cada batalha vencida, das primeiras rampas construídas, as vitórias da conscientização da sociedade. Da primeira sala alugada, do espaço cedido pela prefeitura municipal, até a compra de nossa primeira sede, o antigo prédio da Tribuna do Norte. Depois, com muito trabalho e organização, conseguimos construir este prédio onde estamos hoje, que por sua vez está se tornando pequeno para os nossos anseios”, pontua.

No dia em que completa 40 anos, o presidente da Adefiap anunciou o projeto da nova sede, que deverá ser edificada em terrenos que a entidade possui próximo da rodoviária de Apucarana. “Há algum tempo, estamos buscando o credenciamento como Centro Especializado em Reabilitação (CER 3) e a construção da nossa nova sede. O centro especializado irá atender três tipos de deficiência: intelectual, visual e física”, afirma, solicitando apoio ao prefeito Rodolfo Mota para viabilizar o projeto. O tesoureiro da Adefiap, Amaury Alexandrino que há 38 anos é colaborador da Adefiap lembrou de todos os presidentes da entidade e também de todos os prefeitos que – desde a fundação – contribuíram com a entidade e dos vereadores das diversas legislaturas. Também fez menção ao promotor de justiça, Gustavo Marinho, que estava presente na solenidade.

“O doutor Gustavo Marinho faz parte da nossa história e da nossa luta. Esteve com a gente no período mais crítico das implantações das leis que atendiam os deficientes, mas que ainda não eram aceitas pela sociedade”, salienta Alexandrino.

A vice-presidente da Adefiap relembrou o seu primeiro contato com a entidade. “Eu estava na fase de passagem de criança para adolescência. Aqui foi o meu primeiro trabalho voluntariado, onde aprendi como atender no telefone, como recepcionar uma pessoa, datilografar e outras tantas funções. Quando eu trabalhava como voluntária, fizemos o primeiro BPC (Benefício de Prestação Continuada) de Apucarana”, recordou, salientando ainda que – a exemplo da sua trajetória - a Adefiap trabalha para que as pessoas com deficiência consigam alcançar seus objetivos e tenham sucesso na vida profissional, pessoal e financeira.

O promotor Gustavo Marinho – que está completando 30 anos na cidade – afirma que se sente um apucaranense de coração. Disse ainda ter orgulho de ter participado de três quartos da trajetória da Adefiap, salientando também que o povo de Apucarana é compromissado com a causa social.


Já o vereador Moisés Tavares, que falou em nome da Câmara de Vereadores, disse que as palavras que resumem a entidade são confiança e credibilidade, acrescentando que – com a trajetória da Adefiap e de outras entidades em Apucarana – é possível fazer Apucarana uma cidade mais inclusiva e menos capacitista.

Além de Apucarana, a Adefiap atende também pessoas de outros municípios da região. Representando o prefeito de Arapongas, Rafael Cita, participou da cerimônia a vereadora Simone Sponton, mãe de uma criança autista e defensora da causa da inclusão.



Fonte: Prefeitura de Apucarana

Bolsonaro, que já defendeu “fuzilar a petralhada”, reclama de fala de governador petista



Jair Bolsonaro simulou arma com tripé de câmera e sugeriu “fuzilar a petralhada” durante a campanha eleitoral de 2018. Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que já defendeu “fuzilar a petralhada”, reclamou de uma declaração do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), que sugeriu jogar bolsonaristas na “vala”. Ele diz que a fala é um “discurso carregado de ódio”.

“Em qualquer cenário civilizado deveria gerar repúdio imediato e ações institucionais firmes. Mas nada aconteceu. Não houve abertura de inquérito, nem busca e apreensão, tampouco convocação da Polícia Federal para apurar incitação à violência”, escreveu o ex-presidente no X.

Insistindo no discurso de perseguição contra bolsonaristas, o ex-mandatário ainda diz que um aliado seria preso se desse uma declaração similar. “Seria manchete, prisão, processo por ‘discurso golpista’ e ‘incitação ao ódio’. O padrão é claro: só há crime quando convém ao sistema, só há repressão quando o alvo é a oposição”, prossegue.

