quarta-feira, 31 de dezembro de 2025

Trama golpista: Moraes mantém prisão de policial federal condenado


      O policial federal Wladimir Matos Soares. Foto: Rosinei Coutinho/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes manteve a prisão preventiva de Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal condenado a 21 anos por participação na trama golpista após as eleições de 2022. Ele está preso desde novembro de 2024.

Na decisão proferida na terça (30), Moraes afirmou que não há mudança de circunstâncias que justifique a revogação da custódia. “Não existe qualquer fato superveniente que possa afastar a necessidade de manutenção da custódia cautelar”, escreveu o ministro.

Wladimir Soares integra o chamado “núcleo 3” da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), grupo apontado como responsável pelo planejamento de assassinatos de autoridades. Segundo a acusação, o núcleo discutiu ataques contra o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Moraes.

Em novembro, a Primeira Turma do STF condenou nove dos dez réus que compõem esse grupo. No caso de Wladimir, a pena fixada foi de 18 anos e seis meses de reclusão, dois anos e seis meses de detenção, além de 120 dias-multa.

Alexandre de Moraes. Foto: Fellipe Sampaio/STF
As investigações reuniram áudios atribuídos ao agente da PF, nos quais ele afirma integrar um grupo armado disposto a agir violentamente para defender o ex-presidente Jair Bolsonaro. “A gente ia com muita vontade, íamos empurrar meio mundo de gente, íamos matar meio mundo de gente, não estava nem aí mais”, disse em uma das gravações.

De acordo com a Polícia Federal, Wladimir teria atuado infiltrado na equipe de segurança durante a campanha eleitoral de 2022, com a finalidade de repassar informações estratégicas ao grupo investigado.

Em interrogatório realizado em julho, o agente declarou admiração por Moraes e relatou ter feito a segurança do ministro durante as Olimpíadas de 2016, quando ele chefiava o Ministério da Justiça. “Eu era muito fã dele, porque quando me formei em Direito eu estudei pelo livro dele. Eu fiz a segurança dele”, afirmou.

Fonte: DCM

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