domingo, 28 de dezembro de 2025

Foragido por trama golpista, presidente de Instituto Voto Legal diz estar em “momento difícil”


       Carlos Rocha. Foto: Folhapress.

Carlos Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal, está sendo considerado foragido pela Polícia Federal após a tentativa de fuga de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de decretar prisão domiciliar para outros condenados no contexto da trama golpista. Com informações da Folha.

Rocha, condenado a 7 anos e 6 meses de prisão por sua participação na disseminação de desinformação sobre as urnas eletrônicas, não foi encontrado em sua residência por agentes da PF em São Paulo. Seus advogados informaram que ele se mudou, mas não divulgou seu novo endereço.

Em entrevista por mensagem de texto, Rocha se limitou a afirmar que está passando por um “momento difícil” e se absteve de comentar sobre seu status de foragido.

O engenheiro, que foi contratado pelo PL para realizar uma auditoria no sistema de urnas eletrônicas, afirmou que executou apenas um trabalho técnico e não participou de qualquer fraude eleitoral. No entanto, ele foi condenado pelo STF por espalhar desinformação, algo que, de acordo com a acusação, prejudicou a integridade das eleições.

Rocha é um dos condenados envolvidos em ações para questionar a legitimidade das urnas eletrônicas, um ponto central na narrativa golpista que se desenvolveu após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022. O engenheiro já havia sido identificado como parte de um esquema maior de disseminação de desinformação, sendo uma peça fundamental no processo de delegitimização das urnas eletrônicas.

Carlos Rocha com figuras importantes do PL na época das eleições de 2022, como Valdemar Costa Neto e Magno Malta. Foto: Agência Brasil
O STF, em resposta à tentativa de fuga de Silvinei Vasques, decidiu decretar prisão domiciliar para outros envolvidos no golpe, incluindo Rocha. A decisão foi tomada em meio a um clima de crescente tensão, com diversas figuras do bolsonarismo sendo processadas por suas ações ligadas ao golpe frustrado.

Rocha e outros condenados estão sujeitos a medidas cautelares, como a proibição de uso de redes sociais e o monitoramento de suas atividades. Apesar de sua condenação, Rocha não demonstrou qualquer arrependimento ou tentativa de defender sua posição, o que reforça a polarização e as divisões políticas no Brasil.

A questão do foragido e a nova fase do caso golpista continuam a gerar discussões sobre a eficácia das investigações, as condenações e as possíveis consequências para o futuro político do Brasil.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

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