Em uma frase claramente escrita pelo Chat GPT, Bolsonaro diz que o petista “não apenas normaliza o ódio, como incentiva o pior: a violência política, o assassinato moral e até físico de quem pensa diferente”.



A declaração de Bolsonaro sobre “fuzilar a petralhada” foi dada em setembro 2018, quando ele subiu em um trio elétrico, pegou um tripé de câmera para simular uma arma e atacou petistas. Na ocasião, ele disputava a presidência contra Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda.

Ele chegou a ser alvo de uma denúncia apresentada pelo PT por conta da fala, mas o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu a queixa-crime no ano seguinte, em 2019, apontando que ele “não poderia ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções na vigência do seu mandato”.

Bolsonaro defendeu que sua fala era uma “figura de linguagem” e, apesar de cobrar a condenação do governador da Bahia, jamais foi punido pelo episódio.

Fonte: DCM

Jovem suspeito de planejar atentado em show de Lady Gaga guardava pornografia infantil, diz polícia

Operação da Polícia Civil do Rio desarticulou plano de ataque com motivações terroristas e apreendeu adolescente apontado como um dos líderes da ação

Público enfrenta fila para acesso ao local do show da Lady Gaga na praia de Copacabana, Rio de Janeiro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro revelou novos desdobramentos sobre a tentativa de atentado ao show gratuito da cantora Lady Gaga, realizado no último sábado (3/5), na Praia de Copacabana. Segundo informações do Metrópoles, um dos dois suspeitos identificados como líderes do plano guardava pornografia infantil.

O adolescente de 17 anos foi apreendido na capital fluminense durante a Operação Fake Monster, deflagrada no mesmo dia do evento. Ele é apontado como um dos chefes da ação criminosa que visava atingir crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+, motivada por discursos de ódio e supostos rituais satânicos. A polícia ainda não confirmou se o jovem continua detido.

Outro suspeito, Luis Fabiano da Silva, foi preso em flagrante em Novo Hamburgo (RS), por porte ilegal de arma de fogo. Embora tenha sido liberado após o pagamento de fiança, ele ainda deverá passar por audiência de custódia. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), “a fiança foi fixada pela autoridade policial, ele está em liberdade e passará por audiência de custódia”.

De acordo com a investigação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), os dois suspeitos exerciam liderança no plano classificado como terrorista. A coluna de Mirelle Pinheiro, no Metrópoles, informou que o atentado seria realizado com coquetéis molotov e explosivos improvisados.

A operação da polícia impediu que o ataque se concretizasse durante a apresentação da artista norte-americana, que arrastou uma multidão para Copacabana. Antes do show principal, a cantora e DJ brasileira Pabllo Vittar fez uma performance de abertura, agitando o público.

Ainda segundo o Metrópoles, as investigações seguem em curso para identificar outros possíveis envolvidos e esclarecer se há conexão com grupos extremistas ou ideologias de ódio disseminadas pela internet.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Gilmar Mendes e diretor-geral da PF criticam projeto que reduz penas de golpistas do 8/1: "capricho político"

Ministro do STF e Andrei Rodrigues criticaram tentativas de afrouxar as penas para os envolvidos nos atos golpistas do 8/1

         Gilmar Mendes (Foto: Nelson Jr./SCO/STF | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se manifestou nesta segunda-feira (5), durante evento realizado em Madri, sobre as tentativas de diminuir as penas dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para o magistrado, não há espaço para uma articulação que enfraqueça as condenações e defendeu que o caso deve ser conduzido exclusivamente pelo Judiciário. Ele enfatizou que o avanço das investigações tem sido positivo e que as penas devem ser definidas pelas instâncias apropriadas. As informações são da Folha de S. Paulo.

Ao lado do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que também participou do seminário organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Gilmar Mendes reforçou a importância da integridade do processo judicial. Rodrigues, por sua vez, declarou que "as punições não podem ser anuladas por capricho político", destacando que as responsabilidades devem ser devidamente apuradas e não há espaço para influências externas. O evento, que vai até quarta-feira (7), reúne a cúpula do Judiciário e discute temas como segurança jurídica e jurisdição constitucional.

