segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

PGR arquiva investigação contra Bolsonaro por ato golpista


O ex-presidente Jair Bolsonaro durante manifestação de apoiadores em Copacabana, em março. Foto: Reprodução

A Procuradoria-Geral da República (PGR) arquivou por falta de provas uma investigação contra Jair Bolsonaro relacionada a falas feitas em um ato político em Copacabana, no Rio de Janeiro, em março. A apuração analisava se o discurso poderia caracterizar conduta golpista ou crime contra o Estado Democrático de Direito.

A representação chegou à PGR por meio do canal do cidadão e se baseava em declarações do ex-presidente durante a manifestação. O entendimento do órgão foi de que não havia elementos suficientes para sustentar a abertura ou o prosseguimento de uma investigação criminal a partir do conteúdo apresentado.

No ato, Bolsonaro atacou o Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que haveria uma narrativa construída contra ele. “Se é 17 anos para as pessoas humildes, é para justificar 28 anos para mim”, disse, em referência às penas aplicadas a condenados pelos atos de 8 de janeiro. Sua pena foi fixada em 27 anos e 3 meses pela Corte.

Em outro momento do discurso, Bolsonaro afirmou que não pretende deixar o país. “Não vou sair do Brasil. A minha vida estaria muito mais tranquila se eu estivesse ao lado deles”, declarou, sem apresentar provas da suposta perseguição.

O procurador-geral da República Paulo Gonet. Foto: Carlos Moura/SCO/STF
Na ocasião, ex-presidente também questionou a decisão que o tornou inelegível até 2030. “Como viram que a questão da inelegibilidade dá para ser alterada. Afinal de contas, me tornaram inelegíveis por quê? Pegaram dinheiro na minha cueca? Alguma caixa de dinheiro no meu apartamento?”, prosseguiu.

A manifestação ocorreu às vésperas do julgamento da Primeira Turma do STF que decidiu se a Corte aceitaria ou não a denúncia apresentada pela PGR noc aso da trama golpista. Bolsonaro foi um dos 34 citados no caso.

O ato em Copacabana foi idealizado pelo pastor Silas Malafaia e reuniu governadores, senadores e deputados federais aliados do ex-presidente, além de apoiadores que defenderam anistia aos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes.

Fonte: DCM

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