Em sua fala, Gilmar Mendes frisou que é essencial que o caso continue sendo tratado pelos tribunais, sem que haja interferências externas. "Acho fundamental que esse crime fique entregue aos tribunais. A eventual condenação ou absolvição dos responsáveis por esse episódio todo é algo que deve ser determinado pela Justiça. Demos passos significativos. Até pouco tempo, falávamos que só os executores tinham sido atingidos. Agora, percebemos que também a cúpula desse movimento foi atingida", afirmou o ministro.

Ainda de acordo com a reportagem, Gilmar também destacou o progresso das investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) e pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que, segundo ele, resultaram em "provas robustas" contra os responsáveis pelo ataque às instituições. Para o ministro, a identificação dos culpados é um "fenômeno relativamente raro no Brasil" e, por isso, é necessário continuar com o processo de responsabilização.

Em paralelo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), articulou uma proposta de alteração na lei que visaria reduzir as penas para os envolvidos nos atos, mas sem envolvimento direto no planejamento ou financiamento. A minuta foi elaborada com a intenção de criar uma diferenciação nas penas, considerando a gravidade dos papéis desempenhados por cada um dos participantes nos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Hugo Motta defende proposta para modular penas dos golpistas do 8/1

Presidente da Câmara se posicionou contra anistia, mas defendeu penas mais brandas para os envolvidos sem uma atuação central no planejamento

         Hugo Motta - 24/04/2025 (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se posicionou nesta segunda-feira (5) a favor de uma proposta alternativa à anistia, que propõe a modulação das penas para os participantes dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Segundo Motta, o objetivo é diferenciar os indivíduos que participaram de maneira ativa na organização dos atos dos que apenas se envolveram sem uma atuação central no planejamento. O novo projeto em discussão é uma versão distinta da proposta apresentada pela oposição.

“Precisamos garantir que não sejamos injustos com as pessoas que não participaram do planejamento daquele ato do 8 de Janeiro, que não financiaram o movimento que, infelizmente, vivemos. O que aconteceu foi muito grave, e a sociedade brasileira concorda com isso. Por isso, temos que discutir as penas e pensar em uma readequação justa para todos”, declarou o presidente da Câmara em entrevista ao programa Bom Dia Paraíba, da TV Paraíba, de acordo com o Metrópoles.

A proposta está sendo articulada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e visa aumentar as penas para os organizadores dos atos golpistas, com a “dureza da lei” sendo aplicada a esse grupo específico. Motta defendeu que essa abordagem seja aplicada para aqueles que, de fato, tiveram uma participação ativa na movimentação golpista.

“Essas pessoas que realmente participaram desse movimento devem responder na dureza da lei, para que as penas sejam aplicadas de forma justa”, afirmou Motta. O presidente da Câmara também ressaltou que algumas penas aplicadas até o momento foram consideradas "exageradas", consenso que, segundo ele, justificaria a discussão sobre uma possível redução de penas para quem teve um envolvimento de menor gravidade nos atos.

O acordo para avançar com essa nova proposta conta com a concordância do Supremo Tribunal Federal (STF), e foi apresentada pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE). A proposta visa reduzir a pena de reclusão para aqueles condenados por envolvimento de menor importância, direcionando penas mais severas para os articuladores do golpe.

Dessa forma, a proposta atende, em parte, o pedido da oposição, que busca aliviar as penas de cidadãos comuns sem isentar figuras com maior grau de responsabilidade, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, atualmente sendo julgados pelo STF.

“A sentença ou o acórdão condenatórios deverão, sob pena de nulidade, descrever de forma individualizada a conduta do agente, bem como demonstrar o nexo causal entre sua ação ou omissão e o resultado ilícito, vedando-se a atribuição de responsabilidade multitudinária ou coletiva”, prevê o projeto.

No caso de crimes cometidos “sob a influência de multidão em tumulto” e em que o acusado tenha praticado apenas atos materiais, sem participação no planejamento ou financiamento, a pena prevista é de 2 a 8 anos de prisão.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Câmara pode votar urgência para aumentar número de deputados federais

O STF acatou uma ação do governo do Pará que apontou omissão do Legislativo Federal em atualizar o número de deputados de acordo com a mudança populacional

            Hugo Motta - 24/04/2025 (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

Agência Brasil - O projeto de lei complementar (PLP) 177 de 2023 que prevê o aumento do número de deputados federais no Brasil entrou na pauta de votações da Câmara dos Deputados nesta semana com um requerimento de urgência que pode acelerar a tramitação do texto.

O PLP é uma resposta à exigência do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Congresso vote lei, até 30 de junho deste ano, para redistribuir a representação de deputados federais em relação a proporção da população brasileira em cada unidade da federação (UF).

O STF acatou uma ação do governo do Pará que apontou omissão do Legislativo Federal em atualizar o número de deputados de acordo com a mudança populacional. O Pará argumentou que teria direito a mais quatro deputados desde 2010. A atual distribuição dos 513 deputados federais foi definida em 1993.

O Artigo 45 da Constituição define que o número de deputados “será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta deputados”.

Em sua decisão, o STF determina que, caso o Congresso não atualize a representação parlamentar por Estado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá fixar, até 1º de outubro de 2025, o número deputados para a legislatura que começará em 2027. O TSE deverá usar os dados do Censo de 2022.

◉ Mais deputados

No projeto de lei de autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ), proíbe-se a redução do número de deputados para menos de 513, além de vetar que qualquer estado perca representação. Com isso, a correção do número de representantes por unidade da federação teria que ocorrer via aumento de parlamentares.

“Se necessário, deveremos aumentar o número de deputados da nossa Câmara, que mesmo se ocorrer em número de cerca de 3%, em nada significará, levando em conta um aumento de população e de eleitores, em média no país, superior a 240% [entre 1994 e 2022]”, diz o relatório da deputada Cunha.

◉ Censo 2022

Apesar do STF indicar que a representação por UF deve ser feita com base no último censo de 2022, o projeto de lei complementar até então apresentado determina novo recenseamento com participação compulsória das famílias para definir o número total da população.

“[O censo de 2022] trouxe várias inconsistências que prejudicaram alguns estados e muitos municípios. Não parece crível, a quem vive no Rio de Janeiro, a redução da população em determinadas áreas do Estado, onde sabemos as dificuldades de acesso a população real, em função do domínio das áreas mais carentes”, disse a autoria do projeto.

O relator designado para o projeto foi o deputado Damião Feliciano (União-PB), que poderá apresentar alterações em relação ao projeto de autoria da deputada Dani Cunha.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Alcolumbre deve segurar pedido de criação de CPMI do INSS

Apesar da pressão da oposição, presidente do Congresso adia leitura do pedido

         Davi Alcolumbre (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), tem optado por postergar a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigaria fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), informa o g1. Embora a oposição ao governo Lula afirme já ter reunido as assinaturas necessárias para a criação da CPMI — composta por deputados e senadores — a efetivação da comissão depende da leitura formal do requerimento em plenário, ato que cabe exclusivamente a Alcolumbre.

Segundo interlocutores próximos ao presidente do Congresso, Alcolumbre atravessa um momento de forte influência no governo e deve evitar confrontos que possam comprometer sua articulação política. Recentemente, ele conseguiu emplacar o controle do Ministério das Comunicações, mesmo após o recuo de seu indicado, o que reforça seu papel como peça-chave na interlocução entre o Executivo e o Legislativo.

A oposição, por sua vez, havia inicialmente apostado em uma CPI na Câmara, mas o presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), indicou que há uma fila de 12 comissões aguardando instalação, sinalizando que o tema do INSS não é prioridade no momento. A alternativa, então, foi partir para uma CPMI, que só pode ser instaurada com o aval do Congresso Nacional.

Nos bastidores, há uma avaliação pragmática que também freia o avanço da comissão: o esquema de fraudes no INSS, que teria começado em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), pode acabar atingindo aliados de diferentes espectros políticos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Lula nomeia Márcia Lopes para o Ministério das Mulheres

A exoneração de Cida Gonçalves e a nomeação de Márcia Lopes serão publicadas ainda hoje, em edição extra do Diário Oficial da União

           Cida Gonçalves, Lula e Márcia Lopes (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O Palácio do Planalto divulgou nota no início da tarde desta segunda-feira (5) confirmando a troca de Cida Gonçalves por Márcia Lopes no comando do Ministério das Mulheres.

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou e deu posse, na manhã desta segunda-feira, 5 de maio, à assistente social e professora Márcia Lopes para o cargo de ministra das Mulheres, até então ocupado por Cida Gonçalves. A exoneração de Cida Gonçalves e a nomeação de Márcia Lopes serão publicadas ainda hoje, em edição extra do Diário Oficial da União", diz o comunicado.

Márcia Lopes é um nome tradicional do Partido dos Trabalhadores e tem longa trajetória na área de assistência social. Formada em Serviço Social pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde também atuou como professora, ela possui mestrado na área pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Natural do Paraná, foi vereadora em Londrina e secretária municipal de Assistência Social antes de ocupar funções de destaque no governo federal. Entre 2004 e 2008, esteve no Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) como secretária-executiva e secretária nacional de Assistência Social. Em 2010, foi nomeada ministra da pasta, cargo que ocupou até o fim do segundo mandato de Lula.

Márcia é também irmã de Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete de Lula e figura histórica do PT. Em 2022, ela integrou a equipe de transição do atual governo.
Fonte: Brasil 247

Operação que impediu ataque a show de Lady Gaga é vista como "vitrine" para PEC da Segurança, avalia governo

A ação foi possível graças à integração entre agentes federais e estaduais. PEC prevê cooperação entre as polícias

          Lady Gaga faz show histórico na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Tita Barros)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia que a operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro que impediu um ataque à bomba no show de Lady Gaga é uma “vitrine” para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública. Segundo a CNN Brasil, integrantes do Ministério da Justiça apontam que a ação foi um exemplo bem-sucedido da atuação conjunta de agentes de inteligência do governo federal e a Polícia Civil do Rio.

Essa foi a linha adotada pelo advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, em uma publicação nas redes sociais. “O ataque ao show da Lady Gaga foi impedido graças à atuação coordenada de inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da Polícia Civil do RJ. A PEC da Segurança proposta pelo presidente Lula tornará esse modelo de cooperação permanente, com criação do Sistema Único de Segurança Pública, o compartilhamento de inteligência e formação do sistema nacional integrado de dados”, escreveu Messias.

A investigação teve início após uma denúncia sobre movimentações suspeitas em grupos extremistas da deep web. O Laboratório de Ações Cibernéticas do Ministério da Justiça (Ciberlab) identificou que havia um plano em curso para instalar explosivos nas proximidades do palco montado para o evento da cantora. As informações foram então repassadas à Polícia Civil fluminense, que deflagrou a operação antes que qualquer ato pudesse ser consumado.

Na ofensiva, um homem foi preso em flagrante no Rio Grande do Sul, por porte ilegal de arma de fogo, e um adolescente foi apreendido, ambos apontados como membros de um grupo virtual com intenções terroristas.

A proposta enfrenta resistência de governadores da oposição, que veem risco à autonomia dos estados na condução das políticas de segurança pública. Eles argumentam que a emenda pode centralizar excessivamente o controle sobre decisões estratégicas.

A PEC da Segurança Pública é uma das prioridades do governo e, se aprovada, pode institucionalizar o modelo de integração que foi decisivo para impedir o atentado em Copacabana.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

4ª Feira de Profissões atrai milhares de estudantes em Apucarana



A quarta edição da Feira de Profissões de Apucarana foi realizada com sucesso na manhã de hoje (5/5), no Espaço das Feiras. Promovido pelo Colégio Estadual Professor Izidoro Luiz Cerávolo, em parceria com a Agência do Trabalhador, o evento reuniu milhares de estudantes interessados em conhecer cursos técnicos, graduações e as diversas possibilidades de carreira disponíveis no município.

O prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota, esteve presente na abertura e destacou a importância da iniciativa. “Apucarana oferece muitas oportunidades para os jovens que desejam continuar os estudos e se profissionalizar. Atualmente, mais de cinco mil pessoas cursam o ensino superior na cidade. Hoje, todas as faculdades e academias locais estão aqui, apresentando seus cursos aos estudantes que estão concluindo o Ensino Médio e planejando o futuro profissional. Parabenizo os professores do Colégio Cerávolo e a equipe da Agência do Trabalhador por esta feira tão relevante”, declarou.


Estudantes de praticamente todas as escolas estaduais de Apucarana visitaram a feira. Além de conhecer as instituições de ensino, os participantes também puderam se cadastrar para vagas de estágio e para o Programa Jovem Aprendiz. “Este evento é uma verdadeira porta de entrada para os jovens no mercado de trabalho”, afirmou o gerente da Agência do Trabalhador, Neno Leiroz.

O diretor do Colégio Estadual Professor Izidoro Luiz Cerávolo, Diego Fávaro, considerou a feira um sucesso. “Na última semana, visitamos todas as escolas estaduais da cidade para divulgar o evento. Com o apoio da prefeitura, que forneceu transporte, tivemos ampla adesão dos estudantes. Nosso objetivo é incentivar a continuidade dos estudos após o Ensino Médio, contribuindo para um futuro melhor para os jovens e para Apucarana”, ressaltou.

A 4ª Feira de Profissões contou com a participação de diversas instituições de ensino e órgãos públicos. Estiveram presentes a Universidade Estadual do Paraná (Unespar), a Faculdade de Apucarana (FAP), a Faculdade do Norte Novo de Apucarana (Facnopar), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a Universidade Federal do Paraná (campus Jandaia do Sul), o polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), além dos institutos do Sistema S (como Sesc e Senai), o Exército Brasileiro, o Corpo de Bombeiros e diversas academias.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

16ª Regional de Saúde lança nova campanha antitabagismo

Atualmente, o número de fumantes no país é, em média, de 11% da população

Fotos: Divulgação

O percentual de adultos fumantes no Brasil vem apresentando uma expressiva queda nas últimas décadas em função das diversas ações desenvolvidas pela Política Nacional de Controle do Tabaco. As pesquisas mais recentes apontam que, atualmente, o percentual de fumantes atinge em média 11% da população adulta.

A 16ª Regional de Saúde de Apucarana está iniciando nesta semana uma nova campanha antitabagismo. Por enquanto, 9 dos 17 municípios da região fizeram a adesão. Lucas Leugi, diretor da RS, informa que já recebeu os adesivos de nicotina transdérmicos, goma de mascar de nicotina e o cloridrato de bupropiona, a serem utilizados na campanha.

“Os insumos para o desenvolvimento das ações começaram a serem entregues nas secretarias de saúde dos municípios. Elas são responsáveis pela organização dos grupos de pessoas tabagistas, coordenados por profissionais de saúde capacitados”, revela Leugi.

Conforme as estatísticas oficiais, no Brasil, a cada dia, uma média de 477 pessoas morrem por causa do tabagismo. Cerca de R$153 bilhões é total de custos gerados pelos danos produzidos pelo cigarro no sistema de saúde e na economia nacional.

Para ter acesso a esses medicamentos é necessário que os cidadãos interessados em parar de fumar se inscrevam no programa da rede pública de saúde. O odontólogo Moacir Paludetto, que coordena o programa antitabagismo na 16ª RS, diz que, em cada município, as secretarias de saúde são responsáveis pelas atividades dos grupos antitabagismo e também pela entrega dos medicamentos.

Quanto aos óbitos anuais no Brasil, atribuídas ao tabagismo, estatísticas indicam que 40.567 correspondem à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC); 30.871 à doenças cardíacas; 29.352 a outros cânceres; 26.583 ao câncer de pulmão; 20.010 ao tabagismo passivo; 11.745 à pneumonia e outras causas; 9.513 ao acidente vascular cerebral (AVC) e 5.294 a diabetes tipo II.

Os medicamentos disponibilizados pelo Ministério da Saúde para o tratamento do tabagismo na rede do SUS são os seguintes: terapia de reposição de nicotina (adesivo transdérmico e goma de mascar) e o cloridrato de bupropiona.



TERAPIA EM GRUPO - O programa, focado em parar de fumar, consiste de quatro sessões semanais de grupos (de 10 a 15 pessoas), com duração de uma hora e meia, por um período de quatro semanas. Os grupos são organizados pelas secretarias municipais de saúde.

“Estamos trabalhando para ampliar a adesão dos municípios. Nossa meta é criar grupos de terapia em todos os municípios da nossa regional de saúde. Lutamos para que, progressivamente, mais pessoas deixem de ser fumantes”, informa Moacir Paludetto.

Conforme enfatiza Paludetto, parar de fumar sempre vale a pena em qualquer momento da vida, mesmo que o fumante já esteja com alguma doença causada pelo cigarro. “A qualidade de vida melhora muito ao parar de fumar”, destaca ele.

Quem para de fumar, vê as mudanças
acontecerem de imediato. Confira!

• Após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue.
• Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza.
• Após 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor.
• Após 2 dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida.
• Após 3 semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora.
• Após 1 ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade.

Fonte: Assessoria de Imprensa

STF julga denúncia contra acusados de disseminar fake news e tramar golpe

 

O agente da PF Marcelo Araújo Bormevet, ex-segurança da campanha de Bolsonaro, um dos denunciados do Núcleo 4 do golpe. Foto: reprodução
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciará nesta terça-feira (6/5) o julgamento para decidir se aceita a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os integrantes do chamado Núcleo 4, suspeitos de participar de uma articulação para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder de forma ilegal.

O grupo é acusado de organizar campanhas de desinformação com o objetivo de disseminar notícias falsas sobre o sistema eleitoral, além de realizar ataques virtuais contra instituições e autoridades públicas.

A sessão tem início às 9h30 e prossegue às 14h, podendo ser retomada na quarta-feira (7/5), caso necessário. A análise está a cargo dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

Os militares da reserva Ailton Gonçalves Moraes e Ângelo Martins Denicoli e o engenheiro Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, acusados no Núcleo 4. Fotomontagem
Os sete acusados são: os militares da reserva do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros e Ângelo Martins Denicoli; o engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Cesar Moretzsohn Rocha; o subtenente Giancarlo Gomes Rodrigues; o tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida; o coronel Reginaldo Vieira de Abreu, todos do Exército; e o agente da Polícia Federal

Caso a denúncia seja acolhida, os investigados se tornarão réus e passarão a responder a uma ação penal no STF. Eles foram denunciados no dia 18 de fevereiro por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Fonte: DCM

Após saída de Lupi, Gleisi diz que PDT é fundamental para a base aliada

Ministra de Relações Institucionais reafirma a aliança com o partido e destaca o esforço para superar divergências internas

       Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira / Divulgação)

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou em entrevista à CNN Brasil que o PDT, liderado por Carlos Lupi, continua sendo um aliado histórico e essencial para a base de apoio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração ocorre em um momento de conversações entre o Planalto e as lideranças do partido, com o objetivo de superar o episódio envolvendo a saída de Lupi do Ministério da Previdência.

“Estamos conversando com as lideranças do partido para superar essa situação envolvendo a Previdência. É um partido fundamental para nossa base aliada”, disse Gleisi. Ela também reforçou a importância do PDT na aliança, destacando a relação de longa data entre os dois partidos. “O PDT é um aliado histórico. Vamos fazer todo o esforço para que estejam conosco em 2026. Acredito que estarão”, completou.

Nesta semana, a bancada do PDT na Câmara dos Deputados se reunirá para discutir a posição do partido em relação ao governo petista. Apesar de ainda não ter definido uma postura sobre a disputa presidencial em 2026, o PDT está atento ao cenário político. Um grupo dentro da sigla tem se mostrado otimista com o desempenho de Ciro Gomes nas recentes pesquisas eleitorais. Embora Ciro tenha afirmado anteriormente que não seria candidato em 2026, lideranças regionais do partido defendem que ele reavalie sua decisão.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

VÍDEO: Marinha Americana explode veleiro brasileiro que transportava cocaína

 

Marinha Americana abate veleiro brasileiro com três toneladas de cocaína em alto-mar. Foto: Reprodução

Imagens divulgadas mostram um veleiro brasileiro sendo abatido pela Marinha dos Estados Unidos em alto-mar, nas proximidades do continente africano. A embarcação estava envolvida no tráfico internacional de drogas e transportava cerca de três toneladas de cocaína, segundo informações da TV Tribuna, afiliada da Rede Globo.

O episódio ocorreu em fevereiro de 2023 e marcou o início da Operação Narco Vela, deflagrada pela Polícia Federal na última semana.

A interceptação e apreensão da droga foram conduzidas pela Marinha norte-americana, mas outras remessas também foram localizadas e confiscadas em águas internacionais por forças de segurança de diferentes países, como a Guarda Civil da Espanha e a Marinha da França.

Nas imagens, é possível ver o veleiro sendo alvejado por diversos disparos, seguido de uma explosão que atinge parte da embarcação.


◉ Operação da PF

De acordo com o delegado federal Osvaldo Scalezi Júnior, a organização criminosa desmantelada pela operação recrutava pescadores para transportar drogas até o alto-mar, onde os entorpecentes eram transferidos para embarcações de maior porte com destino ao exterior.

A ação, realizada na última terça-feira (29), resultou na prisão de mais de 20 pessoas. Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, 31 de prisão temporária e 62 mandados de busca e apreensão, em uma operação coordenada que se estendeu por cinco estados brasileiros e três países: Estados Unidos, Itália e Paraguai.

◉ O esquema

O esquema de tráfico tinha como destinos principais os continentes europeu e africano, utilizando equipamentos de rastreamento por satélite e embarcações de longo curso, como barcos e veleiros. O núcleo principal da organização estava localizado na Baixada Santista.

De acordo com o delegado, a PF descobriu que muitos dos envolvidos já possuíam experiência no tráfico internacional de drogas. Eles recrutavam pescadores, oferecendo grandes quantias financeiras em troca de participação no esquema. “Eram cooptados pelo tráfico com a promessa de ganho de valores altos”, explicou o delegado.

A organização mantinha um ponto de armazenamento no litoral da Baixada Santista, onde as drogas eram acondicionadas em lanchas rápidas. Essas embarcações transportavam os entorpecentes até o alto-mar, onde eram transferidos para barcos maiores, como pesqueiros e veleiros, que realizavam as travessias transoceânicas.

No alto-mar, conforme detalhado pelo delegado, os entorpecentes eram transferidos para embarcações menores, que realizavam o transporte até as costas africanas ou as Ilhas Canárias, onde outras lanchas rápidas faziam o resgate da droga, levando-a até o continente.

“Chegando-se próximo à costa africana ou da parte ali das Ilhas Canárias, elas se encontraram com outras embarcações menores, lanchas rápidas que realizavam o resgate dessa droga e levavam até o continente”, concluiu Scalezi.

◉ Empresário preso

O empresário Rodrigo Morgado, investigado na Operação Narco Vela, teve mandados de busca e apreensão cumpridos em diversos endereços em Santos, Bertioga e São Paulo. Ele foi preso na capital paulista após a Polícia Federal encontrar uma arma dentro de sua Lamborghini.


Rodrigo Morgado foi preso pela PF durante uma operação contra o tráfico internacional e teve veículos apreedidos — Foto: Reprodução/Instagram e divulgação PF

Rodrigo Morgado foi preso pela PF durante uma operação contra o tráfico internacional e teve veículos apreendidos. Foto: Reprodução/Instagram e divulgação PF

Em depoimento à PF, Morgado justificou a presença da arma no veículo, alegando “falta de atenção”. Segundo ele, a arma estava no carro porque ele teve que ir a São Paulo às pressas, na madrugada de segunda-feira (28), para internar seu filho no Hospital Albert Einstein.

Após ser preso, Morgado teve a prisão convertida em preventiva durante audiência de custódia realizada na quarta-feira (30), no Fórum da Barra Funda. Na decisão, o juiz Antônio Balthazar de Mato destacou que o empresário está envolvido em investigações relacionadas a tráfico internacional de drogas, ameaça e vias de fato, considerando-o um risco à sociedade.

Fonte:  DCM com informações da TV Tribuna, afiliada da Rede Globo